Nothoprocta curvirostris
Nothoprocta curvirostris | |
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Classificação científica | |
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Ordem: | |
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Gênero: | |
Espécies: | N. curvirostris
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Nome binomial | |
Nothoprocta curvirostris | |
Subespécies[2] | |
N. c. curvirostris (Sclater & Salvin, 1873) | |
O inhambu-do-páramo,[3] também conhecido por tinamu-do-páramo, ou alternativamente inambu-do-páramo, (nome científico: Nothoprocta curvirostris) é uma espécie de ave tinamiforme pertencente à família dos tinamídeos. Comumente, pode ser encontrado nos planaltos e florestas montanhosas dos Andes da América do Sul.[4]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Todas as espécies de inhambu, incluindo o inhambu-do-páramo, pertencem à família Tinamidae, que por sua vez pertence à ordem dos Tinamiformes, sendo também, de modo mais amplo, ratitas, embora sejam capazes de voar curtas distâncias.[5]
É um dos seis representantes do gênero Nothoprocta, introduzido em 1873, pelos naturalistas ingleses Philip Lutley Sclater e Osbert Salvin. O epíteto específico foi nomeado pelos mesmos ornitólogos, no mesmo ano de introdução do gênero.[2]
O nome do gênero combina os termos do grego antigo κρυπτός "kruptós", que significa 'coberto', 'escondido'; οὐρά, "ourá", 'cauda'; e -ellus, um sufixo latino que significa 'diminutivo', provavelmente em referência à cauda curta, coberta por pequenas plumas, fazendo-a parecer escondida.[6]
Subespécies
[editar | editar código-fonte]São reconhecidas duas subespécies:[7]
- N. c. curvirostris (Sclater & Salvin, 1873) – raça nominal, ocorre nos Andes no centro e no sul do Ecuador e norte do Peru (Cordillera del Condor)[4]
- N. c. peruviana (Taczanowski, 1924) – ocorre nos Andes do norte e no centro do Peru; leste das regiões de Piúra, Cajamarca, Amazonas, oeste de San Martín, La Libertad, Ânchache e Huánuco[4]
Descrição
[editar | editar código-fonte]O inhambu-do-páramo possui aproximadamente 28 centímetros de comprimento. Suas partes superiores são marrom-escuras listradas de branco e manchadas de preto. Seu peito é avermelhado e manchado de branco, a barriga é marrom-amarelada e sua crista é preta, os lados de sua cabeça e sua garganta e pescoço são brancos. Finalmente, suas pernas são amarronzadas.
Comportamento
[editar | editar código-fonte]Assim como outros tinamus, o inhambu-do-páramo se alimenta de frutas do chão ou arbustos baixos. Eles também comem pequenas quantidades de invertebrados, botões de flores, folhagens, sementes e raízes. O macho incuba os ovos que podem vir de até 4 fêmeas diferentes e, em seguida, os cria até que estejam prontos para ficarem sozinhos, o que leva cerca de 2 a 3 semanas. O ninho está localizado no chão em arbustos densos ou entre contrafortes de raízes levantadas.[5]
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]Esta espécie se distribui nos Andes do centro e sul da Colômbia, seguindo ao Equador e norte e centro do Peru.[4][8] Possui preferência por pastagens em 2800 a 3700 metros (9,200–12,100 pés) acima do nível do mar. Também pode ser encontrado em matagais e pastagens de alta altitude.[9]
Conservação
[editar | editar código-fonte]O inhambu-do-páramo se encontra na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas como uma espécie pouco preocupante,[1] com uma área de ocorrência de mais de 30 mil quilômetros quadrados (12,000 mi²), além de populações estáveis em sua distribuição.[9]
Referências
- ↑ a b BirdLife International (2016). «Nothoprocta curvirostris». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22678268A92764282. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22678268A92764282.en. Consultado em 12 de novembro de 2021
- ↑ a b c Brand, Sheila (14 de agosto de 2008). «Systema Naturae 2000 / Classification, Genus Nothoprocta». Project: The Taxonomicon. Consultado em 12 de junho de 2022
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 95. ISSN 1830-7809. Consultado em 1 de setembro de 2022
- ↑ a b c d Clements, James F. (2007). The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell Laboratory of Ornithology; American Birding Association 6.ª ed. Ithaca, Nova Iorque: Comstock Publishing Associates; Cornell University Press. ISBN 978-0-8014-4501-9. OCLC 77573859
- ↑ a b Davies, S.J.J.F (2003). «Tinamous». In: In Hutchins, Michael. Grzimek's Animal Life Encyclopedia. Birds I Tinamous and Ratites to Hoatzins. 8 2.ª ed. Farmington Hills: Gale Group. pp. 57–59. ISBN 0-7876-5784-0
- ↑ Gotch, A. F. (1979). «Tinamous». Latin Names Explained. A Guide to the Scientific Classifications of Reptiles, Birds & Mammals. Nova Iorque: Facts on File (publicado em 1995). p. 183. ISBN 0-8160-3377-3
- ↑ Gill, Frank; Donsker, David; Rasmussen, Pamela, eds (2020). «Ratites: Ostriches to tinamous». IOC World Bird List Version 10.2 (em inglês). International Ornithologists' Union. Consultado em 17 de abril de 2022
- ↑ McMullan, Miles (2018). Field guide to the birds of Colombia. Thomas M. Donegan, Avery Bartels, Trevor Ellery. Bogotá: Rey Naranjo Editores. OCLC 1132871148
- ↑ a b BirdLife International (2008). «Curve-billed Tinamou - BirdLife Species Factsheet». Data Zone. Consultado em 1 de agosto de 2022