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Usuário:DAR7/Testes/Geografia do Brasil/Rio de Janeiro (estado): diferenças entre revisões

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{{Coord|display=title|22|55||S|43|11||W|type:region}}
{{Ver desambig|este=o estado|a capital|Rio de Janeiro||RJ (desambiguação)}}
{{Info/Estado do Brasil
|nome = Rio de Janeiro
|descrição_bandeira = Bandeira do Rio de Janeiro
|leg_bandeira = Bandeira do Rio de Janeiro
|descrição_brasão = Brasão de Armas do Rio de Janeiro
|leg_brasão = Brasão do Rio de Janeiro
|lema = ''RECTE REM PVBLICAM GERERE''<br />{{small|(traduzido do [[latim]], significa: "Gerir a Coisa Pública com Retidão")}}
|hino = [[Hino do Rio de Janeiro]][[Ficheiro:Hino do Rio de Janeiro.ogg]]
|localização = Rio de Janeiro in Brazil.svg
|região = Sudeste
|vizinhos = [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] (nordeste), [[Minas Gerais]] (noroeste) e [[São Paulo (estado)|São Paulo]] (sudoeste)
|regiões_intermediárias = 5
|regiões_imediatas = 14
|municípios = 92
|mapa = Brazil Rio de Janeiro location map.svg
|gentílico = [[wikt:fluminense|fluminense]]<!-- Não incluir carioca, pois é o gentílico de quem nasce apenas no município do Rio de Janeiro -->
|capital = [[Imagem:Brasão da cidade do Rio de Janeiro.svg|20px|Brasão da cidade do Rio de Janeiro]] [[Rio de Janeiro]]
|governador = [[Cláudio Castro]]
|partido_gov = [[Partido Liberal (2006)|PL]]
|vice_governador = [[Thiago Pampolha]]
|partido_vice = [[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|MDB]]
|dep_federais = 46
|dep_estaduais = [[Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro|70]]
|senador1 = [[Carlos Portinho]] ([[Partido Liberal (2006)|PL]])
|senador2 = [[Flávio Bolsonaro]] ([[Partido Liberal (2006)|PL]])
|senador3 = [[Romário]] ([[Partido Liberal (2006)|PL]])
|área_total = 43750.425
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|água_pc =
|população_estimada_ano = 2021
|população_estimada = 17463349
|população_estimada_pos = 3
|população_estimada_ref =<ref name="IBGE_POP">{{Citar web |ultimo=IBGE |primeiro=IBGE |url=https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/rj.html |título= Rio de Janeiro |data= 1 de julho de 2021 |acessodata= 28 de agosto de 2021 |publicado=ibge.gov.br}}</ref>
|população_censo_ano = 2022
|população_censo = 16054524
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|população_urbana =
|densidade_pos = 2
|PIB_ano = 2021
|PIB_total = 949.301 bilhões
|PIB_ref = <ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102045_informativo.pdf|título=Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021|data=|acessodata=17-11-2023|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)}}</ref>
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|IDH_ano = 2010
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|IDH_ref =<ref name="PNUD_2021">{{Citar web |url=http://www.atlasbrasil.org.br/ranking |título=Atlas Brasil: Ranking |autor=Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP |acessodata=27-03-2023}}</ref>
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|indicador_ano = 2016/2017
|indicador_ref =<ref name="EVN_TMI">{{citar web|url=ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalidade/Tabuas_Completas_de_Mortalidade_2015/tabua_de_mortalidade_analise.pdf|título=Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015|publicado=IBGE|acessodata=2 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{Citar web |url= http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=P6&uf=00 |título= Sinopse do Censo Demográfico 2010|publicado=IBGE |acessodata= 2 de dezembro de 2016}}</ref>
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}}
O '''Rio de Janeiro''' ({{AFI-pt|ˈʁi.u d(ʒi) ʒɐˈne(j)ɾu|lang|Pt-br Rio de Janeiro.ogg}}<ref>''Larousse Concise Dictionary: Portuguese-English'', 2008, p. 339.</ref>) é uma das [[Unidades federativas do Brasil|27 unidades federativas]] do [[Brasil]]. Encontra-se situado a [[sudeste]] da [[Região Sudeste do Brasil|região sudeste do país supracitado]]. Possui como divisas: ao norte e noroeste, com [[Minas Gerais]]; a nordeste, com [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]]; a leste e ao sul, com [[Oceano Atlântico]] e a sudoeste, com [[São Paulo (estado)|São Paulo]]. Tem uma [[área|superfície]] de {{fmtn|43750.425|km²}} e abriga mais de 16 milhões de pessoas. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de [[wikt:fluminense|fluminenses]] (do [[latim]] ''flumen'', textualmente, “rio”).<ref>{{Citar web |url=https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/carioca/ |titulo=''carioca'' no dicionário Michaelis |acessodata=2022-05-15 |arquivodata=2022-05-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20220501132421/https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/carioca/ |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://vejario.abril.com.br/cidades/curiosidades-nomes-bairros-rj/ |titulo=A origem dos bairros cariocas |acessodata=2022-05-15 |arquivodata=2019-02-14 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190214061445/https://vejario.abril.com.br/cidades/curiosidades-nomes-bairros-rj/ |urlmorta=sim}}</ref> A [[município|municipalidade]] do [[Rio de Janeiro]] é sua capital.<ref name=":05">{{citar web|url=http://www.brasil.gov.br/mapa/riodejan.htm|titulo=Rio de Janeiro|acessodata=12-02-2024|website=www.brasil.gov.br|arquivourl=https://web.archive.org/web/19980131200028/http://www.brasil.gov.br/mapa/riodejan.htm|arquivodata=31-01-1998}}</ref>

Conta com [[Lista de municípios do Rio de Janeiro|92 municipalidades]]. Rio de Janeiro, [[Nova Iguaçu]], [[Niterói]], [[Duque de Caxias (Rio de Janeiro)|Duque de Caxias]], [[São Gonçalo (Rio de Janeiro)|São Gonçalo]], [[São João de Meriti]] e [[Volta Redonda]] são as [[Lista de municípios do Rio de Janeiro por população|principais cidades]]. O Estado é constituído por duas regiões geomorfologicamente diferentes: a [[Baixada Fluminense|baixada]] e o [[Serra Fluminense|planalto]], que se prolongam, como cinturões horizontais, da costa para o interior. Os rios mais importantes são: o [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]], o [[Rio Macaé|Macaé]], o [[Rio Guandu|Guandu]], o [[Rio Piraí (Rio de Janeiro)|Piraí]] e o [[Rio Muriaé|Muriaé]]. Tem um [[clima tropical]]. Sua economia está alicerçada na [[indústria]] ([[metalurgia]], [[siderurgia]], [[Indústria química|química]], [[Extrativismo|mineral]], [[Indústria alimentar|alimentar]], [[mecânica]], [[editorial]], [[Indústria gráfica|gráfica]], [[Papel|papeleira]]) e no [[turismo]].<ref name=":05" />

O estado surgiu a partir de porções das capitanias de [[Capitania de São Tomé|São Tomé]] e [[Capitania de São Vicente|São Vicente]]. De 1555 a 1567, os [[franceses]] invadiram o território. A cidade foi criada no ano de 1565. No século XVII, a [[pecuária]] e a [[cana-de-açúcar]] estimularam o desenvolvimento. Este estava decisivamente garantido no momento que o porto passou a escoar as riquezas de [[Minas Gerais]], no século XVIII. Em 1763, começou a ser capital do [[Estado do Brasil|vice-reino]]. Com a [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|transferência da família real para o Brasil]], em 1808, a região recebeu grandes benefícios como sede do reino. Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro foi elevada a município, ficando como capital do país. Ao passo disso, a capitania se tornou [[Província do Rio de Janeiro|província]], com sede em [[Niterói]]. Em 1889, a cidade foi promovida a capital da República e a província em estado. Com a transferência da capital para [[Brasília]], em 1960, o município do Rio de Janeiro foi elevado a [[Guanabara|Estado da Guanabara]]. Em 1975, reunificaram-se os estados da Guanabara e o Rio de Janeiro, com a denominação de Estado do Rio de Janeiro. Este começou a compreender a cidade do Rio de Janeiro como capital.<ref name=":05" />

A cidade com a maior população é a sua [[Rio de Janeiro|capital homônima]], núcleo da segunda maior [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|metrópole]] do Brasil.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/06/28/as-dez-maiores-cidades-do-brasil-em-populacao.ghtml|titulo=As dez maiores cidades do Brasil em população|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=G1|lingua=pt-br}}</ref> Embora seja, em condições de território, o [[Lista de unidades federativas do Brasil por área|terceiro estado brasileiro menos extenso]] (permanecendo atrás somente de [[Alagoas]] e [[Sergipe]]), centraliza 7,9% da população do país, constituindo o estado com a [[Lista de unidades federativas do Brasil por densidade demográfica|segunda maior densidade populacional do Brasil]].<ref name=":102">{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/panorama|titulo=Panorama Censo 2022 – Rio de Janeiro|acessodata=2024-03-17|website=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)}}</ref><ref name=":112">{{Citar web|url=https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/quais-sao-os-maiores-e-menores-estados-do-brasil-veja-ranking/|titulo=Quais são os maiores e menores estados do Brasil? Veja ranking|acessodata=2024-03-17|website=CNN Brasil}}</ref><ref name="densidade-RJ_IBGE 2022">{{Citar web|url=https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37238-pais-tem-90-milhoes-de-domicilios-34-a-mais-que-em-2010|titulo=País tem 90 milhões de domicílios, 34% a mais que em 2010|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)|lingua=pt-BR}}</ref> Conforme dados do [[Censo 2022]], o estado constitui o [[Lista de unidades federativas do Brasil por população|terceiro com a maior população do Brasil]], com cerca de 16 milhões de moradores, atrás somente de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Minas Gerais]].<ref name=":102" /><ref name=":112" /><ref>{{Citar web|url=https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37237-de-2010-a-2022-populacao-brasileira-cresce-6-5-e-chega-a-203-1-milhoes|titulo=De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,5% e chega a 203,1 milhões|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/economia/censo/noticia/2023/06/28/censo-2022-brasil-tem-203-milhoes-de-habitantes-47-milhoes-a-menos-que-estimativa-do-ibge.ghtml|titulo=Censo 2022: Brasil tem 203 milhões de habitantes, 4,7 milhões a menos que estimativa do IBGE|data=2023-06-28|acessodata=2024-03-17|website=G1|lingua=pt-br}}</ref> O [[produto interno bruto]] (PIB) do estado constitui o [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|segundo mais relevante do país]], à medida que o [[Índice de Desenvolvimento Humano|IDH]] fluminense é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|quarto mais alto]] do Brasil. Além disso, o Rio de Janeiro possui o terceiro maior [[Alfabetização|índice de literacia]] do país, apenas atrás de [[Santa Catarina]] e [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]]. O estado é sede da maior e mais completa [[biblioteca pública]] do [[Brasil]] e da [[América Latina]], a [[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]], criada em 1810. Esta é conhecida mundialmente por seu gigante acervo de 9 000 000 de livros. Estes incluem dicionários, enciclopédias, atlas, almanaques, jornais, revistas e periódicos relacionados com assuntos de [[história]], [[geografia]], [[sociologia]], [[linguística]] e [[arte]] [[Brasil|brasileiras]]. Além disso, possui publicações impressas de todas as outras disciplinas tais como pesquisas históricas e geográficas do mundo, biologia, física, química, matemática, filosofia, português, inglês, etc.

== Etimologia ==
{{Artigo principal|Carioca}}

A denominação [[Rio de Janeiro]] veio de um erro de interpretação dos exploradores. Os desbravadores lusitanos, os quais, em 1.º de janeiro de 1502, liderados por [[André Gonçalves (explorador)|André Gonçalves]], avistaram a [[Baía de Guanabara|baía hoje denominada Guanabara]]. Quando eles confundiram a penetração da barra com a desembocadura dum rio, denominaram a baía “do Rio de Janeiro”. Em seguida, esta designação passaria do município e deste ao estado. A municipalidade fez parte da província até se transformar em [[Município Neutro]], por meio do [[Ato Adicional de 1834]].<ref name="Revista Galileu">{{citar web|ultimo=Girardi|primeiro=Giovana|URL=http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT498531-1716-5,00.html|título=Índios, santos e geografia|data=fevereiro de 2007|acessodata=28 de setembro de 2013|publicado=Revista Galileu|autor=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201104140243/http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT498531-1716-5,00.html|arquivodata=4 de novembro de 2020|urlmorta=sim}}</ref><ref name=":02" />

[[Ficheiro:Rio deJaneiro LE2002059 lrg.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|[[Imagem de satélite]] da [[Baía de Guanabara]] feita pela [[NASA]].]]

O [[gentílico]] ''fluminense<ref>{{Citar web|url=https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/estilos/adjetivos-gentilicos-dos-estados-brasileiros|titulo=Adjetivos gentílicos dos estados brasileiros — Manual de Comunicação|acessodata=2022-03-23|website=www12.senado.leg.br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220323185444/https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/estilos/adjetivos-gentilicos-dos-estados-brasileiros|arquivodata=23-03-2022|urlmorta=sim}}</ref>'' vem do [[latim]] ''fluminis'', [[Caso genitivo|genitivo]] [[singular]] de ''flumen'', “[[rio]]”, e [[sufixo]] ''ense.'' Este termo foi, há um bom tempo, o adjetivo tanto do estado como do município. Ou para classificar pessoas, objetos, lugares e acontecimentos à [[Ente federativo|unidade federativa]], ou à [[Município|municipalidade]]. Os fluminenses do município, no entanto, com os anos, prefeririam autodenominar-se “[[Carioca|''cariocas'']]”, uma palavra tradicional. Esta, no final das contas, triunfou de maneira completa sobre a competidora. Serve para identificar os nascidos no Rio de Janeiro e tudo o que está associado a ele. A procedência da palavra ''carioca'' é o [[Línguas tupi-guaranis|tupi-guarani]] ''kari'oka'', “casa de branco”, de ''kara'i'', “esbranquiçado” e ''oka'', “residência”. Inicialmente, a denominação referia-se a uma residência feita de pedra, erguida em arquitetura europeia, existente entre o [[Flamengo (bairro do Rio de Janeiro)|morro da Viúva]] e o [[outeiro da Glória]]. Foi também construída antes da criação da cidade pelos portugueses que expulsaram os franceses. Uma série de documentos daquele tempo comprova que a residência existia, embora, até os dias atuais, não se conheça o nome do construtor. Depois, no que diz respeito ao termo, começou a constituir a denominação dos moradores dos arredores dessa residência. O termo “carioca” nomeou mais tarde um rio e os naturais da capital do estado.<ref name=":02">{{Harvnb|Houaiss|Martins|Barbosa|1993|p=9920}}.</ref>

Um padrão, nos campos da literatura, da utilização de ambos os gentílicos — carioca e fluminense — relativos às coisas do município, em épocas distintas. Eis o padrão: um livro de histórias cariocas, que era chamado de ''[[Contos Fluminenses|Contos fluminenses]]''. Ele foi escrito por [[Machado de Assis]]; a bibliografia de [[Artur de Azevedo]], distante há diversas décadas dessa coletânea do maior escritor brasileiro. Na lista de livros mencionados por Artur de Azevedo, insere-se, como publicação elaborada após a morte do literato, um volume de literaturas igualmente não-fluminenses. Entretanto, eram denominadas de ''Contos cariocas'' (1928).<ref name=":02" />

== História ==
{{Artigo principal|História do Rio de Janeiro}}

=== Povos indígenas e período colonial ===
{{Artigo principal|História pré-cabralina do Brasil|Povos indígenas do Brasil}}
{{Imagem múltipla
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| image1 = Ultimo tamoio 1883.jpg
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| caption1 = “''[[O Último Tamoio]]''” (1883), um dos trabalhos mais importantes de [[Rodolfo Amoedo]].
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| caption2 = Baía de Guanabara no tempo da [[França Antártica]].
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| caption3 = Rua da cidade histórica de [[Paraty]] inundada pela maré alta. Ao fundo, a [[Igreja de Santa Rita de Cássia (Paraty)|Igreja de Santa Rita de Cássia]].
| image4 = Cut sugarcane.jpg
| width4 = 200
| caption4 = A [[cana-de-açúcar]] foi a base da economia da [[capitania do Rio de Janeiro]] nos tempos do [[Colonização do Brasil|Brasil colonial]].
}}

Povos vindos de outros continentes já povoavam o continente americano a partir de, no mínimo, 10 000 a.C. Em torno do ano 1000, populações [[tupis]] originárias da [[Amazônia]] dominaram o litoral do Estado, exceto a região da desembocadura do [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]].<ref>{{Citar periódico |url=https://pnas.org/doi/full/10.1073/pnas.1909075117 |título=Genomic insight into the origins and dispersal of the Brazilian coastal natives |data=2020-02-04 |periódico=Proceedings of the National Academy of Sciences |número=5 |ultimo=Castro e Silva |primeiro=Marcos Araújo |ultimo2=Nunes |primeiro2=Kelly |paginas=2372–2377 |lingua=en |doi=10.1073/pnas.1909075117 |issn=0027-8424 |pmc=7007564 |pmid=31932419 |ultimo3=Lemes |primeiro3=Renan Barbosa |ultimo4=Mas-Sandoval |primeiro4=Àlex |ultimo5=Guerra Amorim |primeiro5=Carlos Eduardo |ultimo6=Krieger |primeiro6=Jose Eduardo |ultimo7=Mill |primeiro7=José Geraldo |ultimo8=Salzano |primeiro8=Francisco Mauro |ultimo9=Bortolini |primeiro9=Maria Cátira |volume=117}}</ref><ref name=":62">BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.</ref>

Durante o [[Descoberta do Brasil|Descobrimento do Brasil]] pelos [[portugueses]], índios [[goitacás]], [[puris]], [[guaianás]] e [[tamoios]] habitavam as terras do atual estado fluminense. Os goitacás moravam na planície atravessada pelo [[rio Paraíba do Sul]], ao norte do [[Cabo Frio]]; os puris, na região do Paraíba do Sul até o [[rio Muriaé]]; os guaianás, no planalto, perto da atual divisa com o [[São Paulo (estado)|estado de São Paulo]]; os tamoios, em toda a costa, da [[baía de Guanabara]] para o sul.<ref>{{Harvnb|Arruda|1988|p=6942}}.</ref>

Uma das mais antigas regiões brasileiras atingidas pelos portugueses, a [[Litoral|costa]] do Rio de Janeiro, desde 1511, começou a ser movimentada por expedições predatórias tanto de lusitanos como de [[Pirata|piratas]] [[franceses]]. Estes povos ficaram encantados com a enorme quantidade de [[Paubrasilia echinata|pau-brasil]].<ref name=":0">{{Citar periódico |último= Lucas |primeiro= Jorge Alexandre |data= 2014-01-01 |título= Somos todos cariocas: identidade e pertencimentos no mundo globalizado |jornal= Revista Científica Ciência em Curso |volume= 3 |número= 2 |páginas= 111–123 |issn= 2317-0077 |url= http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/ciencia_curso/article/view/2659 |idioma= fr |acessodata= 2017-10-14 |arquivodata= 2016-08-23 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20160823194803/http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/ciencia_curso/article/view/2659 |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Em 1534, com a [[Capitanias do Brasil|partilha do Brasil em quinze capitanias hereditárias]], a região foi incorporada a duas subdivisões territoriais — a porção meridional está subordinada à [[capitania de São Vicente|de São Vicente]]. Esta seria mais tarde a [[capitania do Rio de Janeiro]], criada em 1565. A parte setentrional integrava a [[capitania de São Tomé|de São Tomé]]. O capitão desta [[Capitanias do Brasil|donataria]], [[Pero de Góis]], procurou instalar lugarejos, mas malogrou em consequência da inimizade dos indígenas, amigos dos piratas franceses. Em 1555, [[Invasões francesas no Brasil|vieram ao Rio embarcações francesas lideradas por Villegaignon]], com a intenção de implantar uma colônia, a [[França Antártica]].<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Só em 1559 Portugal providenciou o desalojamento dos franceses. Em 1560, [[Mem de Sá]] derrotou os franceses e demoliu o [[Forte Coligny]], que haviam erguido. Em 1565, [[Estácio de Sá]] aportou na [[Baía de Guanabara|baía da Guanabara]] e criou a cidade à qual concedeu a denominação de [[São Sebastião]]. Ainda precisava combater os [[franceses]], os quais se refugiaram no [[Sertania|sertão]] e eram apoiados pelos [[tamoios]]. Os franceses foram vencidos em definitivo em 1567.<ref name=":0" /><ref name=":3">{{citar web|url=http://www.inepac.rj.gov.br/application/assets/img/site/Historico_Estado.pdf|titulo=Histórico do Estado do Rio de Janeiro|acessodata=16 de outubro de 2017|publicado=Instituto Estadual do Patrimônio Cultural|ultimo=Linhares|primeiro=Sérgio|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190711145537/http://www.inepac.rj.gov.br/application/assets/img//site/Historico_Estado.pdf|arquivodata=11 de julho de 2019|urlmorta=sim}}</ref><ref name=":2">{{Harvnb|Mascarenhas|Biasi|Coltrinari|Moraes|1998|pp=5065–5066}}.</ref>

A [[Estado do Brasil|fragmentação do Brasil em dois governos]] o do Norte, com capital em [[Salvador (Bahia)|Salvador]], e o do Sul, com centro administrativo no [[Rio de Janeiro]] (1572), colaborou para o progresso da capitania. Esta se ocupou primeiro do plantio da [[cana-de-açúcar|cana]]. As demandas de desenvolvimento do [[agronegócio]] colonizaram o norte da capitania, em que a pecuária extensiva já estava presente.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

A cordilheira da [[serra do Mar]] impossibilitou o deslocamento dos colonizadores ao [[Sertania|interior]]. A costa, de entrada mais simples, era o caminho usado para a expansão do plantio da cana-de-açúcar, que chegou ao [[vale do Paraíba]]. As condições de [[solo]] e [[clima]] colaboraram para o franco progresso da região. Além da cana-de-açúcar, eram praticadas a [[agricultura de subsistência]] e a criação de gado.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Em 1710 e 1711, os gauleses buscaram dominar a região, porém, foram expulsos. Conflitos entre famílias reivindicando a conquista da terra tumultuaram a [[colonização]] e o [[Trabalho (economia)|progresso]]. Tal condição perdurou cerca de um século, entre [[1648]] e [[1753]]. Foi encontrado o ouro em [[Minas Gerais]]. Depois, a região se tornou acesso natural para os aventureiros que estavam à procura das jazidas, acompanhando o curso do Paraíba do Sul.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Foi explorada a serra do Mar e, com a implantação de empórios comerciais no norte da capitania, foram nascendo povoados. O esgotamento do cultivo da cana-de-açúcar foi quase completo, porque as terras ficaram desocupadas. O [[porto do Rio de Janeiro]], ponto de saída principal do açúcar, tornou-se o local concentrador do ouro e dos produtos trazidos pelos abastados [[Minerador|mineradores]].<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Em 1763, o [[Rio de Janeiro]] sucedeu Salvador como capital do vice-reinado e passou a ser o centro do poderio financeiro e administrativo do Brasil. Com o esgotamento do ouro da [[Capitania de Minas Gerais]], o [[Capitania do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]] retomou o plantio da cana-de-açúcar, desta feita em padrões mais inovadores, usando técnicas apropriadas ao cultivo em escala maior.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

=== Período imperial ===
[[Ficheiro:Palácio São Domingos.jpg|200px|miniaturadaimagem|O [[Palácio São Domingos]] foi a primeira sede do governo da [[província do Rio de Janeiro]] (1835).<ref>{{Citar web |url=https://www.culturaniteroi.com.br/blog/?id=302&equ=ddpfan |titulo=São Domingos |acessodata=2021-07-11 |website=www.culturaniteroi.com.br |lingua=en |arquivodata=2020-11-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101105/https://www.culturaniteroi.com.br/blog/?id=302&equ=ddpfan |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.culturaniteroi.com.br/blog/?id=301&equ=ddpfan |titulo=Centro |acessodata=2021-07-11 |website=www.culturaniteroi.com.br |lingua=en |arquivodata=2020-11-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101034/https://www.culturaniteroi.com.br/blog/?id=301&equ=ddpfan |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":11">{{Citar web |url=https://www.culturaniteroi.com.br/blog/?id=305&equ=ddpfan |titulo=Ingá |acessodata=2021-07-11 |website=www.culturaniteroi.com.br |lingua=en |arquivodata=2020-11-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101034/https://www.culturaniteroi.com.br/blog/?id=305&equ=ddpfan |urlmorta=sim}}</ref> Até esse ano, foi sucedido pelo atual prédio do Colégio Estadual Aurelino Leal, próximo ao [[Palácio do Ingá]], até 1894.<ref name=":11" />]]

Em 1808, a [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|chegada da família real lusitana ao Rio de Janeiro]] converteu a capitania em capital administrativa, política e econômica do [[Reino de Portugal]]. Os fluminenses apoiaram a [[independência do Brasil]] (1822) e a região continuou sob gestão direta do governo central.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Em 1834, foi fundado o [[Município Neutro]], que permaneceu como [[capital]] nacional. A capitania foi promovida à condição de [[província do Rio de Janeiro]], que começou a abrigar [[Niterói]] como capital em 1835.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Desde 1830, o [[café]] apareceu como nova fonte de renda. O açúcar prevalecia na [[Baixada Fluminense|baixada]], ao passo que os exploradores conquistavam o planalto à procura de terras apropriadas para o cultivo do café. Por isso, consolidou-se uma sociedade tradicionalista, escravista, que defendia o imperador e resistia às teorias abolicionistas e inovadoras.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Foi a época mais poderosa e rica da região, a mais progressista do Brasil à época. No fim do [[século XIX]], a diminuição na produção agrícola, ocasionada pelo desgaste do solo, pelas técnicas tradicionais de cultivo e pela [[Abolicionismo no Brasil|libertação dos escravos]], empobreceu a região. A abolição da escravatura estava associada aos conflitos internos pelo poder político.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

=== Período republicano ===
{{Imagem múltipla
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| image1 = Mapa do Estado do Rio de Janeiro.tif
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| caption1 = Mapa do Estado do Rio de Janeiro, 1892. [[Arquivo Nacional]].
| image2 = Niterói bay and contemporary musem.jpg
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| caption2 = [[Niterói]] foi a [[capital]] [[Ente federativo|estadual]] até 1975, ano da reunificação dos estados do Rio de Janeiro e da [[Guanabara]].
}}

Com a [[República]], a [[província do Rio de Janeiro]] se tornou [[Ente federativo|unidade federativa]] e o [[Município Neutro]], [[Distrito Federal do Brasil (1891–1960)|Distrito Federal]]. Este era administrado por um [[prefeito]] indicado pelo [[presidente do Brasil]]. Na [[Primeira República Brasileira|República Velha]], período de 1889 a 1930, diminuiu o poder político-econômico do estado do Rio de Janeiro no cotidiano do país. Este era comandado na época por [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Minas Gerais]].<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

O estado foi posto pela [[Revolução de 1930]] sob [[intervenção federal]] até 1935, quando se elegeu o governador [[Protógenes Guimarães]]. Após a instituição do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], [[Ernâni do Amaral Peixoto]] foi designado como [[interventor federal]] e permaneceu no cargo antes de 1945.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Entre 1930 e 1945, a despeito dos benefícios ganhos do governo federal, o orçamento estadual continuou em [[défice]]. No entanto, a industrialização se desenvolveu em cidades perto do Distrito Federal e na região dos rios [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]] e [[Rio Piabanha|Piabanha]]. Em 1960, com a mudança da capital do Brasil do [[Rio de Janeiro]] para [[Brasília]], o antigo [[Distrito Federal do Brasil (1891–1960)|Distrito Federal]] foi convertido no [[Guanabara|Estado da Guanabara]].<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Em 1.º de julho de 1974, a Lei Complementar n.º 20, que fundou o hoje estado do Rio de Janeiro, foi promulgada pelo [[presidente do Brasil]], [[Ernesto Geisel]], por meio da unificação dos estados do Rio de Janeiro e da [[Guanabara]]. A mencionada legislação entrou em vigor em 15 de março de 1975.<ref name=":2" /><ref name=":3" /><ref name=":4">{{citar web |url=http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3365-a-fusao-do-estado-da-guanabara-ao-estado-do-rio-de-janeiro |titulo=Do estado da Guanabara ao estado do Rio de Janeiro: a fusão |acessodata=16 de outubro de 2017 |publicado=Multirio |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171001032958/http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/rio-de-janeiro/71-um-rio-de-muitos-janeiros/3365-a-fusao-do-estado-da-guanabara-ao-estado-do-rio-de-janeiro |arquivodata=1 de outubro de 2017|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/em-15-de-marco-de-1975-guanabara-rio-se-transformaram-num-unico-estado-10121382|titulo=Em 15 de março de 1975, Guanabara e Rio se transformaram num único estado|data=24 de setembro de 2013|acessodata=16 de outubro de 2017|publicado=Acervo|ultimo=O Globo|primeiro=|arquivodata=21 de novembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171121223526/http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/em-15-de-marco-de-1975-guanabara-rio-se-transformaram-num-unico-estado-10121382|urlmorta=sim}}</ref> Como capital, foi eleita a cidade do Rio de Janeiro. O então [[presidente do Brasil]], [[Ernesto Geisel]], indicou o primeiro governador da nova unidade federativa, almirante [[Floriano Peixoto Faria Lima|Faria Lima]]. Em 1979, tomou posse [[Chagas Freitas]], escolhido pela [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro|assembleia]].<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" />

Por meio de eleições diretas, [[Leonel Brizola]], tomou posse do cargo em 1983. O [[estadista]] gaúcho foi uma vez [[governador do Rio Grande do Sul]] (1959–1963). Substituído por [[Moreira Franco|Wellington Moreira Franco]] em 1987, regressou ao governo em 1991. Leonel Brizola, deixou o governo em abril de 1994.<ref name=":0" /><ref name=":3" /><ref name=":2" /> Desde então, tomou posse o governador [[Nilo Batista]], que terminou o mandato em janeiro de 1995.<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> O governador eleito em 1994, [[Marcello Alencar]] assumiu o poder em janeiro de 1995.<ref name=":3" /><ref name=":4" /><ref name=":2" /> Em 1998, foi eleito [[Anthony Garotinho|Anthony William Matheus de Oliveira]], sendo empossado em janeiro de 1999. Continuou no cargo até abril de 2002, quando foi sucedido por [[Benedita da Silva]], que concluiu o mandato. Em 2002, foi eleita [[Rosinha Garotinho|Rosângela Barros Assed Matheus de Oliveira]], tomando posse em 2003.<ref name=":3" /> Em 2006, [[Sérgio Cabral Filho]] foi eleito governador, reeleito em 2010.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/11/deputado-senador-governador-conheca-carreira-politica-de-cabral.html|titulo=Deputado, senador, governador: conheça a carreira política de Cabral|data=17 de novembro de 2016|acessodata=16 de outubro de 2017|publicado=|ultimo=G1 Rio|primeiro=|arquivodata=5 de janeiro de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180105162115/http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/11/deputado-senador-governador-conheca-carreira-politica-de-cabral.html|urlmorta=sim}}</ref> Ele foi sucedido em abril de 2014 pelo vice [[Luiz Fernando Pezão|Luiz Fernando de Souza]]. Foi escolhido nas [[Eleições estaduais no Rio de Janeiro em 2014|eleições em 2014]] e empossado em janeiro de 2015.<ref name=":0" /><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/04/apos-renuncia-de-cabral-pezao-assume-governo-do-rj-nesta-sexta.html|titulo=Após renúncia de Cabral, Pezão assume Governo do RJ nesta sexta|data=4 de abril de 2014|acessodata=16 de outubro de 2017|ultimo=G1 Rio|arquivodata=5 de agosto de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170805015322/http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/04/apos-renuncia-de-cabral-pezao-assume-governo-do-rj-nesta-sexta.html|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/eleicoes/2014/noticia/2014/10/luiz-fernando-pezao-e-reeleito-governador-do-rj-com-5607.html|titulo=Luiz Fernando Pezão é reeleito governador do RJ com 55,78%|data=26 de outubro de 2014|acessodata=16 de outubro de 2010|ultimo=G1 Rio|arquivodata=26 de outubro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141026230328/http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/eleicoes/2014/noticia/2014/10/luiz-fernando-pezao-e-reeleito-governador-do-rj-com-5607.html|urlmorta=sim}}</ref> Pezão ficou no cargo até a sua prisão em novembro de 2018, quando foi substituído por [[Francisco Dornelles]].<ref>{{Citar web |url=https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/11/29/dornelles-governo-rj-pezao-preso.htm |título=Vice, Francisco Dornelles assume governo do Rio após prisão de Pezão |língua= |autor=UOL |obra=UOL |data=29 de novembro de 2018 |acessodata= |arquivodata=29 de novembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181129172332/https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/11/29/dornelles-governo-rj-pezao-preso.htm |urlmorta=sim}}</ref> Escolhido nas [[eleições estaduais no Rio de Janeiro em 2018]],<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2018/noticia/2018/10/28/governador-eleito-do-rj-wilson-witzel-concede-entrevista-coletiva.ghtml|titulo=Wilson Witzel diz que 'esperança renasceu' e agradece ligação de Paes após ser eleito|data=28/10/2018|acessodata=2019-01-18|publicado=G1|ultimo=Martins|primeiro=Marco Antônio|lingua=pt-br|arquivodata=2018-11-16|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181116085838/https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2018/noticia/2018/10/28/governador-eleito-do-rj-wilson-witzel-concede-entrevista-coletiva.ghtml|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://noticias.r7.com/importadas/eleicoes-2018-quem-e-wilson-witzel-o-juiz-que-venceu-a-eleicao-de-governador-do-rio-com-discurso-radical-29102018|titulo=Eleições 2018: Quem é Wilson Witzel, o juiz que venceu a eleição de governador do Rio com discurso radical|data=2018-10-29|acessodata=2019-01-18|obra=R7.com|lingua=pt-br|arquivodata=2018-10-30|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181030035510/https://noticias.r7.com/importadas/eleicoes-2018-quem-e-wilson-witzel-o-juiz-que-venceu-a-eleicao-de-governador-do-rio-com-discurso-radical-29102018|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2018/noticia/2018/10/28/wilson-witzel-do-psc-e-eleito-governador-do-rj.ghtml|titulo=Wilson Witzel, do PSC, é eleito governador do RJ|data=28/10/2018|acessodata=2019-01-18|publicado=G1|ultimo=|primeiro=|lingua=pt-br|arquivodata=2019-02-19|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190219224934/https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2018/noticia/2018/10/28/wilson-witzel-do-psc-e-eleito-governador-do-rj.ghtml|urlmorta=sim}}</ref> [[Wilson Witzel]] tomou posse em 2019.<ref>{{Citar web|url=https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,novo-governador-do-rio-promete-combater-a-corrupcao,70002663106|título=Novo governador do Rio promete combater a corrupção|ultimo=Amorim|primeiro=Daniela|publicado=[[O Estado de S. Paulo]]|data=1º de janeiro de 2019|acessodata=2 de janeiro de 2019|arquivodata=2 de janeiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190102134001/https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,novo-governador-do-rio-promete-combater-a-corrupcao,70002663106|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/01/02/wilson-witzel-recebe-transmissao-de-cargo-de-governador-do-rj-de-dornelles.ghtml|título=Witzel recebe transmissão de cargo de Dornelles e fala em 'guerra' a 'terroristas'|ultimo=Alves|primeiro=Raoni|publicado=[[G1]]|data=2 de janeiro de 2019|acessodata=2 de janeiro de 2019|arquivodata=2 de janeiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190102202440/https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/01/02/wilson-witzel-recebe-transmissao-de-cargo-de-governador-do-rj-de-dornelles.ghtml|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://veja.abril.com.br/politica/witzel-fatia-agenda-para-acompanhar-posse-de-bolsonaro-em-brasilia/|título=Witzel 'fatia' agenda para acompanhar posse de Bolsonaro em Brasília|publicado=[[Veja (revista)|Veja]]|data=30 de dezembro de 2018|acessodata=2 de janeiro de 2019|arquivodata=3 de janeiro de 2019|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190103005200/https://veja.abril.com.br/politica/witzel-fatia-agenda-para-acompanhar-posse-de-bolsonaro-em-brasilia/|urlmorta=sim}}</ref> Foi sucedido, em 2021, pelo vice-governador, [[Cláudio Castro]], que completou o mandato.<ref name=":04">{{Citar web|ultimo=Barreira|primeiro=Gabriel|ultimo2=Satriano|primeiro2=Nicolás|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/30/tribunal-especial-abre-a-sessao-para-decidir-impeachment-de-witzel-1.ghtml|titulo=Tribunal aprova por unanimidade impeachment de Witzel, que fica inelegível por 5 anos|data=30-04-2021|acessodata=2021-05-01|website=G1 Rio de Janeiro|publicado=TV Globo|lingua=pt-br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20210501000215/https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/04/30/tribunal-especial-abre-a-sessao-para-decidir-impeachment-de-witzel-1.ghtml|arquivodata=2021-05-01|urlmorta=sim}}</ref> Eleito em 2022,<ref name=":42">{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2022/noticia/2022/10/02/claudio-castro-e-reeleito-governador-do-rj.ghtml|titulo=Cláudio Castro é reeleito governador do RJ no primeiro turno com quase 60% dos votos|acessodata=2022-10-06|website=G1|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230101035231/https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2022/noticia/2022/10/02/claudio-castro-e-reeleito-governador-do-rj.ghtml|arquivodata=01-01-2023|urlmorta=sim|urlmorta=sim}}</ref> Castro assumiu o governo em janeiro de 2023.<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/01/01/claudio-castro-toma-posse-como-governador-reeleito-no-rj-veja-a-trajetoria.ghtml|titulo=Cláudio Castro toma posse como governador reeleito no RJ; veja a trajetória|data=2023-01-01|acessodata=2023-11-09|website=G1|lingua=pt-br|arquivourl=http://web.archive.org/web/20230101032131/https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/01/01/claudio-castro-toma-posse-como-governador-reeleito-no-rj-veja-a-trajetoria.ghtml|arquivodata=01-01-2023|urlmorta=sim|urlmorta=sim}}</ref>

