Eletroconvulsoterapia
A eletroconvulsoterapia (ECT), terapia eletroconvulsiva, electroconvulsivoterapia, eletroconvulsivoterapia, também conhecida por eletrochoques, é um tratamento psiquiátrico no qual são provocadas alterações na atividade elétrica do cérebro induzidas por meio de passagem de corrente elétrica, sob condição de anestesia geral. Desenvolvida por volta de 1930, hoje em dia é um método utilizado mais frequentemente no tratamento de grande escala da depressão, sendo também usada para tratar a esquizofrenia, a mania, a catatonia, a epilepsia e a doença bipolar. A literatura médica atual confirma que a ECT é um procedimento seguro, eficaz e indolor, para o qual continuam a existir indicações precisas.[1]
Contra-indicações
[editar | editar código-fonte]Apesar dos poucos estudos não se recomenda ser usado em pacientes grávidas, com algum tumor, histórico de infarte ou arritmia cardíaca, marca-passo cardíaco, aneurisma, deslocamento de retina, feocromocitoma e doenças pulmonares pelos prováveis riscos dessa combinação[2]
Risco de morte
[editar | editar código-fonte]Uma meta-análise de 2017 constatou que a taxa de mortalidade da eletroconvulsoterapia (ECT) foi de cerca de 2,1 por 100.000 procedimentos.[3] Uma revisão de 2011 relatou uma estimativa da taxa de mortalidade associada à ECT como menos de 1 morte a cada 73.440 tratamentos.[4]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Psicotrópico
- Sistema nervoso
- Antipsiquiatria
- Estimulação magnética transcraniana repetitiva
- Estimulação transcraniana por corrente contínua
- Arma de eletrochoque
Referências
- ↑ ABOU SALLEH Mohamed, PAPAKOSTAS Ionannis, ZERVA Ioannis, CHRISTODOULOU George. Eletroconvulsoterapia: critérios e recomendações da Associação Mundial de Psiquiatria. Revista de Psiquiatria Clínica. Órgão Oficial do Departamento e Instituto de Psiquiatria. Faculdade de Medicina - Universidade de São Paulo
- ↑ STEVENS, A.; FISHER, A.; BARTELS, M. et al. - Electroconvulsive therapy: a review on indications, methods, risks, and medication. Eur Psychiatry 11: 165-174, 1996.
- ↑ Tørring N, Sanghani SN, Petrides G, Kellner CH, Østergaard SD (Maio 2017). «The mortality rate of electroconvulsive therapy: a systematic review and pooled analysis». Acta Psychiatrica Scandinavica. 135 (5): 388–397. PMID 28332236. doi:10.1111/acps.12721
- ↑ Watts BV, Groft A, Bagian JP, Mills PD (Junho 2011). «An examination of mortality and other adverse events related to electroconvulsive therapy using a national adverse event report system». The Journal of ECT. 27 (2): 105–108. PMID 20966769. doi:10.1097/YCT.0b013e3181f6d17f