Aotepe I
Aotepe I | ||||||||||||||
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Grande esposa real | ||||||||||||||
Anel de Aotepe, Louvre | ||||||||||||||
Rainha-consorte do Egito | ||||||||||||||
Antecessor(a) | Tetixeri | |||||||||||||
Sucessor(a) | Aotepe II | |||||||||||||
Cônjuge | Tao II | |||||||||||||
Pai | Tao I | |||||||||||||
Mãe | Tetixeri | |||||||||||||
Filho(s) |
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Religião | Politeísmo egípcio | |||||||||||||
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Aotepe I[1] (em egípcio: Iah-hotep; fl. 1570-1 540 a.C.) foi uma rainha do Antigo Egito que viveu entre o fim da XVII dinastia e começo da XVIII. Era filha de Tetixeri e do faraó Tao I, penúltimo faraó da XVII e mãe de Amósis-Nefertari e Amósis I, primeiro da XVIII.[2]
Vida
[editar | editar código-fonte]Aotepe era filha da rainha Tetixeri e do faraó Tao I. Casou-se com seu irmão e sucessor de seu pai, Tao II, com quem teve vários filhos: Amósis, Amósis-Henutemipete, Amósis-Tumerisi, Bimpu, Amósis-Sipairi (porventura pai de Tutemés I), Amósis-Nebeta, Merietamum, Amósis-Nefertari e Amósis I; Amósis-Nefertari e Amósis I se casariam.[3] Tao II morreu em combate contra os hicsos do Baixo Egito e o trono passou para Camés, que logo também foi morto em combate. Amósis I sucedeu Camés, mas era muito jovem e Aotepe assumiu a regência.[4] Segundo uma estela em Carnaque dedicada a ela por seu filho, Aotepe pegou em armas para defender o "Egito" (Tebas, sede de poder de sua dinastia):[5]
“ | Cuidou dos soldados do Egito, o guardou, trouxe de volta seus fugitivos e reuniu desertores, pacificou o Alto Egito e expulsou seus rebeldes. | ” |
Seu sarcófago dourado, encontrado numa tumba de Deir Elbari em Luxor, está no Museu Egípcio do Cairo.[2] Foi achado em 1881 e dentro dele havia a múmia do Terceiro Período Intermediário (1069–664 a.C.) do sumo sacerdote de Amom Pinedjem I; nele há seu nome e seus títulos de princesa, irmã do rei, grande esposa real e mãe do rei. Outro sarcófago, de Dra Abul Naga, também tem seu nome, mas se pensa que deve ter pertencido a Aotepe II, a suposta esposa de Camés. Havia em seu interior uma múmia, descartada equivocadamente pelos escavadores. Alguns pensam que ambos os sarcófagos são de Aotepe I, ignorando a existência de Aotepe II, enquanto já se pensou que ao menos o de Deir Elbari era de uma suposta esposa de Amenófis I (r. 1525–1504 a.C.), mas a teoria foi logo descartada, pois ele não teve filhos, logo, ela não poderia ser mãe do rei.[6]
Referências
- ↑ Lopes 2011.
- ↑ a b Bierbrier 2008, p. 6.
- ↑ Dodson 2004, p. 126.
- ↑ Tyldeslay 2006, p. 82; 84.
- ↑ Tyldeslay 2006, p. 84.
- ↑ Tyldeslay 2006, p. 84-85.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Bierbrier, Morris L. (2008). «Ahhotep». Historical Dictionary of Ancient Egypt. Lanham, Marilândia; Toronto; Plymouth, RU: The Scarecrow Press, Inc.
- Dodson, Aidan; Hilton, Dyan (2004). The Complete Royal Families of Ancient Egypt. Londres: Thames & Hudson. ISBN 0-500-05128-3
- Lopes, Nei (2011). «Aotepe». Dicionário da Antiguidade Africana. São Paulo: Civilização Brasileira. ISBN 978-85-2001-098-3
- Tyldeslay, Joyce (2006). Chronicle of the Queens of Egypt. From Early Dynastic Times fo the Death of Cleopatra. Londres: Thames & Hudson