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Machado dinamarquês: diferenças entre revisões

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O '''Machado dinamarquês''' é um tipo primitivo de machado de batalha, usado principalmente durante a transição entre a [[Era viking]] na [[Europa]] e início da [[Idade Média]]. Outros nomes para a arma incluem '''Machado Inglês Longo''', '''Machado de Guerra dinamarquês''', e '''Machado de Alça'''.
O '''Machado dinamarquês''' é um tipo primitivo de machado de batalha, usado principalmente durante a transição entre a [[Era Viquingue]] na [[Europa]] e início da [[Idade Média]]. Outros nomes para a arma incluem '''Machado Inglês Longo''', '''Machado de Guerra dinamarquês''', e '''Machado de Alça'''.


== Construção ==
== Construção ==
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== História ==
== História ==
[[Ficheiro:Tapisserie agriculture.JPG|miniaturadaimagem|O machado dinamarquês na [[tapeçaria de Bayeux]].]]
[[imagem:Tapisserie agriculture.JPG|miniaturadaimagem|O machado dinamarquês na [[tapeçaria de Bayeux]].]]
No decorrer dos séculos X e XI, o machado dinamarquês ganhou popularidade em áreas fora da Escandinávia, onde a influência Viking era forte, como na Inglaterra, Irlanda e Normandia. Relatos históricos mostram o machado dinamarquês como arma dos guerreiros de elite neste período, tais como os ''[[Huscarl]]s'' da Inglaterra anglo-saxônica.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Nicolle |nome=David |título=Arms and Armour of the Crusading Era, 1050-1350: Western Europe and the Crusader States |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Londres |editora=Greenhill Books |ano=1999 |página=52 |páginas= |isbn= }}</ref> Na [[tapeçaria de Bayeux]], um registro visual da ascensão de [[Guilherme I de Inglaterra|Guilherme, o Conquistador]], ao trono da Inglaterra, o machado é quase exclusivamente usado por ''huscarls'' bem blindados. Estes guerreiros formavam o núcleo dos guarda-costas do do [[Haroldo II de Inglaterra|rei Haroldo]] na [[batalha de Hastings]]. A tapeçaria de Bayeux, também descreve um ''huscarl'' acertando a cabeça de cavalo de um cavaleiro normando com um golpe.<ref>{{citar web |url=http://cache-media.britannica.com/eb-media/77/13177-004-C6966659.jpg |título=Bayeux Tapestry image |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data= |formato= |obra= |publicado=Cache-media.britannica.com |páginas= |língua= |língua2=en |língua3= |lang= |citação= }}</ref> O machado também é conhecido por ter sido usado pela [[guarda varegue]], também conhecida como ''pelekyphoros phroura'' (πελεκυφόρος φρουρά), a "guarda que traz o machado". Uma placa de marfim sobrevivente do {{séc|X}} retrata um soldado varegue de [[Constantinopla]] segurando um machado que é pelo menos tão alto quanto seu portador.
No decorrer dos séculos X e XI, o machado dinamarquês ganhou popularidade em áreas fora da Escandinávia, onde a influência viquingue era forte, como na Inglaterra, Irlanda e Normandia. Relatos históricos mostram o machado dinamarquês como arma dos guerreiros de elite neste período, tais como os ''[[Huscarl]]s'' da Inglaterra anglo-saxônica.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Nicolle |nome=David |título=Arms and Armour of the Crusading Era, 1050-1350: Western Europe and the Crusader States |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Londres |editora=Greenhill Books |ano=1999 |página=52 |páginas= |isbn= }}</ref> Na [[tapeçaria de Bayeux]], um registro visual da ascensão de [[Guilherme I de Inglaterra|Guilherme, o Conquistador]], ao trono da Inglaterra, o machado é quase exclusivamente usado por ''huscarls'' bem blindados. Estes guerreiros formavam o núcleo dos guarda-costas do do [[Haroldo II de Inglaterra|rei Haroldo]] na [[batalha de Hastings]]. A tapeçaria de Bayeux, também descreve um ''huscarl'' acertando a cabeça de cavalo de um cavaleiro normando com um golpe.<ref>{{citar web |url=http://cache-media.britannica.com/eb-media/77/13177-004-C6966659.jpg |título=Bayeux Tapestry image |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data= |formato= |obra= |publicado=Cache-media.britannica.com |páginas= |língua=en |lang= |citação= }}</ref> O machado também é conhecido por ter sido usado pela [[guarda varegue]], também conhecida como ''pelekyphoros phroura'' (πελεκυφόρος φρουρά), a "guarda que traz o machado". Uma placa de marfim sobrevivente do {{séc|X}} retrata um soldado varegue de [[Constantinopla]] segurando um machado que é pelo menos tão alto quanto seu portador.


