Pierrette
Pierrette | |||||||
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Autor(es) | Honoré de Balzac | ||||||
Idioma | Francês | ||||||
País | França | ||||||
Série | Scènes de la vie de province | ||||||
Lançamento | 1840 | ||||||
Edição portuguesa | |||||||
Tradução | Gomes da Silveira | ||||||
Editora | Livros do Brasil | ||||||
Lançamento | 1964 | ||||||
Páginas | 282 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Pierrette é um romance de Honoré de Balzac, sobre violência doméstica, surgido em 1840. Ele faz parte parte da Comédia Humana e está situado na parte dos Estudos de costumes, no segundo livro das Cenas da vida da província e no subgrupo intitulado Os Celibatários. Sua primeira aparição data de janeiro de 1840 na forma de um folhetim no jornal Le Siècle, depois em livro aparecido em setembro de 1840.
Balzac dedicou este romance a Anna Hanska, a filha de Ewelina Hańska, que desposará em 1850.
Enredo
[editar | editar código-fonte]A ação se situa durante o reino de Carlos X (1824-1830) e se desenrola inteiramente na vila, dita medieval, de Provins, no departamento Seine-et-Marne.
Pierrette Lorrain é uma jovem órfã, confiada por seus avós arruinados a seus primos Rogron, dois celibatários imbecis. Ela será vítima inocente das manipulações de personagens que pretendem tomar a fortuna dos Rogron.
É o doutor Horace Bianchon que denuncia as sevícias das quais a jovem é vítima e propõe a seu mestre (Desplein) submetê-la a uma cirurgia de trepanação. Horace ajuda seu mestre nessa operação delicada.
Nesse romance, Balzac quer ilustrar os danos e a imbecilidade do celibato. Ele aponta igualmente "as solteironas e os solteirões esses abelhões da colmeia", nulos e improdutivos. Outros temas que ressaltam são os da injustiça e impunidade. "A desastrada intervenção da justiça, mesmo depois da morte de Pierrette, só faz ressaltar a impunidade dos algozes e a crueldade do destino."[1] O romance se encerra com uma nota de esperança na justiça divina: "A legalidade seria uma bela coisa para as patifarias sociais, se Deus não existisse".[2]
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- (fr) Patrick Berthier, « Regards sur le manuscrit de Pierrette », Année balzacienne, déc. 1999, n° 20 (2), p. 491-502.
- (it) Mariolina Bertini, « Desiderio mimetico e melodramma: Una lettura di Pierrette di Honoré de Balzac », Nuova Corrente: Rivista di Letteratura, juillet-déc. 2006, n° 53 (138), p. 209-28.
- (fr) Pierre Citron, « Une source possible de Pierrette », L'Année balzacienne, Paris, Garnier Frères, 1966, p. 373-378.
- (fr) Hélène Colombani Giaufret, « Balzac linguiste dans Les Célibataires », Studi di storia della civiltà letteraria francese, I-II, Paris, Champion, 1996, p. 695-717.
- (fr) Pierrette Jeoffroy-Faggianelli, « De Paoli à La Vendetta », L'Année balzacienne, 1975, n° 307-10.
- (en) Armine Kotin Mortimer, « Myth and Mendacity: Balzac's Pierrette and Beatrice Cenci », Dalhousie French Studies, été 2000, n° 51, p. 12-25.
- (en) Allan H. Pasco, « The Allusive Complex of Balzac's Pierrette », French Forum, Fall 2001, n° 26 (3), p. 27-42.
- (fr) Franc Schuerewegen, « Paratexte et complétude : notes sur l'avant-propos et sur la préface de Pierrette », Œuvres complètes : le Moment de La Comédie humaine, Saint-Denis, PU de Vincennes, 1993, p. 137-48.
- (fr)Jean-Louis Tritter, « À propos des épreuves de Pierrette », L'Année balzacienne, 1973, n° 19-29.
- (fr)André Vanoncini, « Pierrette' et la rénovation du code mélodramatique », Balzac, Œuvres complètes : le Moment de La Comédie humaine, Saint-Denis, PU de Vincennes, 1993, p. 257-67.
- (fr) Timothy J. Williams, « Dessein hagiographique balzacien : à propos de Pierrette », Dalhousie French Studies, Fall 1994, n° 28, p. 87-97.
- (en) Dorothy Wirtz, « Animalism in Balzac's Curé de Tours and Pierrette », Romance Notes, 1969, n° 11, p. 61-67.
- (pt) Honoré de Balzac. "A comédia humana". Org. Paulo Rónai. 3a edição. São Paulo: Editora Globo, 2013. Volume V.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Fac-símile em francês no site da Biblioteca Nacional de Paris.