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- Local elections in Portugal were held on 26 September 2021. The election consisted of three separate elections in the 308 Portuguese municipalities: the election for the Municipal Chamber (the executive branch of the municipality), whose winner is elected mayor; another election for the Municipal Assembly (the deliberative branch of the municipality); and an election for the Parish Assembly (the deliberative branch of the lower-level parish), whose winner is elected parish president. This last one was held separately in the more than 3,000 parishes around the country. The elections happened during the ongoing COVID-19 pandemic in Portugal. Because of that, there was a proposal by the Social Democratic Party to postpone the elections for two months and hold the election between 22 November and 14 December 2021. This proposal was rejected by Parliament and the election was to be held in the normal period set by the election law, between 22 September and 14 October. On 1 July 2021, the government announced the election date for 26 September 2021. The Socialist Party (PS) retained their status as the largest party in local councils, but lost a lot of votes across the country and especially in some big urban centers. The PS lost Coimbra, Funchal and Barcelos to the PSD, and suffered a massive upset in Lisbon, where the PS incumbent mayor Fernando Medina was defeated by the PSD/CDS coalition candidate Carlos Moedas. The PS losses across the country and the upset defeat in Lisbon were labeled as a "yellow card" to António Costa's government. Despite not winning the most cities in the country as a whole, the Social Democrats (PSD) were considered the big winners of the elections by winning several cities from the Socialists, narrowing the gap nationwide between them and the PS, and for winning back several urban centers, mainly the upset victory in Lisbon. The party also performed very well in the South, gaining ground in the Alentejo region by winning four cities in Évora district and winning Portalegre from an Independent. In the Azores and Madeira regions, the party also made gains but lost some cities like Batalha and Guarda to independent movements. With these results, Rui Rio's position in the PSD leadership was strengthened. The Unitary Democratic Coalition (CDU) saw another decline and achieved their worst result to date, just 19 mayors and 8% of the votes. The coalition was able to hold on to Évora and Setúbal, albeit by slim margins, but lost big suburban cities like Loures and Moita. In the Alentejo region the coalition lost cities to both PS and PSD, of note the losses of both Montemor-o-Novo and Mora, two Communist bastions since 1976, to the PS. Jerónimo de Sousa, CDU leader, recognized that the results "fell short of the goals" of the coalition. Independent movements made gains in the elections by winning Guarda from the PSD, and Elvas and Mealhada from the PS. In Porto, mayor Rui Moreira was reelected for a third term but lost his majority. In Figueira da Foz, former prime minister and PSD leader Pedro Santana Lopes made a dramatic comeback, running as an independent, by gaining the city from the PS. The Left Bloc suffered losses by winning just 5 councillors across the country, a drop compared with the 12 councillors they won in 2017, but the party was able to win a councillor in Porto city for the first time. CHEGA was able to win several councillors across the country, a total of 19, and polled 4% of the votes. André Ventura said that the results "weren't a total victory", as the party failed its goal of being the 3rd largest political force. The Liberals (IL) did not win any councillors and polled just 1.3% of the votes. Together for the People (JPP) were able to hold on to Santa Cruz in the Madeira islands, while We, the Citizens! (NC) lost their sole city to the PSD. Turnout in these elections decreased compared to four years ago, with just 53.6% of voters casting a ballot. (en)
- Les élections municipales portugaises de 2021 ont lieu le 26 septembre 2021 afin de renouveler pour quatre ans les maires, exécutifs municipaux et assemblées des 308 municipalités du Portugal, ainsi que les assemblées des freguesias. Le Parti socialiste, bien que celui-ci enregistre une légère baisse, ainsi que le Parti social-démocrate continuent de dominer la scène politique portugaise au niveau local. La Coalition démocratique unitaire à tendance communiste reste la troisième force politique, suivie par le parti nationaliste Chega. (fr)