Embora o nome mantém sua herança escandinava, o machado dinamarquês se tornou amplamente utilizado em toda a Europa a partir do {{séc|XII}}, já que machados ganharam aceitação como uma arma de cavalaria, embora não tenha alcançado o status da espada.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Edge |nome=David |coautor=Paddock, John Miles |título=Arms and Armour of the Medieval Knight |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Londres |editora=Defoe |ano=1988 |página=31–32 |páginas= |isbn= }}</ref> Eles também começaram a ser amplamente utilizados como uma [[Armas de haste|arma de haste]] de infantaria, com o punho alongando a cerca de 1,8 metro.<ref>Vejar, por exemplo, as ilustrações da [[Bíblia Morgan]]</ref><ref>''The Morgan Library & Museum Online Exhibitions - The Morgan Picture Bible''. Themorgan.org. Página visitada em 24 de fevereiro de 2015.</ref> Nos séculos XIII e XIV, também viram mudanças de forma, com a lâmina também alongada, o chifre traseiro que se estende ao toque ou anexo ao punho. A arma alongada, especialmente se combinada com a lâmina alongada, foi chamada de ''[[Armas de haste|Sparth]]'' na Inglaterra. Alguns acreditam que esta arma é o ancestral da [[alabarda]].<ref>{{Citar livro |sobrenome=Oakeshott |nome=Ewart |título=European Weapons and Armour |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Cambridge |editora=Lutterworth Press |ano=1980 |página=47 |páginas= |isbn= }}</ref>
Embora o nome mantém sua herança escandinava, o machado dinamarquês se tornou amplamente utilizado em toda a Europa a partir do {{séc|XII}}, já que machados ganharam aceitação como uma arma de cavalaria, embora não tenha alcançado o status da espada.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Edge |nome=David |coautor=Paddock, John Miles |título=Arms and Armour of the Medieval Knight |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Londres |editora=Defoe |ano=1988 |página=31–32 |páginas= |isbn= }}</ref> Eles também começaram a ser amplamente utilizados como uma [[Armas de haste|arma de haste]] de infantaria, com o punho alongando a cerca de 1,8 metro.<ref>Vejar, por exemplo, as ilustrações da [[Bíblia Morgan]]</ref><ref>''The Morgan Library & Museum Online Exhibitions - The Morgan Picture Bible''. Themorgan.org. Página visitada em 24 de fevereiro de 2015.</ref> Nos séculos XIII e XIV, também viram mudanças de forma, com a lâmina também alongada, o chifre traseiro que se estende ao toque ou anexo ao punho. A arma alongada, especialmente se combinada com a lâmina alongada, foi chamada de ''[[Armas de haste|Sparth]]'' na Inglaterra. Alguns acreditam que esta arma é o ancestral da [[alabarda]].<ref>{{Citar livro |sobrenome=Oakeshott |nome=Ewart |título=European Weapons and Armour |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Cambridge |editora=Lutterworth Press |ano=1980 |página=47 |páginas= |isbn= }}</ref>
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== Figuras históricas famosas associados com o machado ==
== Figuras históricas famosas associados com o machado ==
[[Ficheiro:Axe of iron from Swedish Iron Age, found at Gotland, Sweden.jpg|miniaturadaimagem|Machado barbudo de [[Gotlândia]], data da [[Idade do Ferro]].]]
[[imagem:Axe of iron from Swedish Iron Age, found at Gotland, Sweden.jpg|miniaturadaimagem|Machado barbudo de [[Gotlândia]], data da [[Idade do Ferro]].]]
Após a [[batalha de Stiklestad]], o machado também se tornou o símbolo de [[Olavo II da Noruega|Santo Olavo]] e ainda pode ser visto no [[brasão de armas da Noruega]]. No entanto, isso é porque o machado é uma implementação de seu martírio, em vez de significar seu uso.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Kannik |nome=Preben |título=The Flag Book |subtítulo= |língua=inglês |edição=5ª |local= |editora=M. Barrows |ano=1962 |página=143 |páginas= |isbn= }}</ref>
Após a [[batalha de Stiklestad]], o machado também se tornou o símbolo de [[Olavo II da Noruega|Santo Olavo]] e ainda pode ser visto no [[brasão de armas da Noruega]]. No entanto, isso é porque o machado é uma implementação de seu martírio, em vez de significar seu uso.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Kannik |nome=Preben |título=The Flag Book |subtítulo= |língua=inglês |edição=5ª |local= |editora=M. Barrows |ano=1962 |página=143 |páginas= |isbn= }}</ref>


