Gabriel Paulino Bueno Couto
Gabriel Paulino Bueno Couto | |
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Bispo da Igreja Católica | |
Bispo de Jundiaí | |
Atividade eclesiástica | |
Ordem | Ordem do Carmo |
Diocese | Diocese de Jundiaí |
Nomeação | 21 de novembro de 1966 |
Predecessor | Criação Diocese |
Sucessor | Roberto Pinarello de Almeida |
Mandato | 1966 - 1982 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 9 de junho de 1933 Roma |
Nomeação episcopal | 26 de outubro de 1946 |
Ordenação episcopal | 15 de dezembro de 1946 Roma, Itália por Raffaele Carlo Cardeal Rossi, O.C.D. |
Lema episcopal | FILIVS ANCILLÆ TVÆ Sou Filho de tua Serva |
Brasão episcopal | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Itu 22 de junho de 1910 |
Morte | Jundiaí 11 de março de 1982 (71 anos) |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Gabriela Bueno Pai: Porcino de Camargo Couto |
Funções exercidas | -Bispo auxiliar de Jaboticabal (1946-1954) -Bispo auxiliar de Curitiba (1954-1955) -Bispo auxiliar de Taubaté (1955-1965) -Bispo auxiliar de São Paulo (1965-1966) -Administrador Apostólico de Bragança Paulista (1968-1971) |
dados em catholic-hierarchy.org Bispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Servo de Deus Gabriel Paulino Bueno Couto O. Carm. (Itu, 22 de junho de 1910 — Jundiaí, 11 de março de 1982) foi um bispo católico brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Porcino de Camargo Couto e Gabriela Bueno, através de quem é tetraneto do bandeirante Bartolomeu Bueno. Era irmão mais velho da professora Maria Elisa Bueno Couto Chaluppe, que hoje é nome de escola em Barueri.[1]
Ingressou no Seminário dos Padres Carmelitas, em Itu, onde, em 1927 recebeu o hábito carmelita e realizou seu noviciado. Sua profissão religiosa foi realizada em 30 de dezembro de 1928. Cursou Teologia no Colégio Internacional Santo Alberto, em Roma, frequentando a Pontifícia Universidade Gregoriana. Emitiu seus votos perpétuos em 1931. Foi ordenado presbítero no dia 9 de julho de 1933, em Roma, onde permaneceu por 17 anos.[2]
Entre suas missões, desempenhou: Professor na Faculdade Teológica do Studium Generale de 1938 a 1939; Professor de filosofia no Instituto Pio XI, de propriedade da Ordem; Mestre (formador) dos estudantes por vários anos a partir de 1938; Vigário Prior do Colégio de 4 de novembro de 1943 a 1946; Assistente Geral da Ordem de 1946 até 1947, quando foi nomeado bispo titular.[3]
No dia 16 de outubro de 1946 foi eleito bispo auxiliar de Jaboticabal pelo Papa Pio XII, com a sé titular de Leuce, aos 36 anos. Sua ordenação episcopal deu-se a 15 de dezembro de 1946, em Roma, pelas mãos dos cardeais Raffaele Carlo Rossi, OCD, Luigi Traglia e de Dom Giuseppe D'Avack.[4] Seu lema episcopal era FILIVS ANCILLAE TVAE (“Sou filho de tua Serva! ”).[2]
Foi bispo auxiliar de Jaboticabal, São Paulo, de 1946 a 1954; Curitiba, Paraná, de 1954 a 1955; bispo auxiliar de Taubaté, São Paulo, de 1955 a 1965; bispo auxiliar de São Paulo de 1965 a 1966. Dom Gabriel esteve presente em todas as sessões do Concílio Vaticano II (1962-1965).[4] Ocupou o cargo de Capelão Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Pároco da paróquia universitária do Coração Imaculado de Maria, criada em 1965.[3]
No dia 21 de novembro de 1966 foi nomeado pelo papa Paulo VI para ser o primeiro bispo diocesano de Jundiaí, São Paulo. Permaneceu nesta função até sua morte em 1982.[2][4]
Foi administrador apostólico da Diocese de Bragança Paulista, de 1968 a 1971, período compreendido entre a enfermidade de Dom José Maurício da Rocha e a posse de Dom José Lafayette Ferreira Álvares.[2]
Foi um dos signatários do documento Testemunho de Paz: declaração conjunta do episcopado paulista (Brodowski, São Paulo, 8 de junho de 1972). Esta declaração foi a primeira manifestação do episcopado brasileiro sobre as prisões e torturas cometidas pelo governo militar no Brasil, era então presidente do Regional Sul-1 da CNBB Dom Paulo Evaristo Arns.[2]
