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Estação Juventus-Mooca

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Juventus - Mooca
Estação Juventus-Mooca
TUE Série 2100 da CPTM estacionado na plataforma sentido Brás
Uso atual Estação de trens metropolitanos
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Administração RFFSA (1971–1984)
CBTU (1984–1994)
CPTM (1994–atualmente)
Linhas Turquesa
Código SP-1803
Sigla MOC
Posição Superfície
Níveis 2
Plataformas Laterais (2)
Vias Três
Altitude 727 metros acima do nível do mar
Zona tarifária Única (R$ 5,00)
Serviços Acesso à deficiente físico Banheiro Venda de Bilhetes Achados e Perdidos Centro de Informações
Conexões Terminal rodoviário
Site Linhas da CPTM
Informações históricas
Nome antigo Mooca
Inauguração 7 de setembro de 1898 (126 anos)
Fechamento Data desconhecida
Reconstrução Meados de 1960 (64 anos)
Projeto arquitetônico Rede Ferroviária Federal
Localização
Localização Estação Juventus-Mooca
Endereço Av. Presidente Wilson, 483, Cambuci
CEP SP, 03126-000
Município São Paulo
País Brasil
Próxima estação
Sentido Luz
Sentido Rio Grande da Serra
Juventus–Mooca

A Estação Juventus–Mooca é uma estação ferroviária, pertencente à Linha 10–Turquesa da CPTM. Ela está localizada entre os distritos da Mooca, sendo parte da Zona Leste de São Paulo e do Cambuci, sendo parte da Zona Central de São Paulo.

A Fábrica de Cerveja Bavária (atual Antarctica) deu origem a estação Moóca

Com a implantação da São Paulo Railway, em 1867, deu-se em suas margens a implantação de pequenos aglomerados urbanos residenciais e industriais, fomentando a criação de novas estações (além das originalmente previstas). Em 20 de outubro de 1892, foi implantada a Fábrica de Cerveja Bavária de Henrique Stupakoff & Cia.. Localizada às margens da ferrovia na Mooca, numa chácara pertencente ao engenheiro e topógrafo Daniel Fox, a Fábrica Bavária impulsionou um crescente tráfego de pessoas (funcionários da fábrica) e cargas naquela região.[1] Assim, a São Paulo Railway implantou ao lado da fábrica a estação Mooca, aberta ao tráfego pela São Paulo Railway em 7 de setembro de 1898.[2]

O movimento na Estação Mooca foi crescendo com a implantação de outras indústrias ao seu redor, a ponto de se tornar um dos principais entrepostos ferroviários de São Paulo. Durante a Revolta Paulista de 1924, o pátio da estação foi bombardeado, resultando em grandes danos às suas instalações. O crescimento das atividades fabris trouxe um número cada vez maior de passageiros e cargas, tornando a edificação da estação erguida em 1898 cada vez mais obsoleta. Após a estatização da ferrovia, em 1946, um lento projeto de modernização foi executado, por meio de financiamento estadunidense.[3]

Um novo prédio foi erguido e aberto ao tráfego em 1960, constituindo-se nas atuais instalações da estação. Com a decadência da atividade fabril nos seus arredores e o aumento na frequência das enchentes que paralisavam a ferrovia na região, a Estação Mooca foi perdendo importância e passageiros. Desde 1 de junho de 1994, ela é administrada pela CPTM.[4][5]

A falta de acessibilidade na edificação da estação, construída em 1960, é alvo de frequentes reclamações da comunidade local, pois por ser um estabelecimento público, deveria atender às necessidades de todos os cidadãos.[6]

Em 11 de maio de 2005, o consórcio de empresas Maubertec/Herjack foi contratado pela CPTM por 845 974 reais (com aditivos, o valor final do contrato foi de 888 036,85 reais) para elaborar projetos de reconstrução das estações Mooca, Ipiranga, Utinga e Prefeito Saladino. Em 29 de março de 2008, os projetos foram entregues. A CPTM inscreveu-os no PAC, sendo contemplada na fase de pré-seleção. Com a crise econômica de 2014 no país, diversos financiamentos do PAC foram cancelados, incluindo o de reconstrução das estações.[7][8][9]