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[[Ricardo I de Inglaterra|Ricardo Coração de Leão]] foi muitas vezes registrado na [[era vitoriana]] empunhando um grande machado de guerra, embora as referências sejam, por vezes, muito exageradas como convinha a um herói nacional: "Longo e muito tempo depois ele estava quieto em seu túmulo, seu terrível machado de batalha, com vinte libras inglesas de aço inglês em sua poderosa cabeça... "- ''[[A Child's History of England]]'' de [[Charles Dickens]].<ref>Aqui Dickens está referenciando a Chaucer, do Torneio de Teseu de Atenas no Conto do Cavaleiro, onde um combatente "tem um ''Sparth'' de 20 libras de peso": [http://www.gutenberg.org/dirs/etext00/cbtls12.txt]</ref> Ricardo é, no entanto, registado usando um machado dinamarquês no alívio da [[batalha de Jafa]].<ref>Continuação do francês antigo de Guilherme de Tyre, na conquista de Jerusalém e a Terceira Cruzada: Fontes em Tradução, ed. Peter W. Edbury, p. 117.</ref> [[Godofredo de Lusignan]] é outro cruzado famoso associado ao machado.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Nicholson |nome=Helen |título=Medieval Warfare |subtítulo= |língua= |edição= |local=Basingstoke |editora=Palgrave MacMillan |ano=2004 |página=101 |páginas= |isbn=0-333-76331-9 }}</ref>
[[Ricardo I de Inglaterra|Ricardo Coração de Leão]] foi muitas vezes registrado na [[era vitoriana]] empunhando um grande machado de guerra, embora as referências sejam, por vezes, muito exageradas como convinha a um herói nacional: "Longo e muito tempo depois ele estava quieto em seu túmulo, seu terrível machado de batalha, com vinte libras inglesas de aço inglês em sua poderosa cabeça... "- ''[[A Child's History of England]]'' de [[Charles Dickens]].<ref>Aqui Dickens está referenciando a Chaucer, do Torneio de Teseu de Atenas no Conto do Cavaleiro, onde um combatente "tem um ''Sparth'' de 20 libras de peso": [http://www.gutenberg.org/dirs/etext00/cbtls12.txt]</ref> Ricardo é, no entanto, registado usando um machado dinamarquês no alívio da [[batalha de Jafa]].<ref>Continuação do francês antigo de Guilherme de Tyre, na conquista de Jerusalém e a Terceira Cruzada: Fontes em Tradução, ed. Peter W. Edbury, p. 117.</ref> [[Godofredo de Lusignan]] é outro cruzado famoso associado ao machado.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Nicholson |nome=Helen |título=Medieval Warfare |subtítulo= |língua= |edição= |local=Basingstoke |editora=Palgrave MacMillan |ano=2004 |página=101 |páginas= |isbn=0-333-76331-9 }}</ref>


