Palácio da Moncloa
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Este artigo não cita fontes confiáveis. (Dezembro de 2011) |
Palácio da Moncloa Palacio de la Moncloa | |
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O Pavilhão do Conselho do Palácio da Moncloa, onde se reúne o Conselho de Ministros da Espanha. | |
Tipo | palácio |
Estilo dominante | |
Arquiteto(a) | Diego Méndez |
Início da construção | 1949 |
Fim da construção | 1954 |
Inauguração | 1955 |
Proprietário(a) atual | Governo da Espanha |
Função atual | Residência oficial |
Página oficial | LaMoncloa.gob |
Área | 58 293,81 metro quadrado |
Geografia | |
País | Espanha |
Cidade | Madrid |
Coordenadas | 40° 26′ 37″ N, 4° 44′ 13″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Palácio da Moncloa (em castelhano: Palacio de la Moncloa) é, desde 1977, a sede central da Presidência do Governo de Espanha e a residência oficial do primeiro-ministro e da sua família. Fica situado junto à Cidade Universitária de Madrid e está cercado por todo um complexo governamental que inclui, em volta do palácio original e dos seus jardins, edifícios vários de construção mais recente, fundamentalmente a Vice-presidência do Governo e o Ministério da Presidência, e os gabinetes do Porta-voz do Governo, incluindo a Sala de Imprensa e demais dependências principais. Todos os edifícios do complexo presidencial estão ligados entre si através do bunker subterrâneo que se construiu durante o mandato de Felipe González como prevenção de segurança para o Governo. Dentro do complexo, o palácio e os seus jardins estão murados e isolados externamente do resto, com excepção do pequeno pavilhão construído para albergar o Conselho de Ministros com alguns despachos e salões funcionais, o qual se encontra no próprio recinto do palácio.
O Palácio da Moncloa encontra-se, pois, situado no conjunto governamental denominado de Complejo de La Moncloa (Complexo da Moncloa), localizado na Avenida Puerta de Hierro (Avenida Porta de Ferro).
História
[editar | editar código-fonte]O Palácio da Moncloa foi construído en 1642 e pertenceu ao Vice-Rei da Nova Espanha e do Peru Don Melchor Antonio Portocarrero y Lasso de la Vega, 3º Conde de Monclova, de cujo título deriva o actual nome do palácio. O palácio foi quase completamente destruído durante a Guerra Civil Espanhola. O actual palácio é, pois, na sua maior parte uma reconstrução do antigo palacete de caça levada a cabo na década de 1960.
Na sua reconstrução empregaram-se colunas procedentes do claustro do Palácio Arcepisopal de Arcos de la Llana , no vale do Rio Cavia, Província de Burgos, o qual foi, em tempos, a residência de Verão dos bispos da Arquidiocese de Burgos, os quais o ofereceram ao Chefe de Estado, Francisco Franco. Assim, as 12 colunas - "arrancadas sem cuidado" - que antigamente "vertebravam o claustro" do palácio burgalês configuram, actualmente, a imagem mais conhecida da residência oficial do Presidente do Governo Espanhol.
Anteriormente, a sede da Presidência do Governo encontrava-se no centro de Madrid, no nº 3 do Paseo de la Castellana, de onde se mudou em 1976 o primeiro Presidente do Governo da democracia moderna, Adolfo Suárez, fundamentalmente, e dada a sua localização, por motivos de segurança.
Previamente, o Palácio da Moncloa havia sido utilizado, durante Franquismo, como residência oficial de Chefes de Estado em visita à Espanha, função desempenhada, actualmente, pelo Palacio Real de El Pardo.
Residência do Presidente do Governo
[editar | editar código-fonte]Cada um dos seis Presidentes do Governo da Espanha da moderna democracia deixou as suas marcas, mais ou menos evidentes, no Palácio da Moncloa.
- Adolfo Suárez (1976-1981), o seu primeiro inquilino da democracia espanhola, mandou construir um campo de ténis, arranjar a piscina e encher a residência de telefones.