== Geografia ==
{{imagem múltipla
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| image1 = RJ coast.jpg
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| caption1 = O território do estado do Rio de Janeiro [[Imagem de satélite|visto por satélite]] da [[NASA]].
| image2 = Agulhasnegras.JPG
| width2 = 200
| caption2 = [[Pico das Agulhas Negras]], a altitude máxima do estado fluminense.
| image3 = Amanhecer no Hercules --.jpg
| width3 = 200
| caption3 = [[Serra dos Órgãos]] entre os municípios de [[Guapimirim]] e [[Teresópolis]].
| image4 = Prainha Arraial do Cabo.jpg
| width4 = 200
| caption4 = [[Arraial do Cabo]], localizada na [[região dos Lagos]].
}}
O estado do Rio de Janeiro está subordinado ao [[bioma]] da [[Mata Atlântica]], possuindo em seu relevo, montanhas e baixadas que se situam da [[Serra da Mantiqueira]] até o [[Oceano Atlântico]]. Merece destaque pelas paisagens diversas, com altas [[escarpa]]s no litoral, [[restinga]]s, [[baía]]s, [[laguna]]s e [[floresta tropical|florestas tropicais]]. O Rio de Janeiro constitui uma das [[Unidades federativas do Brasil|27 unidades federativas]] do Brasil, situado a sudeste da [[Região Sudeste do Brasil|região homônima]]. Tem como divisas [[Minas Gerais]] ao norte; com o [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] a nordeste; e com [[São Paulo (estado)|São Paulo]] a sudoeste. É delimitado pelo [[oceano Atlântico]] ao sul e a leste.<ref>{{Harvnb|Simielli|2000|p=79}}.</ref> É uma das unidades federativas territorialmente menos extensas do Brasil e a menos extensa da [[região Sudeste do Brasil|região Sudeste]].<ref name="IBGE_Área" /> O [[município]] mais ao [[norte]] do estado é [[Porciúncula]] e o mais ao [[sul]] é a cidade de [[Paraty]].<ref name=":23" />

Seu litoral possui 636 quilômetros de extensão, delimitados pelas [[Água do mar|águas salgadas do Oceano Atlântico]]. É mais curto em dimensão do que os litorais [[Bahia|baiano]] e [[Maranhão|maranhense]], na [[Região Nordeste do Brasil|região Nordeste]], e maior que as costas do [[Rio Grande do Sul]] e [[São Paulo (estado)|São Paulo]].<ref>{{Harvnb|Civita|1997}}.</ref><ref>{{Harvnb|Civita|1998}}.</ref>

=== Geomorfologia ===

Geralmente, as [[Solo|terras]] fluminenses são relativamente inférteis. Os solos mais favoráveis ao uso agrário se situam em [[Campos dos Goytacazes|Campos]], [[Cantagalo (Rio de Janeiro)|Cantagalo]], [[Cordeiro (Rio de Janeiro)|Cordeiro]] e em certas municipalidades do vale do [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]].<ref>{{Harvnb|Arruda|1988|p=6939}}.</ref>

A base [[Cristal|cristalina]] do Brasil forma o arcabouço básico do [[Relevo (geografia)|relevo]] do estado. Suas [[Rocha|pedras]], [[Gnaisse|gnaisses]] e [[Granito|granitos]], foram os primeiros do território do país. Estas passaram por transformações [[Sismo|sísmicas]], especialmente as falhas do [[terciário]], [[Estratigrafia|procedência geológica]] das fileiras [[Serra|serranas]] que seguem a fímbria costeira. O estado abriga relevo bem diversificado, com enormes declives e altitudes elevadas.<ref name=":5">{{Harvnb|Garschagen|1998b|p=359}}.</ref>

Quase 50% do território está aquém de 200 m. 32% se encontram de 200 até 600 m, 11% de 600 a 900 m, 6% de 900 e 1 500 m e 1% além de 1 500 m. Três unidades formam o esquema [[Geomorfologia|geomorfológico]]: a [[Baixada Fluminense|baixada]], os [[Maciço|maciços litorâneos]] e o [[planalto]].<ref name=":5" />

A [[Baixada Fluminense|baixada]] se expande no decorrer do território e desenha uma curvatura desde o nordeste até o sudoeste. Bastante reduzida em sua parte oeste, estende-se grandemente na porção leste. Percebe-se uma variada estrutura na baixada. Há vários gêneros de acidentes geográficos nessa região. Morros e [[Morro|colinas]] cortadas em [[Rocha cristalina|rochas cristalinas]]. [[Praia]]s. [[Areia|Areões]] constituídos pela união de faixas costeiras. Campos [[duna]]res. Grandes [[pântano]]s, que se propagam no decorrer dos [[Curso de água|cursos]] inferiores dos [[rio]]s e um enorme [[delta]], constituído pelo [[rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]] em sua [[Foz|desembocadura]]. Inúmeras [[lagoa]]s aparecem no decurso do [[litoral]] do estado, que compreende também três enormes reentrâncias: [[baía]]s de [[Baía de Guanabara|Guanabara]], de [[Baía de Sepetiba|Sepetiba]] e da [[Ilha Grande (Angra dos Reis)|ilha Grande]]. Dentre as duas últimas, está localizada a [[Ilha Grande (Angra dos Reis)|Ilha Grande]] e, bloqueando de maneira incompleta a baía de Sepetiba, a [[restinga de Marambaia]].<ref name=":5" />

Os [[Maciço|maciços litorâneos]] elevam-se no decorrer da baixada e constituem uma fileira de [[Montanha|montanhas]] com altitude entre 200 e 500 m. As regiões mais altas se estendem a partir de [[Cabo Frio]] até a margem leste da [[baía de Guanabara]], em direção horizontal para o litoral. Do oeste da baía, se encontram os pontos mais altos no município da capital. Estes pontos culminantes constituem os maciços de [[Gericinó]] (900 m no pico do Gandu), da Pedra Branca (1 024 m) e da Tijuca (1 021 m).<ref name=":5" />

O [[Serra Fluminense|planalto]] abrange boa parte do território estadual. Sua orla de montanhas, geralmente denominada [[serra do Mar]], é localmente chamada [[Parque Nacional da Serra dos Órgãos|serra dos Órgãos]], da Estrela, entre outras. Esta cadeia de montanhas ocupa a baixada, desde o norte, com seu [[cuesta|paredão]] de serras. Ergue-se habitualmente além de mil metros de altura, especialmente na serra dos Órgãos, onde a [[pedra do Sino]] alcança 2 263 m. Já, a área do planalto desce levemente para o [[Sertania|interior]], rumo ao vale do Paraíba do Sul. Além desse vale, e percorrendo próximo à divisa do estado de Minas Gerais, está a [[serra da Mantiqueira]]. É nesta região que se localizam as maiores elevações do estado, as quais alcançam o [[pico das Agulhas Negras]], com 2 787 m. Esta montanha é a altitude máxima do estado do Rio de Janeiro.<ref name=":5" />

A [[planície de inundação]], ou várzea do [[rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]], disponibiliza os únicos pedaços de terra aplainada de área considerável nessa região de terreno irregular. Além do Paraíba do Sul, perto da divisa com o estado de [[Minas Gerais]], eleva-se outro paredão escarpado similar à serra do Mar. É a [[serra da Mantiqueira]], que compõe a orla do planalto mineiro.<ref name=":5" />

{{panorama|Serra dos Órgãos ao amanhecer (cropped).jpg|650px|[[Parque Nacional da Serra dos Órgãos|Serra dos Órgãos]] ao amanhecer.}}

=== Hidrografia ===
{{imagem dupla|left|Rio Paraíba do Sul - Campos_dos_Goytacazes.jpg|250|Cristalina, azul e verde.JPG|220|[[Rio Paraíba do Sul]] em [[Campos dos Goytacazes]].|[[Arraial do Cabo]], na [[região dos Lagos]].}}

Vários rios, que descem diretamente ao [[Oceano Atlântico]], pertencem à [[Rede de drenagem|rede hidrográfica]] fluminense. O mais importante é o [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]], proveniente do estado de [[São Paulo (estado)|São Paulo]]. Ele corta o estado de oeste a leste, até desaguar no Atlântico, perto da divisa com o [[Espírito Santo]]. Acolhe vários tributários ([[Rio Pomba|Pomba]], [[Rio Paraibuna (médio Paraíba do Sul)|Paraibuna]], [[Rio Piabanha|Piabanha]], [[Rio Piraí (Rio de Janeiro)|Piraí]], [[Rio Dois Rios|Dois Rios]]). A ele corre toda a rede hidrográfica a qual tem suas [[Nascente (hidrografia)|nascentes]] nas elevações da serra do Mar. Enquanto isso, os rios, os quais saem da [[escarpa]], alcançam rapidamente o oceano. Todos os outros rios autônomos são pequenos. Dentre os quais, merecem destaque [[Rio Itabapoana|Itabapoana]], [[Rio Macaé|Macaé]], [[Rio São João (Rio de Janeiro)|São João]] e [[Rio Macacu|Macacu]]. Várias [[Lagoa|lagoas]] aparecem por toda a extensão da costa fluminense.<ref name=":6">{{Harvnb|Garschagen|1998b|p=360}}.</ref>

De [[Cabo Frio]] até a [[baía de Guanabara]] estão localizadas [[Lagoa|lagoas]] que resultam da obstrução de antigas [[Baía|baías]] por [[wikt:fímbria|fímbrias]] costeiras ([[Lagoa de Maricá|Maricá]], da Barra, Guarapina, [[Lagoa de Saquarema|Saquarema]] e [[Lagoa de Araruama|Araruama]]). Perto da Guanabara, e na parte ocidental, situam-se as lagoas [[Lagoa Rodrigo de Freitas|Rodrigo de Freitas]], da [[Lagoa da Tijuca|Tijuca]], de [[Lagoa de Jacarepaguá|Jacarepaguá]] e de [[Lagoa de Marapendi|Marapendi]]. Próximo a Campos dos Goitacases, no norte, aparecem lagoas cuja estrutura está associada à formação do [[delta]] do Paraíba do Sul. Entre essas lagoas incluem [[Lagoa Feia|Feia]], de Dentro, dos Coqueiros, e do Taí Pequeno, dentre outras menores.<ref name=":6" />

=== Clima ===
[[Ficheiro:Clima do Rio de Janeiro (Köppen).svg|direita|miniaturadaimagem|Rio de Janeiro conforme a [[classificação climática de Köppen]].]]

O estado do Rio de Janeiro possui os tipos climáticos ''Aw'', ''Am'', ''Af'', ''Cfa'', ''Cfb'', ''Cwb'' e ''Cwa'' da [[classificação climática de Köppen-Geiger]]. O clima [[Clima tropical com estação seca|tropical semi-úmido do tipo ''Aw'']], com [[inverno]]s [[Seca|secos]] e [[Chuva|pluviosidades]] de [[verão]], aparecem no oeste da [[Baixada Fluminense|baixada]]. Já, o [[Monção|''Am'']] predomina nas imediações dos [[Maciço|maciços]] e sopés baixos do município da capital, em consequência das [[Chuva orográfica|chuvas orográficas]]. A média térmica é de 24 °C por ano e o índice de é 1 250 mm por ano. O clima, [[Clima tropical úmido|tropical úmido ''Af'']], com pluviosidades bem divididas ao longo do ano, aparece na parte mais baixa das montanhas do planalto ([[serra do Mar]]). Nessa região, as [[Chuva orográfica|chuvas de relevo]] elevam seu [[índice pluviométrico]] para 2 500 mm por ano. O clima [[Clima tropical de altitude|tropical de altitude ''Cfa'']] é caracterizado por verões quentes e pluviosidades bem divididas. Este clima equivale às partes altas do [[escarpa|declive escarpado]], onde a altitude causa a diminuição das médias térmicas para 20 °C por ano. Já, o tipo ''Cfb'' equivale às partes mais altas onde os verões já se tornam frios e a [[Média térmica anual|média da temperatura]] despenca para 18 °C por ano.<ref name=":6" />

Os climas ''Cwb'' e ''Cwa'' aparecem na retaguarda da [[serra do Mar]], ou seja, no reverso do [[planalto]], em regiões onde somem as chuvas de relevo. Sua pluviosidade ocorre apenas nos períodos de verão, descendo para 1 500 mm. O ''[[Clima tropical de altitude|Cwb]]'' compreende as partes mais altas do planalto, localizadas próximo à serra do Mar. Este clima ocasiona o aparecimento de verões frios, e o ''[[Clima subtropical úmido|Cwa]]'' nas porções menos elevadas do planalto, vale do [[rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]]. Nessa região os verões se tornam quentes, aumentando as temperaturas médias para 20 °C por ano. Uma característica anormal dessa situação aparece na costa de [[Cabo Frio]], onde chuvas menos volumosas permitem a exploração de [[sal]] na [[Lagoa de Araruama]].<ref name=":6" />

=== Litoral, flora e fauna ===
[[Ficheiro:Floresta da Tijuca 60.jpg|thumb|[[Floresta da Tijuca]], como vista ao ar livre na cidade do Rio de Janeiro.|esquerda]]

Pouco sobra da [[vegetação]] original fluminense. A atividade [[agropecuária]] conduziu a uma quase inteira destruição das [[Floresta|matas]] as quais revestiam mais de 91% da área da atual [[Ente federativo|unidade federativa]]. Dessas matas, remanescem, na atualidade, somente pequenas manchas que se localizam em lugares de menor acesso ou de altas montanhas, inadequados para [[agropecuária]]. Estes incluem sopés mais inclinados das serras do Mar e Mantiqueira.<ref name=":6" />

Além das matas, a vegetação abrangia também [[Manguezal|manguezais]] e era formada por [[restinga]] e [[praia]], no cordão costeiro. [[Campos de altitude]], nas partes mais altas das serras ([[Parque Nacional da Serra dos Órgãos|serra dos Órgãos]] e [[maciço do Itatiaia|maciço da Itatiaia]]) e as estepes do delta do Paraíba do Sul em [[Campos dos Goytacazes|Campos]]. Todos passaram por forte intervenção da [[Antropia|antropização]].<ref name=":6" />

A [[fauna]] do estado do Rio de Janeiro pertence à [[Mata Atlântica]]. Esta somente existe em vários lugares como o das serras denominadas dos Órgãos e do [[Serra do Tinguá|Tinguá]]. Estas serras abrigam mamíferos como várias espécies de [[Mico-leão-dourado|mico]] e [[macaco]], [[Paca|pacas]], [[Mão-pelada|guaxinins]], [[Jaguatirica|jaguatiricas]] e demais [[Felidae|felinos]]. Além disso, há diversas [[aves]], tanto pernaltas, quanto [[passeriformes|pássaros]] e [[Psittaciformes|psitacídeos]].<ref name=":6" />

A [[Litoral|costa]] fluminense apresenta muitos recortes. Os mais importantes [[Acidente geográfico|acidentes geográficos]] são a [[Baía da Ilha Grande]], a [[Ilha Grande (Rio de Janeiro)|ilhota homônima]], a [[Restinga da Marambaia]], a [[Baía de Sepetiba]] e a [[Baía de Guanabara|de Guanabara]]. Nessa região merece destaque na paisagem a [[Enseada de Botafogo]].<ref>{{Harvnb|Arruda|1988|p=6938}}.</ref> Existe uma soma de 65 ilhas distribuídas pelo [[Costa|litoral]] na [[baía]] de [[Paraty]] e 365 apenas no município de [[Angra dos Reis]].<ref>{{Citar web |ultimo=Leonardo |primeiro=Paulo |url=https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/turismo/viaje-no-tempo-em-paraty-hist%C3%B3rica-cidade-do-litoral-fluminense-1.268853 |titulo=Viaje no tempo em Paraty, histórica cidade do litoral fluminense |data=30-07-2014 |acessodata=2021-06-22 |publicado=Hoje em Dia |lingua=pt-br |arquivodata=2020-08-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200815211055/https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/turismo/viaje-no-tempo-em-paraty-hist%C3%B3rica-cidade-do-litoral-fluminense-1.268853 |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Correio Braziliense |url=https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/turismo/2012/08/22/interna_turismo,318533/angra-dos-reis-no-litoral-sul-tem-365-ilhas-a-disposicao-do-turista.shtml |titulo=Angra dos Reis, no litoral Sul, tem 365 ilhas à disposição do turista |data=2012-08-22 |acessodata=2021-06-22 |lingua=pt-BR |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200815213938/https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/turismo/2012/08/22/interna_turismo,318533/angra-dos-reis-no-litoral-sul-tem-365-ilhas-a-disposicao-do-turista.shtml |arquivodata=2020-08-15|urlmorta=sim}}</ref>

== Demografia ==
{{Artigo principal|Demografia do Rio de Janeiro}}
{{Artigo principal|Lista de municípios do Rio de Janeiro por população}}
{{Evolução demográfica do Rio de Janeiro}}

A população do estado do Rio de Janeiro no [[Censo demográfico do Brasil de 2022|censo demográfico de 2022]] era de {{fmtn|16055174}} habitantes, sendo a [[Lista de unidades federativas do Brasil por população|3.ª unidade da federação mais populosa do país]], centralizando cerca de 7,91% da população brasileira<ref name=":52">{{Citar web|url=https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/|titulo=Panorama do Censo 2022|acessodata=2024-02-14|website=Panorama do Censo 2022|lingua=en}}</ref> e apresentando uma [[Densidade populacional|densidade demográfica]] de 366,97 moradores por quilômetro quadrado ([[Lista de unidades federativas do Brasil por densidade demográfica|a 2.ª maior do Brasil]]).<ref>{{Citar web|ultimo=|primeiro=|url=https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/22827-censo-demografico-2022.html|titulo=Censo Demográfico 2022 {{!}} IBGE|data=|acessodata=23/05/2023|publicado=IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística}}</ref> Ao mesmo tempo, 52,8% eram [[Mulher|mulheres]] e 47,2% [[Homem|homens]], tendo uma [[Razão sexual|razão de sexo]] de 89,39.<ref name=":52" /> Em dez anos, o estado apresentou uma taxa de crescimento populacional de 0,03%.<ref name=":52" />

No [[Censo demográfico do Brasil de 2010|censo demográfico de 2010]] a população era de {{fmtn|15989929}} habitantes. Conforme este mesmo censo demográfico, 96,71% dos habitantes moravam na [[zona urbana]] e os 3,29% remanescentes na [[Zona rural|rural]].<ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|URL=https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|título=Tabela 608 - População residente, por situação do domicílio e sexo - Sinopse|data=2010|acessodata=11 de janeiro de 2017|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161228000330/https://sidra.ibge.gov.br/tabela/608#resultado|arquivodata=28 de dezembro de 2016}}</ref>

O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] do estado do Rio de Janeiro é considerado alto conforme o [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento|PNUD]]. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013, com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,761, estando na [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|quarta colocação ao nível nacional]] e na terceira ao regional, depois de São Paulo. Considerando-se o índice de longevidade, seu valor é de 0,835 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Expectativa de vida|6.º]]), o do de renda é 0,782 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Renda|3.º]]) e o de educação é de 0,675 ([[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH#Educação|4.º]]).<ref>{{citar web|url=http://www.pnud.org.br/publicacoes/emprego/Anexoestatistico.pdf|título=Anexo Estatístico|data=2008|publicado=Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano|acessodata=12 de junho de 2013|arquivodata=22 de fevereiro de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140222010714/http://www.pnud.org.br/publicacoes/emprego/Anexoestatistico.pdf|urlmorta=sim}}</ref> O [[coeficiente de Gini]], que mede a [[Desigualdade econômica|desigualdade social]], é de 0,50 e a incidência da pobreza de 32,44%.<ref>{{Citar web |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/pesquisa/36/30246 |titulo=Mapa de pobreza e desigualdade |acessodata=2021-07-30 |website=cidades.ibge.gov.br |arquivodata=2021-07-30 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210730203759/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/pesquisa/36/30246 |urlmorta=sim}}</ref> A [[taxa de fecundidade]] do Rio de Janeiro é de 1,68 filhos por mulher, [[Lista de unidades federativas do Brasil por taxa de fecundidade|uma das mais baixas do Brasil]].<ref name="Atlas_2013">{{citar web | url =http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta/ | titulo =Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil 2013 - Consulta | acessodata =5 de janeiro de 2014 | arquivodata =3 de fevereiro de 2014 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20140203080327/http://atlasbrasil.org.br/2013/consulta |urlmorta=sim}}</ref>

=== Hierarquia urbana e regiões metropolitanas ===
[[Ficheiro:RJ DensidadePopulacional.svg|esquerda|miniaturadaimagem|200x200px|Densidade demográfica dos municípios do Rio (em hab./km²).]]
Dos 92 municípios fluminenses, apenas quatro tinham população acima dos quinhentos mil. Outros 22 tinham entre {{fmtn|100001}} e {{fmtn|500000}}, onze de {{fmtn|50001}} a {{fmtn|100000}}, 28 de {{fmtn|20001}} a {{fmtn|50000}}, 20 de {{fmtn|10001}} a {{fmtn|20000}}, 7 de {{fmtn|5001}} a {{fmtn|10000}}.<ref>{{citar web|ultimo=|primeiro=|URL=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado|título=Tabela 1290 - Número de municípios e População nos Censos Demográficos por tamanho da população|data=2010|acessodata=16 de junho de 2013|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222155943/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1290#resultado|arquivodata=22 de dezembro de 2016}}</ref> A cidade do [[Rio de Janeiro]], sozinha, abrigava 39,5% do total de habitantes,<ref>{{citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1287|título=Tabela 1287 - População dos municípios das capitais e Percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das unidades da federação nos Censos Demográficos|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=16 de junho de 2013|arquivodata=31 de dezembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171231212320/https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1287|urlmorta=sim}}</ref> além de possuir a quarta maior densidade demográfica,<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/panorama|titulo=Rio de Janeiro: Panorama|acessodata=2024-02-21|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> três vezes menor que [[São João de Meriti]], em relação aos demais municípios ({{fmtn|12521.64}} hab./km²),<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/sao-joao-de-meriti/panorama|titulo=São João de Meriti: Panorama|acessodata=2024-02-21|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref> enquanto [[Santa Maria Madalena (Rio de Janeiro)|Santa Maria Madalena]], no centro-leste, detinha a mais baixa (12,62 hab./km²).<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/santa-maria-madalena/panorama|titulo=Santa Maria Madalena: Panorama|acessodata=2024-02-21|website=cidades.ibge.gov.br}}</ref>

Todo o território do estado se encontra na área influenciada pela cidade do [[Rio de Janeiro|Rio]], cuja ação é exercida por meio dos centros intermediários de [[Petrópolis]], [[Nova Friburgo]], [[Barra Mansa]], [[Volta Redonda]] e [[Campos dos Goytacazes]]. Inúmeros municípios, incluindo [[Niterói]], integram a [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|Região Metropolitana]]. As maiores cidades constituem Rio de Janeiro, [[Nova Iguaçu]], [[São Gonçalo (Rio de Janeiro)|São Gonçalo]], [[Duque de Caxias (Rio de Janeiro)|Duque de Caxias]] e [[São João de Meriti]].<ref>{{Harvnb|Garschagen|1998b|pp=360–361}}.</ref>
{{Municípios mais populosos do Rio de Janeiro}}

=== Religiões ===
[[Ficheiro:Cristo Redentor - Rio de Janeiro, Brasil-crop.jpg|miniaturadaimagem|[[Monumento]] ao [[Cristo Redentor]], administrado pela [[Igreja Católica]], no [[Parque Nacional da Tijuca]].|235x235px]]
De acordo com o censo demográfico de 2010, a população do Rio de Janeiro é formada por [[Igreja Católica Apostólica Romana|católicos apostólicos romanos]] (45,81%); [[Protestantismo|protestantes]] ou evangélicos (29,37%); [[Espiritismo|espíritas]] (4,05%); [[testemunhas de Jeová]] (0,75%); [[Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias|mórmons]] (0,06%); [[Igreja Católica Apostólica Brasileira|c. a. brasileiros]] (0,36%); [[Budismo|budistas]] (0,17%); novos religiosos orientais (0,16%), dentre os quais os [[Igreja Messiânica Mundial|messiânicos]] (0,14%); [[Islamismo|islâmicos]] (0,01%); [[Igreja Católica Ortodoxa|c. ortodoxos]] (0,09%); [[Umbanda|umbandistas]] (0,56%); [[Judaísmo|judaístas]] (0,15%); [[Espiritualismo|espiritualistas]] (0,07%); tradições esotéricas (0,07%); indígenas (0,01%); [[Candomblé|candomblezeiros]] (0,32%) e [[Hinduísmo|hinduístas]] (0,01%). Outros 15,60% [[Sem religião|não tinham religião]], incluindo-se aí os [[Ateísmo|ateus]] (0,62%) e [[Agnosticismo|agnósticos]] (0,15%).<ref name="Religião">{{citar web|url=http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=2094&n=0&u=0&z=cd&o=27&i=P|título=Tabela 2094 - População residente por cor ou raça e religião|acessodata=23 de junho de 2016|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|arquivodata=1 de novembro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101047/https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/2094|urlmorta=sim}}</ref>

Segundo a divisão da Igreja Católica no Brasil, o estado do Rio de Janeiro pertence à Regional Leste I e seu território é dividido em uma província eclesiástica, formada pelas [[Arquidiocese|arquidioceses]] de [[Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro|São Sebastião do Rio de Janeiro]], dividida em cinco [[Diocese|dioceses sufragâneas]]: [[Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda|Barra do Piraí-Volta Redonda]], [[Diocese de Duque de Caxias|Duque de Caxias]], [[Diocese de Itaguaí|Itaguaí]], [[Diocese de Nova Iguaçu|Nova Iguaçu]] e [[Diocese de Valença|Valença]]; e de [[Arquidiocese de Niterói|Niterói]], subdividida em três: [[Diocese de Campos|Campos]], [[Diocese de Nova Friburgo|Nova Friburgo]] e [[Diocese de Petrópolis|Petrópolis]].<ref>{{citar web|url=http://www.catholic-hierarchy.org/country/r8br.html|titulo=Leste 1 Region of Brazil|data=17 de fevereiro de 2018|acessodata=25 de fevereiro de 2018|obra=|publicado=Catholic Hierarchy|ultimo=Cheney|primeiro=David M.|arquivodata=29 de novembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171129115828/http://www.catholic-hierarchy.org/country/r8br.html|urlmorta=sim}}</ref>

O estado do Rio de Janeiro também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, sendo a [[Igreja Universal do Reino de Deus]], a [[Congregação Cristã do Brasil|congregação cristã]], a [[igreja batista|batista]] e a [[Assembleia de Deus]] as maiores denominações. Como mencionado, 29,37% da população fluminense se declararam evangélicos, sendo que 15,76% pertenciam às igrejas de origem pentecostal, 7,98% às evangélicas não determinadas e 5,63% às de missão.<ref name="Religião" />

=== Composição étnica, migração, povos indígenas e racismo ===
A população do estado do Rio de Janeiro é composta basicamente por [[Brancos|caucasianos]], [[pardos]], [[afro-brasileiros]] e [[Povos indígenas do Brasil|povos indígenas]].<ref name=":9">{{citar livro|título=Estado do Rio de Janeiro: suas paisagens e sua gente: história, geografia|ultimo=Menandro|primeiro=Heloisa Fesch|editora=Editora do Brasil|ano=2006|local=São Paulo|isbn=8510037817|urlmorta=sim}}</ref> No [[Brasil Colônia|Brasil colonial]], os [[franceses]], expulsos do Brasil pelos colonizadores lusitanos, foram os primeiros a iniciar o povoamento no território fluminense. O estado do Rio de Janeiro foi colonizado por [[portugueses]] e demais [[Imigração|imigrantes]] [[Europa|europeus]] ([[alemães]], [[italianos]], [[Suíça|suíços]], [[espanhóis]], [[ingleses]], [[finlandeses]]), [[América do Sul|sul-americanos]] ([[argentinos]], [[paraguaios]], [[bolivianos]], [[Demografia do Peru|peruanos]], [[equatorianos]], [[colombianos]] e [[Venezuela|venezuelanos]]), [[América do Norte|norte-americanos]] ([[canadenses]], [[Povo dos Estados Unidos|estadunidenses]] e [[mexicanos]]) e [[Ásia|asiáticos]] ([[Povo chinês|chineses]], [[japoneses]], [[judeus]] e [[Imigração árabe no Brasil|sírio-libaneses]]).<ref name=":9" />

{{Etnias do Rio de Janeiro}}

Hoje residem no estado do Rio pouco mais de seiscentos e vinte [[indígenas]], divididos em dezesseis grupos, que abrangem área de {{fmtn|4789}} [[Hectare|hectares]] de extensão.<ref name=":03">{{Citar web|url=https://terrasindigenas.org.br/#pesquisa|titulo=Terras Indígenas|acessodata=2019-05-11|obra=terrasindigenas.org.br|lingua=pt-br|data=|publicado=|ultimo=|primeiro=|arquivodata=2019-04-28|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190428194241/https://terrasindigenas.org.br/#pesquisa|urlmorta=sim}}</ref> Destes, merece destaque o mais extenso, a reserva indígena Tekoha Jevy, localizada no município de [[Paraty|Parati]].<ref name=":03" />

Segundo pesquisa de autodeclaração do censo de 2010, 47,40% dos fluminenses se identificaram como [[Brasileiros brancos|brancos]], 39,60% [[pardos]], 12,12% [[Afro-brasileiro|pretos]], 0,77% [[Brasileiros asiáticos|amarelos]] e 0,10% [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]], além dos não declarados (0,02%).<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/2093|titulo=Tabela 2093: População residente por cor ou raça, sexo, situação do domicílio e grupos de idade - Amostra - Características Gerais da População|acessodata=2024-07-08|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref> 99,52% foram [[brasileiros]] (99,39% natos e 0,13% naturalizados) e 0,48% estrangeiros.<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1497|titulo=Tabela 1497: População residente, por nacionalidade - Resultados Gerais da Amostra|acessodata=2024-07-08|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref> Dentre os brasileiros, 0,49% naturais do Sul e 11,5% em demais regiões, sendo que 90,61% são do [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] (85,57% do próprio estado), 7,19% do [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]], 0,28% do [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] e 0,43% do [[Região Norte do Brasil|Norte]].<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/631|titulo=Tabela 631: População residente, por sexo e lugar de nascimento|acessodata=2024-07-08|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref> Entre as unidades federativas de origem dos imigrantes, Minas Gerais possuía o maior percentual de residentes (3,00%), acompanhado por [[Paraíba]] (1,92%), [[Ceará]] (1,23%), [[Pernambuco]] (1,18%), [[Bahia]] (1,16%) e Espírito Santo (1,12%).<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/1505|titulo=Tabela 1505: População residente, por naturalidade em relação ao município e à unidade da federação - Resultados Gerais da Amostra|acessodata=2024-07-08|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref>