[[Roberto I da Escócia|Roberto, o Bruce]] famosamente matou Sir Henrique de Bohun na [[batalha de Bannockburn]] com um único golpe de seu machado. O golpe foi tão poderoso que dividir o elmo e crânio de Bohun e estalou o eixo do machado.
[[Roberto I da Escócia|Roberto, o Bruce]] famosamente matou Sir Henrique de Bohun na [[batalha de Bannockburn]] com um único golpe de seu machado. O golpe foi tão poderoso que dividir o elmo e crânio de Bohun e estalou a haste do machado.


No {{séc|XVI}}, o uso de machados foi cada vez mais observado por [[Jean Froissart|Froissart]] em sua Crônica,<ref>{{citar web |url=http://www.fordham.edu/halsall/basis/froissart-full.html |título=The Chronicles of Froissart |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |ultimo=Bourchier |primeiro=John |coautores= |data= |ano=1523 |formato= |obra= |publicado=fordham.edu |páginas= |língua= |língua2= |língua3= |lang= |citação= }}</ref> com o rei [[João II de França|João II]] usando um na [[Batalha de Poitiers (1356)|batalha de Poitiers]] em 1356 e [[James Douglas, 2.° Conde de Douglas|Sir James Douglas]] na [[batalha de Otterburn]], em 1388. Bretões foram aparentemente observados usando o machado, com [[Bertrand du Guesclin]] e [[Olivier de Clisson]] ambos empunhando a arma em batalha.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Vernier |nome=Richard |título=The Flower of Chivalry |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Woodbridge |editora=Boydell Press |ano=2003 |página=72,77 |páginas= |isbn=1-84383-006-X }}</ref> Nesses casos, não podemos dizer se era um machado dinamarquês, ou uma proto-acha.
No {{séc|XVI}}, o uso de machados foi cada vez mais observado por [[Jean Froissart|Froissart]] em sua Crônica,<ref>{{citar web |url=http://www.fordham.edu/halsall/basis/froissart-full.html |título=The Chronicles of Froissart |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |ultimo=Bourchier |primeiro=John|ano=1523|publicado=fordham.edu}}</ref> com o rei [[João II de França|João II]] usando um na [[Batalha de Poitiers (1356)|batalha de Poitiers]] em 1356 e [[James Douglas, 2.° Conde de Douglas|Sir James Douglas]] na [[batalha de Otterburn]], em 1388. Bretões foram aparentemente observados usando o machado, com [[Bertrand du Guesclin]] e [[Olivier de Clisson]] ambos empunhando a arma em batalha.<ref>{{Citar livro |sobrenome=Vernier |nome=Richard |título=The Flower of Chivalry |subtítulo= |língua=inglês |edição= |local=Woodbridge |editora=Boydell Press |ano=2003 |página=72,77 |páginas= |isbn=1-84383-006-X }}</ref> Nesses casos, não podemos dizer se era um machado dinamarquês, ou uma proto-acha.


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Edição atual tal como às 23h19min de 18 de agosto de 2024

Replica do machado dinamarquês, Tipo Petersen L ou Tipo M, com base no original da Torre de Londres.

O Machado dinamarquês é um tipo primitivo de machado de batalha, usado principalmente durante a transição entre a Era Viquingue na Europa e início da Idade Média. Outros nomes para a arma incluem Machado Inglês Longo, Machado de Guerra dinamarquês, e Machado de Alça.

A maioria dos machados, tanto em ilustrações de época e artefatos existentes, que se enquadram na descrição do machado dinamarquês, possuem cabeças Tipo L ou Tipo M de acordo com o historiador Jan Petersen.[1] Ambos os tipos consistem em uma grande lâmina fina, com acentuados "chifres" no dedo do pé e calcanhar na ponta. Sua superfície de corte varia, mas geralmente possui entre 20 e 30 centímetros. As lâminas Tipo L tendem a ser menores, com a ponta da broca varrida a frente para uma capacidade de corte superior. Posteriormente as lâminas Tipo M são geralmente maiores no geral, com um dedo do pé mais simétrico e calcanhar.

