Intertextualidade: diferenças entre revisões
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*Griffig, Thomas. ''Intertextualität in linguistischen Fachaufsätzen des Englischen und Deutschen (Intertextuality in English and German Linguistic Research Articles).'' Frankfurt a.M.: Lang, 2006. |
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*Kliese, M. (2013). Little Lamb analysis. CQUniversity e-courses, LITR19049 - Romantic and Contemporary Poetry. |
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*National Institute of Development Administration, The (NIDA), Bangkok 10240, Thailand. |
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*Oropeza, B.J. "Intertextuality." In ''The Oxford Encyclopedia of Biblical Interpretation''. Steven L. McKenzie, editor-in-chief. New York: Oxford University Press, 2013, Vol. 1, 453–63; B. J. Oropeza and Steve Moyise, eds. ''Exploring Intertextuality: Diverse Strategies for New Testament Interpretation of Texts'' (Eugene, Ore.: Cascade Books, 2016). |
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*Pasco, Allan H. ''Allusion: A Literary Graft''. 1994. Charlottesville: Rookwood Press, 2002. |
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*Porter, Stanley E. "The Use of the Old Testament in the New Testament: A Brief Comment on Method and Terminology." In ''Early Christian Interpretation of the Scriptures of Israel: Investigations and Proposals'' (eds. C. A. Evans and J. A. Sanders; JSNTSup 14; Sheffield: Sheffield Academic Press, 1997), 79–96. |
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Revisão das 06h38min de 17 de outubro de 2022
Intertextualidade é a formação do significado de um texto por outro texto, seja por meio de estratégias deliberadas de composição como citação, alusão, calque, plágio, tradução, pastiche ou paródia,[1][2][3][4][5] ou por interconexões entre obras semelhantes ou relacionadas percebidas por um público ou leitor do texto.[6] Essas referências às vezes são feitas deliberadamente e dependem do conhecimento prévio do leitor e da compreensão do referente, mas o efeito da intertextualidade nem sempre é intencional e às vezes é inadvertido. Frequentemente associada a estratégias empregadas por escritores que trabalham em registros imaginativos (ficção, poesia e drama e até mesmo textos não escritos como arte performática e mídia digital),[7][8] a intertextualidade é agora entendida como intrínseca a qualquer texto.[9]
A intertextualidade foi diferenciada em categorias referenciais e tipológicas. A intertextualidade referencial refere-se ao uso de fragmentos em textos e a intertextualidade tipológica refere-se ao uso de padrão e estrutura em textos típicos.[10] Uma distinção também pode ser feita entre iterabilidade e pressuposição. A iterabilidade faz referência à "repetibilidade" de determinado texto que é composto por "traços", pedaços de outros textos que ajudam a constituir seu significado. A pressuposição faz referência às suposições que um texto faz sobre seus leitores e seu contexto.[11] Como o filósofo William Irwin escreveu, o termo "chegou a ter quase tantos significados quanto os usuários, daqueles fiéis à visão original de Julia Kristeva de quem simplesmente a usa como uma maneira elegante de falar sobre alusão e influência".[12]
Tipos de intertextualidade
Pode-se destacar doze tipos de formas:
- Alusão ou referência - Na alusão, não se aponta diretamente o fato em questão; apenas o sugere através de características secundárias ou metafóricas.
- Bricolagem - são alguns procedimentos de intertextualidade das artes plásticas e da música que também aparecem retomados na literatura. Quando o processo da citação é extremo, ou seja, um texto é montado a partir de fragmentos de outros textos, tem-se um caso de bricolagem.
- Citação - é uma transcrição do texto alheio, marcada por aspas e geralmente com o nome do autor deste. A Citação é um fragmento transcrito de outro autor, inserido no texto entre aspas.
- Crossover - é aparição ou encontro entre personagens que pertencem a universos fictícios diferentes em determinados capítulos, episódios, edições ou volumes de alguma obra artística.
- Epígrafe - é um pequeno trecho de outra obra, ou mesmo um título, que apresenta outra criação, guardando com ela alguma relação mais ou menos oculta.
- Paráfrase - o autor recria, com seus próprios recursos,um texto já existente,"relembrando" a mensagem original ao interlocutor.
- Paródia - é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela muitas vezes perverte o texto anterior, visando a crítica de forma irônica.
- Pastiche - é definido como obra literária ou artística em que se imita abertamente o estilo de outros escritores, pintores, músicos, etc.