Lutou por muitos anos contra uma tuberculose pulmonar.[2][3] Seu túmulo está na cripta da Catedral Nossa Senhora do Desterro, na cidade de Jundiaí.[2]
A Diocese de Jundiaí e a Ordem Carmelita, à qual pertencia, estão trabalhando pela sua beatificação. Seu processo, terminada a fase diocesana encontra-se em Roma.[2][3]
Brasão e lema
[editar | editar código-fonte]Descrição: Escudo eclesiástico partido: o 1º de sépia carregado de uma estrela de seis pontas de argente, com um mantel de argente carregado de duas estrelas de sépia, uma à dextra e outra à senestra; o 2º de jalde com uma cruz latina de sépia, tendo no cruzamento do braço com a haste uma estrela de seis pontas de argente, carregada do monograma IHS de goles. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre uma cruz trevolada de ouro. O todo encimado pelo chapéu eclesiástico verde, forrado de vermelho, com seus cordões em cada flanco, terminados por seis borlas cada um, tudo de verde. Brocante sobre a ponta da cruz um listel de argente com a legenda: FILIVS ANCILLÆ TVÆ, em letras de sépia.
Interpretação: No primeiro campo do escudo estão representadas as armas da Ordem Carmelita, sendo que o campo de sépia simboliza o Monte Carmelo, cujo nome hebraico Carmel quer dizer jardim, e sua cor sépia lembra o hábito da Ordem Carmelita, com a mesma simbologia do sable (preto): sabedoria, ciência, honestidade, firmeza e obediência ao Sucessor de Pedro. O mantel representa o manto de Nossa Senhora do Carmo e sendo de argente (prata) simboliza a inocência, a castidade, a pureza e a eloquência. A estrela de argente (prata) representa Nossa Senhora do Carmo e as duas estrelas de sépia representam, segundo uns: São João da Cruz e Santa Teresa de Ávila; segundo outros: os profetas Elias e Eliseu. O campo de jalde (ouro) simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio; a cruz é o símbolo máximo do cristianismo, sendo de sépia tem o significado acima descrito. A estrela representa novamente a Virgem Maria, que esteve ao pé da Cruz durante a crucificação de seu Divino Filho, representado pelo Monograma IHS, que significa: Iesus Hominum Salvator (Jesus Salvador dos Homens), expressão do reconhecimento de Jesus Cristo como único salvador da humanidade, e por sua cor goles (vermelho), simboliza o fogo da caridade inflamada no coração do bispo pelo Divino Espírito Santo, bem como, valor e socorro aos necessitados. A cruz e o chapéu representam a dignidade episcopal. O listel tira seu lema do salmo (Sl 115, 16) FILIVS ANCILLÆ TVÆ: “Sou filho de tua Serva”, expressando a disposição de servir a Deus, na sua Igreja, com a humildade de um filho de Nossa Senhora.
Referências
- ↑ Mensagem n.º 38/1997 - Prefeitura de Barueri
- ↑ a b c d e f g h Santos, Igor (21 de agosto de 2024). «Dom Gabriel Paulino Bueno Couto | Diocese de Jundiaí - SP». dj.org.br. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ a b c d «Há 42 anos morria o Servo de Deus Dom Gabriel Bueno Couto, O.Carm.». Província Carmelitana Fluminense. 11 de março de 2024. Consultado em 1 de novembro de 2024
- ↑ a b c «Bishop Gabriel Paulino Bueno Couto [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 1 de novembro de 2024
Precedido por criação da diocese |
Bispo de Jundiaí 21 de novembro de 1966 — 11 de março de 1982 |
Sucedido por Roberto Pinarello de Almeida |
- Nascidos em 1910
- Mortos em 1982
- Naturais de Itu
- Carmelitas
- Alunos da Pontifícia Universidade Gregoriana
- Bispos nomeados pelo Papa Pio XII
- Bispos nomeados pelo Papa Paulo VI
- Participantes do Concílio Vaticano II
- Bispos auxiliares de Curitiba
- Bispos auxiliares de São Paulo
- Bispos de Jundiaí
- Bispos do século XX
- Servos de Deus do Brasil