- As eleições autárquicas portuguesas de 2021 foram realizadas em 26 de setembro de 2021. Estiveram em disputa nestas eleições autárquicas a eleição de 308 presidentes de câmaras municipais, os seus vereadores e assembleias municipais, bem como as 3 091 assembleias de freguesia, das quais sairão os executivos das juntas de freguesia. O Partido Socialista voltou, pela terceira eleição consecutiva, a ser o partido vencedor e com o maior número conquistadas (147 sozinho e uma coligação). Apesar dos socialistas se manterem como o maior partido autárquico, o partido perdeu diversas câmaras de relevo, com o grande destaque a ser a derrota em Lisboa. Após 14 anos de governação socialista, a capital foi perdida para a coligação de centro-direita. A juntar à derrota na capital, o PS perdia câmaras como Coimbra, Funchal e Barcelos, além de perder bastiões históricos socialistas como a Mealhada, Cartaxo ou Reguengos de Monsaraz. Os pontos positivos para os socialistas foi a recuperação de Loures (perdida em 2013 para a CDU) e a recuperação do bastião de Vila do Conde. O Partido Social Democrata, após três eleições autárquicas consecutivas a perder terreno, conseguiu ganhar fôlego e conquistou mais de 30 câmaras municipais. A grande vitória social-democrata foi a conquista da capital Lisboa, onde Carlos Moedas foi eleito presidente da câmara. O PSD também conseguia conquistar de grande importância como foram o caso de Coimbra, Funchal, Barcelos e Portalegre. Além destas câmaras, os social-democratas foram capazes de ganhar câmaras que sempre foram socialistas como o Cartaxo e Reguengos de Monsaraz. O grande revés para o PSD nestas eleições foi a perda da câmara da Guarda para um movimento independente formado por antigos membros do partido. A Coligação Democrática Unitária voltou novamente a ter maus resultados pela segunda eleição consecutiva, obtendo o seu pior resultado autárquico de sempre. A coligação liderada pelo Partido Comunista Português falhou todos o objetivo de recuperar câmaras como Almada e Barreiro, como ainda perdeu Loures para o PS. A juntar-se a isto, os comunistas perderam bastiões que sempre tiveram nas suas mãos: Moita, Montemor-o-Novo e Mora. Os poucos pontos positivos da noite eleitoral para a CDU foram os bons resultados conseguidos em Lisboa e no Porto, bem como a recuperação de dois antigos bastiões comunistas: Barrancos e Viana do Alentejo. O CDS – Partido Popular teve resultados mistos. Se, por um lado os centristas conseguiram manter as seis câmaras que tinham e participaram nas coligações vencedoras com o PSD em Coimbra, Funchal, Barcelos e Portalegre, o CDS perdeu muita força nos locais onde concorreu sozinho. Em locais onde o partido era historicamente forte como Viseu ou Leiria, o CDS viu-se reduzido aos seus piores resultados de sempre. A interpretação dos resultados abriu uma guerra interna, com o líder do CDS Francisco Rodrigues dos Santos a considerar que os resultados foram um sucesso, enquanto o crítico Nuno Melo considerou os resultados como fracos, apresentando uma candidatura contra o líder. O Bloco de Esquerda voltou, mais uma vez, a demonstrar incapacidade de se implementar a nível autárquico. Os bloquistas ficaram reduzidos a apenas 4 vereadores, menos 8 que os conseguidos nas eleições de 2017. O único ponto positivo para o BE foi a eleição de um vereador no Porto pela primeira vez na história do partido. Quantos os novos partidos, o Chega foi o mais bem-sucedido ao conseguir eleger 19 vereadores nas primeiras eleições autárquicas do partido. A Iniciativa Liberal e o Pessoas–Animais–Natureza não conseguiram eleger qualquer vereador. Os movimentos independentes conseguiram o maior número de sempre de câmaras sob o seu controlo, conquistando 19 câmaras, tantas como a CDU. Estes movimentos conseguiram conquistaram câmaras como a Figueira da Foz, a Guarda, Marinha Grande, Caldas da Rainha ou Mealhada. Por fim, referir a participação eleitoral de 53,6% foi a segunda mais baixa da história das eleições autárquicas, registo negativo apenas pela superado nas eleições de 2013. (pt)
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