- Leopoldo Calvo Sotelo (1981-1982), além de eliminar todos os aparatos telefónicos e procurar um lugar de destaque para o seu piano, habilitou o terceiro piso do palácio com novos aposentos para os seus filhos e eliminou todos os cinzeiros do palácio.
- Felipe González (1982-1996) e a sua esposa, Carmen Romero, apenas tocaram ao de leve no palácio. Felipe González dizia que era como um "palácio de nata montada com toques de purpurina". Construíu a pouca distância da residência um pequeno pavilhão funcional onde se celebram os Conselhos de Ministros todas as sextas-feiras, assiom como reuniões informais de trabalho ou encontros oficiais, e onde trabalham directamente o chefe do governo e a sua equipa mais firecta, num cenário decorativo mais moderno e prático, adornado com numerosos quadros de Miró e outras obras de arte moderna. Deste modo, González prescindiu, de facto, das dependências funcionais da Presidência do Governo no palácio, o qual ficou reduzido à função quotidiana de residência oficial. Deste modo, o antigo salão do Conselho de Ministros recuperou a sua função de sala de refeições principal, e criaram-se novas salas, como o Salão de Colunas, situado no pórtico principal do palácio, que foi coberto para tal efeito. Adaptado o palácio, González dedicou-se com especial cuidado ao jardim. Além do seu gosto pelos bonsais e pelas pedras talhadas da Estremadura, cultivou uma pequena horta e, mais amplamente, implantou e cultivou belas espécies vegetais que vieram complementar o conjunto dos jardins do palácio, já conhecidos pela sua discreta elegância.
- José María Aznar (1996-2004), uma vez instalado, reformou e actualizou o uso do segundo piso do palácio. Mandou construir uma pista de padel, pintar todos os aposentos e instalou, no terceiro piso, uma sala de jogos para os seus filhos. A sua esposa, Ana Botella, sentenciou: "É inabitável para uma família normal".
- José Luis Rodríguez Zapatero (2004- 2011) foi o Presidente do Governo que mais alterações permitiu no palácio, com a reforma mais radical a sair das mãos da sua esposa, Sonsoles Espinosa, a qual, pouco satisfeita com a aparência das salas, recorreu a conhecidos decoradores que recomendaram a substituição completa dos mobiliários por modernos móveis de desenho atual. O resultado foi um ambiente ecléctico no qual se conjugam as salas originais de aspecto palaciano e institucional com uma decoração moderna, em tons cinzentos e brancos; definitivamente, um ambiente de estilo internacional, ou Bauhaus, acomodado num velho palacete neoclássico. Por último, foram introduzidas numerosas obras de arte contemporânea e escultóricas, mas mantendo os móveis e objetos singulares do conjunto clássico original, de onde cabe destacar a velha mesa de despacho do General Narváez, oferecida pelo Rei Juan Carlos I a Adolfo Suárez.
- Mariano Rajoy (2011-2018) após a vitória eleitoral em novembro de 2011, instalou-se no Palácio juntamente com sua esposa, Elvira Fernández Balboa, e seu filhos Mariano e Juan em dezembro do mesmo ano. O escritório do ex-presidente estava localizado numa sala com varanda com vistas para os jardins e estava organizado em três ambientes em : o primeiro com sofás, cadeiras e uma mesa auxiliar para recepções; o segundo possuía uma mesa de trabalho de metal e cadeiras brancas; já o terceiro, era o escritório do ex-presidente, com uma mesa de madeira escura, com duas cadeiras brancas em frente e a sua cadeira de escritório, de couro negro. Atrás, encontravam-se as bandeiras da Espanha e da União Europeia e o quadro de Joan Miró "Le Grand Sorcier", de 1968, e à direita estava pendurado um água-forte de Luis Gordillo intitulado "10 nostalgias y un olvido".
- Pedro Sánchez (2018-) após sua investidura em junho de 2018, Sánchez, sua esposa, Begoña Gómez, e suas duas filhas, Carlota Sánchez Gómez e Ainhoa Sánchez Gómez, instalaram-se no Palácio.