Cordia glabrata
Cordia glabrata | |
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Estado de conservação | |
Não avaliada (IUCN 3.1) [5] | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
C. glabrata[1][2][3][4] (Mart.) A.DC. | |
Distribuição geográfica | |
Mapa mostrando a distribuição de C. glabrata pela América Latina em pontos amarelos.
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Sinónimos | |
Cordia glabrata é uma árvore nativa não endêmica do Brasil. [7][5] [8] Ela é conhecida pelos nomes populares claraíba, louro-preto, claraibeira, louro de mato grosso, peteribi, louro-branco.[9]
Morfologia
[editar | editar código-fonte]A C. glabrata atinge em média altura de 35 centímetros de diâmetro e nove metros de altura. Suas folhas são simples, coriáceas, lisas nas duas faces, com a face inferior verde claro esbranquiçado ou prateado, possui pecíolo de três e meio centímetros de tamanho médio. Suas flores são brancas.[9] Seus grãos de pólen possuem, forma sublobata, exina com espinho, três cólporos, endoabertura lalongada, diâmetros polares em vista equatorial de 38,75 a 48,88 micrômetros, diâmetro equatorial em vista equatorial de 41,38 a 54,63 micrômetros, diâmetro equatorial vista polar de 40,50 a 47,92 micrômetros, cólporo com medidas em micrômetros de 28,84 a 31,61 de comprimento, 2,41 a 2,98 de largura, 2,85 a 2,96 de margem, medidas em micrômetros de endoabertura 5,32 a 6,34 de comprimento, 9,20 a 13,14 de largura, exina com 3,91 a 4,38 micrômetros, sexina com 1,06 a 1,13 micrômetros, nexina 1,55 a 1,64 micrômetros, teto com 0,53 a 0,62 micrômetros e espinhos com altura de 1,30 a 1,61 micrômetros.[10]
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Flores vivas de C. glabrata.
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Flores secas de C. glabrata e referência de tamanho com mão humana.
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Folhas de C. glabrata, faces superior e inferior.
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Tronco de C. glabrata.
Distribuição geográfica
[editar | editar código-fonte]No Brasil a C. glabrata se distribui em todos os Estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, exceto no Estado de Espírito Santo, também ocorre no Norte nos Estados de Pará e Tocantins.[7][5][9] [8] Seus biomas de ocorrência são Caatinga e Cerrado nos tipos de vegetação Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu) e Floresta Estacional Decidual.[5][9] Ocorre também na Argentina, Bolívia, Equador e Paraguai.[7]
Madeira
[editar | editar código-fonte]Sua madeira possui boa durabilidade natural e durabilidade média quando exposta a condições adversas, densidade alta, média estabilidade dimensional, valores médios de resistência à compressão paralela e módulo de ruptura, altos valores de tensão de cisalhamento, valores baixos nos testes de fendilhamento, textura média, brilho moderado no plano longitudinal radial, cheiro imperceptível, aspecto decorativo gerado por desenhos causados pelos elementos anatômicos, altos teores de lignina total, fibras longas e com espessura de parede média, e é macia ao corte. Possui características adequadas para ser utilizada para diversas finalidades no setor madeireiro, especialmente para o mercado de lâminas decorativas, pisos e móveis.[11][9]
Ecologia
[editar | editar código-fonte]A C. glabrata é seletiva xerófila, heliófita e caducifólia.[9]
Fenologia
[editar | editar código-fonte]Sua floração ocorre de julho a setembro com a planta totalmente sem folhas. Suas folhas surgem em conjunto com o amadurecimento dos seus frutos, de setembro a outubro.[9]
Referências
- ↑ «Cordia glabrata (Mart.) A.DC.». The Plant List. Version 1.1. Published on the Internet; http://www.theplantlist.org/. 2013. Consultado em 6 de setembro de 2017
- ↑ «Cordia glabrata (Mart.) A. DC.». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden
- ↑ «Cordia glabrata (Mart.) A. DC.». ZipcodeZoo. Consultado em 13 de setembro de 2017. Arquivado do original em 14 de setembro de 2017
- ↑ «Cordia glabrata (Mart.) A.DC.». http://eol.org/. Consultado em 15 de setembro de 2017
- ↑ a b c d «Cordia». Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 6 de setembro de 2017
- ↑ «Cordia L.». https://www.itis.gov. 2011. Consultado em 6 de setembro de 2017
- ↑ a b c «Cordia glabrata (Mart.) A. DC.». https://www.gbif.org. Consultado em 6 de setembro de 2017
- ↑ a b Tamashiro, Jorge Yoshio (2012). Árvores do campus da Unicamp: nativas do Brasil. [S.l.]: Campinas , SP: Editora da Unicamp. ISBN 978-85-268-0995-6
- ↑ a b c d e f g Lorenzi, H. (1992). Árvores brasileiras. Manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. [S.l.]: Nova Odessa, SP. Ed. Plantarum. p. 70
- ↑ EDUARDO CUSTÓDIO GASPARINO. Estudo polínico das espécies do gênero Cordia L. (Boraginaceae) ocorrentes no Estado de São Paulo. [S.l.: s.n.] 105 páginas
- ↑ Jordão Cabral Moulin, Brunela Pollastrelli Rodrigues, José Tarcísio da Silva Oliveira, Rafael Amorim Rosa, José Geraldo Lima de Oliveira. Propriedades tecnológicas do lenho de louro-preto. [S.l.]: Pesquisa Florestal Brasileira - Brazilian Journal of Forestry Research <http://pfb.cnpf.embrapa.br/pfb/>. ISSN 1983-2605