Maria de Champanhe
Maria de Champanhe | |
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Imperatriz-consorte do Império Latino | |
Reinado | 1204 |
Consorte | Balduíno I de Constantinopla |
Sucessor(a) | Inês de Monferrato |
Nascimento | c. 1174 |
Morte | 9 de agosto de 1204 (30 anos) |
Acre | |
Dinastia | Champanhe (nasc.) Casa de Hainaut (matr.) |
Pai | Henrique I de Champanhe |
Mãe | Maria Capeto |
Filho(s) | Joana de Flandres Margarida II de Flandres |
Brasão |
Maria de Champanhe (c. 1174–9 de agosto de 1204) foi uma imperatriz-consorte do Império Latino, esposa do imperador Balduíno I de Constantinopla. Era a filha de Henrique I de Champanhe e Maria Capeto. Os seus avós maternos eram Luís VII de França e Leonor da Aquitânia. Os seus irmãos foram Henrique II de Champanhe, rei de Jerusalém, e Teobaldo III de Champanhe. A sua irmã Escolástica de Champanhe casou com Guilherme V de Mâcon. Ambas as irmãs são referidas pelo nome na crónica de Alberico de Trois-Fontaines.
Casamento
[editar | editar código-fonte]De acordo com a crónica de Gilberto de Mons, Maria ficou noiva de "Teobaldo", filho do conde de Flandres e Hainaut, em 1179. Presume-se que Gilberto se enganou a registar o nome de Balduíno. O seu noivo era Balduíno VI, filho de Balduíno V de Hainaut e Margarida I da Flandres.
Maria e Balduíno casaram-se em 6 de janeiro de 1186. Tiveram apenas duas filhas:
- Joana da Flandres (1199/1200 – 5 de dezembro de 1244)
- Margarida II da Flandres (2 de junho de 1202 – 10 de fevereiro de 1280)
Imperatriz consorte
[editar | editar código-fonte]Em 14 de abril de 1202, Balduíno deixou a Flandres para se juntar à Quarta Cruzada. Esta cruzada foi desviada para Constantinopla, capital do Império Bizantino, tendo os cruzados capturado e saqueado a cidade. Eles decidiram então criar um Império Latino no lugar do grego que havia tombado. Em 9 de maio de 1204, Balduíno foi proclamado o seu primeiro imperador, com Maria como imperatriz consorte.
Maria havia decidido ela própria deixar a Flandres para se juntar ao seu marido mas decidiu visitar Ultramar primeiro. De acordo com Godofredo de Villehardouin, ela não pode juntar-se a ele mais cedo durante a cruzada dado estar grávida aquando da sua partida. Após o nascimento da criança, Margarida, e de ter recuperado do parto, ela partiu ao seu encontro.[1] Ela partiu do porto de Marselha e desembarcou em Acre. Aí ela recebeu tributo de Boemundo IV de Antioquia.[2] Em Acre ela recebeu a notícia da queda de Constantinopla e da proclamação de Balduíno como o novo imperador. Maria queria partir para Constantinopla ao seu encontro, mas adoeceu e morreu na Terra Santa.[1]
A notícia da sua morte chegou a Constantinopla através de cruzados provenientes da Síria. Balduíno alegadamente ficou desgostoso com a morte da sua mulher. Villehardouin registou que Maria "era uma mulher graciosa e virtuosa e muito honrada".[1]
Referências
- ↑ a b c Godofredo de Villehardouin; Frank T. Marzials (trad.). «Memoirs or Chronicle of The Fourth Crusade and The Conquest of Constantinople» (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2013
- ↑ RUNCIMAN, Steven (1954). A History of the Crusades. The Kingdom of Acre and the Later Crusades (em inglês). 3. Cambridge: Cambridge University Press
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alberico de Trois-Fontaines, Chronica Alberici Monachi Trium Fontium
- Gilberto de Mons, Chronicon Hanoniense
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Marie of Champagne», especificamente desta versão.
Maria de Champanhe Nascimento: 1174 Morte: 1204
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Títulos reais | ||
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Novo título | Imperatriz-consorte do Império Latino 1204 |
Sucedido por: Inês de Monferrato |