O estado do Rio de Janeiro denunciou, em 2021, 1365 queixas de [[racismo]] — 1.036 das vítimas são [[Negros|negras]], ou 75% das ocorrências. As informações foram publicadas pelo Instituto de [[Segurança pública|Segurança Pública]] (ISP), que descreveu com detalhes o Painel Discriminação.<ref name=":16">{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/05/18/rj-registra-1365-casos-de-injuria-por-preconceito-em-2021.ghtml|titulo=RJ registra 1.365 casos de injúria por preconceito em 2021; 75% foram relatados por negros|acessodata=2023-01-11|website=G1|lingua=pt-br|arquivodata=2022-12-14|arquivourl=https://web.archive.org/web/20221214155917/https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2022/05/18/rj-registra-1365-casos-de-injuria-por-preconceito-em-2021.ghtml|urlmorta=sim}}</ref>

O relatório aponta estatísticas relativas ao preconceito contra pessoas ou grupos em consequência da sua etnia, [[raça]], [[Cor da pele humana|cor]], [[classe social]], [[Sexualidade humana|sexualidade]] ou por [[intolerância religiosa]]. A pesquisa enfatiza ainda que 166 pessoas sofreram discriminação de raça, cor, [[Religião|credo]], [[Grupo étnico|etnia]] e [[nacionalidade]], e 33 casos por injúria a culto. O estudo aponta que 56% das vítimas de discriminação são mulheres negras, o que significa no mínimo uma vítima por dia durante todo o ano de 2021. Nos casos de discriminação de raça, cor, religião, etnia e nacionalidade, das 77 vítimas negras, 26,5% também são mulheres.<ref name=":16" />

== Governo e política ==
{{Artigo principal|Lista de governadores do Rio de Janeiro}}
O estado do Rio de Janeiro, da mesma forma que uma [[república]], é administrado por três poderes, totalmente sediados na [[Rio de Janeiro|capital homônima]]. São eles: o [[Poder Executivo|executivo]], constituído pelo [[Lista de governadores do Rio de Janeiro|governador do Rio de Janeiro]]. O [[Poder Legislativo|legislativo]] ([[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro|Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro]]). E, por fim, o [[Poder Judiciário|judiciário]] ([[Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro|Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro]] e outros tribunais, e juízes).<ref name=":13">{{Citar web |ultimo=Rio de Janeiro |primeiro= |url=https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70450/CE_RJ_EC_84-2020.pdf?sequence=27&isAllowed=y |titulo=Constituição do estado do Rio de Janeiro |data=5 de outubro de 1989 |acessodata=2021-07-09 |publicado=Senado Federal do Brasil |lingua=pt-BR |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210709184815/https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70450/CE_RJ_EC_84-2020.pdf?sequence=27&isAllowed=y |arquivodata=2021-07-09|urlmorta=sim}}</ref> São símbolos do estado do Rio de Janeiro a [[Bandeira do estado do Rio de Janeiro|bandeira]], o [[Brasão do estado do Rio de Janeiro|brasão]] e o [[Hino do estado do Rio de Janeiro|hino]].<ref name=":13" />

O poder executivo fluminense é desempenhado pelo [[Lista de governadores do Rio de Janeiro|governador do Rio de Janeiro]]. Este é sucedido, em seus impedimentos, pelo [[vice-governador]] do Rio de Janeiro, e assessorado pelos [[Secretário de Estado|secretários estaduais]].<ref name=":13" />

A matriz do poder executivo do estado, o [[Palácio Guanabara]], foi construída pelo português José Machado Coelho em 1853, adquirido pela [[família imperial brasileira]] em 1865 até sua desapropriação em 1889, com a [[Proclamação da República do Brasil|proclamação da República no Brasil]], e restaurado pela primeira vez pelo arquiteto [[José Maria Jacinto Rebelo]]. Foi sede da prefeitura do [[Distrito Federal do Brasil (1891–1960)|Distrito Federal]] de 1946 a 1960, quando passou ao governo do [[Guanabara|estado da Guanabara]]. Em 1975, o prédio começou a ser a sede do [[Governo do Estado do Rio de Janeiro|governo do estado do Rio de Janeiro]], sucedendo o [[Palácio do Ingá]], em [[Niterói]].<ref name=":30">{{Citar web |ultimo=Lucena |primeiro=Felipe |url=https://diariodorio.com/historia-do-palacio-guanabara/ |titulo=História do Palácio Guanabara |data=2015-10-04 |acessodata=2021-07-09 |website=Diário do Rio de Janeiro |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-02-22 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200222132212/https://diariodorio.com/historia-do-palacio-guanabara/ |urlmorta=sim}}</ref> Não se deve confundir o Palácio Guanabara com o [[Palácio Laranjeiras]], localizado no bairro homônimo (na Rua Paulo Cesar Andrade, 407), que constitui a residência oficial do [[governador do Rio de Janeiro]].<ref name=":30" /><ref name=":82">{{citar web |ultimo= |primeiro= |URL=https://palaciodaslaranjeiras.rj.gov.br/conheca-o-palacio/ |título=Palácio Laranjeiras: Conheça o Palácio |data= |acessodata=27 de agosto de 2020 |publicado=Governo do Rio de Janeiro |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210127095045/https://palaciodaslaranjeiras.rj.gov.br/conheca-o-palacio/ |arquivodata=27 de janeiro de 2021|urlmorta=sim}}</ref>

A partir do início da república, tomou posse pela primeira vez do governo do estado o Dr. [[Francisco Portela]], que se encontrava no poder de 16 de novembro de 1889 a 10 de dezembro de 1891. Foi somente no ano de 1947 quando foi empossado o primeiro governador eleito, [[Edmundo de Macedo Soares e Silva|Macedo Soares]].<ref>{{Harvnb|Garschagen|1998a|p=42}}.</ref>

O poder legislativo estadual é [[Unicameralismo|unicameral]] e representado pela [[Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro]] ([[Edifício Lúcio Costa]]),<ref group="nota">O nome oficial do prédio do poder legislativo é uma homenagem ao [[arquiteto]] e [[Urbanismo|urbanista]] [[Brasileiros|brasileiro]] natural da [[França]], [[Lúcio Costa]], falecido no [[Rio de Janeiro]] em 13 de junho de 1998.</ref> formada por 70 [[Deputado estadual|deputados estaduais]], escolhidos diretamente pelo povo para mandatos de quatro anos.<ref name=":13" /> No [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], a representação fluminense é de três senadores e 46 deputados federais.<ref>{{Citar web|url=https://www25.senado.leg.br/web/senadores/por-uf/-/uf/RJ|titulo=Senadores por UF - Senado Federal|acessodata=2024-03-19|website=www25.senado.leg.br}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/numero-de-deputados-por-estado|titulo=Número de deputados por estado|acessodata=2024-03-19|website=Portal da Câmara dos Deputados|lingua=pt-br}}</ref>

A mais alta corte do [[Poder judiciário|Poder Judiciário]] fluminense é o [[Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro|Tribunal de Justiça do Rio]], localizado no [[Centro (Rio de Janeiro)|centro da cidade]].<ref>{{citar web|url=http://www.tjrj.jus.br/|acessodata=16-07-2020|título=Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro|arquivodata=2014-10-20|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141020132259/http://www.tjrj.jus.br/|urlmorta=sim}}</ref> De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o estado do Rio possuía, em junho de 2020, {{fmtn|12455815}} eleitores, significando 8,275% do eleitorado brasileiro, o 3.º maior do país.<ref>{{citar web|url=http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/consulta-quantitativo|título=Consulta Quantitativo|publicado=Tribunal Superior Eleitoral|acessodata=23 de dezembro de 2013|arquivodata=17 de outubro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131017010850/http://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/consulta-quantitativo|urlmorta=sim}}</ref>

{{Imagem múltipla
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| image3 = Centro Cultural Justiça Federal 01.jpg
| image1 = Palácio Guanabara em agosto de 2017.jpg
| image2 = Palácio Tiradentes.jpg
| caption1 = [[Palácio Guanabara]], sede do governo estadual.
| caption2 = [[Palácio Tiradentes]], antiga sede da [[Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro|Assembleia Legislativa]] (1975–2021).
| caption3 = [[Centro Cultural Justiça Federal]], prédio da antiga sede do [[Supremo Tribunal Federal]].
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}}
=== Símbolos estaduais ===

==== Bandeira e brasão ====
{{Imagem múltipla
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| image1 = Bandeira do estado do Rio de Janeiro.svg
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| caption1 = [[Bandeira do estado do Rio de Janeiro]].
| image2 = Brasão do estado do Rio de Janeiro.svg
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| caption2 = [[Brasão do estado do Rio de Janeiro]].
}}
A [[bandeira do estado do Rio de Janeiro|bandeira do estado]] é um [[retângulo]] esquartelado em [[Azul-celeste (heráldica)|ciel]], na tralha inferior e no batente superior; e [[Argento (heráldica)|argento]], na tralha superior e no batente inferior. No centro, se encontra o [[Brasão do estado do Rio de Janeiro|brasão de armas]], compreendendo cinco sétimos de altura, com um ramo de [[cana-de-açúcar]] à esquerda e outro de [[Cafeeiro|café]] à direita.<ref name=":12">{{citar livro|título=Almanaque das Bandeiras|ultimo=Duarte|primeiro=Marcelo|editora=Moderna|ano=2001|local=São Paulo|página=25|urlmorta=sim}}</ref><ref name=":10">{{citar web|url=http://www.governo.rj.gov.br/brasaohinos.asp|titulo=Brasão e hinos|data=2000|acessodata=25 de junho de 2020|ultimo=Governo do Rio de Janeiro|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071025091524/http://www.governo.rj.gov.br/brasaohinos.asp|arquivodata=25 de outubro de 2007|urlmorta=sim}}</ref>

No dia 23 de julho de 1975, a nova [[Constituição do Estado do Rio de Janeiro|Constituição do Rio de Janeiro]], que havia se anexado à [[Guanabara]], determinou que a bandeira constituiria a mesma do antigo estado. As cores ciel e argento foram um legado dos [[Bandeira de Portugal|metais e esmaltes tradicionais portugueses]] e representam o [[oceano]] e o espírito [[Paz|pacífico]] do povo fluminense. No brasão de armas estaduais, os ramos de café e de cana-de-açúcar simbolizam a [[Rio de Janeiro (estado)#Setor primário|agricultura do estado]].<ref name=":12" /><ref name=":10" />

O [[brasão do estado do Rio de Janeiro]], reformulado pelo Dr. Alberto Rosa Fioravanti, possui o formato tradicional dos [[Escudo (heráldica)|escudos]] eclesiásticos, oval — representando os anseios cristãos dos fluminenses — dividido em três partes. A primeira de [[Azul-celeste (heráldica)|ciel]], simboliza o [[Céu|firmamento]] e representa a justiça, a verdade e a lealdade, com o desenho da [[Parque Nacional da Serra dos Órgãos|Serra dos Órgãos]], compreendendo a metade de cima, merecendo destaque o pico [[Dedo de Deus]], na cor; a segunda de [[Vert (heráldica)|sinopla]], simbolizando a [[Baixada Fluminense|Baixada Fuminense]]; a terceira, também de ciel, recordando o mar de suas praias.<ref name=":10" />

O escudo é rodeado por uma corda de [[Or (heráldica)|jalde]], representando a união do povo fluminense.<ref name=":10" />

Colocado brocante, uma [[águia]] da sua cor, com asas estendidas, voando, simbolizando o governo justo, forte e honesto, mensageiro de esperança e de confiança aos lugares mais distantes do estado; apoiada em um escudo esférico de ciel, faixado e rodeado de [[Argento (heráldica)|argento]], respectivamente com os dizeres: “[[9 de abril]] de [[1892]]” recordando a assinatura da mais antiga [[Constituição do Estado do Rio de Janeiro]], e “''Recte Rempublican Gerere''”, que em latim significa “administrar os bens governamentais com honestidade”, refletindo a responsabilidade contínua do homem público desse [[Ente federativo|estado]]; e carregado de uma [[estrela]] de cinco pontas de argento; no chefe, simbolizando a capital.<ref name=":10" />

Como suportes, dois [[Colmo|colmos]]: um de [[cana-de-açúcar]] e um de [[cafeeiro]] frutificado, da sua cor, postos, respectivamente, à [[Direita e esquerda (heráldica)|dextra]] e à sinistra do escudo, simbolizando os mais importantes produtos agrícolas.<ref name=":10" />

Listel de argento com os dizeres — “Estado do Rio de Janeiro”, de [[Sable (heráldica)|sable]]. O timbre constitui a [[Becrux|Beta Crucis]], de argento, que simboliza o Estado do Rio de Janeiro, na [[Bandeira do Brasil]].<ref name=":10" />

==== Hino ====
O [[Hino do estado do Rio de Janeiro]], chamado de Hino 15 de Novembro, foi criado em 1889 por [[João Elias da Cunha]] e por ele dedicado ao primeiro chefe do governo estadual, Dr. [[Francisco Portela]]. O hino teve sua letra escrita pelo poeta fluminense [[Antônio José Soares de Souza Júnior]].<ref name=":10" /> Foi instituído no dia 29 de dezembro de 1889.<ref name=":10" />

; Letra
: '''Fluminenses, eia! Alerta!'''
: '''Ódio eterno à escravidão!'''
: '''Que na Pátria enfim liberta'''
: '''Brilha à luz da redenção!''' '''[[wikisource:pt:Hino 15 de Novembro|>>>]]'''
::<small>[[Refrão|Estribilho]] do [[Hino do estado do Rio de Janeiro]].</small><ref name=":10" />

== Subdivisões ==
{{Lista principal|Lista de regiões geográficas intermediárias e imediatas do Rio de Janeiro}}
{{Lista principal|Lista de municípios do Rio de Janeiro|Lista de municípios do Rio de Janeiro por IDH-M}}

=== Evolução territorial, regiões geográficas intermediárias e imediatas ===

O estado do Rio de Janeiro surgiu como unidade política em 1565, com oito vilas, sendo a mais antiga, o [[Rio de Janeiro]],<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/historico|titulo=Rio de Janeiro: Histórico|acessodata=2022-03-23|website=cidades.ibge.gov.br|arquivodata=2022-03-03|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220303124747/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/rio-de-janeiro/historico|urlmorta=sim}}</ref> fundado em 1565, e a última desse período foi [[Macaé]], criada em 1789.<ref>{{Citar web|url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/mage/Historico|titulo=Macaé: Histórico|acessodata=2022-07-06|website=cidades.ibge.gov.br|arquivodata=2022-03-24|arquivourl=https://web.archive.org/web/20220324214117/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/mage/historico|urlmorta=sim}}</ref><ref name=":7">{{citar web|ultimo=Menezes|primeiro=Paulo Márcio Leal de|ultimo2=Fernandes|primeiro2=Manoel do Couto|url=https://www.bn.gov.br/sites/default/files/documentos/producao/apresentacao/2019/seminario-21-anos-divisao-cartografia-biblioteca-nacional_0.pdf|titulo=A cartografia histórica e a formação territorial do estado do Rio de Janeiro: a contribuição da Biblioteca Nacional|data=21-05-2019|acessodata=23-12-2020|publicado=Fundação Biblioteca Nacional|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201223230156/https://www.bn.gov.br/sites/default/files/documentos/producao/apresentacao/2019/seminario-21-anos-divisao-cartografia-biblioteca-nacional_0.pdf|arquivodata=2020-12-23|urlmorta=sim}}</ref> Com a [[Independência do Brasil]], a [[província do Rio de Janeiro]] foi organizada em 1823 e naquele ano seu território já se dividia em quinze cidades e vilas.<ref name=":7" /> Do Império até a República passou de quinze para 92 municípios. Constitui o [[Lista de estados brasileiros por número de municípios|18.º estado com o maior número]] e o 3.º da região sudeste, atrás de [[Minas Gerais|MG]] e [[São Paulo (estado)|SP]] e à frente do [[Espírito Santo (estado)|ES]].<ref name="anuario20122">{{citar web |url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/20/aeb_2012.pdf |título=Evolução político-administrativa, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 1940/2010 |data=2012 |acessodata=3 de novembro de 2013 |obra=Anuário Estatístico do Brasil |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |página=22 |formato=PDF |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190102034219/https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/20/aeb_2012.pdf |arquivodata=2 de janeiro de 2019 |volume=72|urlmorta=sim}}</ref>

É formado por 92 [[Município (Brasil)|municípios]], organizados em 14 [[Região geográfica imediata|regiões geográficas imediatas]], distribuídas, a partir de 2017, em cinco [[Região geográfica intermediária|regiões geográficas]].<ref name="IBGE_DTB_20172">{{citar web |url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/tabelas/regioes_geograficas_composicao_por_municipios_2017_20180911.xls |título=Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil |data=2017 |acessodata=9 de fevereiro de 2018 |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |arquivourl=https://www.webcitation.org/6scTsdWoX?url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_do_territorio/divisao_regional/divisao_regional_do_brasil/divisao_regional_do_brasil_em_regioes_geograficas_2017/tabelas/regioes_geograficas_composicao_por_municipios_2017_20180911.xls |arquivodata=10 de agosto de 2017|urlmorta=sim}}</ref> Oficialmente, há cinco regiões intermediárias no estado: [[Região Geográfica Intermediária do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]], [[Região Geográfica Intermediária de Volta Redonda-Barra Mansa|Volta Redonda-Barra Mansa]], [[Região Geográfica Intermediária de Petrópolis|Petrópolis]], [[Região Geográfica Intermediária de Campos dos Goytacazes|Campos dos Goytacazes]] e [[Região Geográfica Intermediária de Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio|Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio]]. O estado também se subdivide em catorze regiões imediatas.<ref name="IBGE_DTB_20172" /><ref>{{citar web|url=https://www.ibge.gov.br/geociencias-novoportal/cartas-e-mapas/redes-geograficas/2231-np-divisoes-regionais-do-brasil/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html |título=Divisão Regional do Brasil |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=20 de janeiro de 2018 |wayb=20180120174049|urlmorta=sim}}</ref>

No total, o estado do Rio de Janeiro está subdividido em 92 municípios.<ref name="anuario20122" />

{{imagem múltipla
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| image1 = Regiões Geográficas do Estado do Rio de Janeiro.svg | caption1 = Divisão das regiões intermediárias em vermelho e das imediatas em cinza no Estado do Rio.
| image2 = RiodeJaneiro Municipalities.svg | caption2 = Municípios
}}

== Economia ==
[[Ficheiro:Tree Map-Exportacoes do Rio de Janeiro (2012).png|esquerda|miniaturadaimagem|Exportações do Rio de Janeiro (2012).<ref name="dataviva.info">{{Citar web |url=http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/rj/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012 |título=Exportações do Rio de Janeiro (2012) |acessodata=13 de janeiro de 2014 |obra=Plataforma DataViva |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150212131934/http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/rj/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012 |arquivodata=2015-02-12 |urlmorta=sim}}</ref>]]

Entre as maiores empresas se destacam: [[Petrobras|Petrobrás]], [[Petrobras Distribuidora|BR Distribuidora]], [[Ipiranga (empresa)|Ipiranga]], [[Raízen|Raízen Combustíveis]], [[Vale S.A.|Vale]], [[Assaí Atacadista]], [[Lojas Americanas]], [[Light S.A.|Light Sesa]], [[Rede Globo]], [[Golfe|Gol]], [[Eletrobras Furnas|Furnas Centrais Elétricas]], [[Telemar]], [[Gerdau|Gerdau Cosiguia]], [[Royal Dutch Shell|Shell Brasil]], [[Transpetro]], [[B2W Digital|B2W]], Blueway Trading, [[BNDESPAR]], [[Enel Distribuição Rio|Ampla]], [[Repsol|Repsol Sinopec Brasil]] e [[Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro|CEDAE]].<ref>{{Citar web |ultimo=Estadão |url=https://publicacoes.estadao.com.br/empresasmais2018/ranking-1500/ |titulo=Em parceria com a Austin Rating e a FIA, mapeia as empresas mais eficientes do Brasil. |acessodata=2021-07-12 |publicado=O Estado de São Paulo |lingua=pt-BR |arquivodata=2020-12-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201226202438/https://publicacoes.estadao.com.br/empresasmais2018/ranking-1500/ |urlmorta=sim}}</ref>

O Rio de Janeiro é a 2.ª [[Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|unidade federativa mais rica do Brasil em produto interno bruto]], possuindo 10,2% da [[Economia do Brasil|economia do país]]. O estado também é um grande exportador. Em 2019, foi a segunda maior [[Unidades federativas do Brasil|unidade federativa brasileira]] em exportação, participando com 12,81%.<ref name=":162">{{citar web|ultimo=Brasil|primeiro=República Federativa do|url=http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis|titulo=ComexVis|data=2019|acessodata=26 de dezembro de 2020|publicado=Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços|arquivourl=https://web.archive.org/web/20200529025955/http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis|arquivodata=29 de maio de 2020|urlmorta=sim}}</ref>

=== Setor primário ===
{{Imagem dupla|right|Saccharum officinarum - Köhler–s Medizinal-Pflanzen-125.jpg|200|Coffea arabica - Köhler–s Medizinal-Pflanzen-189.jpg|220|[[Cana-de-açúcar]] (''Saccharum officinarum'').|[[Cafeeiro]] (''Coffea arabica'').}}

O [[setor primário]] constitui o menos relevante da economia fluminense ao nível nacional. Em 2013, a&nbsp;[[agropecuária]] respondia só por 1,0% do&nbsp;[[Valor acrescentado bruto|valor adicionado bruto]]&nbsp;em relação à [[economia do Brasil]].<ref name=":20">{{citar web |ultimo=IBGE |primeiro= |url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95014.pdf |titulo=Produto interno bruto dos municípios |data=2013 |acessodata=12 de julho de 2017 |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística |arquivodata=22 de julho de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170722004102/http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95014.pdf |urlmorta=sim}}</ref>

No [[Império do Brasil|período imperial]], a [[monocultura]] cafeeira era a maior [[atividade econômica]] do [[província do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]], no entanto, seu declínio foi provocado pela [[erosão do solo]] e pela [[Lei Áurea|libertação dos escravos]]. A lavoura se transformou em uma atividade secundariamente importante no estado, que no final do século XX se converteu em um dos poucos, no [[Brasil]], com produto fabril superior ao agrário. A [[cana-de-açúcar]], “item” mais significativo da produção agrária nos últimos anos do século XX, permanece como mais importante produto agrícola, bastante cultivado na região de [[Campos dos Goytacazes|Campos]]. O segundo produto constitui a [[laranja]], plantada especialmente na região de [[Itaboraí]]. Depois vêm o [[tomate]], plantado principalmente na [[Serra Fluminense]], junto ao seu rebordo ([[serra do Mar]]), com demais [[Hortaliça|hortaliças]] e árvores frutíferas (principalmente o [[caqui]]).<ref name=":14">{{Harvnb|Garschagen|1998b|pp=361–363}}.</ref>

Outros principais produtos constituem a [[banana]] e o [[arroz]]. A primeira é plantada na [[Baixada Fluminense]] e nos baixos [[Vertente (montanha)|sopés]] da serra do Mar, prevalecendo nas áreas mais úmidas, que se aproveitam de fartas [[Chuva orográfica|chuvas orográficas]]. O arroz está concentrado na região dos vales dos rios [[Rio Muriaé|Muriaé]] e [[Rio Pomba|Pomba]] e é plantado nos solos de [[aluvião]] das [[Planície de inundação|planícies de inundação]] da região. Ainda nessa área se encontra a [[Cafeeiro|cafeicultura]] fluminense, que desempenha no panorama nacional função bem inferior em comparação com o que tinha no passado, quando ocupava inteiramente o [[vale do Paraíba]]. Entre os mais importantes produtos do estado, destacam-se também a [[mandioca]], na região de Campos; o [[milho]], nos vales do Muriaé e Pomba; o [[feijão]], no vale do Paraíba; a [[Batata|batata-inglesa]], na Serra Fluminense, próximo à borda; e o [[Ananás|abacaxi]], na planície litorânea, no entorno da [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro]].<ref name=":14" />

A [[Bovinocultura|pecuária bovina]] está dirigida sobretudo para a fabricação de [[leite]] e derivados. A [[bacia leiteira]] do estado está localizada principalmente na região do vale do [[Rio Paraíba do Sul|Paraíba do Sul]], onde a criação de gado apareceu em substituição à cafeicultura, no final do século XIX. Já, a [[suinocultura]] está concentrada na parte norte do estado, onde o plantio do [[milho]] atinge maior progresso. Outra atividade importante é a da [[avicultura]] e produção de ovos. Associada ao desenvolvimento do comércio do Grande Rio, essa atividade se situa tanto na baixada como no planalto.<ref name=":14" />

Também a [[pesca]] adquire posição de relevo, ao utilizar o comércio das cidades e a infraestrutura instalada no estado ([[Entreposto|entrepostos]], [[construção naval]], indústria de [[Comida enlatada|enlatados]]). No setor, uma das atividades de maior importância econômica constitui a pesca da [[sardinha]].<ref name=":14" />

=== Setor secundário ===
{{imagem dupla|left|Oil platform P-51 (Brazil).jpg|220|Estaleiro Mauá by Diego Baravelli 01.jpg|220|[[Plataforma petrolífera]] P-51 da [[Petrobras]] na [[bacia de Campos]].|Imagem aérea do [[Estaleiro Mauá]], em [[Niterói]].}}

O [[setor secundário]] constitui o mais relevante e maior da economia fluminense ao nível nacional: no ano de 2013, a&nbsp;[[indústria]] respondia só por 14,4% do&nbsp;[[Valor acrescentado bruto|valor adicionado bruto]]&nbsp;em relação à economia do Brasil.<ref name=":20" />

Apenas no final do [[século XIX]] é que foram estabelecidas indústrias de porte (moinhos de trigo nos portos de [[Niterói]] e do [[Rio de Janeiro]]), e [[Indústria têxtil|indústrias de tecelagem]] nos arredores das [[Queda de água|quedas-d'água]] ([[rio Majé]], [[Petrópolis]] e [[Nova Friburgo]]). No século XX, as indústrias cresceram em número, no entanto, o processo não foi o bastante para manter o estado no comando econômico nacional, transferido para [[São Paulo (estado)|São Paulo]].<ref name=":14" />

Foi desde os anos 1940 que a ação governamental, quando implantou o programa de indústrias de base, instalou no estado alguns enormes complexos fabris: a [[Fábrica Nacional de Motores]] ([[Magé]]), adquirida pela [[FIAT|Fiat]] italiana e mudada em 1979 para [[Minas Gerais]]; a refinaria e a fábrica de [[borracha sintética]] da [[Petrobras|Petrobrás]] ([[Luís Alves de Lima e Silva|Duque de Caxias]]) a [[Companhia Siderúrgica Nacional]] ([[Volta Redonda]]); e a [[Companhia Nacional de Álcalis]] ([[Arraial do Cabo]]).<ref name=":14" />

Desde os anos 1960, o progresso industrial, à procura de novos mercados, incluindo o exterior, viu-se beneficiado por novas condições infraestruturais, com a fundação de zonas e distritos industriais — incluindo a do Rio de Janeiro, onde foi estabelecida a [[Gerdau|Cosigua]] — e a construção de novas [[Rodovia|estradas de rodagem]]. Cresceu o número de indústrias, em prejuízo dos antigos estabelecimentos de tecelagem, inativos ou em declínio. Desenvolveu-se também a [[Construção|construção civil]], que se transformou em importante fonte de aproveitamento de [[Mão de obra|mão-de-obra]]. Por setores, é necessário destacar a construção de imensos estaleiros no Rio de Janeiro, Niterói e [[Angra dos Reis]], nos anos 1960, que renovam e ampliam a frota mercante do Brasil.<ref name=":14" />

{{imagem dupla|right|CSN01.jpg|220|Brasil Kirin.jpg|260|[[Companhia Siderúrgica Nacional]] em [[Volta Redonda]].|Fábrica da [[Brasil Kirin]] em [[Cachoeiras de Macacu]].}}

O estado é o segundo mais desenvolvido industrialmente do [[Brasil]]. A maioria das fábricas está concentrada no município da capital e em sua região metropolitana. Além do conhecido complexo industrial da cidade do Rio de Janeiro, onde merece destaque a construção naval, a siderurgia e indústrias alimentícias e de bebidas, é necessário citar os centros fabris de Niterói ([[construção]], [[metalurgia]], [[Conservação de alimentos|conservas de peixe]], [[vidro]]), [[São Gonçalo (Rio de Janeiro)|São Gonçalo]] (vidro, [[cimento]], [[metalurgia]]), [[Itaboraí]] ([[cerâmica]] e [[cimento]]), Magé ([[Tecido|tecidos]]), Duque de Caxias ([[Serigrafia|estamparia]], [[material de construção]], [[Latoaria|lataria]], [[Composto químico|produtos químicos]] e [[Farmacêutico|farmacêuticos]], fábrica de [[Automóvel|automóveis]], [[refinaria de petróleo]]) e [[Nova Iguaçu]] ([[Laminação|laminações]], [[Fundição|fundições]], estruturas metálicas, [[Trefilagem|trefilarias]]).<ref name=":14" />

Espalhadas nas imediações do Grande Rio, destacam-se os centros fabris de Petrópolis e [[Nova Friburgo]] ([[Tecido|tecidos]]) e, mais isolados, os de Arraial do Cabo (Fábrica Nacional de Álcalis), [[Campos dos Goytacazes]] (usinas açucareiras), Angra dos Reis (construção de [[Navio|navios]]). Outra área industrial favorecida por sua posição, no decorrer do eixo de ligação Rio-[[São Paulo]], constitui a do médio vale do [[rio Paraíba do Sul]]. Os mais importantes núcleos constituem [[Barra Mansa]] ([[metalurgia]] e [[Alimento|alimentos]]), [[Volta Redonda]] ([[Companhia Siderúrgica Nacional]]) e [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]] ([[Indústria automobilística|indústria automotiva]]).<ref name=":14" />

Bem abundantes, os [[recursos minerais]] são bastante aproveitados na indústria de construção. No estado, existem reservas subterrâneas de [[Água mineral|águas minerais]], [[pirita]], [[Calcário|calcários]], [[Argila|argilas]], [[Grafite|grafita]], [[Areia monazítica|areias monazíticas]], [[turfa]], [[berilo]] e [[gipsita]], além de quantidades pequenas de [[bauxita]], [[níquel]], [[cristal de rocha]] e [[feldspato]]. No litoral, especialmente em [[Cabo Frio]], [[São Pedro da Aldeia]] e [[Araruama]] o aparecimento de [[Salina|salinas]] faz a extração do sal marinho constituir importante fonte de renda, de maneira a trazer condições de subsistência à indústria de [[Hidróxido de sódio|soda cáustica]].<ref name=":14" />

Outros sedimentos de exploração intensa constituem os de [[Calcário|calcários]] ([[calcita]], [[dolomita]] e [[mármore]]). Existem, também, consideráveis [[Sedimento|sedimentos]] conchíferos ([[carbonato de cálcio]]) na [[lagoa de Araruama]] e demais locais. Com o descobrimento da [[Petróleo|bacia petrolífera]] na [[plataforma continental]] de Campos em 1973, o estado se transformou no maior produtor nacional de petróleo, com cerca de sessenta por cento da produção; produz também mais de quarenta por cento de [[gás natural]] no [[Brasil]]. Dentre os numerosos campos em extração na plataforma continental do estado, merecem destaque os sedimentos gigantescos de [[Thunnus albacares|albacora]], [[marlim]] e [[barracuda]], que se juntaram aos mais antigos de [[namorado]], [[Pampo-verdadeiro|pampo]], cherne, [[linguado]] e [[garoupa]].<ref name=":14" />

=== Setor terciário ===
O [[setor terciário]] constitui o segundo mais relevante e maior da economia fluminense ao nível nacional: no ano de 2013, os serviços respondiam só por 11,6% do&nbsp;[[Valor acrescentado bruto|valor adicionado bruto]]&nbsp;em relação à economia do Brasil.<ref name=":202">{{citar web |ultimo=IBGE |primeiro= |url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95014.pdf |titulo=Produto interno bruto dos municípios |data=2013 |acessodata=12 de julho de 2017 |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística |arquivodata=22 de julho de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170722004102/http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95014.pdf |urlmorta=sim}}</ref>

O comércio do estado é vigoroso, especialmente com nações estrangeiras como a [[China]] (37%), [[Estados Unidos]] (15%), [[Espanha]] (11%), [[Singapura]] (5,8%), [[Chile]] (5,3%), [[Portugal]] (3,9%) e [[Índia]] (3,7%). Boa parte das operações de intercâmbio ocorre por meio do [[Porto do Rio de Janeiro]]. Em 2023, os portos de [[Porto de Niterói|Niterói]], [[Porto de Angra dos Reis|Angra dos Reis]] e Rio de Janeiro movimentaram [[Exportação|exportações]] no valor de 46.740,8 milhões de dólares e [[Importação|importações]] de 25.847,6 milhões de dólares. No comércio de [[cabotagem]], o estado exportou 3,7 bilhões de dólares e importou 2,1 bilhões de dólares no mesmo ano.<ref name=":19">{{citar web |ultimo=MDIC |url=http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame-uf-produto?uf=ma |titulo=Comex Vis: Estado |data=2019 |acessodata=14-09-2019 |publicado=Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços |arquivodata=2019-12-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20191219231646/http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame-uf-produto?uf=ma |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Harvnb|Benton|Neiva|1973|pp=140-A–140-B}}.</ref>

==== Turismo ====
{{imagem múltipla
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| image1 = Museu_de_Arte_Sacra_de_Paraty_(8365533876).jpg
| width1 = 200
| caption1 = [[Igreja de Santa Rita de Cássia (Paraty)|Igreja de Santa Rita de Cássia]].
| image2 = Vista do Morro Dona Marta.jpg
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| caption2 = [[Enseada de Botafogo]] com o complexo do Pão de Açúcar ao fundo, vistos a partir do [[Morro Dona Marta]].
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| caption3 = [[Ilha de Paquetá]].
}}
O Rio de Janeiro constitui um das [[Subdivisões do Brasil|unidades federativas brasileiras]] de maior potencialidade turística. Embora seja pouco extenso, traz ao turista uma abundância de atrações, tanto na [[costa]] quanto na [[serra]].<ref name=":17">{{Harvnb|Arruda|1988|pp=6937–6938}}.</ref>