A lâmina em si era razoavelmente leve e forjada muito fina, tornando-a excelente para cortar. A gordura do corpo em cima da borda é tão fina quanto 2 milímetros. Muitos destes machados foram construídos com um pouco de reforço, tipicamente um aço de carbono superior para facilitar uma borda mais dura, mais nítida. O peso médio de um machado deste tamanho era de 1 a 2 quilos. Proporcionalmente, o machado tem mais em comum com um cutelo moderno do que um machado de madeira. Esta construção complexa resulta em uma arma viva e rápida com uma capacidade devastadora de corte.

O machado dinamarquês na tapeçaria de Bayeux.

No decorrer dos séculos X e XI, o machado dinamarquês ganhou popularidade em áreas fora da Escandinávia, onde a influência viquingue era forte, como na Inglaterra, Irlanda e Normandia. Relatos históricos mostram o machado dinamarquês como arma dos guerreiros de elite neste período, tais como os Huscarls da Inglaterra anglo-saxônica.[2] Na tapeçaria de Bayeux, um registro visual da ascensão de Guilherme, o Conquistador, ao trono da Inglaterra, o machado é quase exclusivamente usado por huscarls bem blindados. Estes guerreiros formavam o núcleo dos guarda-costas do do rei Haroldo na batalha de Hastings. A tapeçaria de Bayeux, também descreve um huscarl acertando a cabeça de cavalo de um cavaleiro normando com um golpe.[3] O machado também é conhecido por ter sido usado pela guarda varegue, também conhecida como pelekyphoros phroura (πελεκυφόρος φρουρά), a "guarda que traz o machado". Uma placa de marfim sobrevivente do século X retrata um soldado varegue de Constantinopla segurando um machado que é pelo menos tão alto quanto seu portador.

Embora o nome mantém sua herança escandinava, o machado dinamarquês se tornou amplamente utilizado em toda a Europa a partir do século XII, já que machados ganharam aceitação como uma arma de cavalaria, embora não tenha alcançado o status da espada.[4] Eles também começaram a ser amplamente utilizados como uma arma de haste de infantaria, com o punho alongando a cerca de 1,8 metro.[5][6] Nos séculos XIII e XIV, também viram mudanças de forma, com a lâmina também alongada, o chifre traseiro que se estende ao toque ou anexo ao punho. A arma alongada, especialmente se combinada com a lâmina alongada, foi chamada de Sparth na Inglaterra. Alguns acreditam que esta arma é o ancestral da alabarda.[7]

Embora o uso do machado dinamarquês continuou no século XIV, machados com uma ponta perfurante e lança com ponta na parte dianteira do punho tornaram-se mais comuns, eventualmente, evoluindo para a acha no século XV.[8] O machado dinamarquês simples continuou a ser usado no oeste da Escócia e na Irlanda no século XVI.[9] Na Irlanda, foi particularmente associado com os mercenários Galloglas.[10]

Figuras históricas famosas associados com o machado

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Machado barbudo de Gotlândia, data da Idade do Ferro.

Após a batalha de Stiklestad, o machado também se tornou o símbolo de Santo Olavo e ainda pode ser visto no brasão de armas da Noruega. No entanto, isso é porque o machado é uma implementação de seu martírio, em vez de significar seu uso.[11]

O rei Estêvão de Inglaterra usou um famoso machado dinamarquês na batalha de Lincoln, em 1141. Um relato diz que depois sua espada quebrou,[12] outro diz que usou sua espada somente após seu machado se quebrar.[13]

Ricardo Coração de Leão foi muitas vezes registrado na era vitoriana empunhando um grande machado de guerra, embora as referências sejam, por vezes, muito exageradas como convinha a um herói nacional: "Longo e muito tempo depois ele estava quieto em seu túmulo, seu terrível machado de batalha, com vinte libras inglesas de aço inglês em sua poderosa cabeça... "- A Child's History of England de Charles Dickens.[14] Ricardo é, no entanto, registado usando um machado dinamarquês no alívio da batalha de Jafa.[15] Godofredo de Lusignan é outro cruzado famoso associado ao machado.[16]

Roberto, o Bruce famosamente matou Sir Henrique de Bohun na batalha de Bannockburn com um único golpe de seu machado. O golpe foi tão poderoso que dividir o elmo e crânio de Bohun e estalou a haste do machado.

