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Sul Fluminense

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Centro-Sul Fluminense)
 Nota: Este artigo é sobre uma região do estado do Rio de Janeiro. Para a emissora, veja Rádio Sul Fluminense.
Sul Fluminense
Divisão regional do Brasil
Sul Fluminense
Localização
Características geográficas
Unidade federativa  Rio de Janeiro
Regiões limítrofes Vale do Paraíba Paulista; Zona da Mata e sul de Minas Gerais; Centro-sul Fluminense; e Região Metropolitana do Rio de Janeiro
Área 7 918 501 km²
População 1 062 000 hab. IBGE/2010
Densidade 134,1 hab./km²
Indicadores
PIB R$ 17 259 001 338,00 IBGE/2003
PIB per capita R$ 17 568,97 IBGE/2003

Sul Fluminense é uma região geográfica do estado brasileiro do Rio de Janeiro, correspondente àquela área fronteiriça aos estados de São Paulo e Minas Gerais. É banhado pelo oceano Atlântico nas cidades de Angra dos Reis e Parati.

Segundo a divisão geográfica do IBGE vigente entre 1989 e 2017, o Sul Fluminense era considerado uma mesorregião, composta pelas microrregiões de Vale do Paraíba Fluminense, Barra do Piraí e Baía da Ilha Grande.[1] Em 2017, o IBGE extinguiu as mesorregiões e microrregiões, criando um novo quadro regional brasileiro, com novas divisões geográficas denominadas, respectivamente, regiões geográficas intermediárias e imediatas.[2] Segundo a nova divisão, o Sul Fluminense corresponde parcialmente às regiões geográficas intermediárias de Volta Redonda-Barra Mansa e do Rio de Janeiro.[3]

É uma região de razoável contingente populacional, com cerca de 1 milhão de habitantes de acordo com o IBGE (dados de 2010).

São componentes dessa região os seguintes municípios: Angra dos Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Paraty, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valença, Três Rios e Volta Redonda.

A maior cidade desta região é Volta Redonda, com cerca de 260 000 habitantes. Política, administrativa e culturalmente a região Sul Fluminense engloba, também,os municípios do Centro-Sul Fluminense.

Município Imagem Área (km²) População em 2024[4] PIB (R$ 1.000,00) em 2021 PIB per capita em 2021
Angra dos Reis 800,430 179.120 11.194.244,229 mil 53.262,55
Barra do Piraí 578,471 98.501 2.713.911,369 mil 26.833,48
Barra Mansa 547,441 181.688 6.449.308,888 mil 34.816,53
Itatiaia 224,957 32.694 6.893.431,363 mil 213.339,67
Paraty 928,467 47.614 1.955.302,792 mil 44.262,66
Pinheiral 76,793 25.085 1.452.647,355 mil 56.826,17
Piraí 505,466 29.054 2.449.990,2 mil 82.208,92
Porto Real 50,587 21.064 4.245.742,234 mil 209.624,88
Quatis 286,244 14.158 305.015,287 mil 20.945,97
Resende 1.113,507 137.612 10.754.410,178 mil 80.712,15
Rio Claro 841,390 17.950 435.971,127 mil 23.342,67
Rio das Flores 477,662 9.264 294.390,659 mil 31.314,82
Valença 1.304,769 71.462 3.122.611,787 mil 40.447,29
Volta Redonda 182,317 279.898 19.671.280,702 mil 71.551,44

Em se levando em consideração que a denominada região Centro-Sul Fluminense também faz parte do Sul Fluminense, deve-se acrescentar os seguintes municípios:

Município Imagem Área (km²) População em 2024[4] PIB (R$ 1.000,00) em 2021 PIB per capita em 2021
Areal 111,494 12.236 427.444,184 mil 33.490,89
Comendador Levy Gasparian 107,266 9.044 603.974,813 mil 70.311,39
Engenheiro Paulo de Frontin 139,008 12.648 406.744,423 mil 28.769,59
Mendes 77,288 18.049 357.693,975 mil 19.147,47
Miguel Pereira 287,356 28.123 632.510,129 mil 24.686,21
Paracambi 186,800 43.656 1.162.885,19 mil 21.902,8
Paraíba do Sul 580,803 44.467 1.253.031,667 mil 28.006,34
Paty do Alferes 319,103 31.345 684.862,891 mil 24.510,16
Sapucaia 540,350 18.289 1.000.574,556 mil 54.765,99
Três Rios 324,496 82.300 6.348.172,675 mil 76.977,41
Vassouras 552,438 35.904 1.321.271,655 mil 35.458,96

O Sul Fluminense tem sua economia baseada na indústria metal-mecânica, automotiva, metalúrgica, siderúrgica, cimenteira, alimentícia e energética (usinas termoelétricas, termonucleares e hidrelétricas, nas atividades agropecuárias (destacando-se a criação de gado leiteiro), a produção de hortifrutigranjeiros e no comércio varejista.

