Giovani Cherini: diferenças entre revisões
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Revisão das 02h34min de 31 de janeiro de 2023
Giovani Cherini | |
---|---|
Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul | |
No cargo | |
Período | 1 de fevereiro de 2011 até a atualidade |
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul | |
Período | 31 de janeiro de 1995 até 31 de janeiro de 2011 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 23 de junho de 1960 (64 anos) Soledade, Rio Grande do Sul |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | PDT (1988-2016) PR (2016-2019) PL (2019-atualmente) |
Profissão | tecnólogo |
Ocupação | Político |
Giovani Cherini (Soledade, 23 de junho de 1960) é um político e tecnólogo brasileiro, atualmente é deputado federal pelo Rio Grande do Sul, filiado ao Partido Liberal (PL).[1]
Carreira política
Nas eleições estaduais de 1990, tentou pela primeira vez o cargo de deputado estadual à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na 48ª legislatura (1991 — 1995) pelo PDT conseguindo 11.672 votos ficando como suplente do partido.[2]
Em 1992, se candidatou pelo PDT a prefeito de Soledade, conseguindo 3.831 votos, ficando em terceiro e último lugar, na ocasião o eleito foi Paulo Zaluar Berticelli Triches do PSB com 5.984 votos, Célio Franco da Silva do PDS ficou em segundo com 4.549 votos.[3]
Nas eleições estaduais de 1994, tentou pela segunda vez o cargo de deputado estadual à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na 49ª legislatura (1995 — 1999) pelo PDT conseguindo 18.965 votos sendo eleito,[4] consegue reeleição nas eleições estaduais de 1998 com 38.691 votos, ocupando cadeira na 50ª legislatura (1999 — 2003),[5] nas eleições estaduais de 2002 consegue sua segunda reeleição com 55.185 votos, ocupando cadeira na 51ª legislatura (2003 — 2007)[6] e nas eleições estaduais de 2006 consegue sua terceira reeleição com 64.523 votos, ocupando cadeira na 52ª legislatura (2007 — 2011).[7]
Em 2001, foi o autor da lei que dispõe sobre a proibição de uso e comercialização de produtos com amianto no estado do Rio Grande do Sul, lei aprovada que proibiu a fabricação de qualquer produto com o mineral em setembro de 2004 e a comercialização em junho de 2005.[8]
Em 2006, quando já tinha conseguido sua terceira reeleição para deputado estadual, teve seu mandato cassado pelo TRE - RS por captação ilícita de votos, o processo de cassação mostrou que Cherini usava três albergues (usados para abrigar pessoas de outras cidades em tratamento de saúde) que estavam situados nas cidades de Porto Alegre, Santa Maria e Passo Fundo como extensão de seu comitê de campanha, nesses locais foram encontrados materiais como faixas, planfletos e pulseirinhas com seu nome e número de registro, o que, no entendimento dos desembargadores do TRE - RS, influenciava as pessoas a votarem nele;[9] porém posteriormente o TSE optou pela preservação do mandato, mas Cheirini ficou inelegível por 3 anos que foi contado a partir do próprio ano de 2006, o TSE também decidiu que essa prática em albergues não seria mais tolerada em eleições futuras.[10]
Nas eleições estaduais de 2010, foi eleito deputado federal pelo PDT com 111.373 votos.[11]
Em 2011, em um de seus últimos atos como presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul entrou com uma representação contra o músico Tonho Crocco pela música "Gangue da Matriz" que criticou o aumento autoconcedido de 73% nos salários pelos próprios Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul em dezembro de 2010, o deputado falou que era um crime contra honra e o título era extremamente agressivo e fazia referência a criminosos que mataram o jovem Alex Thomas, na época Adão Villaverde que se tornou o sucessor na presidência da Assembleia Legislativa, expressou descontentamento discordando da decisão de Cherini,[12] mas em agosto do mesmo ano o próprio Giovani Cherini ingressou com petição pedindo o arquivamento contra o músico com a alegação que não era vítima no processo (seu nome não aparecia na letra, pois como presidente do parlamento gaúcho na ocasião não podia votar) e que defendia a liberdade de expressão,[13] na época Tonho recebeu apoio de uma loja que espalhou 20 outdoors pela capital Porto Alegre e também imenso apoio por redes sociais.[14]
Nas eleições estaduais de 2014 foi reeleito deputado federal pelo PDT com 115.294 votos[15]
Em maio de 2016, após contrariar a orientação do PDT e votar favoravelmente a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, foi expulso do partido.[16] Em julho, ingressou no Partido da República.[17]
Ainda em 2016, Cherini teve seu nome ligado a um esquema de corrupção, onde políticos furavam a fila do Sistema Único de Saúde (SUS) em troca de votos, a investigação ganhou reportagem de nível nacional no programa dominical Fantástico da TV Globo, onde no município de São Lourenço do Sul o frentista conhecido como Caco do Posto que depois veio a ser candidato a vereador pelo PDT, confessa sem saber que esta sendo filmado que fazia esse tipo de esquema há três anos para o deputado Cherini e ressalta que se descoberto o deputado poderia ser cassado.[18]
Já durante o Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[19] Em agosto de 2017 se ausentou da votação em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer, colaborando com o arquivamento da denúncia do Ministério Público Federal,[19][20][21] por motivo de saúde, no caso o deputado estava lutando contra um câncer na garganta, chegando a fazer tratamento com seis sessões de quimioterapia e 33 de radioterapia e também tratamento espiritual com o médium João de Deus no município de Abadiânia no estado de Goiás.[22]