Na costa do estado do Rio de Janeiro, a parte mais frequentada pelos visitantes constitui a [[região dos Lagos]], que compreende os municípios de [[Maricá]], [[Saquarema]], [[São Pedro da Aldeia]], [[Cabo Frio]], a maior praia do estado, [[Rio das Ostras]] e [[Macaé]]. Na costa sul, merecem destaque os balneários de [[Paraty]], [[Angra dos Reis]] e [[Mangaratiba]], que formam a denominada [[Costa Verde (Brasil)|Costa Verde]].<ref>{{citar web |ultimo=Governo do Rio de Janeiro |primeiro= |url=http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/serraverdeimperial.asp |titulo=Costa do Sol |acessodata=21 de setembro de 2020 |publicado=Secretaria Estadual de Turismo |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200720044143/http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/costadosol.asp |arquivodata=2020-07-20 |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":17" />

O clima aprazível e a proximidade da cidade do Rio de Janeiro fazem das cidades da [[Serra Fluminense]] como [[Petrópolis]], [[Teresópolis]] e [[Nova Friburgo]], centros de veraneio bastante movimentados. Ainda na montanha, destacam-se o [[Parque Nacional da Serra dos Órgãos]], em [[Teresópolis]], e o de [[Itatiaia]], em [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]], com mais de dois mil metros e que tem as maiores reservas ecológicas do estado.<ref>{{citar web |ultimo=Governo do Rio de Janeiro |url=http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/serraverdeimperial.asp |titulo=Costa do Sol |acessodata=21 de setembro de 2020 |publicado=Secretaria Estadual de Turismo |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200720013259/http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/serraverdeimperial.asp |arquivodata=2020-07-20 |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":17" />

O Rio de Janeiro possui também locais de grande interesse histórico. Paraty, cidade toda catalogada (protegida e preservada contra mudanças) pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]], com sua arquitetura típica do [[História colonial do Brasil|Brasil Colônia]], igrejas, fortes e ruas feitas de pedra do [[século XVII]], movimenta vários visitantes. [[Angra dos Reis]], com o [[Convento do Carmo de Angra dos Reis|convento do Carmo]], as ruínas do [[convento de São Bernardino de Sena]] e a capela da Ordem Terceira; [[Niterói]], com as igrejas da Boa Viagem e de São Francisco Xavier e o forte São Domingos; e [[Cabo Frio]], com o [[Convento de Nossa Senhora dos Anjos (Cabo Frio)|convento de Nossa Senhora dos Anjos]], também podem ser procurados.<ref>{{citar web |ultimo=Governo do Rio de Janeiro |primeiro= |url=http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/costaverde.asp |titulo=Costa Verde |data= |acessodata=21-09-2020 |publicado=Secretaria Estadual de Turismo |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200720015241/http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/costaverde.asp |arquivodata=2020-07-20 |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":17" />

A [[Rio de Janeiro|cidade do Rio de Janeiro]] é conhecida por seus [[Acidente geográfico|acidentes geográficos]] e pela agitada vida noturna, sendo a principal zona turística brasileira. Tem a maior rede de hotéis do Brasil, contando com 30% de todos os apartamentos de hotéis existentes.<ref name=":18">{{citar web |ultimo=Governo do Rio de Janeiro |primeiro= |url=http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/metropolitanaRioDeJaneiro.asp |titulo=Rio de Janeiro |acessodata=21-09-2020 |publicado=Secretaria Estadual de Turismo |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180815194214/http://www.cidadesmaravilhosas.rj.gov.br/metropolitanaRioDeJaneiro.asp |arquivodata=2018-08-15 |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":17" />

Além das praias de [[Ipanema]], de [[Copacabana]], do [[Leblon]], do [[Recreio dos Bandeirantes]] e da [[Barra da Tijuca]], há outros pontos turísticos como a [[Parque Nacional da Tijuca|Floresta Nacional da Tijuca]], a maior [[Reserva natural|reserva florestal]] urbana do mundo, o [[Corcovado]], com a estátua do [[Cristo Redentor]], [[Lista de estátuas por altura|uma das maiores do mundo]], o [[Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca|Pão de Açúcar]], conectado à [[Urca|Praia Vermelha]] por um [[Bondinho do Pão de Açúcar|bondinho]].<ref name=":18" /><ref name=":17" /> Algumas partes da cidade também possuem uma [[Arquitetura colonial do Brasil|arquitetura colonial]], como o [[Aqueduto da Carioca|Aqueduto dos Arcos]] e o [[Largo do Boticário]].<ref name=":18" /><ref name=":17" /> Este, no entanto, foi erguido nos anos 1920 e 1940.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Barbosa|primeiro=Maria Ignez|url=https://emais.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,largo-resiste-ao-tempo,233917|titulo=Largo resiste ao tempo|data=1 de setembro de 2008|acessodata=12-12-2022|website=|publicado=[[O Estado de São Paulo]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20211027071844/https://emais.estadao.com.br/noticias/casa-e-decoracao,largo-resiste-ao-tempo,233917|arquivodata=27 de outubro de 2021|urlmorta=sim}}</ref><ref name=":17" />

O ponto culminante da temporada turística da cidade acontece em fevereiro (ou março, em certos anos) quando, em quatro dias, é festejado o maior [[carnaval]] do mundo.<ref name="Guiness">[http://www.guinnessworldrecords.com/records-11000/largest-carnival/ Largest Carnival] {{Wayback|url=http://www.guinnessworldrecords.com/records-11000/largest-carnival/ |date=20141017045045 }} ''Guinness World Records''.</ref> Os mais importantes eventos e festividades do estado constituem: em Cabo Frio, Festa de [[Nossa Senhora da Assunção]] (de 6 a 16 de agosto);<ref>{{citar web |ultimo=G1 Rio de Janeiro |primeiro= |url=https://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2019/08/15/cabo-frio-rj-tem-programacao-especial-para-celebrar-nossa-senhora-da-assuncao.ghtml |titulo=Cabo Frio, RJ, tem programação especial para celebrar Nossa Senhora da Assunção |data=15-08-2019 |acessodata=22 de setembro de 2020 |publicado=InterTV |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190913215113/https://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2019/08/15/cabo-frio-rj-tem-programacao-especial-para-celebrar-nossa-senhora-da-assuncao.ghtml |arquivodata=13 de setembro de 2019 |urlmorta=sim}}</ref> em [[Campos dos Goytacazes|Campos]], Festa de São Salvador (de 4 a 10 de agosto) e a Exposição Especializada (em abril);<ref>{{citar web |ultimo=InterTV |url=https://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2019/08/06/dia-do-santissimo-salvador-padroeiro-de-campos-rj-e-comemorado-com-missas-procissao-e-shows.ghtml |titulo=Dia do Santíssimo Salvador, padroeiro de Campos, RJ, é comemorado com missas, procissão e shows |data=06-08-2019 |acessodata=22 de setembro de 2020 |publicado=G1 Rio de Janeiro |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190807181252/https://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2019/08/06/dia-do-santissimo-salvador-padroeiro-de-campos-rj-e-comemorado-com-missas-procissao-e-shows.ghtml |arquivodata=7 de agosto de 2019 |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Assessoria de Imprensa |url=http://www.cordeiro.rj.gov.br/conteudo/223/exposicao_especializada_reune_cavalos_de_todo_pais_em_cordeiro_ |titulo=Exposição Especializada reúne cavalos de todo país em Cordeiro |acessodata=23-09-2020 |publicado=Prefeitura de Cordeiro |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170414061455/http://www.cordeiro.rj.gov.br/conteudo/223/exposicao_especializada_reune_cavalos_de_todo_pais_em_cordeiro_ |arquivodata=2017-04-14 |urlmorta=sim}}</ref> em [[Cordeiro (Rio de Janeiro)|Cordeiro]], Exposição Agropecuária de Cordeiro (em julho);<ref>{{citar web |ultimo=Assessoria de Imprensa |url=https://www.cordeiro.rj.gov.br/conteudo/1204/chegou_a_hora_da_exposicao_agropecuaria_de_cordeiro_ |titulo=Chegou a hora da Exposição Agropecuária de Cordeiro |acessodata=22-09-2020 |publicado=Prefeitura de Cordeiro |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200922213122/https://www.cordeiro.rj.gov.br/conteudo/1204/chegou_a_hora_da_exposicao_agropecuaria_de_cordeiro_ |arquivodata=2020-09-22 |urlmorta=sim}}</ref> em [[Niterói]], Niterói em Cena (em setembro);<ref>{{citar web |ultimo=Prefeitura de Niterói |primeiro= |url=http://culturaniteroi.com.br/blog/?id=4376&equ=popular |titulo=NITERÓI EM CENA |data=2019 |acessodata=22-09-2020 |publicado=Cultura Niterói |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200922213910/http://culturaniteroi.com.br/blog/?id=4376&equ=popular |arquivodata=2020-09-22 |urlmorta=sim}}</ref> em [[Paraty]], Festa de [[Benedito, o Mouro|São Benedito]] (de 8 a 17 de novembro);<ref>{{citar web |ultimo=Gaspar |primeiro=Elizabeth Fromm Freire |url=http://www.paraty.com.br/festa_rosario.asp |titulo=Festa São Benedito e N. S. do Rosário 2019 |data=2019 |acessodata=22-09-2020 |publicado=Paraty Turismo e Ecologia |arquivourl=https://web.archive.org/web/20191211213611/http://www.paraty.com.br/festa_rosario.asp |arquivodata=2019-12-11 |urlmorta=sim}}</ref> no [[Rio de Janeiro]], [[Carnaval]] (em fevereiro ou março),<ref name="Guiness" /> Festa de [[Nossa Senhora da Glória]] do Outeiro (15 de agosto),<ref>{{citar web |ultimo=Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro |url=https://outeirodagloria.org.br/category/eventos/festa-da-padroeira/ |titulo=Programação para a festa de Nossa Nossa Senhora da Glória do Outeiro |data=14-08-2020 |acessodata=22-09-2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200922221327/https://outeirodagloria.org.br/category/eventos/festa-da-padroeira/ |arquivodata=2020-09-22 |urlmorta=sim}}</ref> Feira da Providência (em dezembro),<ref>{{citar web |ultimo=Fernandes |primeiro=Raphael |url=https://diariodorio.com/feira-da-providencia-2019-tem-inicio-e-vai-ate-o-proximo-domingo/ |titulo="Feira da Providência 2019" tem início e vai até o próximo domingo |data=4 de dezembro de 2019 |acessodata=22-09-2020 |publicado=Diário do Rio |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200922222533/https://diariodorio.com/feira-da-providencia-2019-tem-inicio-e-vai-ate-o-proximo-domingo/ |arquivodata=22 de setembro de 2020 |urlmorta=sim}}</ref> Festa da Penha (em outubro),<ref>{{citar web |ultimo=G1 Rio de Janeiro |primeiro= |url=https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/festa-de-nossa-senhora-da-penha-no-rio-tera-cacique-de-ramos-e-imperatriz-leopoldinense.ghtml |titulo=Festa de Nossa Senhora da Penha no Rio terá Cacique de Ramos e Imperatriz Leopoldinense |data=01-10-2017 |acessodata=22-09-2020 |publicado=TV Globo Rio |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171001150430/https://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/festa-de-nossa-senhora-da-penha-no-rio-tera-cacique-de-ramos-e-imperatriz-leopoldinense.ghtml |arquivodata=2017-10-01 |urlmorta=sim}}</ref> Festival Villa-Lobos (de 4 a 30 de novembro);<ref>{{citar web |ultimo=Prefeitura do Rio de Janeiro |primeiro= |url=http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/programacao/interna/1150 |titulo=57.º Festival Villa Lobos |data=2019 |acessodata=22-09-2020 |publicado=Cidade das Artes |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200220014827/http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/programacao/interna/1150 |arquivodata=2020-02-20 |urlmorta=sim}}</ref> em [[São Fidélis]], Festa da Lagosta (em maio), extinta em 1988;<ref>{{citar web |ultimo=Redação |primeiro= |url=https://sfnoticias.com.br/ultima-festa-da-lagosta-foi-realizada-ha-31-anos-em-sao-fidelis |titulo=Última Festa da Lagosta foi realizada há 31 anos em São Fidélis |data=29-05-2019 |acessodata=22-09-2020 |publicado=SFn Notícias |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200922230544/https://sfnoticias.com.br/ultima-festa-da-lagosta-foi-realizada-ha-31-anos-em-sao-fidelis |arquivodata=2020-09-22 |urlmorta=sim}}</ref> em [[São João da Barra]], Festa da Penha (em abril).<ref>{{citar web |ultimo=G1 Rio de Janeiro |url=https://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2019/04/23/festa-de-nossa-senhora-da-penha-em-sao-joao-da-barra-rj-tera-shows-gratuitos.ghtml |titulo=Festa de Nossa Senhora da Penha, em São João da Barra, RJ, terá shows gratuitos |data=23-04-2019 |acessodata=22-09-2020 |publicado=InterTV |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190423233710/https://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2019/04/23/festa-de-nossa-senhora-da-penha-em-sao-joao-da-barra-rj-tera-shows-gratuitos.ghtml |arquivodata=2019-04-23 |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":17" />

== Infraestrutura ==

=== Saúde ===
[[Ficheiro:HUCFF - UFRJ - Linha Vermelha.jpg|miniaturadaimagem|[[Hospital Universitário Clementino Fraga Filho]], visto da [[Linha Vermelha (Rio de Janeiro)|Linha Vermelha]], no [[Rio de Janeiro]], capital do estado.]]
A infraestrutura hospitalar dispunha, em 2009, de 6 457 estabelecimentos, com 42 593 leitos, atendidos por 76 070 médicos, 14 374 enfermeiros e 30 770 auxiliares de enfermagem.<ref name=":22">{{citar web |ultimo=IBGE |primeiro= |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/pesquisa/47/84558 |titulo=Pesquisa Nacional de Saúde |data=2019 |acessodata=2 de outubro de 2020 |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|urlmorta=sim}}</ref><ref name=":21">{{citar web |ultimo=DATASUS |primeiro= |url=http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/rj.htm |titulo=Cadernos de Informações de Saúde |data=2009 |acessodata=2 de outubro de 2020 |publicado=Ministério da Saúde |arquivodata=23 de abril de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200423131123/http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/rj.htm |urlmorta=sim}}</ref> De todos os 92 municípios do estado, em 2000, 82,3% da população contavam com serviços de abastecimento de água e 60,8% de esgotos sanitários.<ref name=":21" /> Existem, no estado, cidades de clima serrano, imensamente saudáveis, favoritos como centros de veraneio e de restauração do bem-estar, como [[Teresópolis]], [[Petrópolis]] e [[Nova Friburgo]].<ref>{{Harvnb|Benton|Neiva|1973|p=104-C}}.</ref>

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2019, 80,0% dos fluminenses realizavam consulta médica periodicamente; 49,2% dos habitantes consultavam o dentista regularmente e 5,7% estiveram internados em leito hospitalar nos últimos doze meses. Apenas 37,7% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 45,4% terem declarado necessitar sempre do Programa Unidade de Saúde da Família — PUSF.<ref name=":22" />

=== Educação ===
[[Ficheiro:UFF by Diego Baravelli 02.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Campus do Gragoatá, da [[Universidade Federal Fluminense]] (UFF), em [[Niterói]].]]

Em 2018, foram registradas matrículas de 2 003 315 discentes nas 7 677 instituições educacionais de [[ensino fundamental]] no estado do Rio de Janeiro, das quais 202 eram do estado, {{fmtn|139143}} do município, 79 408 da iniciativa privada e 697 da União. No diz respeito ao corpo docente, era também formado por 102 737 professores, dos quais {{fmtn|13 392}} ensinavam em instituições de ensino do estado, 630 em escolas da União, {{fmtn|26 503}} nas do município e {{fmtn|21 792}} nas da iniciativa privada. O [[ensino médio]], em 2018, era lecionado em 18 107 estabelecimentos com {{fmtn|311830}} discentes registrados por matrícula, atendidos por {{fmtn|1051}} docentes.<ref name=":29">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/pesquisa/13/78117 |titulo=Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2018 |data=2018 |acessodata=6 de novembro de 2020 |publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] |arquivodata=16 de setembro de 2021 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210916024532/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/pesquisa/13/78117 |urlmorta=sim}}</ref>

Em 2019, a [[Alfabetização|taxa de alfabetização]] estadual era de 97,9%, a 1.ª mais alta do Brasil.<ref name="IBGE_Síntese2">{{citar web |URL=https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/educacao/17270-pnad-continua.html |título=Taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação |data=2017 |acessodata=22 de dezembro de 2017 |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |arquivodata=23 de dezembro de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20171223015228/https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/educacao/17270-pnad-continua.html |urlmorta=sim}}</ref> A taxa de escolarização na faixa etária de 8 a 14 anos é de 19,3%.<ref>{{Citar web |ultimo=IBGE |url=https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/pesquisa/44/47044 |titulo=PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios |data=2015 |acessodata=2021-03-06 |website=cidades.ibge.gov.br |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística |arquivodata=2021-03-07 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210307124145/https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/pesquisa/44/47044 |urlmorta=sim}}</ref> Em 2008, 14,1% da população fluminense é de [[Analfabetismo funcional|analfabetos funcionais]].<ref>{{citar web |ultimo=IBGE |primeiro= |url=http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv42820.pdf |titulo=Síntese de Indicadores Sociais |data=2009 |acessodata=11 de agosto de 2017 |publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181126221558/https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv42820.pdf |arquivodata=26 de novembro de 2018|urlmorta=sim}}</ref> Seu [[Índice de Desenvolvimento Humano|IDH-educação]] é o [[Lista de unidades federativas do Brasil por IDH|4.º mais alto do Brasil]] (0,675).<ref name="PNUD_2017">{{Citar web |url=http://atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/Radar%20IDHM%20PNADC_2019_Book.pdf |título=Radar IDHM: evolução do IDHM e de seus índices componentes no período de 2012 a 2017 |acessodata=18-4-2019 |autor=PNUD Brasil |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190715184118/http://atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/Radar%20IDHM%20PNADC_2019_Book.pdf |arquivodata=2019-07-15|urlmorta=sim}}</ref>

As mais importantes instituições fluminenses de ensino superior do setor público são o [[Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca]],<ref>{{Citar web |url=http://www.cefet-rj.br/index.php/2015-06-02-16-38-34 |titulo=Histórico |acessodata=2021-07-28 |website=www.cefet-rj.br |arquivodata=2021-04-23 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210423043357/http://www.cefet-rj.br/index.php/2015-06-02-16-38-34 |urlmorta=sim}}</ref> a [[Escola Nacional de Ciências Estatísticas]],<ref>{{Citar web |url=https://ence.ibge.gov.br/index.php/portal-a-ence/portal-a-ence-apresentacao |titulo=Apresentação |acessodata=2021-07-28 |website=ence.ibge.gov.br |arquivodata=2020-11-04 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201104211450/http://www.ence.ibge.gov.br/index.php/portal-a-ence/portal-a-ence-apresentacao |urlmorta=sim}}</ref> o [[Instituto Federal do Rio de Janeiro]],<ref>{{Citar web |url=https://portal.ifrj.edu.br/institucional/historia-ifrj |titulo=História do IFRJ {{!}} IFRJ |acessodata=2021-07-28 |website=portal.ifrj.edu.br |arquivodata=2021-01-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210116150322/https://portal.ifrj.edu.br/institucional/historia-ifrj |urlmorta=sim}}</ref> o [[Instituto Militar de Engenharia]],<ref>{{Citar web |url=http://www.ime.eb.mil.br/historia.html |titulo=História |acessodata=2021-07-28 |website=www.ime.eb.mil.br |arquivodata=2021-06-27 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210627172043/http://www.ime.eb.mil.br/historia.html |urlmorta=sim}}</ref> o Instituto Nacional de Educacão de Surdos,<ref>{{Citar web |url=https://www.ines.gov.br/conheca-o-ines |titulo=Conheça o INES |acessodata=2021-07-28 |website=www.ines.gov.br |arquivodata=2021-01-18 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210118203719/https://www.ines.gov.br/conheca-o-ines |urlmorta=sim}}</ref> o [[Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro]],<ref>{{Citar web |url=https://www.iserj.edu.br/sobre |titulo=Sobre {{!}} Iserj |acessodata=2021-07-28 |website=www.iserj.edu.br |arquivodata=2020-11-27 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201127002755/https://www.iserj.edu.br/sobre |urlmorta=sim}}</ref> a [[Universidade do Estado do Rio de Janeiro]],<ref>{{Citar web |url=https://www.uerj.br/a-uerj/a-universidade/ |titulo=A Universidade |acessodata=2021-07-28 |website=UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro |lingua=pt-BR |arquivodata=2021-03-08 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210308104243/https://www.uerj.br/a-uerj/a-universidade/ |urlmorta=sim}}</ref> a [[Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro]],<ref>{{Citar web |url=http://www.unirio.br/institucional-1/institucional/historia |titulo=História — Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro |acessodata=2021-07-28 |website=www.unirio.br |arquivodata=2020-11-26 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201126034856/http://www.unirio.br/institucional-1/institucional/historia |urlmorta=sim}}</ref> a [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]]<ref>{{Citar web |ultimo=claudiamendes@reitoria.ufrj.br |url=https://ufrj.br/acesso-a-informacao/institucional/historia/ |titulo=História – Universidade Federal do Rio de Janeiro |acessodata=2021-07-28 |website=ufrj.br |lingua=pt-BR |arquivodata=2021-06-21 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210621211133/https://ufrj.br/acesso-a-informacao/institucional/historia/ |urlmorta=sim}}</ref> e o [[Centro Universitário Estadual da Zona Oeste|Universidade Estadual da Zona Oeste]].<ref>{{Citar web |url=http://www.uezo.rj.gov.br/canaluezo/instituto.html |titulo=Instituto {{!}} UEZO |acessodata=2021-07-28 |website=www.uezo.rj.gov.br |arquivodata=2020-08-07 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200807001504/http://www.uezo.rj.gov.br/canaluezo/instituto.html |urlmorta=sim}}</ref>{{panorama|Cidade Universitária da UFRJ vista a partir da Igreja da Penha.jpg|1000px|[[Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro|Cidade Universitária]] da [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] vista a partir da [[Igreja de Nossa Senhora da Penha (Rio de Janeiro)|Igreja da Penha]]: ao centro, o [[Hospital Universitário Clementino Fraga Filho]] e, ao fundo, a [[Baía de Guanabara]].}}

=== Transportes ===
[[Ficheiro:Rio de Janeiro Ponte Niteroi Aerea 102 Feb 2006.jpg|miniaturadaimagem|[[Ponte Rio–Niterói]], a mais extensa do Brasil, concluída em 1974, corta a [[Baía de Guanabara|baía da Guanabara]], entre os municípios do [[Rio de Janeiro]] e [[Niterói]].|200x200px]]
O estado do Rio de Janeiro é atendido pelas linhas das antigas [[Ferrovia|ferrovias]] da [[Estrada de Ferro Central do Brasil|Central do Brasil]], [[Estrada de Ferro Leopoldina|Leopoldina]] e [[Rede Ferroviária Federal|Viação Férrea Centro-Oeste]], membros da [[Rede Ferroviária Federal]]. As linhas da Leopoldina atendem à periferia da capital e a porção leste do estado, com diversos troncos e inúmeros ramais, por meio dos quais se fazem as conexões com o [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] e a [[Zona da Mata Mineira|zona da Mata mineira]]. As linhas da Central do Brasil atendem à periferia da capital e à porção oeste do estado, por intermédio de um tronco que conecta a capital estadual com o [[São Paulo (estado)|estado de São Paulo]] e com [[Minas Gerais]]. Já, as da Centro-Oeste atendem a algumas cidades próximas ao sul de Minas Gerais. Sua única entrada mais acentuada no estado alcança [[Angra dos Reis]], cujo porto serve à região central de Minas Gerais.<ref name=":23">{{Harvnb|Camargo|2013|pp=20–24}}.</ref><ref name=":14" />

A rede de rodovias asfaltadas cresceu devido à capital, atendida por [[Lista de rodovias do Brasil|estradas federais]] que a põem em contato com outros estados. Dessa forma, a [[BR-101]] atravessa a [[baía de Guanabara]] por intermédio da [[Ponte Rio–Niterói|ponte Presidente Costa e Silva]] (Rio-Niterói) e corta o estado, atravessando [[Campos dos Goytacazes]], [[Rio Bonito]], [[Niterói]], [[Mangaratiba]] e [[Angra dos Reis]]. A rodovia Presidente Dutra, trecho da [[BR-116]], conecta a capital com a cidade de [[São Paulo]], atravessando as cidades fluminenses de [[Nova Iguaçu]], [[Barra Mansa]] e [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]]. A rodovia Presidente Washington Luís sai da capital em direção a [[Minas Gerais]], atendendo a [[Duque de Caxias (Rio de Janeiro)|Duque de Caxias]], [[Petrópolis]] e [[Três Rios]]. Além dessas estradas, cabe citar a BR-492, que faz a conexão [[Niterói]]-[[Nova Friburgo]]-[[Cordeiro (Rio de Janeiro)|Cordeiro]]-[[São Fidélis]]; e a BR-356, que conecta [[São João da Barra]], Campos, [[Itaperuna]] e [[Muriaé]].<ref name=":23" /><ref name=":14" />

Estão em atividade no estado os [[Porto do Rio de Janeiro|portos do Rio de Janeiro]] e [[Porto de Angra dos Reis|Angra dos Reis]], respectivamente o terceiro e o quarto do Brasil em movimento de carga. O [[Porto de Itaguaí|porto de Sepetiba]] constitui um terminal de minérios, para a grande exportação de produtos vindos de Minas Gerais. Pouco movimentados, estão em funcionamento os portos de Niterói e Forno. Próximo ao porto do Rio de Janeiro, opera o terminal oceânico Almirante Tamandaré, da [[Petrobras|Petrobrás]].<ref name=":23" /><ref name=":14" />

A capital dispõe de três aeroportos civis, o [[Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão|Internacional do Rio de Janeiro]], com a capacidade de acolher aeroplanos supersônicos, o [[Aeroporto do Rio de Janeiro-Santos Dumont|Santos Dumont]], reservado para linhas domésticas, e o de [[Aeroporto de Jacarepaguá|Jacarepaguá]], para aeronaves de menor porte.<ref name=":23" /><ref name=":14" />

=== Serviços e comunicações ===
As empresas de energia elétrica, que compreendem o estado do Rio de Janeiro, constituem a [[Light S.A.]],<ref>{{citar web |ultimo=Light S.A. |primeiro= |url=http://www.light.com.br/grupo-light/Quem-Somos/historia-da-light.aspx |titulo=História da Light |data=2012 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Light S.A. |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200217103302/http://www.light.com.br/grupo-light/Quem-Somos/historia-da-light.aspx |arquivodata=17 de fevereiro de 2020 |urlmorta=sim}}</ref> a [[Enel Distribuição Rio]]<ref>{{citar web |ultimo=Enel Brasil |primeiro= |url=https://www.enel.com.br/pt/quemsomos/a201611-enel-brasil.html |titulo=Enel no Brasil |data=2016 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Enel no Brasil |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200424095344/https://www.enel.com.br/pt/quemsomos/a201611-enel-brasil.html |arquivodata=24 de abril de 2020 |urlmorta=sim}}</ref> e a [[Energisa Nova Friburgo]]<ref>{{citar web |ultimo=Energisa |primeiro= |url=https://www.energisa.com.br/institucional/Paginas/sobre-energisa.aspx |titulo=Quem somos |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Energisa |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200627064343/https://www.energisa.com.br/institucional/Paginas/sobre-energisa.aspx |arquivodata=27 de junho de 2020 |urlmorta=sim}}</ref> e os serviços de abastecimento e venda de gás canalizado no estado do Rio de Janeiro é realizado pela [[Naturgy]].<ref>{{citar web |ultimo=Naturgy |primeiro= |url=https://www.naturgy.com.br/br/conheca-nos/a+companhia/nossa+companhia/historia/1297092019569/historia+rio.html |titulo=História Rio |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Naturgy |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190207002548/https://www.naturgy.com.br/br/conheca-nos/a+companhia/nossa+companhia/historia/1297092019569/historia+rio.html |arquivodata=7 de fevereiro de 2019 |urlmorta=sim}}</ref>

O estado conta com outros serviços básicos. No Rio de Janeiro, existem várias empresas responsáveis pelo abastecimento de água. Em boa parte dos municípios fluminenses, a empresa responsável por [[água]] e [[saneamento básico]] (esgoto) é a [[Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro]] (CEDAE).<ref>{{citar web |ultimo=CEDAE |url=https://www.cedae.com.br/apresentacao |titulo=Apresentação |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Companhia Estadual de Águas e Esgotos |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201006015440/https://www.cedae.com.br/apresentacao |arquivodata=6 de outubro de 2020 |urlmorta=sim}}</ref>

[[Ficheiro:TV Globo hq 2.jpg|miniaturadaimagem|Sede da [[Rede Globo|Globo]] no [[Rio de Janeiro]], mais precisamente no bairro do [[Jardim Botânico (bairro do Rio de Janeiro)|Jardim Botânico]], famosa por suas [[Controvérsias envolvendo a Rede Globo|polêmicas]].|esquerda|200x200px]]

Outros municípios são abastecidos por outras empresas ou por empresas do próprio município — um exemplo ocorre em [[Campos dos Goytacazes]], na região norte do estado, cuja empresa responsável pelo abastecimento de água é “Águas do Paraíba”.<ref>{{citar web |ultimo=Águas do Brasil |primeiro= |url=https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-paraiba/a-concessionaria/quem-somos/ |titulo=Quem somos |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Águas do Paraíba |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200221235522/https://www.grupoaguasdobrasil.com.br/aguas-paraiba/a-concessionaria/quem-somos/ |arquivodata=21 de fevereiro de 2020 |urlmorta=sim}}</ref>
Existem vários jornais presentes em diversos municípios do estado, por exemplo, ''O Fluminense'', ''Nitideal'' ([[Niterói]]), ''O Debate'', ''Azul Limão'', ''Tribuna do Sol'' ([[Macaé]]), ''Folha da Manhã'', ''Tribuna do Sol'', ''O Diário'' ([[Campos dos Goytacazes]]), ''Diário de Petrópolis'', ''Jornal de Itaipava'', ''Tribuna de Petrópolis'' ([[Petrópolis]]), ''A Folha'', ''O Diário de Teresópolis'', ''Teresópolis Jornal'' ([[Teresópolis]]), ''A Voz da Serra'' (Nova Friburgo), ''Jornal Dia-a-Dia'' ([[São João de Meriti]]), ''Jornal Atual'', ''Jornal Impacto'' ([[Itaguaí]]), etc.<ref name=":36">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://ejornais.com.br/jornais_rio_de_janeiro.html |título=Jornais do estado do Rio de Janeiro |data= |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado= |arquivodata=27 de abril de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200427161507/http://www.ejornais.com.br/jornais_rio_de_janeiro.html |urlmorta=sim}}</ref> Dois dos mais influentes jornais do país,<ref>{{citar livro|título=The role of the media in educational policy formation and legitimation in Brazil: 1995-2008|autor=Paulino Motter|editora=[[Universidade do Wisconsin-Madison]]|ano=2008|urlmorta=sim}}</ref> ''[[O Globo]]'' e o ''[[Jornal do Brasil]]'', são fluminenses e mantêm suas sedes na capital do estado.<ref name=":36" />

Na área televisiva, a mais antiga emissora de televisão do estado, a [[TV Tupi Rio de Janeiro]], foi fundada e comandada por um dos herdeiros de [[Assis Chateaubriand]], Fernando, em 1951.<ref>{{citar web |ultimo=Silva |primeiro=Patricia Alves do Rego |url=http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204434/4101419/memoria11.pdf |titulo=TV Tupi, a pioneira na América do Sul |data=2004 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Prefeitura do Rio de Janeiro |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170215024506/http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204434/4101419/memoria11.pdf |arquivodata=15 de fevereiro de 2017 |urlmorta=sim}}</ref> Desde então, várias outras emissoras desenvolveram-se no estado e ganharam projeção no Brasil e nesse estado, como foi o caso da [[TV Globo]], a maior emissora de televisão do país, totalmente sediada na [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|região metropolitana do Rio]].<ref>{{citar web |url=http://sistemas.anatel.gov.br/srd/Consultas/ConsultaGeral/TelaListagem.asp |título=Consulta Geral de Radiodifusão |acessodata= |obra=SRD |publicado=[[ANATEL]] |arquivodata=2019-10-29 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20191029232600/https://sistemas.anatel.gov.br/SRD/Consultas/ConsultaGeral/TelaListagem.asp |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |url=http://sistemas.anatel.gov.br/se/public/view/b/srd.php |título=Spectrum-E: Canais de radiodifusão |acessodata= |obra=Mosaico |publicado=[[ANATEL]] |arquivodata=2020-04-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200416103338/http://sistemas.anatel.gov.br/se/public/view/b/srd.php |urlmorta=sim}}</ref>