No século XVI, o uso de machados foi cada vez mais observado por Froissart em sua Crônica,[17] com o rei João II usando um na batalha de Poitiers em 1356 e Sir James Douglas na batalha de Otterburn, em 1388. Bretões foram aparentemente observados usando o machado, com Bertrand du Guesclin e Olivier de Clisson ambos empunhando a arma em batalha.[18] Nesses casos, não podemos dizer se era um machado dinamarquês, ou uma proto-acha.

Referências

  1. Petersen, Jan (1919). De Norske Vikingesverd (em norueguês). Cristiânia: [s.n.] 
  2. Nicolle, David (1999). Arms and Armour of the Crusading Era, 1050-1350: Western Europe and the Crusader States (em inglês). Londres: Greenhill Books. p. 52 
  3. «Bayeux Tapestry image» (em inglês). Cache-media.britannica.com. Consultado em 25 de fevereiro de 2015 
  4. Edge, David; Paddock, John Miles (1988). Arms and Armour of the Medieval Knight (em inglês). Londres: Defoe. p. 31–32 
  5. Vejar, por exemplo, as ilustrações da Bíblia Morgan
  6. The Morgan Library & Museum Online Exhibitions - The Morgan Picture Bible. Themorgan.org. Página visitada em 24 de fevereiro de 2015.
  7. Oakeshott, Ewart (1980). European Weapons and Armour (em inglês). Cambridge: Lutterworth Press. p. 47 
  8. Miles & Paddock, op.cit. p.69
  9. Caldwell, David (1981). «Some Notes on Scottish Axes and Long Shafted Weapons». In: Caldwell, Caldwell. Scottish Weapons and Fortifications 1100–1800. Edimburgo: John Donald. p. 253–314. ISBN 0-85976-047-2 
  10. Oakeshott, Ewart (1980). European Weapons and Armour (em inglês). Cambridge: Lutterworth Press. p. 47. ISBN 0-7188-2126-2 
  11. Kannik, Preben (1962). The Flag Book (em inglês) 5ª ed. [S.l.]: M. Barrows. p. 143 
  12. Oman, Sir Charles (1924). A History of the Art of War in the Middle Ages vol.1 (em inglês). Londres: Greenhill Books. p. 399. ISBN 1-85367-100-2 
  13. Hoveden, Rogério de (1853). The Annals of Roger de Hoveden: Comprising The History of England and of Other Countries of Europe from A.D. 732 to A.D. 1201, Vol 1 (em inglês). [S.l.]: H. G. Bohn. p. 243, 244 
  14. Aqui Dickens está referenciando a Chaucer, do Torneio de Teseu de Atenas no Conto do Cavaleiro, onde um combatente "tem um Sparth de 20 libras de peso": [1]
  15. Continuação do francês antigo de Guilherme de Tyre, na conquista de Jerusalém e a Terceira Cruzada: Fontes em Tradução, ed. Peter W. Edbury, p. 117.
  16. Nicholson, Helen (2004). Medieval Warfare. Basingstoke: Palgrave MacMillan. p. 101. ISBN 0-333-76331-9 
  17. Bourchier, John (1523). «The Chronicles of Froissart». fordham.edu. Consultado em 25 de fevereiro de 2015 
  18. Vernier, Richard (2003). The Flower of Chivalry (em inglês). Woodbridge: Boydell Press. p. 72,77. ISBN 1-84383-006-X 

Leitura adicional

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Ligações externas

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