Ainda em 2017, foi autor do projeto que recomendou a inscrição de Chico Xavier (um dos mais importantes expoentes do espiritismo) no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em 2019 a Comissão de Constituição e Justiça - CCJ aprovou o projeto,[23] e em 2021 o nome de Chico Xavier foi definitivamente inscrito no livro.[24]
Nas eleições estaduais de 2018 foi reeleito deputado federal pelo Partido da República com 151.719 votos.[25]
Ainda em 2018, foi um dos deputados que retirou apoio a Operação Lava Jato que realizou um conjunto de investigações, realizadas pela Polícia Federal do Brasil,[26] chegando a assinar um documento pedindo o indeferimento da operação pelo presidente da Câmara dos Deputados, na época o cargo era ocupado pelo deputado Rodrigo Maia.[27]
Em 2019 votou a favor da reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro, reforma que foi aprovada, algumas mudanças com a reforma foram o aumento do tempo de contribuição para homens e mulheres, foi implantada idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres e a pensão por morte passou a estabelecer 50% do valor da aposentadoria que o falecido recebia e mais 10% por dependente, sendo que o valor final não pode ser inferior a 1 salário mínimo.[28][29]
Em 2021 foi autor da proposta para ressuscitar o projeto conhecido como "distritão", que alteraria o sistema de votação para deputados e vereadores, esse projeto anteoriormente foi votado e rejeitado duas vezes pelo plenário da Câmara dos Deputados, em 2015 e em 2017, cientistas políticos afirmam que com esse projeto a consistência partidária fica em segundo plano, a qualidade da democracia piora e a representatividade fica degradada; a proposta gerou uma reportagem no Jornal Nacional da TV Globo, onde o cientista político Cláudio Couto da FGV diz:[30]
“ | O ‘distritão’ é um grande desserviço à democracia brasileira porque ele primeiro favorece aqueles que são muito famosos ou que têm muito dinheiro para fazer campanha, porque é um voto super personalizado. Ele é um voto dado a um indivíduo, se ele é muito conhecido, e aí, consequentemente, acaba prejudicando tanto os partidos que se enfraquecem como aquelas representações de grupos minoritários, de setores da sociedade. É muito menos uma discussão de ideias e mais uma discussão de pessoas que vai pautar a eleição. Então é uma eleição mais cara e menos representativa. | ” |
Ainda em 2021, apareceu na lista de 30 parlamentares apurada pelo jornal O Estado de S. Paulo que veio a rastrear os políticos que destinaram verbas públicas para compras de tratores e máquinas agrícolas em transações sob suspeita de superfaturamento, esse procedimento foi feito cruzando dados de uma planilha interna do Ministério do Desenvolvimento Regional e um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), além de Cherini, outros três deputados gaúchos figuram na lista, são eles: Lucas Redecker, Marlon Santos e Maurício Dziedricki.[31]
Nesse ano ainda em sessão da Comissão de Constituição e Justiça - CCJ da Câmara dos Deputados em meio a Pandemia de COVID-19 falou que o câncer que vitimou Bruno Covas, ex-prefeito de São Paulo, foi agravado pelo uso de máscaras durante sua campanha para prefeito em 2020, pois as máscaras evitavam com que as células respirassem,[32] a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) repudiou a fala do deputado e afirmou que a informação é falsa, especialistas em oncologia afirmaram que a declaração não encontra respaldo científico.[33]
Também em 2021, votou favorável a PEC do voto impresso, PEC que não conseguiu aprovação e que se originou pelas acusações do presidente Jair Bolsonaro de que ocorre fraude no sistema de votação por meio da urna eletrônica, mesmo sem conseguir apresentar provas;[34]o deputado também votou favorável ao projeto de impeachment de ministros do STF, mas o projeto foi rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça - CCJ, o projeto viabilizaria impeachment de ministros do STF por “usurpar competência do Congresso Nacional”, sendo assim, decisões como a que tornou a homofobia crime poderia ser motivo de destituição de um ministro.[35]
Em 2022, votou contra a urgência do Projeto de Lei - PL de combate a fake news, com seu voto a urgência foi rejeitada, na ocasião Cherini declarou que o projeto tem como objetivo retirar a vitória de Jair Bolsonaro (candidato a reeleição à presidência da república) no 1º turno e quando o STF, o TSE e a mídia são favoráveis, os deputados precisam ser contrários.[36][37]
Nas eleições estaduais de 2022 foi reeleito pelo Partido Liberal (PL), mais uma vez deputado federal à uma cadeira na Câmara dos Deputados para a 57.ª legislatura (2023 — 2027) com 162.036 votos.[38]
Desempenho eleitoral
Ano | Eleição | Cargo | Partido | Votos | Resultado |
---|---|---|---|---|---|
1990 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PDT | 11.672 votos |
Suplente |
1992 | Municipal de Soledade | Prefeito | PDT | 3.831 votos |
Não eleito |
1994 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PDT | 18.965 votos |
Eleito |
1998 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PDT | 38.691 votos |
Reeleito |
2002 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PDT | 55.185 votos |
Reeleito |
2006 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PDT | 64.523 votos |
Reeleito |
2010 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PDT | 111.373 votos |
Eleito |
2014 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PDT | 115.294 votos |
Reeleito |
2018 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PR | 151.719 votos |
Reeleito |
2022 | Estadual do Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PL | 162.036 votos |
Reeleito |
Referências
- ↑ «Giovani Cherini», Câmara dos Deputados do Brasil, Biografia.