=== Segurança pública e criminalidade ===
{{imagem múltipla
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| image1 = Viaturas_PMERJ_11.jpg
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| caption1 = Viaturas da [[Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro]] (PMERJ).
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| caption2 = Quartel do Comando Geral do [[Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro]] (CBMERJ).
}}
No [[Exército Brasileiro]], o Rio de Janeiro pertence ao [[Comando Militar do Leste]] ([[Rio de Janeiro]])<ref>{{Citar web |url=http://www.cml.eb.mil.br/historia.html |titulo=Comando Militar do Leste - Histórico |acessodata=2021-07-12 |website=www.cml.eb.mil.br |arquivodata=2021-06-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210603181605/http://www.cml.eb.mil.br/historia.html |urlmorta=sim}}</ref> e, com o [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], integra a [[1.ª Região Militar|1.ª Região Mil.]],<ref>{{citar web |ultimo=1.ª Região Militar |primeiro= |url=http://www.1rm.eb.mil.br/area-geografica |titulo=Área Geográfica |data=27-10-2020 |acessodata=25-11-2015 |publicado=1.ª Região Militar |arquivodata=2015-11-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20151101204642/http://www.1rm.eb.mil.br/area-geografica |urlmorta=sim}}</ref> merecendo destaque no estado o Hospital Militar de Resende e a Policlínica Militar de Niterói.<ref>{{citar web |ultimo=Exército Brasileiro |primeiro= |url=http://www.1rm.eb.mil.br/om-subordinadas |titulo=OM Subordinadas |data=4 de dezembro de 2015 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=1.ª Região Militar |arquivodata=12 de março de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200312080943/http://www.1rm.eb.mil.br/om-subordinadas |urlmorta=sim}}</ref> Na [[Marinha do Brasil]], o o Rio de Janeiro integra 1.º Distrito Naval ([[Rio de Janeiro]]), merecendo destaque no território estadual a [[Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia]], o [[Colégio Naval]] (em [[Angra dos Reis]]), o [[Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha]] (em [[São Gonçalo (Rio de Janeiro)|São Gonçalo]], na [[Ilha das Flores (Rio de Janeiro)|ilha do Engenho]]).<ref>{{citar web |ultimo=1.º Distrito Naval |primeiro= |url=https://www.marinha.mil.br/com1dn/comando/historico |titulo=Histórico |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Marinha do Brasil |arquivodata=12 de agosto de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190812180227/https://www.marinha.mil.br/com1dn/comando/historico |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Marinha do Brasil |primeiro= |url=https://www.marinha.mil.br/om/colegio-naval |titulo=Colégio Naval |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Marinha do Brasil |arquivodata=1 de novembro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101047/https://www.marinha.mil.br/om/colegio-naval |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |ultimo=Marinha do Brasil |primeiro= |url=https://www.marinha.mil.br/om/centro-de-misseis-e-armas-submarinas-da-marinha |titulo=Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Marinha do Brasil |arquivodata=3 de novembro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201103164600/https://www.marinha.mil.br/om/centro-de-misseis-e-armas-submarinas-da-marinha |urlmorta=sim}}</ref> Na [[Força Aérea Brasileira]], o estado do Rio de Janeiro conta com a [[Campo dos Afonsos|Base Aérea dos Afonsos]], na capital.<ref>{{citar web |ultimo=Força Aérea Brasileira |primeiro= |url=https://www.fab.mil.br/organizacoes/mostra/33/BASE%20A%C3%89REA%20DOS%20AFONSOS |titulo=BASE AÉREA DOS AFONSOS |data=2020 |acessodata=27 de outubro de 2020 |publicado=Força Aérea Brasileira |arquivodata=5 de setembro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190905124754/http://www.fab.mil.br/organizacoes/mostra/33/BASE%20A%C3%89REA%20DOS%20AFONSOS |urlmorta=sim}}</ref>

Segundo a [[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal de 1988]] e a [[Constituição do Estado do Rio de Janeiro|Estadual de 1989]], os órgãos reguladores da [[segurança pública]] no estado do Rio de Janeiro são a [[Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro]], o [[Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro]] e a [[Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro]].<ref name=":032">{{citar web|URL=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm|título=Constituição Federal|data=|acessadoem=|publicado=|autor=|arquivodata=2016-05-05|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160505161928/http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm|urlmorta=sim}}</ref><ref name=":13" />

De acordo com dados do “Mapa da Violência 2012”, publicado pelo Instituto Sangari e pelo [[Ministério da Justiça (Brasil)|Ministério da Justiça]], a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 2,7 em 1980, subiu para 31,8 em 2009 (ficando abaixo da média nacional, que era de 27,0). Entre 2000 e 2010, o número de [[Homicídio|homicídios]] subiu de 7 337 para {{fmtn|4193}}. Em geral, o Rio de Janeiro desceu sete posições na classificação nacional das unidades federativas por taxa de homicídios, passando da segunda em 2000 para a décima-sétima em 2010. A [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|R. M. do Rio de Janeiro]] possuía taxas mais de quatro mil vezes maiores que a do estado (-14,7), enquanto, no interior, o mesmo era mais de mil e novecentas vezes maior que a média estadual (-6,7).<ref name="Mapa da Violência 2012 - Paraíba">{{citar web |ultimo= |primeiro= |URL=http://www.mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_rj.pdf |título=Mapa da Violência 2012 - Rio de Janeiro |data=2012 |acessodata=29 de outubro de 2020 |publicado=Portal Mapa da Violência |autor= |arquivodata=24 de dezembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181224224621/http://mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_rj.pdf |urlmorta=sim}}</ref>

Em 2000, sete municípios, até cinco mil habitantes, registravam uma taxa de homicídios, mas ela subiu para 3,6 em seis cidades em 2010. Considerando-se todos esses municípios, totalizam-se dois. Desde a época em que o estado era bastante violento em 2000 a violência diminuiu ligeiramente em todo o território do estado, com vários polos elevadamente conurbados.<ref name="Mapa da Violência 2012 - Paraíba" />

Em 1983 o Brasil apresentava uma taxa de 13,8 homicídios em 100 mil, ao passo que a taxa do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] foi de 15,9: 16% maior. Já no fim do período, a taxa do estado aumentou para 61,9: subida de 288,8%, o que conduz o Rio de Janeiro a liderar, por diversos anos, o ranking nacional da violência, com motor-chefe na sua RM, que sobe 345,8%, 13,3% anualmente. A supracitada taxa faz a RM do Rio de Janeiro também liderar o grupo das RM do país, com sua taxa, em 1995, de 70,6 homicídios em 100 mil habitantes.<ref name="Mapa da Violência 2012 - Paraíba" /><ref name=":34">{{citar web|URL=http://www.mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_web.pdf|título=MAPA DA VIOLÊNCIA 2012 - OS NOVOS PADRÕES DA VIOLÊNCIA HOMICIDA NO BRASIL|data=2012|acessodata=16 de junho de 2013|publicado=Portal Mapa da Violência|arquivodata=16 de fevereiro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130216165336/http://www.mapadaviolencia.net.br/pdf2012/mapa2012_web.pdf|urlmorta=sim}}</ref>

Conforme o “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008”, também publicado pelo Instituto Sangari, as cidades fluminenses que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes eram: [[Macaé]] (85,9), [[Duque de Caxias (Rio de Janeiro)|Duque de Caxias]] (81,5), [[Cabo Frio]] (76,4), [[Armação dos Búzios]] (74,8), [[Saquarema]] (69,3), [[Nova Iguaçu]] (64,2 8), [[Nilópolis]]. (61,2), [[Rio das Ostras]] (61,2), [[Paraty|Parati]] (59,2), [[Rio das Ostras]] (58,7), [[Queimados]] (58,6 1), [[Angra dos Reis]] (58,1), [[Niterói]] (57,1), [[Araruama]] (57,0 9), [[Belford Roxo]] (55,2), [[Seropédica]] (53,3), [[São Pedro da Aldeia]] (52,4), [[Cachoeiras de Macacu]] (47,6), [[Guapimirim]] (46,1), [[Carapebus]] (45,4), [[Tanguá]] (44,9), [[Arraial do Cabo]] (46,2), [[Rio de Janeiro]] (44,8), [[Maricá]] (42,2), [[São João de Meriti]] (41,5 ), [[Conceição de Macabu]] (41,1), [[Casimiro de Abreu (Rio de Janeiro)|Casimiro de Abreu]] (39,6), [[São Sebastião do Alto]] (39,0), [[Japeri]] (38,9), [[São Gonçalo (Rio de Janeiro)|São Gonçalo]] (37,5), [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]] (35,9), [[Mangaratiba]] (33,0), [[Silva Jardim]] (38,3), [[Campos dos Goytacazes]] (37,8), [[Rio Claro (Rio de Janeiro)|Rio Claro]] (35,8), [[Três Rios]] (32,4), [[Itaperuna]] (30,6), [[Nova Friburgo]] (29,4).<ref name=":35">{{citar web|url=http://www.sangari.com/view.cfm?cod=42&cod_pub=8&t=2&ext=.pdf&pag=publicacoessangari|titulo=Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008|data=2010|acessodata=28 de julho de 2010|publicado=Instituto Sangari|autor=WAISELFISZ, Julio Jacobo|arquivourl=https://www.webcitation.org/619ltQCbD?url=http://www.sangari.com/view.cfm?cod=42|arquivodata=23 de agosto de 2011|urlmorta=sim}}</ref>

== Cultura ==
[[Imagem:Fejuca.png|thumb|[[Feijoada à brasileira]] com vários acompanhamentos: [[carne de porco]], arroz, mandioca frita, torresmo, [[Laranjeira|laranja]], caipirinha, dentre outros.|267x267px]]

[[Lista de capitais do Brasil|Capital do Brasil]] por dois séculos, a partir de 1763 até a implantação de [[Brasília]], em 1960, o [[Rio de Janeiro]] retrata um apreciável [[Património cultural|patrimônio cultural]] e artístico. Também várias outras cidades do estado fazem parte dessa herança, já em virtude da influência irradiadora da metrópole carioca, já em resultado do antigo apogeu cafeeiro.<ref name=":25">{{Harvnb|Garschagen|1998b|pp=56–57}}.</ref>

O [[artesanato]] fluminense resulta das consequências culturais herdadas dos [[portugueses]], [[negros]] e [[indígenas]] que habitavam a região. As ferramentas usadas pelos artesãos são as mais diversas. Nesse estado podem ser encontrados os antigos utensílios feitos de [[cerâmica]], produtos de herança aborígene como [[Máscara|máscaras]], [[Brinquedo|brinquedos]], [[Instrumento musical|instrumentos musicais]], [[panelas]] e [[Arma|armas]]. Há também os [[Artefacto (arqueologia)|artefatos]] de [[fibra]], [[parafina]], [[palha]] de [[bananeira]] e de [[metais]] finos como [[bronze]] e a [[prata]].<ref name=":24">{{Harvnb|Verano|2009|p=5248}}.</ref>

O estado tem uma das maiores heranças arquitetônicas do país, em que merecem destaque o valioso patrimônio da cidade do Rio de Janeiro. Nela, estão construções que representam as mais importantes épocas e estilos da [[Arquitetura do Brasil|arquitetura brasileira]], que abrangem do [[Colonialismo|período colonial]] à arquitetura contemporânea. Ainda merecem destaque os palácios, palacetes e edifícios luxuosos em Petrópolis, e o patrimônio arquitetônico de cidades como [[São João de Meriti]] e [[Volta Redonda]], dentre outros.<ref name=":24" />

O Rio de Janeiro é visto como um dos principais polos [[Gastronomia|gastronômicos]] da cultura do Brasil, tendo importância e influência mundial. A cidade dispõe dos mais refinados restaurantes que fornecem os mais variados alimentos para as mais diversas predileções culinárias. De maneira totalmente óbvia a comida mais característica da região é a conhecida [[feijoada]]. Sua projeção determinou a culinária brasileira e resulta da miscigenação cultural que o país assistiu e que originou o que atualmente designamos de brasilidade.<ref name=":24" />

=== Entidades culturais, museus e bibliotecas ===
{{imagem múltipla
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| image1 = O_Palácio.jpg
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| caption1 = [[Museu Imperial]], em [[Petrópolis]].
| image2 = Biblioteca nacional rio janeiro.jpg
| width2 = 200
| caption2 = [[Biblioteca Nacional do Brasil]].
}}
Operam no estado do Rio de Janeiro três universidades federais e duas estaduais, além de diversas outras privadas e inúmeras faculdades e escolas afastadas. As mais célebres são, na capital, a [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]], a [[Universidade do Estado do Rio de Janeiro]] e a [[Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro|Pontifícia Universidade Católica]]. Fora da capital merecem destaque a [[Universidade Federal Fluminense]] ([[Niterói]]), a [[Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro]] ([[Seropédica]]), a [[Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro|Universidade Estadual do Norte Fluminense]], em [[Campos dos Goytacazes]], criada em 1994, e a [[Universidade Católica de Petrópolis]].<ref name=":25" />

Além dessas instituições de ensino superior, compete salientar o trabalho, na área da pesquisa sanitária, da [[Fundação Oswaldo Cruz|Fundação Osvaldo Cruz]], na capital, e do [[Instituto Vital Brazil]] (Niterói).<ref name=":25" />

São vários e de enorme importância os museus do estado. O [[Museu Imperial]], criado em 1938, opera no [[Palácio do Grão-Pará]], antiga casa da família imperial em [[Petrópolis]]. O [[Casa da Marquesa de Santos|Museu do Primeiro Reinado]], na cidade do Rio de Janeiro, compreende a casa que era de propriedade de [[Domitila de Castro|Domitila de Castro Canto e Melo]], marquesa de Santos, no bairro de [[São Cristóvão (bairro do Rio de Janeiro)|São Cristóvão]]. Ainda em São Cristóvão está sediado o [[Museu Nacional (Rio de Janeiro)|Museu Nacional]], fundado pelo [[João VI de Portugal|príncipe D. João]] em 1808, estabelecido na [[Quinta da Boa Vista]], anexado à Universidade do Brasil (atual Univ. Federal do Rio de Janeiro) em 1946 e destruído por um [[Incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro|incêndio]] em consequência de um sobreaquecimento de ar-condicionado provocado por [[curto-circuito]] em 2018.<ref name=":25" />

O estado do Rio de Janeiro conta com 166 bibliotecas públicas.<ref>{{citar web |ultimo=Secretaria Especial da Cultura |url=http://snbp.cultura.gov.br/bibliotecas-rj/ |titulo=RELAÇÃO DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO |data=2020 |acessodata=30 de outubro de 2020 |publicado=Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas |arquivodata=25 de janeiro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190125223239/http://snbp.cultura.gov.br/bibliotecas-rj/ |urlmorta=sim}}</ref> As maiores constituem a [[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro]], a maior instituição do gênero no [[Brasil]] e na [[América Latina]] em número de acervo bibliográfico,<ref>{{citar web |url=https://www.bn.gov.br/sobre-bn/historico |titulo=Histórico |acessodata=30 de outubro de 2020 |publicado=Biblioteca Nacional |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200821113240/https://www.bn.gov.br/sobre-bn/historico |arquivodata=21 de agosto de 2020|urlmorta=sim}}</ref><ref group="nota">Ver [[Lista das maiores bibliotecas públicas do Brasil]].</ref> a do [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]],<ref>{{citar web |url=https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/servicos/consulta/biblioteca |titulo=Biblioteca Maria Beatriz Nascimento |acessodata=30 de outubro de 2020 |publicado=Arquivo Nacional |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101101103/https://www.gov.br/arquivonacional/pt-br/servicos/consulta/biblioteca |arquivodata=1 de novembro de 2020|urlmorta=sim}}</ref> a do [[Real Gabinete Português de Leitura]],<ref>{{citar web |url=https://www.realgabinete.com.br/O-Real-Gabinete/Historia |titulo=HISTÓRIA |acessodata=30 de outubro de 2020 |publicado=Real Gabinete Português de Leitura |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200726231219/https://www.realgabinete.com.br/O-Real-Gabinete/Historia |arquivodata=26 de julho de 2020|urlmorta=sim}}</ref> a maior coletânea de publicações científico-literárias portuguesas fora de [[Portugal]], as do [[Ministério da Economia (Brasil)|Ministério da Economia]] e da [[Secretaria Especial da Cultura]],<ref>{{Citar web |url=https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/biblioteca/biblioteca |titulo=Biblioteca |acessodata=2021-08-12 |website=Ministério da Economia |lingua=pt-br |arquivodata=2021-08-12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210812233911/https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/biblioteca/biblioteca |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.bn.gov.br/visite/espacos/biblioteca-euclides-cunha-bec |titulo=Biblioteca Euclides da Cunha (BEC) |acessodata=12-08-2021 |website=Biblioteca Nacional |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210428215846/https://www.bn.gov.br/visite/espacos/biblioteca-euclides-cunha-bec |arquivodata=2021-04-28|urlmorta=sim}}</ref> a da [[Fundação Getulio Vargas|Fundação Getúlio Vargas]],<ref>{{citar web |url=https://sistema.bibliotecas-rj.fgv.br/ |titulo=Biblioteca Mário Henrique Simonsen |acessodata=30 de outubro de 2020 |publicado=Fundação Getúlio Vargas |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200920054618/https://sistema.bibliotecas-rj.fgv.br/ |arquivodata=20 de setembro de 2020|urlmorta=sim}}</ref> todas situadas na cidade do Rio de Janeiro.<ref name=":26">{{Harvnb|Arruda|1988|p=6937}}.</ref>

=== Acervo arquitetônico ===
{{imagem múltipla
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| image1 = Arcos da Lapa.jpg
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| caption1 = [[Aqueduto da Carioca|Arcos da Lapa]].
| image2 = Palácio Quitandinha, Petropolis.jpg
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| caption2 = [[Palácio Quitandinha]], em [[Petrópolis]].
| image3 = Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, Niterói.jpg
| width3 = 200
| caption3 = [[Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora (Niterói)|Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora]], em [[Niterói]].
}}

Além de suas atrações ecológicas, o [[Rio de Janeiro]] apresenta rico acervo arquitetônico, com numerosos monumentos catalogados pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]] (IPHAN). Merecem destaque o [[aqueduto da Carioca]], que levou o encanamento de água do [[Silvestre (bairro do Rio de Janeiro)|Silvestre]] em direção ao centro da cidade entre 1723 e 1896, quando foi ajustado para acolher os [[Bonde de Santa Teresa|bondes de Santa Teresa]]; o [[Paço Imperial]], instalado em 1743; o [[Theatro Municipal do Rio de Janeiro|Teatro Municipal]] (1909), baseado na [[Ópera Garnier|Opéra de Paris]]; o edifício da [[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]], do princípio do século XX; e o [[palácio do Catete]], que, erguido em estilo neoclássico, era matriz do [[Poder Executivo do Brasil|poder executivo do Brasil]] até 1960, quando se transformou no [[Palácio do Catete|Museu da República]].<ref name=":25" />

Possuem ainda relevante interesse arquitetônico a matriz da [[Fundação Oswaldo Cruz|Fundação Osvaldo Cruz]], erguida em estilo mourisco e instalada em 1900; o [[palácio Guanabara]], antiga casa oficial do [[presidente do Brasil]] e atual sede do [[Governador|governo do estado]]; o [[Palácio do Itamaraty (Rio de Janeiro)|palácio do Itamaraty]]; os conjuntos arquitetônicos do jardim, da [[rua do Catete]], do [[arco do Teles]] e do morro do Valongo; a [[Quinta da Boa Vista]]; as igrejas e conventos de [[Convento de Santo Antônio (Rio de Janeiro)|Santo Antônio]] e [[Convento de Santa Teresa (Rio de Janeiro)|Santa Teresa]], o mosteiro, a igreja e o [[Morro de São Bento (Rio de Janeiro)|morro de São Bento]].<ref name=":25" />

Merecem destaque na capital, dentre outras, a [[Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro|Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro]]; as igrejas de [[Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro|Nossa Senhora da Glória do Outeiro]], com o conjunto arquitetônico e paisagístico da colina em que está localizado; de [[Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte|Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte]]; de [[Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (Rio de Janeiro)|Nossa Senhora do Rosário e São Benedito]]; de [[Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé|Nossa Senhora do Carmo da Lapa]]; e de [[Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores|Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores]]. De enorme interesse histórico e cultural são ainda os chafarizes de [[Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny|Grandjean de Montigny]], da [[Glória (bairro do Rio de Janeiro)|Glória]], do [[Lagarto]], de [[Paulo Fernandes Viana|Paulo Fernandes]], do [[Valentim da Fonseca|Mestre Valentim]], da [[rua do Riachuelo]], das [[Aramides|Saracuras]] e a [[Bica da Rainha]].<ref name=":25" />

Em várias cidades do estado acham-se também conventos, igrejas e construções antigas de enorme relevância histórica e arquitetônica como, por exemplo, em [[Angra dos Reis]], a [[Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Angra do Heroísmo)|igreja de Nossa Senhora do Carmo]] (1593) e a capela de Santa Luzia (1632); em [[Arraial do Cabo]], a igreja de Nossa Senhora dos Remédios, do século XVI; em [[Campos dos Goytacazes|Campos]], a basílica de São Salvador (1652); em [[Cabo Frio]], a Fonte do Itajuru (1870), com azulejos de Portugal do século XVI, o [[Convento de Nossa Senhora dos Anjos (Cabo Frio)|convento de Nossa Senhora dos Anjos]] (do final do século XIX), que comporta o Museu de Arte Sacra, e o [[Forte de São Mateus do Cabo Frio|Forte de São Mateus]] (1616); e em [[Macaé]], a igreja de Santana (do século XVII).<ref name=":25" />

Em [[Niterói]], é possível visitar o forte de Santa Cruz (1555), catalogado pelo patrimônio histórico nacional, a [[Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora (Niterói)|basílica de Nossa Senhora Auxiliadora]] (do século XIX), que possui o maior [[Órgão (instrumento musical)|órgão de tubos]] da [[América Latina]], a igreja de são Lourenço dos Índios (1627), símbolo da fundação de Niterói, e a igreja São Sebastião do Itaipu (1716), erguida pelo [[José de Anchieta|padre Anchieta]]. Entre os vários monumentos catalogados pelo patrimônio histórico e artístico nacional em [[Paraty]], merece destaque a igreja de Santa Rita, que comporta o Museu de Arte Sacra, a casa da Cadeia (1701) e o [[Fortificações de Paraty|forte Defensor Perpétuo]] (1703). [[Petrópolis]], por seu turno, comporta a [[Catedral de Petrópolis|catedral de São Pedro de Alcântara]], em estilo gótico francês, o [[palácio Quitandinha]] (1944) e a [[Museu Casa de Santos Dumont|casa de Santos Dumont]] (1918), planejada pelo inventor.<ref name=":25" />

[[Ficheiro:Bonde_Sta_Tereza01.jpg|centro|miniaturadaimagem|800x800px|[[Panorama]] do Aqueduto da Carioca a partir do Largo da Lapa]]

=== Dança, música e moda praia ===
{{imagem múltipla
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| image1 = Desfile Portela 2014 (906185).jpg
| width1 = 200
| caption1 = Desfile da [[Portela (escola de samba)|Portela]] no [[Carnaval do Rio de Janeiro]] de 2014.
| image2 = Ernesto Santos (Donga) 2 (1972).tif
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| caption2 = [[Donga (músico)|Donga]], autor do primeiro [[samba]] do Brasil, [[Pelo Telefone]].
| caption3 = Uma tradicional [[banho|banhista]] na [[Copacabana|praia de Copacabana]], no [[Rio de Janeiro]].
| image3 = Woman in Surf - Copacabana Beach - Rio de Janeiro - Brazil (5984385853).jpg
}}

O estado do Rio de Janeiro era e permanece sendo um dos principais expoentes artísticos da identidade brasileira. Sua herança musical tem ultrapassado até mesmo as [[Fronteiras do Brasil|fronteiras geopolíticas do Brasil]], fazendo com que os ritmos e os estilos musicais criados nele sejam bem recebidos no estrangeiro. Dentre os mais importantes estilos musicais merecem destaque o [[samba]], o [[Choro|chorinho]] e a [[bossa nova]].<ref name=":24" />

O [[samba]] tem procedência [[Afro-brasileiros|afro-brasileira]], mas com peculiaridades bem cariocas. Tem origem no [[lundu]], oriundo do [[Batuque (música)|batuque]] negro. O ritmo se expandiu rapidamente por todo o estado e atualmente é a dança e a música mais popular do Brasil. O mais antigo samba era [[Pelo Telefone]], de autoria de Ernesto dos Santos — o [[Donga (músico)|Donga]]. Mas, de maneira totalmente óbvia, um dos mais importantes intérpretes desse estilo era [[Ary Barroso]], responsável por seu prestígio. Desde a [[década de 1950]], o samba de morro alcançou os asfaltos por intermédio das [[Escola de samba|escolas de samba]], transformando-se no símbolo do carnaval.<ref name=":24" />

A [[Marcha (música)|marcha]] nasceu no [[Rio de Janeiro]] quase na mesma época que o samba. Esse [[Gênero musical|estilo musical]] é originário dos ritmos afro-descendentes do [[Carnaval do Rio de Janeiro|carnaval carioca]]. Foi [[Chiquinha Gonzaga]] quem compôs a primeira [[Marchinha de Carnaval|marchinha de carnaval]], ''[[Ó Abre Alas|Ô Abre Alas]]'', em 1899.<ref name="bio">{{citar web |url=http://www.vidaslusofonas.pt/chiquinha_gonzaga.htm |título=CHIQUINHA GONZAGA |data= |acessodata=15 de dezembro de 2009 |obra= |publicado= |autor=Camila V. Frésca |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111020144521/http://www.vidaslusofonas.pt/chiquinha_gonzaga.htm |arquivodata=2011-10-20 |urlmorta=yes|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://raizesmpb.folha.com.br/vol-18.shtml |título=Coleção Folha Raízes da MPB - Coleção |acessodata=28 de março de 2018 |website=raizesmpb.folha.com.br |arquivodata=2018-03-28 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180328165817/http://raizesmpb.folha.com.br/vol-18.shtml |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":24" />

O [[Choro|chorinho]] nasceu no Rio de Janeiro. Ele é uma fusão dos elementos rítmicos ([[Valsas de Viena|valsa]], [[Xote|schottish]], [[polca]]), da [[música popular]] [[Portugal|portuguesa]] adquirindo uma influência da [[Música da África|música africana]]. No princípio, o chorinho era visto somente como um modo de cantar uma música de forma triste (chorosa), por isso seus autores eram designados de chorões. Só no século XX é que tal maneira chorosa se transformou em um estilo musical, apesar de haver documentos de sua história ainda no desfecho do século XIX. As mais importantes celebridades dessa música eram [[Heitor Villa-Lobos|Vila-Lobos]], [[Joaquim Antônio da Silva Callado]], [[Chiquinha Gonzaga]], [[Ernesto Nazareth]], [[Jacob do Bandolim]], [[Pixinguinha]], dentre outros.<ref name=":24" />

As mais antigas manifestações da [[bossa nova]] aconteceram desde a [[década de 1950]], na zona sul do [[Rio de Janeiro]], adquirindo dimensões mundiais. Dentre os mais importantes intérpretes merecem destaque: [[Antônio Carlos Jobim]], [[Vinicius de Moraes]], [[Candinho (compositor)|Candinho]], [[João Gilberto]], [[Baden Powell (músico)|Baden Powell]], [[Carlos Lyra]], etc.<ref name=":24" />

Mas tem se destacado recentemente outro estilo musical, o [[funk carioca]], que possui festivais de forte apelo popular denominadas bailes. Estas são lideradas por ''[[Mestre de cerimônias|MCs]]'' e ''[[Disc jockey|DJs]]'', várias vezes com intensa conotação de apologia à violência.<ref>{{Citar web |url=https://www.nexojornal.com.br/explicado/2017/10/22/Popular-e-perseguido-funk-se-transformou-no-som-que-faz-o-Brasil-dan%C3%A7ar |titulo=Popular e perseguido, funk se transformou no som que faz o Brasil dançar |acessodata=2021-07-19 |website=Nexo Jornal |lingua=pt-BR |arquivodata=2021-03-07 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210307151734/https://www.nexojornal.com.br/explicado/2017/10/22/Popular-e-perseguido-funk-se-transformou-no-som-que-faz-o-Brasil-dan%C3%A7ar |urlmorta=sim}}</ref><ref name=":15">{{Citar web |url=http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/02/charme-e-funk-nasceram-nas-favelas-cariocas-e-ganharam-pistas-do-pais.html |titulo=Charme e funk nasceram nas favelas cariocas e ganharam as pistas do país |data=27 de fevereiro de 2015 |acessodata=25 de maio de 2021 |website=Jornal da Globo |publicado=G1 |lingua=pt-br |arquivourl=https://archive.today/20150810141524/http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/02/charme-e-funk-nasceram-nas-favelas-cariocas-e-ganharam-pistas-do-pais.html |arquivodata=10 de agosto de 2015 |urlmorta=sim}}</ref> Outro estilo musical popular no estado e também inspirado pela cultura negra constitui o [[Charme (música)|charme]]. Este, no entanto, ao contrário do ''funk'', dá preferência às letras românticas e bem-comportadas.<ref name=":15" />

Foi no antigo [[Distrito Federal do Brasil (1891–1960)|Distrito Federal]], agora subordinado ao estado do Rio de Janeiro, que o [[biquíni]], utilizado por várias mulheres brasileiras em praias, piscinas, rios, banheiras e banhos de cama em hospitais, foi introduzido por [[Miriam Etz]] em 1948, pela primeira vez na [[Arpoador|Praia do Arpoador]].<ref>{{citar web |ultimo=Ferreira |primeiro=Debie |ultimo2=Serrano |primeiro2=Rosiane |url=https://eventos.ifrs.edu.br/index.php/JEPEXErechim/JepexErechim2019/paper/viewFile/6270/2909 |titulo=A EVOLUÇÃO DO BIQUÍNI NO SÉCULO XX |data=2019 |acessodata=4 de novembro de 2020 |publicado=Instituto Federal do Rio Grande do Sul |arquivodata=30 de outubro de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201030233222/https://eventos.ifrs.edu.br/index.php/JEPEXErechim/JepexErechim2019/paper/viewFile/6270/2909 |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://moda.terra.com.br/infograficos/evolucao-biquini/ |titulo=Evolução do biquíni |acessodata=2021-07-09 |website=Terra |lingua=pt-BR |arquivodata=2021-03-14 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210314185441/http://moda.terra.com.br/infograficos/evolucao-biquini/ |urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2507201010.htm |titulo=Folha de S.Paulo - Erna Miriam Etz Kaufmann (1914-2010): O biquíni pioneiro de Miriam - 25/07/2010 |acessodata=2021-07-12 |website=www1.folha.uol.com.br |arquivodata=2014-03-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140313001210/http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2507201010.htm |urlmorta=sim}}</ref>

===Turismo e eventos ===
[[Ficheiro:Praia de Copacabana - Rio de Janeiro, Brasil.jpg|miniaturadaimagem|[[Copacabana|Praia de Copacabana]].]]
O município do [[Rio de Janeiro]] é o mais importante centro turístico do Brasil, e uns de seus pontos de atração, como [[Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca|Pão de Açúcar]] e o [[Corcovado]], se transformaram mesmo em símbolos do país. Outros pontos de interesse são suas numerosas praias e parques florestais — como o [[Parque Estadual da Pedra Branca|Parque da Pedra Branca]] e o da [[Parque Nacional da Tijuca|Floresta da Tijuca]], as duas maiores áreas florestais urbanas do mundo —, as ilhas da [[baía de Guanabara]], as igrejas, os [[Lista de estádios de futebol do Rio de Janeiro|centros desportivos]], as quadras das [[Escola de samba|escolas de samba]].<ref name=":25" />

Entre as atrações do resto do estado incluem-se praias e estâncias serranas. As cidades litorâneas acolhem nos [[Fim de semana|finais de semana]] e no verão enorme quantidade de turistas. No sentido oeste-leste seguem-se as praias dos municípios de [[Paraty]], [[Angra dos Reis]], [[Niterói]], [[Araruama]], [[Arraial do Cabo]], [[Cabo Frio]], [[Armação dos Búzios|Búzios]], [[Rio das Ostras]] e [[Macaé]]. Não demasiadamente distante das praias, ficam as [[Estância termal|estâncias]] de altitude da [[serra do Mar]] ([[Petrópolis]], [[Teresópolis]] e [[Nova Friburgo]]) e do [[Maciço do Itatiaia|maciço de Itatiaia]] ([[Penedo (Itatiaia)|Penedo]], [[Itatiaia]], [[Visconde de Mauá (Resende)|Visconde de Mauá]]).<ref name=":25" />

=== Esportes ===
[[Ficheiro:Torcida_do_Fluminense_-_Bravo_52.jpg|miniaturadaimagem|Final do [[Campeonato Carioca de Futebol de 2017|Campeonato Carioca de 2017]], no setor Sul do [[Estádio do Maracanã|Maracanã]] (parte da torcida do [[Fluminense Football Club|Fluminense]]).|esquerda]]
O [[futebol]] é o esporte mais popular no estado do Rio de Janeiro, seguido por [[Voleibol|vôlei]], [[Ténis|tênis]], [[Andebol|handebol]], [[Basquetebol|basquete]], [[atletismo]], [[natação]] e [[artes marciais]]. O [[Os quatro grandes do Rio de Janeiro|futebol no Rio de Janeiro]] foi introduzido no início do século XX, tendo como principais equipes o [[Clube de Regatas do Flamengo|Flamengo]], o [[Club de Regatas Vasco da Gama|Vasco da Gama]], o [[Botafogo de Futebol e Regatas|Botafogo]] e o [[Fluminense Football Club|Fluminense]], além de outros menores.<ref name=":27">{{Citar web |url=http://www.fferj.com.br/ClubesLigas?alias=1 |titulo=FERJ {{!}} Clubes e Ligas |acessodata=2021-06-21 |website=www.fferj.com.br |arquivodata=2020-11-01 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20201101070848/http://www.fferj.com.br/ClubesLigas?alias=1 |urlmorta=sim}}</ref> Já, o [[Campeonato Carioca de Futebol|Campeonato Carioca]], realizado anualmente desde 1906, é o principal evento de futebol no estado, organizado pela [[Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro]], contando com a participação de dezesseis equipes na série A.<ref name=":27" /><ref>{{Citar web |url=https://www.terra.com.br/esportes/futebol/confira-a-lista-de-campeoes-do-campeonato-carioca,0eae043cb255b19f550221610f7f747f4bs29vwk.html |titulo=Confira a lista de campeões do Campeonato Carioca |acessodata=2021-06-19 |website=Terra |lingua=pt-BR |arquivodata=2021-06-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20210619212013/https://www.terra.com.br/esportes/futebol/confira-a-lista-de-campeoes-do-campeonato-carioca,0eae043cb255b19f550221610f7f747f4bs29vwk.html |urlmorta=sim}}</ref> Os estádios do [[Estádio Jornalista Mário Filho|Maracanã]], [[Estádio Nilton Santos (Rio de Janeiro)|Nilton Santos]], [[Estádio Vasco da Gama|São Januário]], [[Estádio Ítalo del Cima|Ítalo del Cima]], [[Estádio Proletário Guilherme da Silveira|Moça Bonita]], [[Estádio Antônio Mourão Vieira Filho|da Rua Bariri]], [[Estádio Manoel Schwartz|das Laranjeiras]], [[Estádio Luso-Brasileiro|Luso-Brasileiro]], [[Estádio da Gávea|da Gávea]], [[Estádio João Francisco dos Santos|do Ceres]], [[Estádio Leônidas da Silva|Leônidas da Silva]], [[Estádio Aniceto Moscoso|Conselheiro Galvão]], [[Estádio Ronaldo Luis Nazário de Lima|Figueira de Melo]] e [[Estádio Antunes|Antunes]] são os [[Lista de estádios de futebol do Rio de Janeiro|maiores campos de futebol do Rio de Janeiro]].<ref>{{citar web |url=http://www.cbf.com.br/noticias/campeonato/cbf-cadastra-790-estadios-brasileiros#.VsdPV_krLIU |titulo=CBF cadastra 790 estádios brasileiros |data=21 de janeiro de 2016 |acessodata=19 de fevereiro de 2016 |publicado=CBF |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160225160648/http://www.cbf.com.br/noticias/campeonato/cbf-cadastra-790-estadios-brasileiros#.VsdPV_krLIU |arquivodata=2016-02-25 |urlmorta=yes|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |url=http://cdn.cbf.com.br/content/201601/20160122182359_0.pdf |titulo=Cadastro Nacional de Estádios de Futebol |data=18 de janeiro de 2016 |acessodata=19 de fevereiro de 2016 |publicado=CBF |arquivodata=29 de junho de 2017 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170629215140/http://cdn.cbf.com.br/content/201601/20160122182359_0.pdf |urlmorta=sim}}</ref>

