Estação Jardim São Paulo-Ayrton Senna
Jardim São Paulo - Ayrton Senna | ||||||||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Panorama da Estação Jardim São Paulo–Ayrton Senna | ||||||||||||||||||||||
Uso atual | Estação de metrô | |||||||||||||||||||||
Proprietário | Governo do Estado de São Paulo | |||||||||||||||||||||
Administração | Metrô de São Paulo | |||||||||||||||||||||
Linha | Azul | |||||||||||||||||||||
Sigla | JPA | |||||||||||||||||||||
Posição | Subterrânea | |||||||||||||||||||||
Plataforma | Central | |||||||||||||||||||||
Capacidade | 20 000 passageiros/hora/pico[1] | |||||||||||||||||||||
Movimento em | 16 000 passageiros (média/dia útil em 2013)[2] | |||||||||||||||||||||
Serviços | ||||||||||||||||||||||
Informações históricas | ||||||||||||||||||||||
Nome antigo | Jardim São Paulo | |||||||||||||||||||||
Inauguração | 29 de abril de 1998 (26 anos) | |||||||||||||||||||||
Projeto arquitetônico | Meire Gonçalves Selli[3] | |||||||||||||||||||||
Localização | ||||||||||||||||||||||
Coordenadas | ||||||||||||||||||||||
Endereço | Av. Leôncio de Magalhães, 1000, Santana | |||||||||||||||||||||
Município | São Paulo | |||||||||||||||||||||
País | Brasil | |||||||||||||||||||||
Próxima estação | ||||||||||||||||||||||
|
A Estação Jardim São Paulo–Ayrton Senna é uma estação da Linha 1–Azul do metrô da cidade brasileira de São Paulo, originalmente conhecida apenas como Estação Jardim São Paulo. Foi inaugurada pelo governador Mário Covas no dia 29 de abril de 1998,[1] juntamente com as estações Tucuruvi e Parada Inglesa, dentro do projeto de expansão norte da Linha 1, iniciado em 1987.
História
[editar | editar código-fonte]A Extensão Norte do metrô surgiu em 1975 após a revisão do projeto básico do metrô apresentado pelo consórcio HMD. Com 34 quilômetros de extensão, tinha como objetivo ampliar a Linha Norte — Sul de Santana até Tucuruvi.[4] O detalhamento do projeto ocorreu na Década de 1980 com o projeto da Extensão Norte prevendo a construção das estações Jardim São Paulo, Paulicéia e Tucuruvi. Os decretos de desapropriação para a construção da estação Jardim São Paulo foram aprovados em março de 1987, poucos dias antes do final da gestão de Franco Montoro.[5]
O governo seguinte, de Orestes Quércia, realizou a contratação das empresas responsáveis pelo projeto e iniciou as obras em 1 de dezembro de 1987.[6]
Estação | Construtora | Início da obra | Término |
---|---|---|---|
Jardim São Paulo | Mendes Junior/ Consladel |
1 de dezembro de 1987/ Junho de 1996 (retomada) |
29 de abril de 1998 |
As obras foram iniciadas pela construtora Mendes Junior. No entanto, por falta de recursos[7] e problemas de desapropriação de uma área da prefeitura de São Paulo (resolvido apenas em agosto de 1988),[8] as obras ficaram paralisadas entre dezembro de 1987 e meados de 1991. Retomada pela gestão de Fleury Filho, a construção da estação Jardim São Paulo obrigou a Companhia do Metropolitano a contratar a implosão do prédio da sede da Administração Regional de Santana. Realizada em 29 de janeiro de 1992, a implosão foi considerada um sucesso e abriu caminho para a construção da estação.[9] Sem recursos, Fleury paralisou as obras da estação em 1992.[10] Em setembro de 1994 a Companhia do Metropolitano contratou a empresa Consladel para concluir o acabamento da estação.[11]
As obras da estação Jardim São Paulo foram retomadas apenas em junho de 1996 no governo Mário Covas, com a Consladel concluindo os acabamentos da estação.[12][13] Para financiar parte das obras, a Companhia do Metropolitano assinou um contrato de arrendamento das bilheterias da estação com a construtora por quinze anos e em troca a construtora iria financiar parte da construção da estação.[14]
A estação Jardim São Paulo foi inaugurada em 29 de abril de 1998.[15]
Localização
[editar | editar código-fonte]Localiza-se na Avenida Leôncio de Magalhães, 1000,[1] no bairro Jardim São Paulo, no distrito de Santana, zona norte, junto ao Parque Domingos Luís.
