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Cyanoramphus auriceps

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaKakariki-de-fronte-amarela

Estado de conservação
Espécie quase ameaçada
Quase ameaçada
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittaculidae
Género: Cyanoramphus
Espécie: C. auriceps
Nome binomial
Cyanoramphus auriceps
Heinrich Kuhl, 1820

O kakariki-de-fronte-amarela é uma pequena espécie de papagaio nativa da Nova Zelândia. A palavra kakariki vem do Maori kākāriki e significa "papagaio pequeno" (kākā = papagaio, riki = pequeno). É caracterizado por suas penas verdes e testa amarela com uma faixa vermelha acima do bico.

Kakariki-de-fronte-amarela adulto

Kakarikis-de-fronte-amarela são pequenos papagaios verdes com pés escuros e cauda longa. Seu nome popular vem da marcação amarela em sua testa, com uma faixa vermelha mais fina próxima ao bico. Diferentemente do kakariki-de-fronte-vermelha (Cyanoramphus novaezelandiae), não possui marcas vermelhas atrás dos olhos. Têm olhos vermelhos ou alaranjados e bico cinza com a ponta preta. Possuem dimorfismo sexual. Os machos têm o bico maior e mais largo que as fêmeas.[1]

Os kakarikis-de-fronte-amarela juvenis têm bicos rosados e íris castanhas. Além disso, são um pouco menores que os adultos.

Indivíduo Tamanho médio (excluindo cauda) Peso médio
Padrão 22,25cm 45,9g
Macho 22,25cm 51,2g
Fêmea 22,25cm 40,7g

Vocalizações

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A vocalização da espécie é nasal e suave, seguindo um padrão de "kee-kee-kee-kee-kee". As aves vocalizam durante o voo e quando pousados. [3]

Distribuição e habitat

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Distribuição

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Kakariki-de-fronte-amarela na reserva natural Nga Manu, Wellington, Nova Zelândia

Kakarikis-de-fronte-amarela são endêmicos da Nova Zelândia e pode ser encontrado nas duas ilhas principais e também na Ilha Elwing nas Ilhas Auckland. Esta é a localização mais ao sul do mundo já registrada para Cyanoramphus, e é também a segunda localização mais ao sul onde vivem papagaios. [4]

Estas aves preferem os dosséis superiores de florestas altas e densas, mas também são observados em prados de alta altitude e em algumas das ilhas subantárticas.[4] Sua preferência por galhos mais altos o permite se proteger melhor de predadores invasivos em relação aos kakarikis-de-fronte-vermelha.[5]

Comportamento

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Possuem uma dieta principalmente herbívora, baseada em frutas, flores, folhas e poucas sementes. Comem larvas, principalmente das espécies Eriococcus orariensis e Sensoriaphis nothofagi.[6]

Principais plantas consumidas[6]

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Espécie Parte(s) da planta
Alseuosmia macrophylla Frutas
Coprosma arborea Frutas
Dianella intermedia Frutas
Dysoxylum spectabile Brotos de flor
Kunzea ericoides Brotos de flor
Melicytus ramiflorus Flores
Metrosideros excelsa Brotos de folhas, brotos de flor
Myrsine australis Frutas
Nothofagus truncata Brotos de folha, brotos de flor, flores, sementes
Pittosporum umbellatum Brotos de flores, flores, sementes
Pseudopanax arboreus Frutas
Ovos de kakarikis-de-fronte-amarela

Ocorre principalmente entre outubro e dezembro, mas ninhos utilizados já foram reportados entre maio e junho. Fazem ninhos em buracos de árvores, geralmente mortas ou apodrecendo. Botam entre 5 e 9 ovos.[3]Os ovos pesam em média 4,4g.[2]

Estado de conservação

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Kakariki-de-fronte-amarela taxidermizado

O kakariki-de-fronte-amarela é classificado como espécie Quase Ameaçada pela lista vermelha da IUCN. Tem entre 10.000 e 30.000 indivíduos e sua população está decrescente. As principais ameaças para a espécie são agricultura, espécies invasivas e mudanças climáticas.[7]

Na língua Maori, existe uma expressão popular utilizada no contexto de descrever conversa barulhenta ou fofoca, fazendo a conexão do som das pessoas falando com o som de filhotes de kakariki em seus ninhos. A expressão é "Ko te rua porete hai whakariki" e sua tradução literal é "assim como um ninho de kakarikis".

Referências

  1. Young, Jim R.; Kearvell, Jonathan C. (junho de 2001). «Distinguishing between sexes and species: bill size in Orange-fronted and Yellow-crowned Parakeets, Cyanoramphus auriceps». Emu - Austral Ornithology (em inglês) (2): 137–143. ISSN 0158-4197. doi:10.1071/MU00010. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  2. a b Myhrvold, Nathan P.; Baldridge, Elita; Chan, Benjamin; Sivam, Dhileep; Freeman, Daniel L.; Ernest, S. K. Morgan (novembro de 2015). «An amniote life-history database to perform comparative analyses with birds, mammals, and reptiles: Ecological Archives E096-269». Ecology (em inglês) (11): 3109–000. ISSN 0012-9658. doi:10.1890/15-0846R.1. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  3. a b Collar, Nigel; Boesman, Peter F. D. (2020). «Yellow-crowned Parakeet (Cyanoramphus auriceps), version 1.0». Birds of the World (em inglês). doi:10.2173/bow.yefpar3.01. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  4. a b «TerraNature | Terra Nature Fund - saving New Zealand biodiversity». www.terranature.org. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  5. Kearvell, Jonathan C.; Young, James R.; Grant, Andrew D. (2002). «Comparative ecology of sympatric orange-fronted parakeets (Cyanoramphus malherbi) and yellow-crowned parakeets (C. auriceps), South Island, New Zealand». New Zealand Journal of Ecology (2): 139–148. ISSN 0110-6465. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  6. a b admin (27 de março de 2014). «Foraging ecology of the red-crowned parakeet (Cyanoramphus novaezelandiae novaezelandiae) and yellow-crowned parakeet (C. auriceps auriceps) on Little Barrier Island, Hauraki Gulf, New Zealand». NZES (em inglês). Consultado em 1 de agosto de 2023 
  7. «Cyanoramphus auriceps: BirdLife International». IUCN Red List of Threatened Species. 1 de maio de 2012. Consultado em 1 de agosto de 2023