O estado foi sede de importantes eventos poliesportivos mundiais como o [[Copa do Mundo FIFA de 2014|Mundial de 2014]] e as [[Jogos Olímpicos de Verão de 2016|Olimpíadas de 2016]].<ref name=":8">{{citar web |ultimo=Blume |primeiro=Bruno André |url=http://www.politize.com.br/copa-do-mundo-e-jogos-olimpicos-valeu-a-pena/ |titulo=Copa do Mundo e Jogos Olímpicos: valeu a pena? |data=13 de novembro de 2015 |acessodata=18 de agosto de 2018 |publicado=Politize |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180816040813/http://www.politize.com.br/copa-do-mundo-e-jogos-olimpicos-valeu-a-pena/ |arquivodata=16 de agosto de 2018|urlmorta=sim}}</ref> No entanto, apesar de tudo isso, os respectivos torneios foram mal gerenciados devido à demora na conclusão das obras de infraestrutura e outros serviços úteis à população participante das arquibancadas.<ref name=":8" /><ref>{{citar web |url=http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-27337339 |title=Brazil World Cup 2014: Eighth death at football stadiums |accessdate=29 de junho de 2014 |obra=www.bbc.com/news/ |publisher=BBC News |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140630215014/http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-27337339 |arquivodata=30 de junho de 2014|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.bbc.com/news/world-latin-america-27878059 |title=World Cup 2014: 'Rickety' staircase leading to Maracana stadium |accessdate=30 de junho de 2014 |publisher=BBC News |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140628120028/http://www.bbc.com/news/world-latin-america-27878059 |arquivodata=28 de junho de 2014 |last1=Davies |first1=Wyre|urlmorta=sim}}</ref><ref name="London Evening Standard">{{citar web |último=Moore-Bridger |primeiro=Benedict |url=http://www.standard.co.uk/news/london/could-rio-games-come-to-london-olympic-bosses-make-secret-plea-to-use-2012-venues-9344084.html |título=Could Rio games come to London? Olympic bosses make secret plea to use 2012 venues |data=9 de maio de 2014 |acessodata=2 de julho de 2014 |publicado=London Evening Standard |língua=en |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190912093144/https://www.standard.co.uk/news/london/olympic-chiefs-bosses-make-secret-plea-to-use-london-venues-for-the-2016-games-9344084.html |arquivodata=12 de setembro de 2019|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |último=Gibson |primeiro=Owen |url=http://www.theguardian.com/sport/2014/apr/29/rio-2016-olympic-preparations-worst-ever-ioc |título=Rio 2016 Olympic preparations damned as 'worst ever' by IOC |data=29 de abril de 2014 |acessodata=2 de julho de 2014 |publicado=The Guardian |língua=en |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140509115758/http://www.theguardian.com/sport/2014/apr/29/rio-2016-olympic-preparations-worst-ever-ioc |arquivodata=9 de maio de 2014|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{citar web |url=http://uk.reuters.com/article/2014/04/29/uk-olympics-brazil-coates-idUKKBN0DF0IB20140429 |título=Rio's Olympic preparations 'worst' ever, says IOC's Coates |data=29 de abril de 2014 |acessodata=2 de julho de 2014 |publicado=Reuters |língua=en |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140512223539/http://uk.reuters.com/article/2014/04/29/uk-olympics-brazil-coates-idUKKBN0DF0IB20140429 |arquivodata=12 de maio de 2014|urlmorta=sim}}</ref>

Dentre as principais personalidades do esporte fluminense estão: no [[futebol]], [[Renato Gaúcho]], [[Romário]], [[Edmundo (futebolista)|Edmundo]], [[Frederico Chaves Guedes|Fred]], [[Adriano Imperador|Adriano]], [[Joel Santana]], [[Leovegildo Lins da Gama Júnior|Júnior]], [[Heleno de Freitas]], [[Afonso Celso Garcia Reis|Afonsinho]] e [[Garrincha]];<ref>{{citar web |ultimo=G1 Rio de Janeiro |primeiro= |url=http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-450-anos/noticia/2015/03/relembre-10-craques-do-futebol-que-sao-cara-do-rio.html |titulo=Relembre 10 craques do futebol que são a cara do Rio |data=20 de março de 2015 |acessodata=10 de novembro de 2020 |publicado=TV Globo Rio de Janeiro |arquivodata=27 de junho de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180627201831/http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-450-anos/noticia/2015/03/relembre-10-craques-do-futebol-que-sao-cara-do-rio.html |urlmorta=sim}}</ref> no [[Ténis|tênis]], [[Thomaz Koch]],<ref>{{citar web |ultimo=Puiati |primeiro=Julio |url=https://www.esportelandia.com.br/tenis/melhores-tenistas-brasileiros/ |titulo=Melhores tenistas brasileiros: top 10 de todos os tempos |data=10 de outubro de 2020 |acessodata=6 de novembro de 2020 |publicado=Esportelândia |arquivodata=6 de agosto de 2020 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20200806121945/https://www.esportelandia.com.br/tenis/melhores-tenistas-brasileiros/ |urlmorta=sim}}</ref> [[Christian Lindell]],<ref name="Perfil ATP">{{Citar web |url=http://www.atpworldtour.com/Tennis/Players/Li/C/Christian-Lindell.aspx |título=Christian Lindell – Tennis Players - Tennis - ATP World Tour |acessodata=21 de maio de 2015 |publicado=ATP World Tour |citação=Para atualizar o Ranking do biografado |arquivodata=26 de maio de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150526003646/http://www.atpworldtour.com/Tennis/Players/Li/C/Christian-Lindell.aspx |urlmorta=sim}}</ref> [[Fabiano de Paula]],<ref name="tennis">[http://www.tennisroute.com.br/atleta/3 Tennis Route - Fabiano de Paula] {{Wayback|url=http://www.tennisroute.com.br/atleta/3 |date=20171020140326 }} Acessado em 2 de março de 2017</ref> [[Joana Cortez]],<ref name="olimpianos2">[http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=1202&mod=T%EAnis Olimpianos - Atletas Olímpicos Brasileiros: JOANA CORTEZ] {{Wayback|url=http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=1202&mod=T%EAnis|date=20170412191343}} Acessado em 3 de março de 2017</ref> Ricardo Acyoli<ref name="olimpianos3">[http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=1197&mod=T%EAnis Olimpianos - Atletas Olímpicos Brasileiros: RICARDO ACIOLY] {{Wayback|url=http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=1197&mod=T%EAnis |date=20170412191343 }} Acessado em 1 de março de 2017</ref> e [[Ronald Barnes]];<ref name="uol">[http://www1.uol.com.br/tenisbrasil/perfil/ronaldbarnes.htm UOL - Tenis Brasil - Pefil: Ronald Barnes] {{Wayback|url=http://www1.uol.com.br/tenisbrasil/perfil/ronaldbarnes.htm |date=20170304120029 }} Acessado em 3 de março de 2017</ref> no [[Andebol|handebol]], [[Bruno Souza (handebolista)|Bruno Souza]],<ref>pan.uol.com.br: [http://pan.uol.com.br/pan/2007/modalidades/handebol/brasileiros/brunosouza.jhtm Biografia de Bruno Souza] {{Wayback|url=http://pan.uol.com.br/pan/2007/modalidades/handebol/brasileiros/brunosouza.jhtm |date=20170202235950 |urlmorta=sim}}</ref> [[Colin Turnbull|Collin Turnbull]],<ref name="portal">{{citar web |url=http://www.portaldorugby.com.br/noticias/entrevistas/colin-turbull |titulo=História do Rugby Brasileiro: a família Turnbull |data=20 de abril de 2012 |acessodata=27 de dezembro de 2018 |obra= |publicado=Portal do Rugby |autor= |arquivodata=28 de dezembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181228082820/http://www.portaldorugby.com.br/noticias/entrevistas/colin-turbull |urlmorta=sim}}</ref> [[Diogo Hubner]]<ref name="handebol">[https://handebolminuto.wordpress.com/2014/07/22/diogo-hubner-apaixonado-pelo-handebol-desde-criancinha/ ''Diogo Hubner apaixonado pelo handebol desde criancinha'' (22 de julho de 2014)] {{Wayback|url=https://handebolminuto.wordpress.com/2014/07/22/diogo-hubner-apaixonado-pelo-handebol-desde-criancinha/ |date=20170202082134 }} Acessado em 31 de janeiro de 2017</ref> e [[Chicória (handebolista)|Chicória]],<ref name="sports">{{citar web |URL=http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/ch/chicoria-1.html |título=Perfil na Sports Reference |acessodata=2020-11-06 |arquivodata=2012-12-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121213043129/http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/ch/chicoria-1.html |urlmorta=sim}}</ref>; no [[jiu-jitsu]], [[Carlson Gracie]], o [[Primogenitura|primogênito]] da família a nascer no estado;<ref>{{citar web |url=http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/esportes/2006/02/01/joresp20060201007.html |titulo=Morre Carlson Gracie, uma das lendas do jiu-jítsu |data= |acessodata= |publicado=[[Jornal do Brasil]] |autor= |lingua2=pt |arquivodata=2006-08-22 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060822075613/http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/esportes/2006/02/01/joresp20060201007.html |urlmorta=sim}}</ref> no [[Artes marciais mistas|MMA]], [[Marcelo Zulu]];<ref name="uol2">[http://pan.uol.com.br/pan/2007/modalidades/luta/brasileiros/zulu.jhtm Perfil de Zulu] {{Wayback|url=http://pan.uol.com.br/pan/2007/modalidades/luta/brasileiros/zulu.jhtm |date=20160303235220 }}. Página do [[UOL]] sobre os [[Jogos Pan-americanos de 2007]]</ref> na [[natação]], [[Mariana Brochado]],<ref name="sportsreference">{{citar web |url=http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/br/mariana-brochado-1.html |título=Perfil no Sports Reference |data=2013 |acessodata=29 de março de 2013 |obra=Sports Reference |arquivodata=2012-12-14 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121214194322/http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/br/mariana-brochado-1.html |urlmorta=sim}}</ref> [[Monique Ferreira]],<ref name="sportsreference2">{{citar web |url=http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/fe/monique-ferreira-1.html |título=Perfil no Sports Reference |data=2013 |acessodata=18 de março de 2013 |obra=Sports Reference |arquivodata=2013-02-04 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130204204640/http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/fe/monique-ferreira-1.html |urlmorta=sim}}</ref> [[Piedade Coutinho]],<ref name="sportsreference3">{{citar web |url=http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/co/piedade-coutinho-tavares-1.html |título=Perfil no Sports Reference |data=2015 |acessodata=20 de outubro de 2015 |obra=Sports Reference |arquivodata=24 de setembro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150924235051/http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/co/piedade-coutinho-tavares-1.html |urlmorta=sim}}</ref> [[João Havelange]],<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/Jogo_duro.html?id=0G8TAQAAIAAJ&redir_esc=y|título=''Jogo duro: a história de João Havelange''|sobrenome=Carneiro Rodrigues|nome=Ernesto|editora=Record|ano=2007|páginas=419|isbn=9788501078575|acesso=2020-11-06|arquivodata=2018-04-19|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180419183142/https://books.google.com.br/books/about/Jogo_duro.html?id=0G8TAQAAIAAJ&redir_esc=y|urlmorta=sim}}</ref> [[Edith Groba]],<ref name="sports2">{{citar web |url=http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/de/edith-de-oliveira-1.html |título=Perfil no Sports Reference |data=2015 |acessodata=31 de outubro de 2015 |obra=Sports Reference |arquivodata=13 de novembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121113074837/http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/de/edith-de-oliveira-1.html |urlmorta=sim}}</ref> [[Gabriel Mangabeira]],<ref name="olimpianos4">[http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=566&mod=Nata%E7%E3o Olimpianos - Atletas Olímpicos Brasileiros: GABRIEL MANGABEIRA] {{Wayback|url=http://www.olimpianos.com.br/consulta_verb.php?&cod=566&mod=Nata%E7%E3o |date=20170412191343 }} Acessado em 14 de fevereiro de 2014</ref> [[Jhennifer Conceição]]<ref>{{citar web |url=http://www.cob.org.br/pt/atletas/jhennifer-alves-da-conceicao |título=Perfil no COB |data=2015 |acessodata=27 de julho de 2015 |obra=COB |arquivodata=23 de setembro de 2015 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150923205346/http://www.cob.org.br/pt/atletas/jhennifer-alves-da-conceicao |urlmorta=sim}}</ref> e [[Luiz Lima]];<ref name="sportsreference22">{{citar sports-reference |url=http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/li/luiz-lima-1.html |título=Perfil no Sports Reference |data=2013 |acessodata=8 de março de 2013 |obra=Sports Reference |arquivodata=2012-12-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121215044729/http://www.sports-reference.com/olympics/athletes/li/luiz-lima-1.html |urlmorta=sim}}</ref> no [[atletismo]], [[Andressa Mendes]]<ref>[http://pan.uol.com.br/2011/atletas-brasileiros/saltos-ornamentais/ UOL Esporte] {{Wayback|url=http://pan.uol.com.br/2011/atletas-brasileiros/saltos-ornamentais/ |date=20170301093239 }} Atletas brasileiros no Pan 2011: Saltos Ornamentais. Visitado em 25 de setembro de 2011.</ref> e [[Ingrid de Oliveira]];<ref name="globo">{{citar web |URL=http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/saltos-ornamentais/noticia/2016/08/perda-da-mae-distancia-do-pai-briga-com-irma-ingrid-como-voce-nao-viu.html#esporte-saltos-ornamentais |título=Perda da mãe, distância do pai, briga com irmã: a Ingrid como você não viu |data=9 de agosto de 2016 |acessodata=10 de agosto de 2016 |publicado=UOL Esporte |autor= |arquivodata=11 de agosto de 2016 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160811233903/http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/saltos-ornamentais/noticia/2016/08/perda-da-mae-distancia-do-pai-briga-com-irma-ingrid-como-voce-nao-viu.html#esporte-saltos-ornamentais |urlmorta=sim}}</ref> no [[voleibol]], [[Adriana Samuel]],<ref>{{citar web |URL=http://adrianasamuel.com.br/adriana/ |título=Adriana Samuel |data= |acessodata= |publicado=Adrianasamuel.com.br |autor= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160818233737/http://adrianasamuel.com.br/adriana/ |arquivodata=2016-08-18 |urlmorta=yes|urlmorta=sim}}</ref> [[Bebeto de Freitas]],<ref>{{Citar periódico |data=2018-03-13 |titulo=Morre Bebeto de Freitas, aos 68 anos |url=https://oglobo.globo.com/esportes/morre-bebeto-de-freitas-aos-68-anos-22485187 |jornal=O Globo |lingua=pt-BR |acessodata=2020-11-06 |arquivodata=2018-06-25 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20180625215345/https://oglobo.globo.com/esportes/morre-bebeto-de-freitas-aos-68-anos-22485187 |urlmorta=sim}}</ref> [[Bernardinho]],<ref>{{citar web |url=http://www.cob.org.br/noticias/noticias_interna.asp?id=4937 |título=Prêmio Brasil Olímpico |acessodata=24 de agosto de 2008 |autor=COB |arquivodata=28 de março de 2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090328232100/http://www.cob.org.br/noticias/noticias_interna.asp?id=4937 |urlmorta=sim}}</ref> e [[Juliana Valongo de Castro]].<ref name="cpavsbnenscbpjspo">{{citar web |url=http://www.cbv.com.br/cbv2008/noticias.asp?IdNot=9703 |título=Copa Pan-Americana de Vôlei: Seleção Brasileira de novas estréia nesta sexta-feira contra a Venezuela- PERFIL DAS JOGADORAS-Juliana Valongo de Castro (Lia) |data=29 de maio de 2008 |acessodata=10 de agosto de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140504090821/http://www.cbv.com.br/cbv2008/noticias.asp?IdNot=9703 |arquivodata=4 de maio de 2014 |urlmorta=yes |trabalho=[[Confederação Brasileira de Voleibol|CBV]]|urlmorta=sim}}</ref>

=== Feriados ===
No Rio de Janeiro há três feriados estaduais: a terça-feira de [[Carnaval]], em fevereiro ou março, o dia 23 de abril, festa litúrgica de [[Jorge da Capadócia|São Jorge]], o 20 de novembro, o da [[Dia da Consciência Negra|Consciência Negra]].<ref>RIO DE JANEIRO (Estado). [http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/351902c88b9f0cde03256bcf00607a5b/063f7c027766eab48325744a007a4ab0 Lei nº 5.243, de 14 de maio de 2008] {{Wayback|url=http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/351902c88b9f0cde03256bcf00607a5b/063f7c027766eab48325744a007a4ab0 |date=20201106190517 }}. Institui, no âmbito do estado do Rio de Janeiro, a terça-feira de carnaval como feriado estadual. Acesso em 22 fev. 2012.</ref><ref>RIO DE JANEIRO (Estado). [http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/1baf90ca125ff96f8325740a00776600 Lei nº 5.198, de 5 de março de 2008] {{Wayback|url=http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/1baf90ca125ff96f8325740a00776600 |date=20160303175842 }}. Institui feriado estadual, dia 23 de abril, "Dia de São Jorge". Acesso em 22 fev. 2012.</ref><ref>RIO DE JANEIRO (Estado). [http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/69d90307244602bb032567e800668618/80a541c3a5a9d63183256c7d0057bf25 Lei nº 4.007, de 11 de novembro de 2002] {{Wayback|url=http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/69d90307244602bb032567e800668618/80a541c3a5a9d63183256c7d0057bf25 |date=20160303205518 }}. Institui o dia 20 de novembro, data de aniversário da morte de Zumbi dos Palmares e Dia Nacional da Consciência Negra, como feriado estadual. Acesso em 22 fev. 2012.</ref>{{nota de rodapé|1=Atualmente se encontra em tramitação, no Supremo Tribunal Federal, a [http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4131&processo=4131 Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4131], questionando a legalidade dessa lei.}} Além desses feriados, a 3ª segunda-feira de outubro, Dia do [[Comércio]], constitui feriado para os comerciários (Lei estadual 160/1977) e construtores civis (Lei estadual nº 4.742/2006).<ref>RIO DE JANEIRO (Estado). [http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/58b72b741fe7331c8325714500728e09 Lei nº 4.742, de 30 de março de 2006] {{Wayback|url=http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/CONTLEI.NSF/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/58b72b741fe7331c8325714500728e09 |date=20160303211657 }}. Cria o dia estadual do trabalhador da construção civil. Acesso em 22 fev. 2012.</ref> O Rio de Janeiro não tem data magna.<ref>{{citar web |url=http://www.alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo2.asp?num=11026 |título=Alerj sepulta feriado do Dia 15 |acessodata=23 fev. 2012 |publicado=Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro |arquivodata=2016-03-03 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303172734/http://www.alerj.rj.gov.br/common/noticia_corpo2.asp?num=11026 |urlmorta=sim}}</ref> A legislação relacionada com as datas comemorativas, feriados estaduais e pontos facultativos do estado está consolidada pela lei 5.645/2010.<ref>RIO DE JANEIRO (Estado). [http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/53ff854eddeb3f4883257686005f4d70 Lei nº 5.645, de 6 de janeiro de 2010] {{Wayback|url=http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/f25edae7e64db53b032564fe005262ef/53ff854eddeb3f4883257686005f4d70 |date=20181120221139 }}. Consolida a legislação relativa às datas comemorativas no estado do Rio de Janeiro. Acesso em 23 fev. 2012.</ref>

== Ver também ==
{{Vercat|Naturais do Rio de Janeiro}}

* [[Interior do Rio de Janeiro]]
* [[Sistema rodoviário do estado do Rio de Janeiro]]
* [[Lista de municípios do Rio de Janeiro]]
* [[Lista de municípios do Rio de Janeiro por população]]
* [[Lista de municípios do Rio de Janeiro por IDH]]
* [[Mapa de Cultura do Estado do Rio de Janeiro]]

{{Notas e referências}}

== Bibliografia ==
{{Refbegin|2}}
* {{citar enciclopédia|sobrenome=Arruda|nome=Ana|enciclopédia=Enciclopédia Delta Universal|titulo=Rio de Janeiro (estado)|volume=13|ano=1988|publicado=Delta|local=Rio de Janeiro|ref=harv}}
* {{citar enciclopédia|sobrenome=Benton|nome=William|ano=1973|titulo=Rio de Janeiro (estado)|enciclopédia=Enciclopédia Barsa|publicado=Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda|local=São Paulo|volume=12|ref=harv|primeiro2=Artur Hehl|ultimo2=Neiva}}
* {{Citar livro|título=Guia Quatro Rodas Rodoviário|sobrenome=Camargo|nome=José Eduardo|editora=Abril|ano=2013|local=São Paulo|ref=harv}}
* {{Citar livro|título=Almanaque Abril|ultimo=Civita|primeiro=Roberto|editora=Abril|ano=1997|local=São Paulo|ref=harv}}
* {{Citar livro|título=Almanaque Abril|ultimo=Civita|primeiro=Roberto|editora=Abril|ano=1998|local=São Paulo|ref=harv}}
* {{citar enciclopédia|sobrenome=Frias Filho|nome=Otávio|ano=1996|titulo=Rio de Janeiro (estado)|enciclopédia=Nova Enciclopédia Ilustrada Folha|publicado=Folha da Manhã|local=São Paulo|volume=2|ref=harv}}
* {{citar enciclopédia|sobrenome=Garschagen|nome=Donaldson M.|ano=1998a|titulo=Rio de Janeiro (estado)|enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa: Datapédia|publicado=Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.|local=São Paulo|volume=1|ref=harv}}
* {{citar enciclopédia|sobrenome=Garschagen|nome=Donaldson M.|ano=1998b|titulo=Rio de Janeiro (estado)|enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa: Macropédia|publicado=Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.|local=São Paulo|volume=12|ref=harv}}
* {{Citar enciclopédia|título=Rio de Janeiro (estado)|enciclopédia=Enciclopédia Mirador Internacional|sobrenome=Houaiss|nome=Antônio|editora=Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.|data=1993|volume=18|local=São Paulo|ref=harv|sobrenome2=Martins|nome2=Ismênia de Lima|sobrenome3=Barbosa|nome3=Francisco de Assis}}
* {{citar enciclopédia|sobrenome=Mascarenhas|nome=Maria Amélia|ano=1998|titulo=Rio de Janeiro (estado)|enciclopédia=Grande Enciclopédia Larousse Cultural|publicado=Nova Cultural|local=São Paulo|volume=21|ultimo2=Biasi|primeiro2=Mauro De|ultimo3=Coltrinari|primeiro3=Lylian|ultimo4=Moraes|primeiro4=Antônio Carlos de Robert de|ref=harv}}
* {{Citar livro|título=Geoatlas|sobrenome=Simielli|nome=Maria Elena Ramos|editora=Ática|ano=2000|local=São Paulo|ref=harv}}
* {{Citar enciclopédia|título=Rio de Janeiro (estado)|enciclopédia=Enciclopédia Barsa Universal|sobrenome=Verano|nome=Paulo Nascimento|editora=Barsa Planeta|data=2009|volume=15|local=Rio de Janeiro|ref=harv}}
{{Refend}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|commonscat = Rio de Janeiro (state)
|wikilivros = Estado do Rio de Janeiro
|wikiquote = Rio de Janeiro
|wiktionary = Rio de Janeiro
|wikivoyage = Rio de Janeiro (estado)
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}}
* [http://www.rj.gov.br Governo do Estado do Rio de Janeiro]
* [http://www.alerj.rj.gov.br Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro]
* [http://www.tjrj.jus.br Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro]
* [http://www.mprj.mp.br Ministério Publico do Estado do Rio de Janeiro]

{{Subdivisões do Rio de Janeiro}}
{{Regiões do Brasil}}
{{Controle de autoridade}}
{{Portal3|Brasil|Região Sudeste do Brasil|Rio de Janeiro}}

{{DEFAULTSORT:Rio Janeiro}}
[[:Categoria:Estado do Rio de Janeiro| ]]
[[:Categoria:Fundações no Brasil em 1565]]

Revisão das 20h34min de 9 de outubro de 2024

 Nota: Este artigo é sobre o estado. Para a capital, veja Rio de Janeiro. Para outros significados, veja RJ (desambiguação).
Estado do Rio de Janeiro
[[Ficheiro:|140px|Bandeira do Rio de Janeiro]] [[Ficheiro:|95px|center|Brasão de Armas do Rio de Janeiro]]
Bandeira Brasão
Lema: RECTE REM PVBLICAM GERERE
(traduzido do latim, significa: "Gerir a Coisa Pública com Retidão")
Hino: Hino do Rio de Janeiro
Gentílico: fluminense

Localização do Rio de Janeiro no Brasil
Localização do Rio de Janeiro no Brasil

Localização
 - Região Sudeste
 - Estados limítrofes Espírito Santo (nordeste), Minas Gerais (noroeste) e São Paulo (sudoeste)
 - Regiões geográficas
   intermediárias
5
 - Regiões geográficas
   imediatas
14
 - Municípios 92
Capital Brasão da cidade do Rio de Janeiro Rio de Janeiro
Governo
 - Governador(a) Cláudio Castro (PL)
 - Vice-governador(a) Thiago Pampolha (MDB)
 - Deputados federais 46
 - Deputados estaduais 70
 - Senadores Carlos Portinho (PL)
Flávio Bolsonaro (PL)
Romário (PL)
Área
 - Total 43 750,425 km² (24º) [1]
População
 - Censo 2022 16 054 524 hab. ()[2]
 - Densidade 366,96 hab./km² ()
Economia 2021[3]
 - PIB R$ 949.301 bilhões ()
 - PIB per capita R$ 54.359,61 ()
Indicadores 2016/2017[4][5]
 - Esperança de vida (2017) 76,5 anos ()
 - Mortalidade infantil (2017) 11,1‰ nasc. (20º)
 - Alfabetização (2016) 97,3% ()
 - IDH (2010) 0,796 () – alto [6]
Fuso horário
Clima tropical
tropical de altitude Aw, Cwa
Cód. ISO 3166-2 [[ISO 3166-2:BR|]]
Site governamental [ ]

Mapa do Rio de Janeiro
Mapa do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro (português: [ˈʁi.u d(ʒi) ʒɐˈne(j)ɾu] (escutar)[7]) é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Encontra-se situado a sudeste da região sudeste do país supracitado. Possui como divisas: ao norte e noroeste, com Minas Gerais; a nordeste, com Espírito Santo; a leste e ao sul, com Oceano Atlântico e a sudoeste, com São Paulo. Tem uma superfície de 43 750,425 km² e abriga mais de 16 milhões de pessoas. Os naturais do estado do Rio de Janeiro são chamados de fluminenses (do latim flumen, textualmente, “rio”).[8][9] A municipalidade do Rio de Janeiro é sua capital.[10]

Conta com 92 municipalidades. Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Niterói, Duque de Caxias, São Gonçalo, São João de Meriti e Volta Redonda são as principais cidades. O Estado é constituído por duas regiões geomorfologicamente diferentes: a baixada e o planalto, que se prolongam, como cinturões horizontais, da costa para o interior. Os rios mais importantes são: o Paraíba do Sul, o Macaé, o Guandu, o Piraí e o Muriaé. Tem um clima tropical. Sua economia está alicerçada na indústria (metalurgia, siderurgia, química, mineral, alimentar, mecânica, editorial, gráfica, papeleira) e no turismo.[10]

O estado surgiu a partir de porções das capitanias de São Tomé e São Vicente. De 1555 a 1567, os franceses invadiram o território. A cidade foi criada no ano de 1565. No século XVII, a pecuária e a cana-de-açúcar estimularam o desenvolvimento. Este estava decisivamente garantido no momento que o porto passou a escoar as riquezas de Minas Gerais, no século XVIII. Em 1763, começou a ser capital do vice-reino. Com a transferência da família real para o Brasil, em 1808, a região recebeu grandes benefícios como sede do reino. Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro foi elevada a município, ficando como capital do país. Ao passo disso, a capitania se tornou província, com sede em Niterói. Em 1889, a cidade foi promovida a capital da República e a província em estado. Com a transferência da capital para Brasília, em 1960, o município do Rio de Janeiro foi elevado a Estado da Guanabara. Em 1975, reunificaram-se os estados da Guanabara e o Rio de Janeiro, com a denominação de Estado do Rio de Janeiro. Este começou a compreender a cidade do Rio de Janeiro como capital.[10]

A cidade com a maior população é a sua capital homônima, núcleo da segunda maior metrópole do Brasil.[11] Embora seja, em condições de território, o terceiro estado brasileiro menos extenso (permanecendo atrás somente de Alagoas e Sergipe), centraliza 7,9% da população do país, constituindo o estado com a segunda maior densidade populacional do Brasil.[12][13][14] Conforme dados do Censo 2022, o estado constitui o terceiro com a maior população do Brasil, com cerca de 16 milhões de moradores, atrás somente de São Paulo e Minas Gerais.[12][13][15][16] O produto interno bruto (PIB) do estado constitui o segundo mais relevante do país, à medida que o IDH fluminense é o quarto mais alto do Brasil. Além disso, o Rio de Janeiro possui o terceiro maior índice de literacia do país, apenas atrás de Santa Catarina e Distrito Federal. O estado é sede da maior e mais completa biblioteca pública do Brasil e da América Latina, a Biblioteca Nacional, criada em 1810. Esta é conhecida mundialmente por seu gigante acervo de 9 000 000 de livros. Estes incluem dicionários, enciclopédias, atlas, almanaques, jornais, revistas e periódicos relacionados com assuntos de história, geografia, sociologia, linguística e arte brasileiras. Além disso, possui publicações impressas de todas as outras disciplinas tais como pesquisas históricas e geográficas do mundo, biologia, física, química, matemática, filosofia, português, inglês, etc.

Etimologia

Ver artigo principal: Carioca

A denominação Rio de Janeiro veio de um erro de interpretação dos exploradores. Os desbravadores lusitanos, os quais, em 1.º de janeiro de 1502, liderados por André Gonçalves, avistaram a baía hoje denominada Guanabara. Quando eles confundiram a penetração da barra com a desembocadura dum rio, denominaram a baía “do Rio de Janeiro”. Em seguida, esta designação passaria do município e deste ao estado. A municipalidade fez parte da província até se transformar em Município Neutro, por meio do Ato Adicional de 1834.[17][18]

Imagem de satélite da Baía de Guanabara feita pela NASA.

O gentílico fluminense[19] vem do latim fluminis, genitivo singular de flumen, “rio”, e sufixo ense. Este termo foi, há um bom tempo, o adjetivo tanto do estado como do município. Ou para classificar pessoas, objetos, lugares e acontecimentos à unidade federativa, ou à municipalidade. Os fluminenses do município, no entanto, com os anos, prefeririam autodenominar-se “cariocas”, uma palavra tradicional. Esta, no final das contas, triunfou de maneira completa sobre a competidora. Serve para identificar os nascidos no Rio de Janeiro e tudo o que está associado a ele. A procedência da palavra carioca é o tupi-guarani kari'oka, “casa de branco”, de kara'i, “esbranquiçado” e oka, “residência”. Inicialmente, a denominação referia-se a uma residência feita de pedra, erguida em arquitetura europeia, existente entre o morro da Viúva e o outeiro da Glória. Foi também construída antes da criação da cidade pelos portugueses que expulsaram os franceses. Uma série de documentos daquele tempo comprova que a residência existia, embora, até os dias atuais, não se conheça o nome do construtor. Depois, no que diz respeito ao termo, começou a constituir a denominação dos moradores dos arredores dessa residência. O termo “carioca” nomeou mais tarde um rio e os naturais da capital do estado.[18]

Um padrão, nos campos da literatura, da utilização de ambos os gentílicos — carioca e fluminense — relativos às coisas do município, em épocas distintas. Eis o padrão: um livro de histórias cariocas, que era chamado de Contos fluminenses. Ele foi escrito por Machado de Assis; a bibliografia de Artur de Azevedo, distante há diversas décadas dessa coletânea do maior escritor brasileiro. Na lista de livros mencionados por Artur de Azevedo, insere-se, como publicação elaborada após a morte do literato, um volume de literaturas igualmente não-fluminenses. Entretanto, eram denominadas de Contos cariocas (1928).[18]

História

Ver artigo principal: História do Rio de Janeiro

Povos indígenas e período colonial

O Último Tamoio” (1883), um dos trabalhos mais importantes de Rodolfo Amoedo.
Baía de Guanabara no tempo da França Antártica.
Rua da cidade histórica de Paraty inundada pela maré alta. Ao fundo, a Igreja de Santa Rita de Cássia.
A cana-de-açúcar foi a base da economia da capitania do Rio de Janeiro nos tempos do Brasil colonial.