Características
[editar | editar código-fonte]Trata-se de uma estação enterrada com estrutura em concreto aparente e plataforma central localizada abaixo do mezanino de distribuição. Possui também aberturas para iluminação natural no ambiente da plataforma e um projeto paisagístico diferenciado, com a presença de jardins no nível do saguão onde se localizam as bilheterias e os bloqueios.[1] O projeto desta estação conferiu à arquiteta Meire Gonçalves Selli o prêmio da II Bienal Iberoamericana de Arquitectura e Ingenieria Civil de Madrid, no ano de 2000.
Tem 7 355 metros quadrados de área construída e sua capacidade é de 20 000 passageiros por hora, no horário de pico.[1]
Possui duas saídas, ambas localizadas dentro do Parque Domingos Luís e que possibilitam o acesso para portadores de deficiência.
Demanda média da estação
[editar | editar código-fonte]A média de entrada de passageiros nessa estação em 2013 foi de 16 000 passageiros por dia útil, sendo uma das menos movimentadas da Linha 1.[2]
Obras de arte
[editar | editar código-fonte]- Construção de São Paulo (painel), Maria Bonomi, concreto convencional moldado em forma gravada (1998), concreto armado (2 painéis de concreto, medindo 3,00 m X 6,00 m X 2,70 m (total 52,20m²)), instalado na plataforma de embarque.[16]
- Voo de Xangô (escultura), Gilberto Salvador, caldeiraria/fundição (1999), aço e tinta epóxi (8,00 m X 20,00 m X 4,00 m - 6.600 kg), instalada no jardim externo.[16]
-
Vôo de Xangô, obra de Gilberto Salvador, datada de 1990
-
Construção de São Paulo, obra de Maria Bonomi, 1998
Toponímia
[editar | editar código-fonte]O loteamento Jardim São Paulo surgiu em 1938, sendo promovido pela empresa Predial Novo Mundo (braço imobiliário do Banco Novo Mundo). O crescimento do loteamento fez com que em 1940 fosse implantada uma linha de ônibus entre o Vale do Anhangabaú e o Jardim São Paulo.[17]
Mudança de nome
[editar | editar código-fonte]No ano de 2009 o deputado Campos Machado, do PTB, propôs um projeto para mudança de nome da estação Jardim São Paulo para Jardim São Paulo-Ayrton Senna, em homenagem ao piloto tricampeão de Fórmula 1, que nasceu e viveu na região do Jardim São Paulo. Em 2011 acabou sendo aprovada a mudança de nome pelo governo do estado, e tal mudança foi implantada a partir de outubro do mesmo ano. O projeto contou com várias manifestações de apoio da sociedade paulistana, inclusive com a coleta de milhares de assinaturas para um abaixo assinado. Uma escultura em homenagem ao piloto também deve ser instalada no local.[18][19][20] A escultura deverá ser criada pelo designer e artista plástico Paulo Soláriz, conhecido por seus troféus-escultura e arte voltada ao automobilismo e idealizador do projeto que levou à mudança de nome.[21]
Informações básicas
[editar | editar código-fonte]Linha | Terminais | Inauguração | Comprimento (km) | Estações | Duração das viagens (min) | Funcionamento (*) |
---|---|---|---|---|---|---|
1 Azul |
Tucuruvi ↔ Jabaquara | 14 de setembro de 1974 | 20,2 | 23 | 47 | Diariamente, das 4h40 à 0h32; Sábados até a 1 hora de domingo |
Sigla | Estação | Inauguração | Capacidade | Integração | Plataformas | Posição | Notas |
---|---|---|---|---|---|---|---|
JPA | Jardim São Paulo–Ayrton Senna | 29 de abril de 1998 | 20 mil passageiros hora/pico | Bilhete Único da SPTrans | Central | Subterrânea | Estação com estrutura de concreto aparente. O nome da estação é em homenagem ao nascimento e crescimento de Ayrton Senna na região, na Rua Condessa Siciliano |
Referências
- ↑ a b c d e Metrô de São Paulo. «Estação Jardim São Paulo - Ayrton Senna». Consultado em 21 de fevereiro de 2015