A estação foi batizada de Mooca em 1898, por atender ao bairro paulistano homônimo. Segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, a palavra Mooca originou-se do termo tupi antigo mũoka, que significa "casa de parente", por meio da junção dos termos (parente) e oka (casa).[10]

Em 2010, um pequeno grupo de moradores da Mooca reivindicou a mudança do nome da estação para Juventus–Moóca, em homenagem ao Clube Atlético Juventus, fundado no bairro em 1924 por imigrantes italianos.[11] Em 26 de novembro de 2015, foi promulgada a Lei Estadual número 16 018, que renomeou a Estação Mooca para Juventus–Mooca.[12] Segundo um estudo da CPTM na 22.ª Semana de Tecnologia Metroferroviária da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), o custo de modificação do nome de uma estação de metrô ou de trem metropolitano intermediária como a Mooca é de cerca de 620 mil reais, razão por que a empresa ferroviária evita renomear suas estações, salvo por força de lei.[13]

Características

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Sigla Estação Inauguração Integração Plataformas Posição Notas
MOC Juventus–Mooca 7 de setembro de 1898 Bilhete Único da SPTrans Laterais Superfície Reconstruída pela RFFSA

Diagrama da estação

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Diagrama da Estação Juventus–Mooca
Sentido Jundiaí
1

a

b

c
2
Sentido Rio Grande da Serra

Legenda

                     Linha férrea

  Plataforma


Linhas

Plataforma 1 e 2: Linha 10–Turquesa da CPTM
Via a: Sentido Jundiaí (trem parador — embarque e desembarque)
Via b: Sentido Luz-Santo André (trem semiexpresso)
Via c: Sentido Rio Grande da Serra (trem parador — embarque e desembarque)

Referências

  1. JUNIOR, Antonio Bandeira (1901). «Fábrica de Cervejas Bavária». A Indústria no Estado de São Paulo em 1901. Consultado em 6 de março de 2019 
  2. São Paulo Railway (7 de setembro de 1898). «Anúncio de abertura da estação». Correio Paulistano, Ano XLV, edição 12608, página 3. Consultado em 6 de março de 2019 
  3. Danilo José Dalio e Shiguenoli Miyamoto. «A COMISSÃO MISTA BRASIL-ESTADOS UNIDOS E A BARGANHA EXTERNA DO SEGUNDO GOVERNO VARGAS» (PDF). Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica. Consultado em 6 de março de 2019 
  4. Ralph Mennucci Giesbrecht (2001). «Moóca». Consultado em 6 de março de 2019 
  5. CBTU (1994). «Introdução» (PDF). Relatório de Administração, página 37. Consultado em 6 de março de 2019 
  6. «Estação Mooca da CPTM não tem acessibilidade adequada». Folha de Vila Prudente. 27 de setembro de 2018. Consultado em 6 de março de 2019 
  7. CPTM (21 de maio de 2005). «EXTRATO DE CONTRATO-CN 829240201105» (PDF). Diário Oficial do estado de São Paulo. Consultado em 6 de março de 2019 
  8. «Estações Mooca, Ipiranga, Utinga e Prefeito Saladino da Linha D Lote 6 – CPTM». Maubertec. 2008. Consultado em 6 de março de 2019 
  9. Fabio Leite (6 de março de 2017). «CPTM adia para 2020 entrega de acessibilidade em todas as estações:Companhia alega falta de repasses de verba do PAC e renova acordo com o Ministério Público prorrogando prazo em até seis anos». Estadão. Consultado em 6 de março de 2019 
  10. Navarro, Eduardo de Almeida (1 de janeiro de 1998). Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos 🔗. Petrópolis: Editora Vozes. ISBN 9788532619532 
  11. «Moradores da Mooca querem nome do time Juventus em estação de trem». Folha de S.Paulo. 23 de outubro de 2010. Consultado em 6 de março de 2019 
  12. Governo de São Paulo (26 de novembro de 2015). «Lei Estadual nº 16.018». Assembléia Legislativa de São Paulo. Consultado em 6 de março de 2019 
  13. Clercia Mara de Oliveira Nisti, Helena da Silva Andrade, Thiago dos Santos da Silva (2016). «Nomenclatura das estações da CPTM – Metodologia para escolha de nome, custos e as consequências de sua alteração» (PDF). Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô. Consultado em 6 de março de 2019 

Ligações externas

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