Povos vindos de outros continentes já povoavam o continente americano a partir de, no mínimo, 10 000 a.C. Em torno do ano 1000, populações tupis originárias da Amazônia dominaram o litoral do Estado, exceto a região da desembocadura do Paraíba do Sul.[20][21]

Durante o Descobrimento do Brasil pelos portugueses, índios goitacás, puris, guaianás e tamoios habitavam as terras do atual estado fluminense. Os goitacás moravam na planície atravessada pelo rio Paraíba do Sul, ao norte do Cabo Frio; os puris, na região do Paraíba do Sul até o rio Muriaé; os guaianás, no planalto, perto da atual divisa com o estado de São Paulo; os tamoios, em toda a costa, da baía de Guanabara para o sul.[22]

Uma das mais antigas regiões brasileiras atingidas pelos portugueses, a costa do Rio de Janeiro, desde 1511, começou a ser movimentada por expedições predatórias tanto de lusitanos como de piratas franceses. Estes povos ficaram encantados com a enorme quantidade de pau-brasil.[23][24][25]

Em 1534, com a partilha do Brasil em quinze capitanias hereditárias, a região foi incorporada a duas subdivisões territoriais — a porção meridional está subordinada à de São Vicente. Esta seria mais tarde a capitania do Rio de Janeiro, criada em 1565. A parte setentrional integrava a de São Tomé. O capitão desta donataria, Pero de Góis, procurou instalar lugarejos, mas malogrou em consequência da inimizade dos indígenas, amigos dos piratas franceses. Em 1555, vieram ao Rio embarcações francesas lideradas por Villegaignon, com a intenção de implantar uma colônia, a França Antártica.[23][24][25]

Só em 1559 Portugal providenciou o desalojamento dos franceses. Em 1560, Mem de Sá derrotou os franceses e demoliu o Forte Coligny, que haviam erguido. Em 1565, Estácio de Sá aportou na baía da Guanabara e criou a cidade à qual concedeu a denominação de São Sebastião. Ainda precisava combater os franceses, os quais se refugiaram no sertão e eram apoiados pelos tamoios. Os franceses foram vencidos em definitivo em 1567.[23][24][25]

A fragmentação do Brasil em dois governos o do Norte, com capital em Salvador, e o do Sul, com centro administrativo no Rio de Janeiro (1572), colaborou para o progresso da capitania. Esta se ocupou primeiro do plantio da cana. As demandas de desenvolvimento do agronegócio colonizaram o norte da capitania, em que a pecuária extensiva já estava presente.[23][24][25]

A cordilheira da serra do Mar impossibilitou o deslocamento dos colonizadores ao interior. A costa, de entrada mais simples, era o caminho usado para a expansão do plantio da cana-de-açúcar, que chegou ao vale do Paraíba. As condições de solo e clima colaboraram para o franco progresso da região. Além da cana-de-açúcar, eram praticadas a agricultura de subsistência e a criação de gado.[23][24][25]

Em 1710 e 1711, os gauleses buscaram dominar a região, porém, foram expulsos. Conflitos entre famílias reivindicando a conquista da terra tumultuaram a colonização e o progresso. Tal condição perdurou cerca de um século, entre 1648 e 1753. Foi encontrado o ouro em Minas Gerais. Depois, a região se tornou acesso natural para os aventureiros que estavam à procura das jazidas, acompanhando o curso do Paraíba do Sul.[23][24][25]

Foi explorada a serra do Mar e, com a implantação de empórios comerciais no norte da capitania, foram nascendo povoados. O esgotamento do cultivo da cana-de-açúcar foi quase completo, porque as terras ficaram desocupadas. O porto do Rio de Janeiro, ponto de saída principal do açúcar, tornou-se o local concentrador do ouro e dos produtos trazidos pelos abastados mineradores.[23][24][25]

Em 1763, o Rio de Janeiro sucedeu Salvador como capital do vice-reinado e passou a ser o centro do poderio financeiro e administrativo do Brasil. Com o esgotamento do ouro da Capitania de Minas Gerais, o Rio de Janeiro retomou o plantio da cana-de-açúcar, desta feita em padrões mais inovadores, usando técnicas apropriadas ao cultivo em escala maior.[23][24][25]

Período imperial

O Palácio São Domingos foi a primeira sede do governo da província do Rio de Janeiro (1835).[26][27][28] Até esse ano, foi sucedido pelo atual prédio do Colégio Estadual Aurelino Leal, próximo ao Palácio do Ingá, até 1894.[28]

Em 1808, a chegada da família real lusitana ao Rio de Janeiro converteu a capitania em capital administrativa, política e econômica do Reino de Portugal. Os fluminenses apoiaram a independência do Brasil (1822) e a região continuou sob gestão direta do governo central.[23][24][25]

Em 1834, foi fundado o Município Neutro, que permaneceu como capital nacional. A capitania foi promovida à condição de província do Rio de Janeiro, que começou a abrigar Niterói como capital em 1835.[23][24][25]

Desde 1830, o café apareceu como nova fonte de renda. O açúcar prevalecia na baixada, ao passo que os exploradores conquistavam o planalto à procura de terras apropriadas para o cultivo do café. Por isso, consolidou-se uma sociedade tradicionalista, escravista, que defendia o imperador e resistia às teorias abolicionistas e inovadoras.[23][24][25]

Foi a época mais poderosa e rica da região, a mais progressista do Brasil à época. No fim do século XIX, a diminuição na produção agrícola, ocasionada pelo desgaste do solo, pelas técnicas tradicionais de cultivo e pela libertação dos escravos, empobreceu a região. A abolição da escravatura estava associada aos conflitos internos pelo poder político.[23][24][25]

Período republicano

Mapa do Estado do Rio de Janeiro, 1892. Arquivo Nacional.
Niterói foi a capital estadual até 1975, ano da reunificação dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara.

Com a República, a província do Rio de Janeiro se tornou unidade federativa e o Município Neutro, Distrito Federal. Este era administrado por um prefeito indicado pelo presidente do Brasil. Na República Velha, período de 1889 a 1930, diminuiu o poder político-econômico do estado do Rio de Janeiro no cotidiano do país. Este era comandado na época por São Paulo e Minas Gerais.[23][24][25]

O estado foi posto pela Revolução de 1930 sob intervenção federal até 1935, quando se elegeu o governador Protógenes Guimarães. Após a instituição do Estado Novo, Ernâni do Amaral Peixoto foi designado como interventor federal e permaneceu no cargo antes de 1945.[23][24][25]

Entre 1930 e 1945, a despeito dos benefícios ganhos do governo federal, o orçamento estadual continuou em défice. No entanto, a industrialização se desenvolveu em cidades perto do Distrito Federal e na região dos rios Paraíba do Sul e Piabanha. Em 1960, com a mudança da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, o antigo Distrito Federal foi convertido no Estado da Guanabara.[23][24][25]

Em 1.º de julho de 1974, a Lei Complementar n.º 20, que fundou o hoje estado do Rio de Janeiro, foi promulgada pelo presidente do Brasil, Ernesto Geisel, por meio da unificação dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara. A mencionada legislação entrou em vigor em 15 de março de 1975.[25][24][29][30] Como capital, foi eleita a cidade do Rio de Janeiro. O então presidente do Brasil, Ernesto Geisel, indicou o primeiro governador da nova unidade federativa, almirante Faria Lima. Em 1979, tomou posse Chagas Freitas, escolhido pela assembleia.[23][24][25]

Por meio de eleições diretas, Leonel Brizola, tomou posse do cargo em 1983. O estadista gaúcho foi uma vez governador do Rio Grande do Sul (1959–1963). Substituído por Wellington Moreira Franco em 1987, regressou ao governo em 1991. Leonel Brizola, deixou o governo em abril de 1994.[23][24][25] Desde então, tomou posse o governador Nilo Batista, que terminou o mandato em janeiro de 1995.[24][29][25] O governador eleito em 1994, Marcello Alencar assumiu o poder em janeiro de 1995.[24][29][25] Em 1998, foi eleito Anthony William Matheus de Oliveira, sendo empossado em janeiro de 1999. Continuou no cargo até abril de 2002, quando foi sucedido por Benedita da Silva, que concluiu o mandato. Em 2002, foi eleita Rosângela Barros Assed Matheus de Oliveira, tomando posse em 2003.[24] Em 2006, Sérgio Cabral Filho foi eleito governador, reeleito em 2010.[31] Ele foi sucedido em abril de 2014 pelo vice Luiz Fernando de Souza. Foi escolhido nas eleições em 2014 e empossado em janeiro de 2015.[23][32][33] Pezão ficou no cargo até a sua prisão em novembro de 2018, quando foi substituído por Francisco Dornelles.[34] Escolhido nas eleições estaduais no Rio de Janeiro em 2018,[35][36][37] Wilson Witzel tomou posse em 2019.[38][39][40] Foi sucedido, em 2021, pelo vice-governador, Cláudio Castro, que completou o mandato.[41] Eleito em 2022,[42] Castro assumiu o governo em janeiro de 2023.[43]

Geografia

O território do estado do Rio de Janeiro visto por satélite da NASA.
Pico das Agulhas Negras, a altitude máxima do estado fluminense.
Serra dos Órgãos entre os municípios de Guapimirim e Teresópolis.

O estado do Rio de Janeiro está subordinado ao bioma da Mata Atlântica, possuindo em seu relevo, montanhas e baixadas que se situam da Serra da Mantiqueira até o Oceano Atlântico. Merece destaque pelas paisagens diversas, com altas escarpas no litoral, restingas, baías, lagunas e florestas tropicais. O Rio de Janeiro constitui uma das 27 unidades federativas do Brasil, situado a sudeste da região homônima. Tem como divisas Minas Gerais ao norte; com o Espírito Santo a nordeste; e com São Paulo a sudoeste. É delimitado pelo oceano Atlântico ao sul e a leste.[44] É uma das unidades federativas territorialmente menos extensas do Brasil e a menos extensa da região Sudeste.[1] O município mais ao norte do estado é Porciúncula e o mais ao sul é a cidade de Paraty.[45]

Seu litoral possui 636 quilômetros de extensão, delimitados pelas águas salgadas do Oceano Atlântico. É mais curto em dimensão do que os litorais baiano e maranhense, na região Nordeste, e maior que as costas do Rio Grande do Sul e São Paulo.[46][47]

Geomorfologia

Geralmente, as terras fluminenses são relativamente inférteis. Os solos mais favoráveis ao uso agrário se situam em Campos, Cantagalo, Cordeiro e em certas municipalidades do vale do Paraíba do Sul.[48]

A base cristalina do Brasil forma o arcabouço básico do relevo do estado. Suas pedras, gnaisses e granitos, foram os primeiros do território do país. Estas passaram por transformações sísmicas, especialmente as falhas do terciário, procedência geológica das fileiras serranas que seguem a fímbria costeira. O estado abriga relevo bem diversificado, com enormes declives e altitudes elevadas.[49]

Quase 50% do território está aquém de 200 m. 32% se encontram de 200 até 600 m, 11% de 600 a 900 m, 6% de 900 e 1 500 m e 1% além de 1 500 m. Três unidades formam o esquema geomorfológico: a baixada, os maciços litorâneos e o planalto.[49]

A baixada se expande no decorrer do território e desenha uma curvatura desde o nordeste até o sudoeste. Bastante reduzida em sua parte oeste, estende-se grandemente na porção leste. Percebe-se uma variada estrutura na baixada. Há vários gêneros de acidentes geográficos nessa região. Morros e colinas cortadas em rochas cristalinas. Praias. Areões constituídos pela união de faixas costeiras. Campos dunares. Grandes pântanos, que se propagam no decorrer dos cursos inferiores dos rios e um enorme delta, constituído pelo Paraíba do Sul em sua desembocadura. Inúmeras lagoas aparecem no decurso do litoral do estado, que compreende também três enormes reentrâncias: baías de Guanabara, de Sepetiba e da ilha Grande. Dentre as duas últimas, está localizada a Ilha Grande e, bloqueando de maneira incompleta a baía de Sepetiba, a restinga de Marambaia.[49]

Os maciços litorâneos elevam-se no decorrer da baixada e constituem uma fileira de montanhas com altitude entre 200 e 500 m. As regiões mais altas se estendem a partir de Cabo Frio até a margem leste da baía de Guanabara, em direção horizontal para o litoral. Do oeste da baía, se encontram os pontos mais altos no município da capital. Estes pontos culminantes constituem os maciços de Gericinó (900 m no pico do Gandu), da Pedra Branca (1 024 m) e da Tijuca (1 021 m).[49]

O planalto abrange boa parte do território estadual. Sua orla de montanhas, geralmente denominada serra do Mar, é localmente chamada serra dos Órgãos, da Estrela, entre outras. Esta cadeia de montanhas ocupa a baixada, desde o norte, com seu paredão de serras. Ergue-se habitualmente além de mil metros de altura, especialmente na serra dos Órgãos, onde a pedra do Sino alcança 2 263 m. Já, a área do planalto desce levemente para o interior, rumo ao vale do Paraíba do Sul. Além desse vale, e percorrendo próximo à divisa do estado de Minas Gerais, está a serra da Mantiqueira. É nesta região que se localizam as maiores elevações do estado, as quais alcançam o pico das Agulhas Negras, com 2 787 m. Esta montanha é a altitude máxima do estado do Rio de Janeiro.[49]

A planície de inundação, ou várzea do Paraíba do Sul, disponibiliza os únicos pedaços de terra aplainada de área considerável nessa região de terreno irregular. Além do Paraíba do Sul, perto da divisa com o estado de Minas Gerais, eleva-se outro paredão escarpado similar à serra do Mar. É a serra da Mantiqueira, que compõe a orla do planalto mineiro.[49]

Serra dos Órgãos ao amanhecer.

Hidrografia

Vários rios, que descem diretamente ao Oceano Atlântico, pertencem à rede hidrográfica fluminense. O mais importante é o Paraíba do Sul, proveniente do estado de São Paulo. Ele corta o estado de oeste a leste, até desaguar no Atlântico, perto da divisa com o Espírito Santo. Acolhe vários tributários (Pomba, Paraibuna, Piabanha, Piraí, Dois Rios). A ele corre toda a rede hidrográfica a qual tem suas nascentes nas elevações da serra do Mar. Enquanto isso, os rios, os quais saem da escarpa, alcançam rapidamente o oceano. Todos os outros rios autônomos são pequenos. Dentre os quais, merecem destaque Itabapoana, Macaé, São João e Macacu. Várias lagoas aparecem por toda a extensão da costa fluminense.[50]

De Cabo Frio até a baía de Guanabara estão localizadas lagoas que resultam da obstrução de antigas baías por fímbrias costeiras (Maricá, da Barra, Guarapina, Saquarema e Araruama). Perto da Guanabara, e na parte ocidental, situam-se as lagoas Rodrigo de Freitas, da Tijuca, de Jacarepaguá e de Marapendi. Próximo a Campos dos Goitacases, no norte, aparecem lagoas cuja estrutura está associada à formação do delta do Paraíba do Sul. Entre essas lagoas incluem Feia, de Dentro, dos Coqueiros, e do Taí Pequeno, dentre outras menores.[50]

Clima

Rio de Janeiro conforme a classificação climática de Köppen.

O estado do Rio de Janeiro possui os tipos climáticos Aw, Am, Af, Cfa, Cfb, Cwb e Cwa da classificação climática de Köppen-Geiger. O clima tropical semi-úmido do tipo Aw, com invernos secos e pluviosidades de verão, aparecem no oeste da baixada. Já, o Am predomina nas imediações dos maciços e sopés baixos do município da capital, em consequência das chuvas orográficas. A média térmica é de 24 °C por ano e o índice de é 1 250 mm por ano. O clima, tropical úmido Af, com pluviosidades bem divididas ao longo do ano, aparece na parte mais baixa das montanhas do planalto (serra do Mar). Nessa região, as chuvas de relevo elevam seu índice pluviométrico para 2 500 mm por ano. O clima tropical de altitude Cfa é caracterizado por verões quentes e pluviosidades bem divididas. Este clima equivale às partes altas do declive escarpado, onde a altitude causa a diminuição das médias térmicas para 20 °C por ano. Já, o tipo Cfb equivale às partes mais altas onde os verões já se tornam frios e a média da temperatura despenca para 18 °C por ano.[50]

Os climas Cwb e Cwa aparecem na retaguarda da serra do Mar, ou seja, no reverso do planalto, em regiões onde somem as chuvas de relevo. Sua pluviosidade ocorre apenas nos períodos de verão, descendo para 1 500 mm. O Cwb compreende as partes mais altas do planalto, localizadas próximo à serra do Mar. Este clima ocasiona o aparecimento de verões frios, e o Cwa nas porções menos elevadas do planalto, vale do Paraíba do Sul. Nessa região os verões se tornam quentes, aumentando as temperaturas médias para 20 °C por ano. Uma característica anormal dessa situação aparece na costa de Cabo Frio, onde chuvas menos volumosas permitem a exploração de sal na Lagoa de Araruama.[50]

Litoral, flora e fauna

Floresta da Tijuca, como vista ao ar livre na cidade do Rio de Janeiro.

Pouco sobra da vegetação original fluminense. A atividade agropecuária conduziu a uma quase inteira destruição das matas as quais revestiam mais de 91% da área da atual unidade federativa. Dessas matas, remanescem, na atualidade, somente pequenas manchas que se localizam em lugares de menor acesso ou de altas montanhas, inadequados para agropecuária. Estes incluem sopés mais inclinados das serras do Mar e Mantiqueira.[50]

Além das matas, a vegetação abrangia também manguezais e era formada por restinga e praia, no cordão costeiro. Campos de altitude, nas partes mais altas das serras (serra dos Órgãos e maciço da Itatiaia) e as estepes do delta do Paraíba do Sul em Campos. Todos passaram por forte intervenção da antropização.[50]

A fauna do estado do Rio de Janeiro pertence à Mata Atlântica. Esta somente existe em vários lugares como o das serras denominadas dos Órgãos e do Tinguá. Estas serras abrigam mamíferos como várias espécies de mico e macaco, pacas, guaxinins, jaguatiricas e demais felinos. Além disso, há diversas aves, tanto pernaltas, quanto pássaros e psitacídeos.[50]

A costa fluminense apresenta muitos recortes. Os mais importantes acidentes geográficos são a Baía da Ilha Grande, a ilhota homônima, a Restinga da Marambaia, a Baía de Sepetiba e a de Guanabara. Nessa região merece destaque na paisagem a Enseada de Botafogo.[51] Existe uma soma de 65 ilhas distribuídas pelo litoral na baía de Paraty e 365 apenas no município de Angra dos Reis.[52][53]

Demografia

Ver artigo principal: Demografia do Rio de Janeiro
Crescimento populacional
Censo Pop.
18721 057 696
18901 399 53532,3%
19001 737 47824,1%
19202 717 24456,4%
19403 611 99832,9%
19504 674 64529,4%
19606 709 89143,5%
19709 110 32435,8%
198011 489 79726,1%
199112 783 76111,3%
200014 367 08312,4%
201015 989 92911,3%
202216 055 1740,4%
Fonte: IBGE[54][55]

A população do estado do Rio de Janeiro no censo demográfico de 2022 era de 16 055 174 habitantes, sendo a 3.ª unidade da federação mais populosa do país, centralizando cerca de 7,91% da população brasileira[56] e apresentando uma densidade demográfica de 366,97 moradores por quilômetro quadrado (a 2.ª maior do Brasil).[57] Ao mesmo tempo, 52,8% eram mulheres e 47,2% homens, tendo uma razão de sexo de 89,39.[56] Em dez anos, o estado apresentou uma taxa de crescimento populacional de 0,03%.[56]

No censo demográfico de 2010 a população era de 15 989 929 habitantes. Conforme este mesmo censo demográfico, 96,71% dos habitantes moravam na zona urbana e os 3,29% remanescentes na rural.[58]

O Índice de Desenvolvimento Humano do estado do Rio de Janeiro é considerado alto conforme o PNUD. Segundo o último Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, divulgado em 2013, com dados relativos a 2010, o seu valor era de 0,761, estando na quarta colocação ao nível nacional e na terceira ao regional, depois de São Paulo. Considerando-se o índice de longevidade, seu valor é de 0,835 (6.º), o do de renda é 0,782 (3.º) e o de educação é de 0,675 (4.º).[59] O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,50 e a incidência da pobreza de 32,44%.[60] A taxa de fecundidade do Rio de Janeiro é de 1,68 filhos por mulher, uma das mais baixas do Brasil.[61]

Hierarquia urbana e regiões metropolitanas

Densidade demográfica dos municípios do Rio (em hab./km²).

Dos 92 municípios fluminenses, apenas quatro tinham população acima dos quinhentos mil. Outros 22 tinham entre 100 001 e 500 000, onze de 50 001 a 100 000, 28 de 20 001 a 50 000, 20 de 10 001 a 20 000, 7 de 5 001 a 10 000.[62] A cidade do Rio de Janeiro, sozinha, abrigava 39,5% do total de habitantes,[63] além de possuir a quarta maior densidade demográfica,[64] três vezes menor que São João de Meriti, em relação aos demais municípios (12 521,64 hab./km²),[65] enquanto Santa Maria Madalena, no centro-leste, detinha a mais baixa (12,62 hab./km²).[66]

Todo o território do estado se encontra na área influenciada pela cidade do Rio, cuja ação é exercida por meio dos centros intermediários de Petrópolis, Nova Friburgo, Barra Mansa, Volta Redonda e Campos dos Goytacazes. Inúmeros municípios, incluindo Niterói, integram a Região Metropolitana. As maiores cidades constituem Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Duque de Caxias e São João de Meriti.[67]

Religiões

Monumento ao Cristo Redentor, administrado pela Igreja Católica, no Parque Nacional da Tijuca.

De acordo com o censo demográfico de 2010, a população do Rio de Janeiro é formada por católicos apostólicos romanos (45,81%); protestantes ou evangélicos (29,37%); espíritas (4,05%); testemunhas de Jeová (0,75%); mórmons (0,06%); c. a. brasileiros (0,36%); budistas (0,17%); novos religiosos orientais (0,16%), dentre os quais os messiânicos (0,14%); islâmicos (0,01%); c. ortodoxos (0,09%); umbandistas (0,56%); judaístas (0,15%); espiritualistas (0,07%); tradições esotéricas (0,07%); indígenas (0,01%); candomblezeiros (0,32%) e hinduístas (0,01%). Outros 15,60% não tinham religião, incluindo-se aí os ateus (0,62%) e agnósticos (0,15%).[69]

Segundo a divisão da Igreja Católica no Brasil, o estado do Rio de Janeiro pertence à Regional Leste I e seu território é dividido em uma província eclesiástica, formada pelas arquidioceses de São Sebastião do Rio de Janeiro, dividida em cinco dioceses sufragâneas: Barra do Piraí-Volta Redonda, Duque de Caxias, Itaguaí, Nova Iguaçu e Valença; e de Niterói, subdividida em três: Campos, Nova Friburgo e Petrópolis.[70]

O estado do Rio de Janeiro também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, sendo a Igreja Universal do Reino de Deus, a congregação cristã, a batista e a Assembleia de Deus as maiores denominações. Como mencionado, 29,37% da população fluminense se declararam evangélicos, sendo que 15,76% pertenciam às igrejas de origem pentecostal, 7,98% às evangélicas não determinadas e 5,63% às de missão.[69]

Composição étnica, migração, povos indígenas e racismo

A população do estado do Rio de Janeiro é composta basicamente por caucasianos, pardos, afro-brasileiros e povos indígenas.[71] No Brasil colonial, os franceses, expulsos do Brasil pelos colonizadores lusitanos, foram os primeiros a iniciar o povoamento no território fluminense. O estado do Rio de Janeiro foi colonizado por portugueses e demais imigrantes europeus (alemães, italianos, suíços, espanhóis, ingleses, finlandeses), sul-americanos (argentinos, paraguaios, bolivianos, peruanos, equatorianos, colombianos e venezuelanos), norte-americanos (canadenses, estadunidenses e mexicanos) e asiáticos (chineses, japoneses, judeus e sírio-libaneses).[71]

Cor/Raça População
Brancos 6 739 901 (42,9%)
Pardos 6 682 740 (41,6%)
Pretos 2 594 253 (16,2%)
Amarelos, Indígenas e não declarados 141 207 (0,9%)
Fonte: IBGE (2022) Censo no Rio de Janeiro em 2022.


Hoje residem no estado do Rio pouco mais de seiscentos e vinte indígenas, divididos em dezesseis grupos, que abrangem área de 4 789 hectares de extensão.[72] Destes, merece destaque o mais extenso, a reserva indígena Tekoha Jevy, localizada no município de Parati.[72]

Segundo pesquisa de autodeclaração do censo de 2010, 47,40% dos fluminenses se identificaram como brancos, 39,60% pardos, 12,12% pretos, 0,77% amarelos e 0,10% indígenas, além dos não declarados (0,02%).[73] 99,52% foram brasileiros (99,39% natos e 0,13% naturalizados) e 0,48% estrangeiros.[74] Dentre os brasileiros, 0,49% naturais do Sul e 11,5% em demais regiões, sendo que 90,61% são do Sudeste (85,57% do próprio estado), 7,19% do Nordeste, 0,28% do Centro-Oeste e 0,43% do Norte.[75] Entre as unidades federativas de origem dos imigrantes, Minas Gerais possuía o maior percentual de residentes (3,00%), acompanhado por Paraíba (1,92%), Ceará (1,23%), Pernambuco (1,18%), Bahia (1,16%) e Espírito Santo (1,12%).[76]

O estado do Rio de Janeiro denunciou, em 2021, 1365 queixas de racismo — 1.036 das vítimas são negras, ou 75% das ocorrências. As informações foram publicadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que descreveu com detalhes o Painel Discriminação.[77]

O relatório aponta estatísticas relativas ao preconceito contra pessoas ou grupos em consequência da sua etnia, raça, cor, classe social, sexualidade ou por intolerância religiosa. A pesquisa enfatiza ainda que 166 pessoas sofreram discriminação de raça, cor, credo, etnia e nacionalidade, e 33 casos por injúria a culto. O estudo aponta que 56% das vítimas de discriminação são mulheres negras, o que significa no mínimo uma vítima por dia durante todo o ano de 2021. Nos casos de discriminação de raça, cor, religião, etnia e nacionalidade, das 77 vítimas negras, 26,5% também são mulheres.[77]

Governo e política

O estado do Rio de Janeiro, da mesma forma que uma república, é administrado por três poderes, totalmente sediados na capital homônima. São eles: o executivo, constituído pelo governador do Rio de Janeiro. O legislativo (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). E, por fim, o judiciário (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e outros tribunais, e juízes).[78] São símbolos do estado do Rio de Janeiro a bandeira, o brasão e o hino.[78]

O poder executivo fluminense é desempenhado pelo governador do Rio de Janeiro. Este é sucedido, em seus impedimentos, pelo vice-governador do Rio de Janeiro, e assessorado pelos secretários estaduais.[78]

A matriz do poder executivo do estado, o Palácio Guanabara, foi construída pelo português José Machado Coelho em 1853, adquirido pela família imperial brasileira em 1865 até sua desapropriação em 1889, com a proclamação da República no Brasil, e restaurado pela primeira vez pelo arquiteto José Maria Jacinto Rebelo. Foi sede da prefeitura do Distrito Federal de 1946 a 1960, quando passou ao governo do estado da Guanabara. Em 1975, o prédio começou a ser a sede do governo do estado do Rio de Janeiro, sucedendo o Palácio do Ingá, em Niterói.[79] Não se deve confundir o Palácio Guanabara com o Palácio Laranjeiras, localizado no bairro homônimo (na Rua Paulo Cesar Andrade, 407), que constitui a residência oficial do governador do Rio de Janeiro.[79][80]

A partir do início da república, tomou posse pela primeira vez do governo do estado o Dr. Francisco Portela, que se encontrava no poder de 16 de novembro de 1889 a 10 de dezembro de 1891. Foi somente no ano de 1947 quando foi empossado o primeiro governador eleito, Macedo Soares.[81]

O poder legislativo estadual é unicameral e representado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Edifício Lúcio Costa),[nota 1] formada por 70 deputados estaduais, escolhidos diretamente pelo povo para mandatos de quatro anos.[78] No Congresso Nacional, a representação fluminense é de três senadores e 46 deputados federais.[82][83]

A mais alta corte do Poder Judiciário fluminense é o Tribunal de Justiça do Rio, localizado no centro da cidade.[84] De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o estado do Rio possuía, em junho de 2020, 12 455 815 eleitores, significando 8,275% do eleitorado brasileiro, o 3.º maior do país.[85]

Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa (1975–2021).

Símbolos estaduais

Bandeira e brasão

A bandeira do estado é um retângulo esquartelado em ciel, na tralha inferior e no batente superior; e argento, na tralha superior e no batente inferior. No centro, se encontra o brasão de armas, compreendendo cinco sétimos de altura, com um ramo de cana-de-açúcar à esquerda e outro de café à direita.[86][2]

No dia 23 de julho de 1975, a nova Constituição do Rio de Janeiro, que havia se anexado à Guanabara, determinou que a bandeira constituiria a mesma do antigo estado. As cores ciel e argento foram um legado dos metais e esmaltes tradicionais portugueses e representam o oceano e o espírito pacífico do povo fluminense. No brasão de armas estaduais, os ramos de café e de cana-de-açúcar simbolizam a agricultura do estado.[86][2]

O brasão do estado do Rio de Janeiro, reformulado pelo Dr. Alberto Rosa Fioravanti, possui o formato tradicional dos escudos eclesiásticos, oval — representando os anseios cristãos dos fluminenses — dividido em três partes. A primeira de ciel, simboliza o firmamento e representa a justiça, a verdade e a lealdade, com o desenho da Serra dos Órgãos, compreendendo a metade de cima, merecendo destaque o pico Dedo de Deus, na cor; a segunda de sinopla, simbolizando a Baixada Fuminense; a terceira, também de ciel, recordando o mar de suas praias.[2]

O escudo é rodeado por uma corda de jalde, representando a união do povo fluminense.[2]

Colocado brocante, uma águia da sua cor, com asas estendidas, voando, simbolizando o governo justo, forte e honesto, mensageiro de esperança e de confiança aos lugares mais distantes do estado; apoiada em um escudo esférico de ciel, faixado e rodeado de argento, respectivamente com os dizeres: “9 de abril de 1892” recordando a assinatura da mais antiga Constituição do Estado do Rio de Janeiro, e “Recte Rempublican Gerere”, que em latim significa “administrar os bens governamentais com honestidade”, refletindo a responsabilidade contínua do homem público desse estado; e carregado de uma estrela de cinco pontas de argento; no chefe, simbolizando a capital.[2]

Como suportes, dois colmos: um de cana-de-açúcar e um de cafeeiro frutificado, da sua cor, postos, respectivamente, à dextra e à sinistra do escudo, simbolizando os mais importantes produtos agrícolas.[2]

Listel de argento com os dizeres — “Estado do Rio de Janeiro”, de sable. O timbre constitui a Beta Crucis, de argento, que simboliza o Estado do Rio de Janeiro, na Bandeira do Brasil.[2]

Hino

O Hino do estado do Rio de Janeiro, chamado de Hino 15 de Novembro, foi criado em 1889 por João Elias da Cunha e por ele dedicado ao primeiro chefe do governo estadual, Dr. Francisco Portela. O hino teve sua letra escrita pelo poeta fluminense Antônio José Soares de Souza Júnior.[2] Foi instituído no dia 29 de dezembro de 1889.[2]

Letra
Fluminenses, eia! Alerta!
Ódio eterno à escravidão!
Que na Pátria enfim liberta
Brilha à luz da redenção! >>>
Estribilho do Hino do estado do Rio de Janeiro.[2]

Subdivisões

Evolução territorial, regiões geográficas intermediárias e imediatas

O estado do Rio de Janeiro surgiu como unidade política em 1565, com oito vilas, sendo a mais antiga, o Rio de Janeiro,[87] fundado em 1565, e a última desse período foi Macaé, criada em 1789.[88][89] Com a Independência do Brasil, a província do Rio de Janeiro foi organizada em 1823 e naquele ano seu território já se dividia em quinze cidades e vilas.[89] Do Império até a República passou de quinze para 92 municípios. Constitui o 18.º estado com o maior número e o 3.º da região sudeste, atrás de MG e SP e à frente do ES.[90]

É formado por 92 municípios, organizados em 14 regiões geográficas imediatas, distribuídas, a partir de 2017, em cinco regiões geográficas.[91] Oficialmente, há cinco regiões intermediárias no estado: Rio de Janeiro, Volta Redonda-Barra Mansa, Petrópolis, Campos dos Goytacazes e Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio. O estado também se subdivide em catorze regiões imediatas.[91][92]

No total, o estado do Rio de Janeiro está subdividido em 92 municípios.[90]

Divisão das regiões intermediárias em vermelho e das imediatas em cinza no Estado do Rio.
Municípios

Economia

Exportações do Rio de Janeiro (2012).[93]

Entre as maiores empresas se destacam: Petrobrás, BR Distribuidora, Ipiranga, Raízen Combustíveis, Vale, Assaí Atacadista, Lojas Americanas, Light Sesa, Rede Globo, Gol, Furnas Centrais Elétricas, Telemar, Gerdau Cosiguia, Shell Brasil, Transpetro, B2W, Blueway Trading, BNDESPAR, Ampla, Repsol Sinopec Brasil e CEDAE.[94]

O Rio de Janeiro é a 2.ª unidade federativa mais rica do Brasil em produto interno bruto, possuindo 10,2% da economia do país. O estado também é um grande exportador. Em 2019, foi a segunda maior unidade federativa brasileira em exportação, participando com 12,81%.[95]

Setor primário

Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum).
Cafeeiro (Coffea arabica).