- ↑ a b Metrô de São Paulo (2013). «Informações sobre a demanda». Consultado em 21 de fevereiro de 2015
- ↑ «Arquitetura das estações:Linha 1 -Azul». Metrô-SP/recuperado pelo Internet Archive. 7 de março de 2005. Consultado em 8 de fevereiro de 2019
- ↑ Tomas Martins (2002). «Análise do desenvolvimento do Metrô em São Paulo». Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - Departamento de projeto-AUP 272:Organização urbana e planejamento/republicado no Internet Archive. Consultado em 27 de janeiro de 2024
- ↑ Franco Montoro (13 de março de 1987). «Decreto 26893 de 12 de março de 1987» (PDF). Diário Oficial do Estado, Caderno: Executivo I, página 4. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO (1988). 20 anos: 1968-1988. [S.l.]: Companhia do Metropolitano de São Paulo. p. 17
- ↑ «Governo proíbe novos empréstimos a órgãos públicos». Jornal do Brasil, ano XCVII, edição 321, página 14/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 27 de fevereiro de 1988. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ Jânio Quadros (21 de setembro de 1988). «Despachos do prefeito: VP 305 de 31/8/88» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, ano, Caderno: Diário do Município, página 4. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ «Três segundos...». Jornal do Brasil, ano CI, edição 295, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 30 de janeiro de 1992. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ Daniel Castro (13 de setembro de 1994). «Metrô de SP completa 20 anos em crise financeira». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2024
- ↑ Companhia do Metropolitano de São Paulo (22 de outubro de 1994). «Contratos assinados no mês de setembro de 1994» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo, Caderno Ineditoriais, página 15. Consultado em 27 de janeiro de 2024
- ↑ «Metrô pode levar Serra ao segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo». A Tribuna (Santos), ano 103, edição 169, página D5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 10 de setembro de 1996. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ «BNDES financia expansão do metrô de São Paulo». Jornal do Commércio (RJ), ano CLXIX, edição 280, página A3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 4 de setembro de 1996. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ Fábio Schivartche (29 de abril de 1998). «Metrô de SP sai do buraco para crescer». Folha Online. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ «Estações movimentam comércio». Folha Online. 29 de abril de 1998. Consultado em 10 de dezembro de 2023
- ↑ a b «Roteiro de Arte do Metrô de São Paulo»
- ↑ «Contamos a origem do bairro Jardim São Paulo, que completa 85 anos». Diário da Zona Norte (São Paulo). 15 de julho de 2023. Consultado em 27 de janeiro de 2024
- ↑ «Agora é definitivo: Estação vai se chamar Jardim São Paulo - Ayrton Senna». SP Norte. jornalspnorte.com.br. 5 de agosto de 2011. Consultado em 1 de junho de 2019
- ↑ «Estação do metrô de São Paulo ganhará nome de Senna em outubro». Virgula. virgula.uol.com.br. 29 de julho de 2011. Consultado em 1 de junho de 2019
- ↑ «Senna vai dar nome a estação em SP». Estadão. estadao.com.br. 29 de julho de 2011. Consultado em 1 de junho de 2019
- ↑ «Senna vai dar nome a estação de metrô em SP». UOL. noticias.uol.com.br. 29 de julho de 2011. Consultado em 1 de junho de 2019
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]
Precedido por Parada Inglesa Distância: 1 057 metros |
Linha 1–Azul do Metrô Jardim São Paulo–Ayrton Senna |
Sucedido por Santana Distância: 1 474 metros |