- Plágio - é a cópia e/ou alteração indevida e não-licenciada de uma obra artística, científica ou literária por alguém que afirma ser o autor original da mesma.
- Sample - são trechos "roubados" de outras músicas e usados como base para outras produções.
- Tradução - a tradução é a adequação de um texto em outra língua, a língua nativa do país. Por exemplo, um livro em turco é traduzido para o português.
- Transliteração - técnica linguística que, tal como a tradução, ocupa-se de adequar termos, nomes e expressões de uma língua para outra, entretanto adaptando-as para um alfabeto que possui letras diferentes de seu original.
Exemplo
Às vezes, a superposição de um texto sobre outro pode provocar uma certa atualização ou modernização do primeiro texto. Nota-se isso no livro Mensagem, de Fernando Pessoa, que retoma, por exemplo, com seu poema “O Monstrengo” o episódio do Gigante Adamastor de Os Lusíadas de Camões.
Referências
- ↑ Gerard Genette (1997) Paratexts p.18
- ↑ Kaźmierczak, Marta (15 de dezembro de 2019). «Intertextuality as Translation Problem: Explicitness, Recognisability and the Case of "Literatures of Smaller Nations"». Russian Journal of Linguistics. 23 (2): 362–382. ISSN 2312-9212. doi:10.22363/2312-9182-2019-23-2-362-382
- ↑ Hallo, William W. (2010) The World's Oldest Literature: Studies in Sumerian Belles-Lettres p.608
- ↑ Cancogni, Annapaola (1985) The Mirage in the Mirror: Nabokov's Ada and Its French Pre-Texts pp.203-213
- ↑ Hebel, Udo J (1989). Intertextuality, Allusion, and Quotation: An International Bibliography of Critical Studies (Bibliographies and Indexes in World Literature). [S.l.]: Greenwood Press. ISBN 978-0313265174
- ↑ "Definition of Intertextuality", "Dictionary.com", Retrieved on 15 March 2018.
- ↑ Clayton, John B. (1991). Influence and Intertextuality in Literary History (em inglês). [S.l.]: Univ of Wisconsin Press. ISBN 9780299130343
- ↑ Gadavanij, Savitri. "Intertextuality as Discourse Strategy", School of Language and Communication, Retrieved 15 March 2018.
- ↑ Roozen, Kevin (2015). «Texts Get Their Meaning from Other Texts». Naming What We Know: Threshold Concepts of Writing Studies. Logan: Utah State UP. pp. 44–47. ISBN 978-0-87421-989-0
- ↑ Mayer, Rolf (1990). «Abstraction, Context, and Perspectivization – Evidentials in Discourse Semantics». Theoretical Linguistics. 16 (2–3). ISSN 0301-4428. doi:10.1515/thli.1990.16.2-3.101
- ↑ Porter, James E. (1986). «Intertextuality and the discourse community». Rhetoric Review. 5 (1): 34–47. ISSN 0735-0198. doi:10.1080/07350198609359131
- ↑ Irwin,2, October 2004, pp. 227–242, 228.
Bibliografia
- Comhrink, A. (n.d.). 'The matrix and the echo': Intertextual re-modelling in Stoppard's Rosencrantz and Guildenstern are dead. Attie de Lxmge[necessário esclarecer].
- Griffig, Thomas. Intertextualität in linguistischen Fachaufsätzen des Englischen und Deutschen (Intertextuality in English and German Linguistic Research Articles). Frankfurt a.M.: Lang, 2006.
- Kliese, M. (2013). Little Lamb analysis. CQUniversity e-courses, LITR19049 - Romantic and Contemporary Poetry.
- National Institute of Development Administration, The (NIDA), Bangkok 10240, Thailand.
- Oropeza, B.J. "Intertextuality." In The Oxford Encyclopedia of Biblical Interpretation. Steven L. McKenzie, editor-in-chief. New York: Oxford University Press, 2013, Vol. 1, 453–63; B. J. Oropeza and Steve Moyise, eds. Exploring Intertextuality: Diverse Strategies for New Testament Interpretation of Texts (Eugene, Ore.: Cascade Books, 2016).
- Pasco, Allan H. Allusion: A Literary Graft. 1994. Charlottesville: Rookwood Press, 2002.
- Porter, Stanley E. "The Use of the Old Testament in the New Testament: A Brief Comment on Method and Terminology." In Early Christian Interpretation of the Scriptures of Israel: Investigations and Proposals (eds. C. A. Evans and J. A. Sanders; JSNTSup 14; Sheffield: Sheffield Academic Press, 1997), 79–96.