Essa região é cortada por ferrovias e rodovias que ligam suas cidades aos principais centros populacionais e econômicos do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte), cabendo citar a BR-116 (rodovia Presidente Dutra) que corta parte da região, notadamente os municípios do Vale do Paraíba fluminense) e pelas BR-393 (Rodovia Lúcio Meira, que a liga à região Nordeste do Brasil) e BR-040 (que passa pela região cidade de Três Rios, considerada o maior tronco rodoviário da América Latina), além da BR-101 (Rodovia Rio-Santos), que corta as cidades de Angra dos Reis e Paraty.

As ferrovias existentes no Sul Fluminense também ligam suas principais cidades às metrópoles nacionais, tendo caráter notadamente industrial, vide a "Ferrovia do Aço", que liga a cidade de Volta Redonda às minas de ferro e dolomita no Estado de Minas Gerais, bem como as ferrovias que ligam a região às cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo (Estrada de Ferro Central do Brasil). Há ainda a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, que cruza a região atravessando a Serra do Mar ligando o Sul de Minas à Angra dos Reis.

Está situado nessa região um dos principais portos nacionais, o Porto de Angra dos Reis, na cidade de mesmo nome. Pequenos aeroportos servem as principais cidades da região, sendo todos capacitados para voos domésticos, como o de Resende, estando em previsão a construção de outro na cidade de Volta Redonda.

Na cidade de Itatiaia, se localiza o Pico das Agulhas Negras no Parque Nacional do Itatiaia, que com 2.787 metros é o ponto mais alto do Estado do Rio de Janeiro. Já em Angra dos Reis fica a baía da Ilha Grande, que junto com Paraty formam a parte litorânea do Sul Fluminense entrecortada pelo Oceano Atlântico sendo repleta de praias e ilhas - somente a cidade de Angra dos Reis possui 365.

Outras atrações turísticas, que reforçam a economia da região, que por muito tempo foi influenciada pela cafeicultura, são as várias propriedades rurais na região do Médio Vale do Paraíba Fluminense, como as fazendas da época do ciclo do café, principalmente em Barra do Piraí, que hoje atraem grandes levas de turistas, na região turística do "Vale do Ciclo do Café". Outros pontos de grande atração de visitantes de outras regiões fluminenses e do Brasil são os distritos de Penedo e Maromba em Itatiaia, Visconde de Mauá em Resende, Ipiábas em Barra do Piraí e Conservatória em Valença.

O Sul Fluminense possui uma rica cultura, bem própria e distinta do resto do estado. Além de possuir os elementos comuns do povo fluminense, a região encontra-se entre o Vale do Paraíba Paulista e sul, sudoeste e Zona da Mata de Minas, possuindo, muita das vezes, as mesmas manifestações culturais destas regiões. A região forma um mesmo cinturão sociocultural com o Vale do Paraíba Paulista.[5][6][7]

Um exemplo de manifestação cultural muito conhecida é a Folia de Reis, que é uma manifestação muito popular no interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, entre outros.[8]

O sotaque predominante da região é bem definido e pronunciado, sendo até considerado como neutro por não possuir nenhuma peculiaridade e por levar influências de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Mesmo assim seguem-se as falas dos dialetos carioca, fluminense, mineiro e caipira, em regiões mais afastadas nas zonas rurais.

Existe na região uma presença marcante de europeus, sobretudo portugueses, italianos, finlandeses e alemães, além de japoneses e brasileiros de outras regiões, como por exemplo, mineiros, paulistas, capixabas e sulistas.[9]

Referências

  1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 12 de janeiro de 2019 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 12 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 12 de janeiro de 2019 
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 12 de janeiro de 2019 
  4. a b «População estimada 2024» (PDF). IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 05 setembro 2024. Consultado em 05 setembro 2024  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda) Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "IBGE_Pop_2009" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  5. Whitaker, Valéria A.; Whitaker, Dulce Consuelo Andreatta; Souza, Marinaldo Fernando; Pereira, MárciaIzabel do Vale (dezembro de 2011). «Memória ambiental, cultural e turismo no Vale Histórico do Rio Paraíba do Sul: design de uma pesquisa.». Revista Hospitalidade. ISSN 2179-9164. Consultado em 2 de abril de 2017 
  6. Silva, Marijane Caldeira; Sousa, Stella Magaly de Andrade (2014). «Turismo Rural no Vale do Café Sul Fluminense» (PDF). Fórum Internacional de Turismo do Iguassu. Consultado em 2 de abril de 2017 
  7. Garrote, Valquíria (2004). Os Quintais Caiçaras, Suas Características Sócio-Ambientais e Perspectivas Para a Comunidade do Saco do Mamanguá, Paraty-RJ (PDF). Piracicaba: Universidade de São Paulo. Consultado em 2 de abril de 2017 
  8. «Folia de Reis em Valença». Mapa de Cultura RJ. Consultado em 2 de abril de 2017 
  9. «História de imigrantes é tema de série especial da TV Rio Sul - parte 1». G1. 29 de junho de 2015. Consultado em 2 de abril de 2017 

Ligações externas

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