- ↑ «Resultado eleições de 1990». Consultado em 2 de setembro de 2022
- ↑ «Resultado eleições de 1992». Consultado em 2 de setembro de 2022
- ↑ «Resultado eleições de 1994». Consultado em 2 de setembro de 2022
- ↑ «Resultado eleições de 1998». Consultado em 2 de setembro de 2022
- ↑ «Resultado eleições de 2002». Consultado em 2 de setembro de 2022
- ↑ «Resultado eleições de 2006». Consultado em 2 de setembro de 2022
- ↑ «PROMOTORIA INVESTIGA DESCUMPRIMENTO DA LEI DO AMIANTO». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «DEPUTADO ESTADUAL REELEITO É CASSADO NO RIO GRANDE DO SUL». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «TSE nega pedido de cassação de deputados gaúchos acusados de manter albergues». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «Apuração Eleições 2010: Deputado Federal > Resultados». Click. RBS. Consultado em 29 de setembro de 2012
- ↑ «Para Cherini, título de música de Tonho Crocco "é extremamente agressivo"». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «Cherini diz em nota que processo contra Tonho Crocco deve terminar». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «Justiça arquiva processo contra Tonho Crocco». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «Resultado eleições de 2014». Consultado em 4 de agosto de 2022
- ↑ «Expulso do PDT, Cherini divulga nota criticando o presidente do partido», G1, maio de 2016.
- ↑ «Cherini vai para o Partido da República». Zero hora. RBS. Consultado em 13 de julho de 2016
- ↑ «Investigação revela esquema de políticos que furam a fila do SUS». Consultado em 13 de agosto de 2022
- ↑ a b «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». G1. 2 de agosto de 2017. Consultado em 11 de outubro de 2017
- ↑ «Relatório de Votações em Plenário». Câmara dos Deputados. Consultado em 30 de agosto de 2018
- ↑ «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Carta Capital. 3 de agosto de 2017. Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ «Cherini vence batalha contra o câncer». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ Agência Câmara de Notícias. «CCJ inscreve o médium Chico Xavier como herói da Pátria». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ Agência Senado. «Chico Xavier tem nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «Veja quem são os 31 deputados federais eleitos pelo Rio Grande do Sul». G1
- ↑ «Os 49 que retiraram apoio à CPI da Lava Jato». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «A lista dos deputados que querem o indeferimento da CPI da Lava Jato». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «Veja como votaram os deputados do RS sobre a proposta da reforma da Previdência em 1º turno». Consultado em 30 de setembro de 2022
- ↑ «Senado aprova texto principal da reforma da Previdência em 2º turno». Consultado em 30 de setembro de 2022
- ↑ «Deputados do Centrão tentam ressuscitar projeto do 'distritão'». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «Apuração aponta pelo menos 30 parlamentares que destinaram recursos para compras de máquinas sob suspeita de sobrepreço». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «Deputado Giovani Cherini insinua que uso de máscara agravou câncer de Bruno Covas». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica repudia fala de deputado Giovani Cherini sobre uso de máscara e câncer de Bruno Covas». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «Como votaram os deputados gaúchos na PEC do voto impresso». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «Impeachment de ministros do STF é rejeitado na CCJ. Veja votos dos deputados». Consultado em 30 de agosto de 2022
- ↑ «Câmara rejeita urgência do PL de combate a fake news; deputados articulam 'sobrevida'». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «Urgência do PL das Fake News: saiba como cada deputado votou». Consultado em 31 de agosto de 2022
- ↑ «Resultado eleições de 2022». Consultado em 3 de outubro de 2022
Ligações externas
- Nascidos em 1960
- Presidentes da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul
- Naturais de Soledade (Rio Grande do Sul)
- Brasileiros de ascendência italiana
- Deputados estaduais do Rio Grande do Sul
- Deputados federais do Brasil pelo Rio Grande do Sul
- Membros do Partido Democrático Trabalhista
- Membros do Partido Liberal (2006)