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Sabiá-pimenta

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaSabiá-pimenta
Espécime avistado em 2013
Espécime avistado em 2013
Carpornis melanocephala, ilustração de 1820 no Zoological illustrations de William John Swainson
Carpornis melanocephala, ilustração de 1820 no Zoological illustrations de William John Swainson
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Cotingidae
Género: Carpornis
Espécie: C. melanocephala
Nome binomial
Carpornis melanocephala
(Wied, 1820)
Distribuição geográfica
Distribuição do sabiá-pimenta
Distribuição do sabiá-pimenta
Sinónimos[2]
  • Carpornis melanocephalus
  • Procnias melanocephalus (Wied, 1820)

Sabiá-pimenta[3] (nome científico: Carpornis melanocephala), é uma ave passeriforme da família dos cotingídeos (Cotingidae).

Distribuição e habitat

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O sabiá-pimenta está distribuído no leste do Brasil, localmente em Alagoas (Murici) e do sul da Bahia ao longo da costa atlântica até o nordeste do Paraná.[4] Esta espécie é considerada rara em seu habitat natural, o sub-dossel e o estrato médio das florestas úmidas do bioma da Mata Atlântica, até 500 metros de altitude.[5]

O sabiá-pimenta mede até 21 centímetros. Tem colocação verde e amarela e íris vermelha. O macho tem cabeça, pescoço e garganta pretos. Partes superiores uniformemente oliváceas. Peito verde-oliva pálido, tornando-se mais amarelo com ligeira barra escura no resto das partes inferiores. Bico escuro curto. Fêmea semelhante com oliva na coroa e nas laterais da cabeça. Vocaliza uma nota tzuc seca e oca seguida de assobio oco e descendente fUUuu, com duração de cerca de dois segundos.[2]

Conservação

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O sabiá-pimenta foi classificada como ameaçado de extinção em grau vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) em sua Lista Vermelha porque sua população total, estimada entre 3 500 e 15 mil indivíduos, é considerada em declínio devido à perda de habitat e sua fragmentação devido ao aumento do desmatamento.[1] Em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[6] em 2010, como criticamente em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais[7] e vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná;[8] em 2011, como em perigo na Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina;[9] em 2014, como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo[10] e na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[11] e em 2018, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[12][13]

A espécie C. melanocephala foi descrita pela primeira vez pelo naturalista alemão Maximilian zu Wied-Neuwied em 1820 sob o nome científico Procnias melanocephalus; localidade tipo: "estrada do Quartel das Barreiras, do Rio Itapemirim ao Rio Itabapoana, sul do Espírito Santo, Brasil."[4] O nome genérico feminino Carpornis deriva do grego karpos ("fruta") e ornis, ornithos ("pássaro") e significa "pássaro de frutas";[14] e o nome da espécie melanocephala, vem do grego melanos (preto) e kephalos (cabeça) e significa "cabeça preta".[15]

Referências

  1. a b BirdLife International (2017). «Carpornis melanocephala». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2017: e.T22700736A111185850. doi:10.2305/IUCN.UK.2017-1.RLTS.T22700736A111185850.enAcessível livremente. Consultado em 28 de abril de 2022 
  2. a b «Black-headed Berryeater Carpornis melanocephala». BirdLife Internacional. Consultado em 28 de abril de 2018. Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2013 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 212. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  4. a b Snow, D.; de Juana, E.; Sharpe, C. J. (2020). «Black-bellied Thorntail (Discosura langsdorffi), version 1.0». In: del Hoyo, J.; Elliot, A.; Sargatal, J.; Christie, D. A. Christie; de Juana, E. Birds of the World. Ítaca, Nova Iorque: Laboratório Cornell de Ornitologia. Consultado em 28 de abril de 2022 
  5. Ridgely, Robert; Tudor, Guy (2009). «Carpornis melanocephala, p. 502, lámina 66(10)». Field guide to the songbirds of South America: the passerines. Col: Mildred Wyatt-World series in ornithology 1.ª ed. Austin: Imprensa da Universidade do Texas. ISBN 978-0-292-71748-0 
  6. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  7. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  8. Livro Vermelho da Fauna Ameaçada. Curitiba: Governo do Estado do Paraná, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná. 2010. Consultado em 2 de abril de 2022 
  9. Lista das Espécies da Fauna Ameaçada de Extinção em Santa Catarina - Relatório Técnico Final. Florianópolis: Governo do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Fundação do Meio Ambiente (FATMA). 2010 
  10. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  11. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  12. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  13. «Carpornis melanocephala (Wied-Neuwied, 1831)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 28 de abril de 2022 
  14. Jobling, J.A. (2018). «Carpornis». In: del Hoyo; Elliott, A.; Sargatal; Christie, D.A.; de Juana, E. Handbook of the Birds of the World Alive. Barcelona: Lynx Edicions 
  15. Jobling, J.A. (2018). «melanocephala». In: del Hoyo; Elliott, A.; Sargatal; Christie, D.A.; de Juana, E. Handbook of the Birds of the World Alive. Barcelona: Lynx Edicions 


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