O setor primário constitui o menos relevante da economia fluminense ao nível nacional. Em 2013, a agropecuária respondia só por 1,0% do valor adicionado bruto em relação à economia do Brasil.[96]

No período imperial, a monocultura cafeeira era a maior atividade econômica do Rio de Janeiro, no entanto, seu declínio foi provocado pela erosão do solo e pela libertação dos escravos. A lavoura se transformou em uma atividade secundariamente importante no estado, que no final do século XX se converteu em um dos poucos, no Brasil, com produto fabril superior ao agrário. A cana-de-açúcar, “item” mais significativo da produção agrária nos últimos anos do século XX, permanece como mais importante produto agrícola, bastante cultivado na região de Campos. O segundo produto constitui a laranja, plantada especialmente na região de Itaboraí. Depois vêm o tomate, plantado principalmente na Serra Fluminense, junto ao seu rebordo (serra do Mar), com demais hortaliças e árvores frutíferas (principalmente o caqui).[97]

Outros principais produtos constituem a banana e o arroz. A primeira é plantada na Baixada Fluminense e nos baixos sopés da serra do Mar, prevalecendo nas áreas mais úmidas, que se aproveitam de fartas chuvas orográficas. O arroz está concentrado na região dos vales dos rios Muriaé e Pomba e é plantado nos solos de aluvião das planícies de inundação da região. Ainda nessa área se encontra a cafeicultura fluminense, que desempenha no panorama nacional função bem inferior em comparação com o que tinha no passado, quando ocupava inteiramente o vale do Paraíba. Entre os mais importantes produtos do estado, destacam-se também a mandioca, na região de Campos; o milho, nos vales do Muriaé e Pomba; o feijão, no vale do Paraíba; a batata-inglesa, na Serra Fluminense, próximo à borda; e o abacaxi, na planície litorânea, no entorno da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.[97]

A pecuária bovina está dirigida sobretudo para a fabricação de leite e derivados. A bacia leiteira do estado está localizada principalmente na região do vale do Paraíba do Sul, onde a criação de gado apareceu em substituição à cafeicultura, no final do século XIX. Já, a suinocultura está concentrada na parte norte do estado, onde o plantio do milho atinge maior progresso. Outra atividade importante é a da avicultura e produção de ovos. Associada ao desenvolvimento do comércio do Grande Rio, essa atividade se situa tanto na baixada como no planalto.[97]

Também a pesca adquire posição de relevo, ao utilizar o comércio das cidades e a infraestrutura instalada no estado (entrepostos, construção naval, indústria de enlatados). No setor, uma das atividades de maior importância econômica constitui a pesca da sardinha.[97]

Setor secundário

O setor secundário constitui o mais relevante e maior da economia fluminense ao nível nacional: no ano de 2013, a indústria respondia só por 14,4% do valor adicionado bruto em relação à economia do Brasil.[96]

Apenas no final do século XIX é que foram estabelecidas indústrias de porte (moinhos de trigo nos portos de Niterói e do Rio de Janeiro), e indústrias de tecelagem nos arredores das quedas-d'água (rio Majé, Petrópolis e Nova Friburgo). No século XX, as indústrias cresceram em número, no entanto, o processo não foi o bastante para manter o estado no comando econômico nacional, transferido para São Paulo.[97]

Foi desde os anos 1940 que a ação governamental, quando implantou o programa de indústrias de base, instalou no estado alguns enormes complexos fabris: a Fábrica Nacional de Motores (Magé), adquirida pela Fiat italiana e mudada em 1979 para Minas Gerais; a refinaria e a fábrica de borracha sintética da Petrobrás (Duque de Caxias) a Companhia Siderúrgica Nacional (Volta Redonda); e a Companhia Nacional de Álcalis (Arraial do Cabo).[97]

Desde os anos 1960, o progresso industrial, à procura de novos mercados, incluindo o exterior, viu-se beneficiado por novas condições infraestruturais, com a fundação de zonas e distritos industriais — incluindo a do Rio de Janeiro, onde foi estabelecida a Cosigua — e a construção de novas estradas de rodagem. Cresceu o número de indústrias, em prejuízo dos antigos estabelecimentos de tecelagem, inativos ou em declínio. Desenvolveu-se também a construção civil, que se transformou em importante fonte de aproveitamento de mão-de-obra. Por setores, é necessário destacar a construção de imensos estaleiros no Rio de Janeiro, Niterói e Angra dos Reis, nos anos 1960, que renovam e ampliam a frota mercante do Brasil.[97]

O estado é o segundo mais desenvolvido industrialmente do Brasil. A maioria das fábricas está concentrada no município da capital e em sua região metropolitana. Além do conhecido complexo industrial da cidade do Rio de Janeiro, onde merece destaque a construção naval, a siderurgia e indústrias alimentícias e de bebidas, é necessário citar os centros fabris de Niterói (construção, metalurgia, conservas de peixe, vidro), São Gonçalo (vidro, cimento, metalurgia), Itaboraí (cerâmica e cimento), Magé (tecidos), Duque de Caxias (estamparia, material de construção, lataria, produtos químicos e farmacêuticos, fábrica de automóveis, refinaria de petróleo) e Nova Iguaçu (laminações, fundições, estruturas metálicas, trefilarias).[97]

Espalhadas nas imediações do Grande Rio, destacam-se os centros fabris de Petrópolis e Nova Friburgo (tecidos) e, mais isolados, os de Arraial do Cabo (Fábrica Nacional de Álcalis), Campos dos Goytacazes (usinas açucareiras), Angra dos Reis (construção de navios). Outra área industrial favorecida por sua posição, no decorrer do eixo de ligação Rio-São Paulo, constitui a do médio vale do rio Paraíba do Sul. Os mais importantes núcleos constituem Barra Mansa (metalurgia e alimentos), Volta Redonda (Companhia Siderúrgica Nacional) e Resende (indústria automotiva).[97]

Bem abundantes, os recursos minerais são bastante aproveitados na indústria de construção. No estado, existem reservas subterrâneas de águas minerais, pirita, calcários, argilas, grafita, areias monazíticas, turfa, berilo e gipsita, além de quantidades pequenas de bauxita, níquel, cristal de rocha e feldspato. No litoral, especialmente em Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Araruama o aparecimento de salinas faz a extração do sal marinho constituir importante fonte de renda, de maneira a trazer condições de subsistência à indústria de soda cáustica.[97]

Outros sedimentos de exploração intensa constituem os de calcários (calcita, dolomita e mármore). Existem, também, consideráveis sedimentos conchíferos (carbonato de cálcio) na lagoa de Araruama e demais locais. Com o descobrimento da bacia petrolífera na plataforma continental de Campos em 1973, o estado se transformou no maior produtor nacional de petróleo, com cerca de sessenta por cento da produção; produz também mais de quarenta por cento de gás natural no Brasil. Dentre os numerosos campos em extração na plataforma continental do estado, merecem destaque os sedimentos gigantescos de albacora, marlim e barracuda, que se juntaram aos mais antigos de namorado, pampo, cherne, linguado e garoupa.[97]

Setor terciário

O setor terciário constitui o segundo mais relevante e maior da economia fluminense ao nível nacional: no ano de 2013, os serviços respondiam só por 11,6% do valor adicionado bruto em relação à economia do Brasil.[98]

O comércio do estado é vigoroso, especialmente com nações estrangeiras como a China (37%), Estados Unidos (15%), Espanha (11%), Singapura (5,8%), Chile (5,3%), Portugal (3,9%) e Índia (3,7%). Boa parte das operações de intercâmbio ocorre por meio do Porto do Rio de Janeiro. Em 2023, os portos de Niterói, Angra dos Reis e Rio de Janeiro movimentaram exportações no valor de 46.740,8 milhões de dólares e importações de 25.847,6 milhões de dólares. No comércio de cabotagem, o estado exportou 3,7 bilhões de dólares e importou 2,1 bilhões de dólares no mesmo ano.[99][100]

Turismo

Enseada de Botafogo com o complexo do Pão de Açúcar ao fundo, vistos a partir do Morro Dona Marta.

O Rio de Janeiro constitui um das unidades federativas brasileiras de maior potencialidade turística. Embora seja pouco extenso, traz ao turista uma abundância de atrações, tanto na costa quanto na serra.[101]

Na costa do estado do Rio de Janeiro, a parte mais frequentada pelos visitantes constitui a região dos Lagos, que compreende os municípios de Maricá, Saquarema, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, a maior praia do estado, Rio das Ostras e Macaé. Na costa sul, merecem destaque os balneários de Paraty, Angra dos Reis e Mangaratiba, que formam a denominada Costa Verde.[102][101]

O clima aprazível e a proximidade da cidade do Rio de Janeiro fazem das cidades da Serra Fluminense como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, centros de veraneio bastante movimentados. Ainda na montanha, destacam-se o Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis, e o de Itatiaia, em Resende, com mais de dois mil metros e que tem as maiores reservas ecológicas do estado.[103][101]

O Rio de Janeiro possui também locais de grande interesse histórico. Paraty, cidade toda catalogada (protegida e preservada contra mudanças) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, com sua arquitetura típica do Brasil Colônia, igrejas, fortes e ruas feitas de pedra do século XVII, movimenta vários visitantes. Angra dos Reis, com o convento do Carmo, as ruínas do convento de São Bernardino de Sena e a capela da Ordem Terceira; Niterói, com as igrejas da Boa Viagem e de São Francisco Xavier e o forte São Domingos; e Cabo Frio, com o convento de Nossa Senhora dos Anjos, também podem ser procurados.[104][101]

A cidade do Rio de Janeiro é conhecida por seus acidentes geográficos e pela agitada vida noturna, sendo a principal zona turística brasileira. Tem a maior rede de hotéis do Brasil, contando com 30% de todos os apartamentos de hotéis existentes.[105][101]

Além das praias de Ipanema, de Copacabana, do Leblon, do Recreio dos Bandeirantes e da Barra da Tijuca, há outros pontos turísticos como a Floresta Nacional da Tijuca, a maior reserva florestal urbana do mundo, o Corcovado, com a estátua do Cristo Redentor, uma das maiores do mundo, o Pão de Açúcar, conectado à Praia Vermelha por um bondinho.[105][101] Algumas partes da cidade também possuem uma arquitetura colonial, como o Aqueduto dos Arcos e o Largo do Boticário.[105][101] Este, no entanto, foi erguido nos anos 1920 e 1940.[106][101]

O ponto culminante da temporada turística da cidade acontece em fevereiro (ou março, em certos anos) quando, em quatro dias, é festejado o maior carnaval do mundo.[107] Os mais importantes eventos e festividades do estado constituem: em Cabo Frio, Festa de Nossa Senhora da Assunção (de 6 a 16 de agosto);[108] em Campos, Festa de São Salvador (de 4 a 10 de agosto) e a Exposição Especializada (em abril);[109][110] em Cordeiro, Exposição Agropecuária de Cordeiro (em julho);[111] em Niterói, Niterói em Cena (em setembro);[112] em Paraty, Festa de São Benedito (de 8 a 17 de novembro);[113] no Rio de Janeiro, Carnaval (em fevereiro ou março),[107] Festa de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (15 de agosto),[114] Feira da Providência (em dezembro),[115] Festa da Penha (em outubro),[116] Festival Villa-Lobos (de 4 a 30 de novembro);[117] em São Fidélis, Festa da Lagosta (em maio), extinta em 1988;[118] em São João da Barra, Festa da Penha (em abril).[119][101]

Infraestrutura

Saúde

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, visto da Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, capital do estado.

A infraestrutura hospitalar dispunha, em 2009, de 6 457 estabelecimentos, com 42 593 leitos, atendidos por 76 070 médicos, 14 374 enfermeiros e 30 770 auxiliares de enfermagem.[120][121] De todos os 92 municípios do estado, em 2000, 82,3% da população contavam com serviços de abastecimento de água e 60,8% de esgotos sanitários.[121] Existem, no estado, cidades de clima serrano, imensamente saudáveis, favoritos como centros de veraneio e de restauração do bem-estar, como Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo.[122]

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2019, 80,0% dos fluminenses realizavam consulta médica periodicamente; 49,2% dos habitantes consultavam o dentista regularmente e 5,7% estiveram internados em leito hospitalar nos últimos doze meses. Apenas 37,7% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 45,4% terem declarado necessitar sempre do Programa Unidade de Saúde da Família — PUSF.[120]

Educação

Campus do Gragoatá, da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói.

Em 2018, foram registradas matrículas de 2 003 315 discentes nas 7 677 instituições educacionais de ensino fundamental no estado do Rio de Janeiro, das quais 202 eram do estado, 139 143 do município, 79 408 da iniciativa privada e 697 da União. No diz respeito ao corpo docente, era também formado por 102 737 professores, dos quais 13 392 ensinavam em instituições de ensino do estado, 630 em escolas da União, 26 503 nas do município e 21 792 nas da iniciativa privada. O ensino médio, em 2018, era lecionado em 18 107 estabelecimentos com 311 830 discentes registrados por matrícula, atendidos por 1 051 docentes.[123]

Em 2019, a taxa de alfabetização estadual era de 97,9%, a 1.ª mais alta do Brasil.[124] A taxa de escolarização na faixa etária de 8 a 14 anos é de 19,3%.[125] Em 2008, 14,1% da população fluminense é de analfabetos funcionais.[126] Seu IDH-educação é o 4.º mais alto do Brasil (0,675).[127]

As mais importantes instituições fluminenses de ensino superior do setor público são o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca,[128] a Escola Nacional de Ciências Estatísticas,[129] o Instituto Federal do Rio de Janeiro,[130] o Instituto Militar de Engenharia,[131] o Instituto Nacional de Educacão de Surdos,[132] o Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro,[133] a Universidade do Estado do Rio de Janeiro,[134] a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,[135] a Universidade Federal do Rio de Janeiro[136] e o Universidade Estadual da Zona Oeste.[137]

Transportes

Ponte Rio–Niterói, a mais extensa do Brasil, concluída em 1974, corta a baía da Guanabara, entre os municípios do Rio de Janeiro e Niterói.

O estado do Rio de Janeiro é atendido pelas linhas das antigas ferrovias da Central do Brasil, Leopoldina e Viação Férrea Centro-Oeste, membros da Rede Ferroviária Federal. As linhas da Leopoldina atendem à periferia da capital e a porção leste do estado, com diversos troncos e inúmeros ramais, por meio dos quais se fazem as conexões com o Espírito Santo e a zona da Mata mineira. As linhas da Central do Brasil atendem à periferia da capital e à porção oeste do estado, por intermédio de um tronco que conecta a capital estadual com o estado de São Paulo e com Minas Gerais. Já, as da Centro-Oeste atendem a algumas cidades próximas ao sul de Minas Gerais. Sua única entrada mais acentuada no estado alcança Angra dos Reis, cujo porto serve à região central de Minas Gerais.[45][97]

A rede de rodovias asfaltadas cresceu devido à capital, atendida por estradas federais que a põem em contato com outros estados. Dessa forma, a BR-101 atravessa a baía de Guanabara por intermédio da ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói) e corta o estado, atravessando Campos dos Goytacazes, Rio Bonito, Niterói, Mangaratiba e Angra dos Reis. A rodovia Presidente Dutra, trecho da BR-116, conecta a capital com a cidade de São Paulo, atravessando as cidades fluminenses de Nova Iguaçu, Barra Mansa e Resende. A rodovia Presidente Washington Luís sai da capital em direção a Minas Gerais, atendendo a Duque de Caxias, Petrópolis e Três Rios. Além dessas estradas, cabe citar a BR-492, que faz a conexão Niterói-Nova Friburgo-Cordeiro-São Fidélis; e a BR-356, que conecta São João da Barra, Campos, Itaperuna e Muriaé.[45][97]

Estão em atividade no estado os portos do Rio de Janeiro e Angra dos Reis, respectivamente o terceiro e o quarto do Brasil em movimento de carga. O porto de Sepetiba constitui um terminal de minérios, para a grande exportação de produtos vindos de Minas Gerais. Pouco movimentados, estão em funcionamento os portos de Niterói e Forno. Próximo ao porto do Rio de Janeiro, opera o terminal oceânico Almirante Tamandaré, da Petrobrás.[45][97]

A capital dispõe de três aeroportos civis, o Internacional do Rio de Janeiro, com a capacidade de acolher aeroplanos supersônicos, o Santos Dumont, reservado para linhas domésticas, e o de Jacarepaguá, para aeronaves de menor porte.[45][97]

Serviços e comunicações

As empresas de energia elétrica, que compreendem o estado do Rio de Janeiro, constituem a Light S.A.,[138] a Enel Distribuição Rio[139] e a Energisa Nova Friburgo[140] e os serviços de abastecimento e venda de gás canalizado no estado do Rio de Janeiro é realizado pela Naturgy.[141]

O estado conta com outros serviços básicos. No Rio de Janeiro, existem várias empresas responsáveis pelo abastecimento de água. Em boa parte dos municípios fluminenses, a empresa responsável por água e saneamento básico (esgoto) é a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE).[142]

Sede da Globo no Rio de Janeiro, mais precisamente no bairro do Jardim Botânico, famosa por suas polêmicas.

Outros municípios são abastecidos por outras empresas ou por empresas do próprio município — um exemplo ocorre em Campos dos Goytacazes, na região norte do estado, cuja empresa responsável pelo abastecimento de água é “Águas do Paraíba”.[143] Existem vários jornais presentes em diversos municípios do estado, por exemplo, O Fluminense, Nitideal (Niterói), O Debate, Azul Limão, Tribuna do Sol (Macaé), Folha da Manhã, Tribuna do Sol, O Diário (Campos dos Goytacazes), Diário de Petrópolis, Jornal de Itaipava, Tribuna de Petrópolis (Petrópolis), A Folha, O Diário de Teresópolis, Teresópolis Jornal (Teresópolis), A Voz da Serra (Nova Friburgo), Jornal Dia-a-Dia (São João de Meriti), Jornal Atual, Jornal Impacto (Itaguaí), etc.[144] Dois dos mais influentes jornais do país,[145] O Globo e o Jornal do Brasil, são fluminenses e mantêm suas sedes na capital do estado.[144]

Na área televisiva, a mais antiga emissora de televisão do estado, a TV Tupi Rio de Janeiro, foi fundada e comandada por um dos herdeiros de Assis Chateaubriand, Fernando, em 1951.[146] Desde então, várias outras emissoras desenvolveram-se no estado e ganharam projeção no Brasil e nesse estado, como foi o caso da TV Globo, a maior emissora de televisão do país, totalmente sediada na região metropolitana do Rio.[147][148]

Segurança pública e criminalidade

No Exército Brasileiro, o Rio de Janeiro pertence ao Comando Militar do Leste (Rio de Janeiro)[149] e, com o Espírito Santo, integra a 1.ª Região Mil.,[150] merecendo destaque no estado o Hospital Militar de Resende e a Policlínica Militar de Niterói.[151] Na Marinha do Brasil, o o Rio de Janeiro integra 1.º Distrito Naval (Rio de Janeiro), merecendo destaque no território estadual a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, o Colégio Naval (em Angra dos Reis), o Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha (em São Gonçalo, na ilha do Engenho).[152][153][154] Na Força Aérea Brasileira, o estado do Rio de Janeiro conta com a Base Aérea dos Afonsos, na capital.[155]

Segundo a Constituição Federal de 1988 e a Estadual de 1989, os órgãos reguladores da segurança pública no estado do Rio de Janeiro são a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro.[156][78]

De acordo com dados do “Mapa da Violência 2012”, publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 2,7 em 1980, subiu para 31,8 em 2009 (ficando abaixo da média nacional, que era de 27,0). Entre 2000 e 2010, o número de homicídios subiu de 7 337 para 4 193. Em geral, o Rio de Janeiro desceu sete posições na classificação nacional das unidades federativas por taxa de homicídios, passando da segunda em 2000 para a décima-sétima em 2010. A R. M. do Rio de Janeiro possuía taxas mais de quatro mil vezes maiores que a do estado (-14,7), enquanto, no interior, o mesmo era mais de mil e novecentas vezes maior que a média estadual (-6,7).[157]

Em 2000, sete municípios, até cinco mil habitantes, registravam uma taxa de homicídios, mas ela subiu para 3,6 em seis cidades em 2010. Considerando-se todos esses municípios, totalizam-se dois. Desde a época em que o estado era bastante violento em 2000 a violência diminuiu ligeiramente em todo o território do estado, com vários polos elevadamente conurbados.[157]

Em 1983 o Brasil apresentava uma taxa de 13,8 homicídios em 100 mil, ao passo que a taxa do Rio de Janeiro foi de 15,9: 16% maior. Já no fim do período, a taxa do estado aumentou para 61,9: subida de 288,8%, o que conduz o Rio de Janeiro a liderar, por diversos anos, o ranking nacional da violência, com motor-chefe na sua RM, que sobe 345,8%, 13,3% anualmente. A supracitada taxa faz a RM do Rio de Janeiro também liderar o grupo das RM do país, com sua taxa, em 1995, de 70,6 homicídios em 100 mil habitantes.[157][158]

Conforme o “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008”, também publicado pelo Instituto Sangari, as cidades fluminenses que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes eram: Macaé (85,9), Duque de Caxias (81,5), Cabo Frio (76,4), Armação dos Búzios (74,8), Saquarema (69,3), Nova Iguaçu (64,2 8), Nilópolis. (61,2), Rio das Ostras (61,2), Parati (59,2), Rio das Ostras (58,7), Queimados (58,6 1), Angra dos Reis (58,1), Niterói (57,1), Araruama (57,0 9), Belford Roxo (55,2), Seropédica (53,3), São Pedro da Aldeia (52,4), Cachoeiras de Macacu (47,6), Guapimirim (46,1), Carapebus (45,4), Tanguá (44,9), Arraial do Cabo (46,2), Rio de Janeiro (44,8), Maricá (42,2), São João de Meriti (41,5 ), Conceição de Macabu (41,1), Casimiro de Abreu (39,6), São Sebastião do Alto (39,0), Japeri (38,9), São Gonçalo (37,5), Resende (35,9), Mangaratiba (33,0), Silva Jardim (38,3), Campos dos Goytacazes (37,8), Rio Claro (35,8), Três Rios (32,4), Itaperuna (30,6), Nova Friburgo (29,4).[159]

Cultura

Feijoada à brasileira com vários acompanhamentos: carne de porco, arroz, mandioca frita, torresmo, laranja, caipirinha, dentre outros.

Capital do Brasil por dois séculos, a partir de 1763 até a implantação de Brasília, em 1960, o Rio de Janeiro retrata um apreciável patrimônio cultural e artístico. Também várias outras cidades do estado fazem parte dessa herança, já em virtude da influência irradiadora da metrópole carioca, já em resultado do antigo apogeu cafeeiro.[160]

O artesanato fluminense resulta das consequências culturais herdadas dos portugueses, negros e indígenas que habitavam a região. As ferramentas usadas pelos artesãos são as mais diversas. Nesse estado podem ser encontrados os antigos utensílios feitos de cerâmica, produtos de herança aborígene como máscaras, brinquedos, instrumentos musicais, panelas e armas. Há também os artefatos de fibra, parafina, palha de bananeira e de metais finos como bronze e a prata.[161]

O estado tem uma das maiores heranças arquitetônicas do país, em que merecem destaque o valioso patrimônio da cidade do Rio de Janeiro. Nela, estão construções que representam as mais importantes épocas e estilos da arquitetura brasileira, que abrangem do período colonial à arquitetura contemporânea. Ainda merecem destaque os palácios, palacetes e edifícios luxuosos em Petrópolis, e o patrimônio arquitetônico de cidades como São João de Meriti e Volta Redonda, dentre outros.[161]

O Rio de Janeiro é visto como um dos principais polos gastronômicos da cultura do Brasil, tendo importância e influência mundial. A cidade dispõe dos mais refinados restaurantes que fornecem os mais variados alimentos para as mais diversas predileções culinárias. De maneira totalmente óbvia a comida mais característica da região é a conhecida feijoada. Sua projeção determinou a culinária brasileira e resulta da miscigenação cultural que o país assistiu e que originou o que atualmente designamos de brasilidade.[161]

Entidades culturais, museus e bibliotecas

Operam no estado do Rio de Janeiro três universidades federais e duas estaduais, além de diversas outras privadas e inúmeras faculdades e escolas afastadas. As mais célebres são, na capital, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a Pontifícia Universidade Católica. Fora da capital merecem destaque a Universidade Federal Fluminense (Niterói), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Seropédica), a Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes, criada em 1994, e a Universidade Católica de Petrópolis.[160]

Além dessas instituições de ensino superior, compete salientar o trabalho, na área da pesquisa sanitária, da Fundação Osvaldo Cruz, na capital, e do Instituto Vital Brazil (Niterói).[160]

São vários e de enorme importância os museus do estado. O Museu Imperial, criado em 1938, opera no Palácio do Grão-Pará, antiga casa da família imperial em Petrópolis. O Museu do Primeiro Reinado, na cidade do Rio de Janeiro, compreende a casa que era de propriedade de Domitila de Castro Canto e Melo, marquesa de Santos, no bairro de São Cristóvão. Ainda em São Cristóvão está sediado o Museu Nacional, fundado pelo príncipe D. João em 1808, estabelecido na Quinta da Boa Vista, anexado à Universidade do Brasil (atual Univ. Federal do Rio de Janeiro) em 1946 e destruído por um incêndio em consequência de um sobreaquecimento de ar-condicionado provocado por curto-circuito em 2018.[160]

O estado do Rio de Janeiro conta com 166 bibliotecas públicas.[162] As maiores constituem a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, a maior instituição do gênero no Brasil e na América Latina em número de acervo bibliográfico,[163][nota 2] a do Arquivo Nacional,[164] a do Real Gabinete Português de Leitura,[165] a maior coletânea de publicações científico-literárias portuguesas fora de Portugal, as do Ministério da Economia e da Secretaria Especial da Cultura,[166][167] a da Fundação Getúlio Vargas,[168] todas situadas na cidade do Rio de Janeiro.[169]

Acervo arquitetônico

Além de suas atrações ecológicas, o Rio de Janeiro apresenta rico acervo arquitetônico, com numerosos monumentos catalogados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Merecem destaque o aqueduto da Carioca, que levou o encanamento de água do Silvestre em direção ao centro da cidade entre 1723 e 1896, quando foi ajustado para acolher os bondes de Santa Teresa; o Paço Imperial, instalado em 1743; o Teatro Municipal (1909), baseado na Opéra de Paris; o edifício da Biblioteca Nacional, do princípio do século XX; e o palácio do Catete, que, erguido em estilo neoclássico, era matriz do poder executivo do Brasil até 1960, quando se transformou no Museu da República.[160]

Possuem ainda relevante interesse arquitetônico a matriz da Fundação Osvaldo Cruz, erguida em estilo mourisco e instalada em 1900; o palácio Guanabara, antiga casa oficial do presidente do Brasil e atual sede do governo do estado; o palácio do Itamaraty; os conjuntos arquitetônicos do jardim, da rua do Catete, do arco do Teles e do morro do Valongo; a Quinta da Boa Vista; as igrejas e conventos de Santo Antônio e Santa Teresa, o mosteiro, a igreja e o morro de São Bento.[160]

Merecem destaque na capital, dentre outras, a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro; as igrejas de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, com o conjunto arquitetônico e paisagístico da colina em que está localizado; de Nossa Senhora da Conceição e Boa Morte; de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito; de Nossa Senhora do Carmo da Lapa; e de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores. De enorme interesse histórico e cultural são ainda os chafarizes de Grandjean de Montigny, da Glória, do Lagarto, de Paulo Fernandes, do Mestre Valentim, da rua do Riachuelo, das Saracuras e a Bica da Rainha.[160]

Em várias cidades do estado acham-se também conventos, igrejas e construções antigas de enorme relevância histórica e arquitetônica como, por exemplo, em Angra dos Reis, a igreja de Nossa Senhora do Carmo (1593) e a capela de Santa Luzia (1632); em Arraial do Cabo, a igreja de Nossa Senhora dos Remédios, do século XVI; em Campos, a basílica de São Salvador (1652); em Cabo Frio, a Fonte do Itajuru (1870), com azulejos de Portugal do século XVI, o convento de Nossa Senhora dos Anjos (do final do século XIX), que comporta o Museu de Arte Sacra, e o Forte de São Mateus (1616); e em Macaé, a igreja de Santana (do século XVII).[160]

Em Niterói, é possível visitar o forte de Santa Cruz (1555), catalogado pelo patrimônio histórico nacional, a basílica de Nossa Senhora Auxiliadora (do século XIX), que possui o maior órgão de tubos da América Latina, a igreja de são Lourenço dos Índios (1627), símbolo da fundação de Niterói, e a igreja São Sebastião do Itaipu (1716), erguida pelo padre Anchieta. Entre os vários monumentos catalogados pelo patrimônio histórico e artístico nacional em Paraty, merece destaque a igreja de Santa Rita, que comporta o Museu de Arte Sacra, a casa da Cadeia (1701) e o forte Defensor Perpétuo (1703). Petrópolis, por seu turno, comporta a catedral de São Pedro de Alcântara, em estilo gótico francês, o palácio Quitandinha (1944) e a casa de Santos Dumont (1918), planejada pelo inventor.[160]

Panorama do Aqueduto da Carioca a partir do Largo da Lapa

Dança, música e moda praia

Desfile da Portela no Carnaval do Rio de Janeiro de 2014.
Donga, autor do primeiro samba do Brasil, Pelo Telefone.

O estado do Rio de Janeiro era e permanece sendo um dos principais expoentes artísticos da identidade brasileira. Sua herança musical tem ultrapassado até mesmo as fronteiras geopolíticas do Brasil, fazendo com que os ritmos e os estilos musicais criados nele sejam bem recebidos no estrangeiro. Dentre os mais importantes estilos musicais merecem destaque o samba, o chorinho e a bossa nova.[161]

O samba tem procedência afro-brasileira, mas com peculiaridades bem cariocas. Tem origem no lundu, oriundo do batuque negro. O ritmo se expandiu rapidamente por todo o estado e atualmente é a dança e a música mais popular do Brasil. O mais antigo samba era Pelo Telefone, de autoria de Ernesto dos Santos — o Donga. Mas, de maneira totalmente óbvia, um dos mais importantes intérpretes desse estilo era Ary Barroso, responsável por seu prestígio. Desde a década de 1950, o samba de morro alcançou os asfaltos por intermédio das escolas de samba, transformando-se no símbolo do carnaval.[161]

A marcha nasceu no Rio de Janeiro quase na mesma época que o samba. Esse estilo musical é originário dos ritmos afro-descendentes do carnaval carioca. Foi Chiquinha Gonzaga quem compôs a primeira marchinha de carnaval, Ô Abre Alas, em 1899.[170][171][161]

O chorinho nasceu no Rio de Janeiro. Ele é uma fusão dos elementos rítmicos (valsa, schottish, polca), da música popular portuguesa adquirindo uma influência da música africana. No princípio, o chorinho era visto somente como um modo de cantar uma música de forma triste (chorosa), por isso seus autores eram designados de chorões. Só no século XX é que tal maneira chorosa se transformou em um estilo musical, apesar de haver documentos de sua história ainda no desfecho do século XIX. As mais importantes celebridades dessa música eram Vila-Lobos, Joaquim Antônio da Silva Callado, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Pixinguinha, dentre outros.[161]

As mais antigas manifestações da bossa nova aconteceram desde a década de 1950, na zona sul do Rio de Janeiro, adquirindo dimensões mundiais. Dentre os mais importantes intérpretes merecem destaque: Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Candinho, João Gilberto, Baden Powell, Carlos Lyra, etc.[161]

Mas tem se destacado recentemente outro estilo musical, o funk carioca, que possui festivais de forte apelo popular denominadas bailes. Estas são lideradas por MCs e DJs, várias vezes com intensa conotação de apologia à violência.[172][173] Outro estilo musical popular no estado e também inspirado pela cultura negra constitui o charme. Este, no entanto, ao contrário do funk, dá preferência às letras românticas e bem-comportadas.[173]

Foi no antigo Distrito Federal, agora subordinado ao estado do Rio de Janeiro, que o biquíni, utilizado por várias mulheres brasileiras em praias, piscinas, rios, banheiras e banhos de cama em hospitais, foi introduzido por Miriam Etz em 1948, pela primeira vez na Praia do Arpoador.[174][175][176]

Turismo e eventos

Praia de Copacabana.

O município do Rio de Janeiro é o mais importante centro turístico do Brasil, e uns de seus pontos de atração, como Pão de Açúcar e o Corcovado, se transformaram mesmo em símbolos do país. Outros pontos de interesse são suas numerosas praias e parques florestais — como o Parque da Pedra Branca e o da Floresta da Tijuca, as duas maiores áreas florestais urbanas do mundo —, as ilhas da baía de Guanabara, as igrejas, os centros desportivos, as quadras das escolas de samba.[160]

Entre as atrações do resto do estado incluem-se praias e estâncias serranas. As cidades litorâneas acolhem nos finais de semana e no verão enorme quantidade de turistas. No sentido oeste-leste seguem-se as praias dos municípios de Paraty, Angra dos Reis, Niterói, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios, Rio das Ostras e Macaé. Não demasiadamente distante das praias, ficam as estâncias de altitude da serra do Mar (Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo) e do maciço de Itatiaia (Penedo, Itatiaia, Visconde de Mauá).[160]

Esportes

Final do Campeonato Carioca de 2017, no setor Sul do Maracanã (parte da torcida do Fluminense).

O futebol é o esporte mais popular no estado do Rio de Janeiro, seguido por vôlei, tênis, handebol, basquete, atletismo, natação e artes marciais. O futebol no Rio de Janeiro foi introduzido no início do século XX, tendo como principais equipes o Flamengo, o Vasco da Gama, o Botafogo e o Fluminense, além de outros menores.[177] Já, o Campeonato Carioca, realizado anualmente desde 1906, é o principal evento de futebol no estado, organizado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, contando com a participação de dezesseis equipes na série A.[177][178] Os estádios do Maracanã, Nilton Santos, São Januário, Ítalo del Cima, Moça Bonita, da Rua Bariri, das Laranjeiras, Luso-Brasileiro, da Gávea, do Ceres, Leônidas da Silva, Conselheiro Galvão, Figueira de Melo e Antunes são os maiores campos de futebol do Rio de Janeiro.[179][180]

O estado foi sede de importantes eventos poliesportivos mundiais como o Mundial de 2014 e as Olimpíadas de 2016.[181] No entanto, apesar de tudo isso, os respectivos torneios foram mal gerenciados devido à demora na conclusão das obras de infraestrutura e outros serviços úteis à população participante das arquibancadas.[181][182][183][184][185][186]

Dentre as principais personalidades do esporte fluminense estão: no futebol, Renato Gaúcho, Romário, Edmundo, Fred, Adriano, Joel Santana, Júnior, Heleno de Freitas, Afonsinho e Garrincha;[187] no tênis, Thomaz Koch,[188] Christian Lindell,[189] Fabiano de Paula,[190] Joana Cortez,[191] Ricardo Acyoli[192] e Ronald Barnes;[193] no handebol, Bruno Souza,[194] Collin Turnbull,[195] Diogo Hubner[196] e Chicória,[197]; no jiu-jitsu, Carlson Gracie, o primogênito da família a nascer no estado;[198] no MMA, Marcelo Zulu;[199] na natação, Mariana Brochado,[200] Monique Ferreira,[201] Piedade Coutinho,[202] João Havelange,[203] Edith Groba,[204] Gabriel Mangabeira,[205] Jhennifer Conceição[206] e Luiz Lima;[207] no atletismo, Andressa Mendes[208] e Ingrid de Oliveira;[209] no voleibol, Adriana Samuel,[210] Bebeto de Freitas,[211] Bernardinho,[212] e Juliana Valongo de Castro.[213]

Feriados

No Rio de Janeiro há três feriados estaduais: a terça-feira de Carnaval, em fevereiro ou março, o dia 23 de abril, festa litúrgica de São Jorge, o 20 de novembro, o da Consciência Negra.[214][215][216][nota 3] Além desses feriados, a 3ª segunda-feira de outubro, Dia do Comércio, constitui feriado para os comerciários (Lei estadual 160/1977) e construtores civis (Lei estadual nº 4.742/2006).[217] O Rio de Janeiro não tem data magna.[218] A legislação relacionada com as datas comemorativas, feriados estaduais e pontos facultativos do estado está consolidada pela lei 5.645/2010.[219]

Ver também

Ver também a categoria: Naturais do Rio de Janeiro

Notas e referências

Notas

  1. O nome oficial do prédio do poder legislativo é uma homenagem ao arquiteto e urbanista brasileiro natural da França, Lúcio Costa, falecido no Rio de Janeiro em 13 de junho de 1998.
  2. Ver Lista das maiores bibliotecas públicas do Brasil.
  3. Atualmente se encontra em tramitação, no Supremo Tribunal Federal, a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4131, questionando a legalidade dessa lei.

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